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Jornal de Umbanda Sagrada - Rubens Saraceni

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www.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2012. Edição: 36 contato@jornal<strong>de</strong>umbanda.com.br<br />

A NOSSA JORNADA ESPIRITUAL<br />

Por Pai Laerte Nogiri<br />

1ª parte:<br />

Sou filho <strong>de</strong> Japoneses e tive minha infância em uma fazenda até a ida<strong>de</strong> escolar, após minha família se mudou<br />

para a cida<strong>de</strong>.<br />

Em todas as mudanças, <strong>de</strong> costume vinham também às dificulda<strong>de</strong>s financeiras e perturbações espirituais dos<br />

meus pais, on<strong>de</strong> minha mãe era quem mais sofria.<br />

Foi <strong>de</strong>sta forma que ela conhecera um casal <strong>de</strong> idosos, dona Carmem e seu Sebastião que trabalharam espiritualmente<br />

em sua casa, auxiliando a todos os necessitados tanto encarnados quanto <strong>de</strong>sencarnados. Já com doze anos,<br />

voltando para casa na hora do almoço, passava próxima a casa <strong>de</strong> dona Carmem, que estava no portão, quando ela me<br />

chamou e disse:<br />

- Você é filho <strong>de</strong> dona Maria costureira?<br />

Sim! Respondi prontamente.<br />

- Diga a ela para me procurar rapidamente, antes do meio dia <strong>de</strong> hoje, indagou dona Carmem.<br />

Quando cheguei a casa para almoçar, minha mãe não sentia bem, <strong>de</strong>i a ela o recado <strong>de</strong> dona Carmem.<br />

Após o almoço, levei minha mãe até dona Carmem no caminho para o trabalho, vim saber mais tar<strong>de</strong> que da<br />

chegada <strong>de</strong> minha mãe até as 17:00h, foi travado uma batalha para a retirada <strong>de</strong> um obsessor que atormentava minha<br />

mãe.<br />

Em outra oportunida<strong>de</strong>, a pedido <strong>de</strong> minha mãe fui até a casa <strong>de</strong> dona Carmem, vim saber então que minha mãe<br />

era médium, mas não queria assumir este compromisso, mas com minha maturida<strong>de</strong>, assumiria este legado, a mediunida<strong>de</strong>.<br />

Foi dito por um Caboclo incorporado pela dona Carmem.<br />

Em 1974, conheci minha amada esposa.<br />

No dia 10 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1975, seis meses <strong>de</strong>pois, nos casamos na Igreja Matriz <strong>de</strong> Barretos, após três meses <strong>de</strong><br />

casados, iniciaram as perturbações espirituais com minha esposa como: incorporações que a <strong>de</strong>ixaram travada na cama,<br />

visões medonhas, sonambulismo, quando saia <strong>de</strong> casa sozinha, andava sem rumo se per<strong>de</strong>ndo pela cida<strong>de</strong>.<br />

Com o auxílio <strong>de</strong> minha mãe, procuramos em vários terreiros a solução dos problemas, mas não obtivemos êxito. Foi<br />

quando encontramos dona Nair, senhora humil<strong>de</strong> que para seu sustento lia cartas aten<strong>de</strong>ndo as pessoas que a ela buscavam.<br />

Foi assim que conhecemos um grupo espírita formado por familiares e amigos próximos, que realizavam trabalhos,<br />

os quais sitos em forma <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento pelo amparo que <strong>de</strong>ram em nosso início <strong>de</strong> jornada.<br />

Sr Pedro Pucci, esposa e filhos, Sr Willian Salun, Sr Gerson Terense e dona Nair, médium vi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ste grupo espiritual.<br />

Nesta casa ficamos por um ano e meio, minha esposa Cristina já se encontrava equilibrada em sua mediunida<strong>de</strong>.<br />

Foi quando o Sr Pedro Pucci junto com o Sr Gerson Terense vieram conversar comigo dizendo:<br />

- Infelizmente vocês não po<strong>de</strong>rão continuar conosco, pois os guias <strong>de</strong> Cristina são todos <strong>de</strong> terreiro, caberá a<br />

você conduzir sua esposa em procurar um terreiro para seu <strong>de</strong>senvolvimento mediúnico, e você será o responsável, caso<br />

ela não cumpra sua missão.<br />

Nós conhecemos diversos terreiros e não nos encontramos em nenhum, quando voltamos para casa havíamos<br />

tomado a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> não buscar lugar algum, nesta altura dos acontecimentos, tínhamos adquirido nosso estabelecimento<br />

comercial, os anos se passaram com certa tranqüilida<strong>de</strong>, já tínhamos três filhos, dois meninos e uma menina.<br />

Contratamos então uma funcionária conhecida <strong>de</strong> minha mãe, quando em certo dia, conversando com Cristina,<br />

comentou que sua irmã viera <strong>de</strong> São Paulo com a missão <strong>de</strong> conversar conosco. Foi marcada um dia, esta senhora veio<br />

e passou o dia conosco, incorporando pombagira, fumando e bebendo, conversando com Cristina e minha mãe, durante<br />

os sete dias que esta senhora passou conosco, as entida<strong>de</strong>s queriam falar comigo, mas não aceitava falar com elas, no<br />

último dia, minha mãe veio até mim e disse:<br />

- o preto velho está te chamando<br />

A contra gosto e revoltado, fui falar com a entida<strong>de</strong>, que muito me falou e pouco eu guar<strong>de</strong>i em minha memória,<br />

só me lembro que gargalhei sarcasticamente quando me disse:<br />

- Tu és médium!<br />

Quando essa senhora foi embora, Cristina comprou duas peças <strong>de</strong> tecido <strong>de</strong> cores vermelha e preto para presentear-lhe,<br />

e ao receber o presente, esta senhora disse que estava envergonhada pelo fato da entida<strong>de</strong> ter pedido o presente,<br />

se a Cristina não gostaria <strong>de</strong> ficar com ele, no dia seguinte, a Cristina começou a incorporar esta entida<strong>de</strong> diariamente,<br />

ficando quase todo o período <strong>de</strong>sta forma e fazendo todos os trabalhos cotidianos.<br />

Apavorado, procurei Dona Nair pedindo auxilio e como resposta, ela solicitou que procurasse um terreiro, ou<br />

senão estu<strong>de</strong> a doutrina, entre em acordo com esta entida<strong>de</strong> para se ter hora certa <strong>de</strong> incorporação.<br />

<strong>Jornal</strong> Nacional da <strong>Umbanda</strong> ● página 12

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