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Mapeamento Espectral de Discos de Acréscimo em Variáveis ...

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Capítulo 2. Revisão bibliográfica 9<br />

Os sist<strong>em</strong>as são ditos não-magnéticos quando o campo magnético da estrela primária<br />

é relativamente baixo (B 10 5 G) e o movimento do gás da secundária para a primária<br />

é <strong>de</strong>terminado predominant<strong>em</strong>ente pela hidrodinâmica do fluxo <strong>de</strong> acréscimo. Estes sis-<br />

t<strong>em</strong>as são sub-divididos <strong>em</strong> novas clássicas, novói<strong>de</strong>s (separadas <strong>em</strong> quatro sub-classes:<br />

UX UMa, RW Tri, SW Sex e VZ Scl), novas recorrentes e novas anãs (divididas <strong>em</strong> três<br />

sub-classes: Z Cam, SU UMa e U G<strong>em</strong>).<br />

Por <strong>de</strong>finição, novas clássicas são sist<strong>em</strong>as on<strong>de</strong> apenas uma erupção foi observada. A<br />

amplitu<strong>de</strong> da variação entre o estágio <strong>de</strong> pré-nova e o máximo da erupção vai <strong>de</strong> 6 até 19<br />

mag e está fort<strong>em</strong>ente correlacionada com a taxa <strong>em</strong> que as novas clássicas enfraquec<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

brilho após o máximo, <strong>de</strong> modo que amplitu<strong>de</strong>s menores estão associadas a <strong>de</strong>caimentos<br />

mais lentos. As erupções <strong>de</strong> novas clássicas são satisfatoriamente b<strong>em</strong> mo<strong>de</strong>ladas por<br />

explosões termonucleares do material rico <strong>em</strong> hidrogênio acrescido sobre a superfície da<br />

anã branca. Novas recorrentes são sist<strong>em</strong>as previamente classificados como novas clássicas,<br />

porém que apresentaram mais <strong>de</strong> uma erupção. A distinção entre novas anãs e novas<br />

recorrentes ocorre espectroscopicamente, uma vez que as novas recorrentes apresentam<br />

um envelope que é ejetado a gran<strong>de</strong>s velocida<strong>de</strong>s (Warner 1995).<br />

Novas anãs são sist<strong>em</strong>as que apresentam erupções <strong>de</strong> 2 − 5 mag com um intervalo<br />

entre as erupções que varia <strong>de</strong> alguns dias a poucos meses <strong>em</strong> uma escala <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po<br />

b<strong>em</strong> <strong>de</strong>finida para cada objeto; a duração <strong>de</strong> cada erupção vai <strong>de</strong> ∼ 2 − 20 dias e está<br />

diretamente correlacionada com o intervalo entre as erupções. Os sist<strong>em</strong>as do tipo novas<br />

anãs serão <strong>de</strong>scritos na Seção 2.3.<br />

A classe das novói<strong>de</strong>s inclui todas as variáveis cataclísmicas não eruptivas. Isto inclui<br />

as pré-novas, as pós-novas e as prováveis estrelas Z Cam que se encontram efetivamente<br />

<strong>em</strong> um permanente estado <strong>de</strong> standstill (Seção 2.3); também inclu<strong>em</strong> as estrelas VY Scl<br />

– que apresentam ocasionais quedas <strong>de</strong> brilho com relação a um estado <strong>de</strong> máximo brilho<br />

relativamente constantes <strong>de</strong>vido à diminuição t<strong>em</strong>porária da taxa <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong><br />

massa da secundária – b<strong>em</strong> como todos os sist<strong>em</strong>as on<strong>de</strong> a base observacional (<strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> um século) é <strong>de</strong>masiadamente curta para revelar o caráter cataclísmico do objeto.<br />

Nestes casos a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> objetos é feita espectroscopicamente, uma vez<br />

que seus espectros ass<strong>em</strong>elham-se aos <strong>de</strong> novas anãs <strong>em</strong> erupção ou <strong>de</strong> novas <strong>em</strong> estágio<br />

<strong>de</strong> pós-erupção.<br />

As novói<strong>de</strong>s se diferenciam <strong>de</strong> novas anãs pois seus discos são continuamente brilhantes,<br />

equivalendo <strong>em</strong> brilho aos discos <strong>de</strong> novas anãs <strong>em</strong> erupção. Isto torna estes sist<strong>em</strong>as fáceis<br />

<strong>de</strong> ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>tectados <strong>em</strong> comparação às novas anãs <strong>em</strong> quiescência.<br />

De uma forma geral, o período orbital (Porb) é o parâmetro físico melhor conhecido <strong>de</strong>

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