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ou Landmarks, existe, apenas, uma proibição: a de admitir<br />

servos (verso 129) e inválidos (verso 154). Também, a<br />

Constituição de York, de 926, em seu artigo 11º, assinala a<br />

condição obrigatória de o candidato à iniciação não ser servo,<br />

inválido ou de maus costumes, e nada expressa contra a<br />

mulher.<br />

O mesmo acontece em outros documentos antigos,<br />

como o “Manuscrito de Watson”, de 1440, que coincide<br />

bastante com o “Manuscrito Régio”, levando o nome de quem<br />

o descobriu na Biblioteca Boldeiana de Oxford. Afinal, no<br />

regulamento elaborado em Londres, em 27 de dezembro de<br />

1663, numa assembleia geral em que o Conde Santo Albano<br />

foi eleito Grão-Mestre, consta, em seu artigo 2º, que ninguém<br />

seria admitido na confraria que não fosse são de corpo, de<br />

nascimento honrado, de boa reputação e submisso às leis do<br />

país. Ainda uma vez, nenhuma referência discriminatória à<br />

mulher.<br />

E, segundo o Dr. Chethwode Grawley (A. Q. C. XV,<br />

69), existia, em Deneraible, Irlanda, em 1710-12, uma Loja<br />

especulativa do tipo inglês, na qual foi iniciada Elizabeth St.<br />

Leger, uma famosa dama maçônica. Mais recente ainda são as<br />

Constituições da Grande Loja de Hamburgo e os Estatutos da<br />

Grande Loja da Dieta Alemã. Foram aceitos e aprovados, em<br />

10 de março de 1782, sendo Frederico Guilherme II, da<br />

Prússia, o Grão-Mestre e Protetor da Ordem. Reproduzem,<br />

com esmerada exatidão, os “Antigos Limites”, sob a<br />

denominação mais moderna de Charges Landmarks, e<br />

nenhuma alusão fazem à mulher, nem contra a sua admissão<br />

na Maçonaria.<br />

A revista inglesa Hiram, em seu número maio-junho<br />

de 1908, publicou na íntegra uma cópia de um “old charge”,<br />

destinado à Grande Loja de York, cujo original estaria na<br />

posse da Loja York nº 236. No Bulletin International du Droit<br />

Humain, do mês de maio de 1914 (páginas 390-394), uma<br />

Grande Inspetora da Federação Britânica precisou, que se<br />

trata de um texto datado de 1643, isto é, de uma época em que<br />

existia, sem sombra de dúvida, há longo tempo, uma Loja<br />

maçônica em York, que admitia mulheres. Ela cita o texto<br />

inglês original de um parágrafo do manuscrito,<br />

particularmente sugestivo: “Before the spec al charges are<br />

delivered, the one of the elderes taking the book and that he or she to<br />

be made a Mason shall lay their hands thereon and the charges shall<br />

be given”. O que se traduz como: “Antes que as instruções<br />

especiais sejam dadas, um dos mais antigos toma o livro e<br />

aquele ou aquela que deve ser constituído Maçom lhe coloca<br />

as mãos em cima, e as instruções são dadas”.<br />

Mas nossa erudita irmã não se restringe a este<br />

documento, pois utilizou, também, outros: “Examinando os<br />

registros das antigas corporações - declara-nos ela -<br />

encontram-se, apenas, cinco de cada quinhentas existentes<br />

(um por cento), que não estavam igualmente constituídas de<br />

homens e mulheres”. E acrescenta que há dificuldade de<br />

escolha entre a profusão de manuscritos que pôde compulsar.<br />

Limita-se, todavia, a apresentar três outros, conservando o<br />

arcaico texto inglês que respeitaremos. Vem, primeiro, uma<br />

citação tirada da Corporação de Santa Catarina, de Chartres,<br />

datada de 1494: “Admissão de <strong>Irmãos</strong> e Irmãs na Corporação<br />

de Santa Catarina.... Depois se fará que se aproximem todos<br />

aqueles que deverão ser admitidos como <strong>Irmãos</strong> e Irmãs na<br />

Corporação, e o Alderman (dignitário tornado,<br />

posteriormente, “Mestre” ou “Vigilante”) os interrogará desta<br />

maneira: “Senhor ou Senhora, desejais tornar-vos <strong>Irmãos</strong><br />

entre nós, nesta corporação?” E, de sua própria vontade, eles<br />

deverão responder “sim” ou “não”.<br />

Uma segunda citação é tirada das Ordenações da<br />

Corporação de Corpus Chisti, York, 1408, cujo manuscrito<br />

mostra, de maneira insofismável, que é maçônico:<br />

“Ordenação V: Nenhum leigo será admitido na Corporação,<br />

exceto, apenas, aqueles que exercem uma profissão honesta,<br />

mas todos, sejam clérigos ou leigos, e de ambos os sexos,<br />

Revista Arte Real 61 13

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