Jornal de Umbanda Sagrada - Rubens Saraceni
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www.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2012. Edição: 36 contato@jornal<strong>de</strong>umbanda.com.br<br />
Quando voltei, fui conversar com a entida<strong>de</strong> e ficamos combinados que diariamente das 20:00h as 22:00h estaria<br />
a sua disposição com uma garrafa <strong>de</strong> espumante, um maço <strong>de</strong> cigarros <strong>de</strong> filtro branco e uma taça vermelha, este<br />
acordo durou quatro anos.<br />
No início ela vinha mancando <strong>de</strong> uma perna, com a voz rouca, tomava uma garrafa do espumante e fumava um<br />
maço <strong>de</strong> cigarros, eu ficava muito nervoso e amedrontado, mas com <strong>de</strong>correr do tempo, após estudar bastante e apren<strong>de</strong>ndo<br />
a doutrinar, mudanças ocorreram para melhor em ambas as partes, mas hoje, sei que fui doutrinado por ela e não<br />
o inverso, após três anos, ela solicitou para nos prepararmos para sete provas, a qual para cada uma nos seria dado uma<br />
proteção, a primeira foi uma folha <strong>de</strong> guiné, a segunda foi o guiné mais um galho <strong>de</strong> arruda, a terceira era os elementos<br />
anteriores mais um novo e assim foi até a sexta prova.<br />
Cada prova era um obstáculo a ser passada, uma perda material ou financeira.<br />
Quando passamos pela sexta prova ela nos informou que teríamos um período <strong>de</strong> calmaria e preparação para a<br />
sétima prova que seria muito dolorosa e durante seis meses, todos os dias ela vinha e nos orientava, preparando, falando<br />
do amor, da fé e os <strong>de</strong>sígnios <strong>de</strong> Deus, da união, da razão <strong>de</strong> viver, até que ela nos ensinou que a única <strong>de</strong>fesa existente<br />
para superarmos a sétima prova era a fé em Deus e a razão <strong>de</strong> viver.<br />
No dia seguinte eu levantei com uma dor atrás da orelha on<strong>de</strong> havia um calombo, em consulta a um médico, este<br />
me informou estar com caxumba e que a mesma havia <strong>de</strong>scido na virilha, recomendou repouso absoluto por 30 dias; e<br />
foram 21 dias <strong>de</strong> cama.<br />
Em uma manhã, quando minha esposa Cristina acordou e foi ver nosso filho caçula, fui acordado com um grito<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sespero, ao chegar ao quarto, nosso filho estava em seus braços <strong>de</strong>sfalecido, da forma em que estávamos, fomos<br />
rapidamente ao hospital, mas já era tar<strong>de</strong>... Ele tinha falecido...<br />
Só então nos <strong>de</strong>mos conta <strong>de</strong> que a sétima prova era como ela havia dito...<br />
Um pedacinho <strong>de</strong> nossos corações.<br />
Continua na próxima edição.<br />
NÃO CONFUNDA O MÉDIUM COM A ENTIDADE!<br />
Autor Desconhecido<br />
É muito comum ver esse tipo <strong>de</strong> confusão sendo feita pelos consulentes, pessoas que vão ali no terreiro para<br />
conversar com as entida<strong>de</strong>s, pedir conselhos ou apenas ouvir uma palavra <strong>de</strong> conforto pois, muitas vezes, elas fixam<br />
em suas cabeças a imagem do médium (que está com o corpo ali presente) proferindo aquelas palavras <strong>de</strong> conforto ou<br />
dando sábios conselhos sem sequer notar que quem na verda<strong>de</strong> está falando (ou <strong>de</strong>veria estar) é a entida<strong>de</strong> que está (ou<br />
<strong>de</strong>veria estar) ali trabalhando.<br />
Há casos em que o consulente que esteve presente em alguma sessão no terreiro encontra um médium no meio<br />
da rua e resolve, sabe-se lá por qual motivo, pedir-lhe conselhos ali mesmo ou até mesmo contar uma longa história<br />
<strong>de</strong> sua vida, achando que ali, no meio da rua, o médium vai po<strong>de</strong>r lhe ajudar da mesma forma que o ajudou no quando<br />
estava em transe mediúnico no terreiro.<br />
É <strong>de</strong> fundamental importância que se tenha consciência que quando você vai a algum terreiro e conversa com<br />
uma entida<strong>de</strong> o médium está ali apenas como um canal <strong>de</strong> comunicação e não é ele (ou não <strong>de</strong>veria ser) que está proferindo<br />
aquelas palavras e, por mais que você se apegue à imagem do médium, você não estava conversando realmente<br />
com ele.<br />
Portanto, se você quer algum conselho, espere até a próxima sessão e vá até o terreiro para conversar com alguma<br />
das entida<strong>de</strong>s, não ache que o médium está sempre com pensamentos positivos o suficiente para lhe dar um bom<br />
conselho. Médiuns são pessoas comuns e, como tal, tem sua vida e seus próprios problemas. Lá no terreiro é outra história,<br />
ele está ali disposto a <strong>de</strong>ixar seus problemas <strong>de</strong> lado e permitir que as entida<strong>de</strong>s venham para, quem sabe, resolver<br />
os problemas <strong>de</strong> outras pessoas.<br />
O Médium<br />
Como diz o sábio ditado, “quando um não quer, dois não brigam” e isso é válido também para os médiuns<br />
que são abordados por pessoas no meio da rua que pe<strong>de</strong>m insistentemente por algum conselho ou, com a <strong>de</strong>sculpa <strong>de</strong><br />
“apenas conversar”, tentam conseguir uma consulta fora <strong>de</strong> hora, em local inapropriado ou até mesmo com assuntos<br />
completamente alheios ao conhecimento do médium. O pior é que em alguns casos, o médium tentando dar uma <strong>de</strong><br />
bom samaritano, acaba caindo na conversa e começa a dar conselhos e pitacos na vida <strong>de</strong> uma pessoa e esquece daquele<br />
outro velho ditado que diz que “se conselho fosse bom, não se dava, vendia”.<br />
O perigo <strong>de</strong> sair dando conselho à revelia é que, vai que o conselho que você <strong>de</strong>u ali na maior das boas intenções<br />
<strong>Jornal</strong> Nacional da <strong>Umbanda</strong> ● página 13