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Mapeamento Espectral de Discos de Acréscimo em Variáveis ...

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Capítulo 2. Revisão bibliográfica 33<br />

configuração do campo da secundária muda <strong>de</strong> forma que as linhas do campo consegu<strong>em</strong><br />

conectar com o meio interestelar ou se o vento estelar cessa. Um indício é que, para a<br />

massa apropriada para a secundária <strong>em</strong> uma binária com Porb ∼ 3 h, o transporte <strong>de</strong><br />

energia no interior estelar torna-se convectivo <strong>em</strong> toda a extensão da estrela, r<strong>em</strong>ovendo<br />

o núcleo radioativo presente a altas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s. Isto po<strong>de</strong> extinguir o dínamo magnético.<br />

Contra esta explicação está o fato <strong>de</strong> que sinais <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> magnética continuam sendo<br />

observados <strong>em</strong> estrelas isoladas <strong>de</strong> baixa massa. Entretanto, estrelas isoladas não rotacio-<br />

nam tão rapidamente como <strong>em</strong> binárias próximas e também não são afetadas pelos efeitos<br />

<strong>de</strong> maré presentes nas binárias, tornando essa explicação não conclusiva. Talvez quando<br />

o período <strong>de</strong> rotação da secundária (que é síncrono com o período orbital e diminui com a<br />

evolução da binária) se torne mais curto que a escala <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po dos movimentos convecti-<br />

vos, isto possa <strong>de</strong>sligar o dínamo. De uma forma geral, possuímos um entendimento débil<br />

sobre a orig<strong>em</strong> e as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dínamos magnéticos <strong>em</strong> estrelas. Notamos também<br />

que algumas estrelas abaixo do gap transfer<strong>em</strong> matéria com uma taxa maior que a produ-<br />

zida por radiação gravitacional, <strong>de</strong>monstrando que algum freamento magnético residual<br />

po<strong>de</strong> ser importante mesmo abaixo do gap.<br />

Em um trabalho <strong>de</strong> revisão sobre objetos no gap <strong>de</strong> períodos, Katysheva & Pavlenko<br />

(2003) encontraram a existência <strong>de</strong> 18 objetos <strong>de</strong>ntro do gap, porém, com uma <strong>de</strong>finição<br />

do gap como o intervalo <strong>em</strong> período entre 2, 1 h e 2, 8 h. Oito <strong>de</strong>ssas estrelas são sist<strong>em</strong>as<br />

magnéticos (6 polares e 2 polares intermediárias), sete estrelas do tipo SU UMa, duas<br />

pré novas clássicas e uma estrela do tipo UX UMa. Mais da meta<strong>de</strong> (10) <strong>de</strong>sses objetos<br />

apresentam superhumps, incluindo as duas polares intermediárias e o sist<strong>em</strong>a UX UMa.<br />

Se adicionarmos a estes números outras onze estrelas encontradas com período entre<br />

2, 0 h e 2, 1 h e mais sete com período entre 2, 8 h e 3, 0 h, ter<strong>em</strong>os o total <strong>de</strong> trinta e seis<br />

estrelas no gap (entre 2, 0 h e 3, 0 h), sendo doze sist<strong>em</strong>as magnéticos (10 polares e 2 po-<br />

lares intermediárias), quinze SU UMa, quatro pré-novas e dois objetos são provavelmente<br />

polares intermediárias com superhumps.<br />

É claro, portanto, que o gap é habitado por cataclísmicas <strong>de</strong> várias subclasses <strong>de</strong><br />

novas anãs e novói<strong>de</strong>s e, <strong>de</strong>stas, provavelmente apenas 20 % não são sist<strong>em</strong>as evoluídos,<br />

mas sist<strong>em</strong>as com o primeiro contato <strong>de</strong>ntro do gap (Politano 1996).<br />

Stehle et al. (1997) <strong>de</strong>monstra que para um certo sist<strong>em</strong>a, a largura e a posição do<br />

gap <strong>de</strong> período (i.e. a faixa <strong>em</strong> período <strong>em</strong> que o tamanho da secundária é menor que seu<br />

lóbulo <strong>de</strong> Roche) serão <strong>de</strong>terminados por anomalias na composição química da secundária.<br />

Neste sentido, a presença <strong>de</strong> estrelas no gap <strong>de</strong> períodos po<strong>de</strong>ria ser explicada <strong>em</strong> termos<br />

<strong>de</strong> um efeito <strong>de</strong> seleção: uma vez que a maior parte da nossa informação sobre VC’s v<strong>em</strong>

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