15.04.2013 Views

clique aqui para baixar - Entre Irmãos

clique aqui para baixar - Entre Irmãos

clique aqui para baixar - Entre Irmãos

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Trabalhos<br />

MAÇOM REFÉM DO TEMPLO<br />

Ao longo desses últimos anos, analisando algumas<br />

Lojas, e conversando com alguns <strong>Irmãos</strong>, tenho<br />

observado e feito alguns comentários a respeito da<br />

não-interação dos Maçons na vida profana, enfim, na<br />

sociedade, em que estão fixados. Tem-se a impressão de que o<br />

Maçom vive alheio à sociedade, e o mais inadmissível é que a<br />

maioria deles nos dá a impressão de não querer aparecer<br />

como tal. Notadamente, assim se comporta como se tivesse<br />

vergonha ou medo de pertencer à Arte Real.<br />

Aqui, quero fazer uma declaração muito especial: eu<br />

não tenho vergonha ou medo de ser Maçom, entretanto,<br />

tenho muita vergonha do comportamento de certos<br />

<strong>Irmãos</strong>Maçons que denigrem essa Augusta Irmandade.<br />

Tenho observado, também, que muitos vivem, apenas,<br />

de glórias do passado, não sendo, hoje, uma pálida sombra de<br />

seus antigos dias. Esta não é uma observação, somente,<br />

minha, pois, lendo vários autores, sabidamente, de profundos<br />

conhecimentos maçônicos, vejo que têm dito que a<br />

Maçonaria, em diversas partes do mundo, encontra-se na<br />

mesma situação. Quer dizer, numa dormência de atos e fatos,<br />

preferindo a penumbra reclusa de seus Templos, como que<br />

querendo se esconder do mundo.<br />

Esse comportamento atípico nos leva, ligeiramente, a<br />

concluir que a Ordem está passando por uma crise de valores,<br />

encontrando dificuldades em se adaptar ao mundo moderno.<br />

Talvez, o conservadorismo exagerado não seja um bom<br />

“status quo” <strong>para</strong> Ela.<br />

Nos dias de hoje, tudo evolui, e <strong>aqui</strong>lo, que ficar preso<br />

às amarras do comportamento histórico (conservadorismo),<br />

por certo, definhará e palmilhará, tão somente, a vereda da<br />

inexpressividade – talvez, seja esse o caso. Tudo <strong>aqui</strong>lo que<br />

não se atualiza, acaba ficando obsoleto. Outra observação<br />

diária, que se faz necessário nomear <strong>aqui</strong>, é que alguns recéminiciados<br />

(Aprendizes) estão, totalmente, desiludidos com o<br />

que estão presenciando, isto é, apenas, uma catequese<br />

homeopática de instruções e um rigor excessivo nos rituais,<br />

como dizem: ”está faltando algo mais”. As instruções a que<br />

me refiro são aquelas ministradas pelos Mestres de uma<br />

Eráclito Alípio da Silveira<br />

forma didática, sem criatividade e com uma insistência na<br />

repetição, e que induz a certa lavagem cerebral.<br />

Quero acreditar que esse não é o objetivo primordial<br />

da Instituição. Mesmo porque a repetição, sem a devida<br />

criatividade, liberdade ou conotação, leva o Aprendiz a um<br />

bloqueio cego, não oferecendo condições <strong>para</strong> inteligir e<br />

argumentar o que está sendo introjetado.<br />

Não é intenção minha querer mudar os Landmarks ou<br />

os princípios da Arte Real, afinal de contas, quem sou eu <strong>para</strong><br />

abrigar tamanha pretensão. O que a maioria dos Maçons<br />

deseja é que a Maçonaria não mude, muito pelo contrário,<br />

quem deve mudar, atualizando-se e reciclando-se, são os<br />

Maçons. E não vivendo como se, ainda, estivessem<br />

trabalhando numa Guilda do século XVIII, sob a influência<br />

deletéria da Idade Média.<br />

Talvez, na insipidez árida das reuniões (sessões), na<br />

falta de estudo, na carência de cultura maçônica, no<br />

desinteresse em geral, devemos ficar em alerta e ver a fonte<br />

principal das ausências, das deserções e, afinal, do<br />

adormecimento definitivo. As sessões em Loja não devem<br />

ficar, tão somente, restritas à praxe ordinária, ficando, dessa<br />

forma, o tempo, totalmente, tomado pelos rituais e pela<br />

leitura dos expedientes, práxis essa, que leva ligeiro ao<br />

enfado.<br />

Revista Arte Real 61 10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!