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Mapeamento Espectral de Discos de Acréscimo em Variáveis ...

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Capítulo 2. Revisão bibliográfica 19<br />

que <strong>de</strong>fine a relação entre a escala <strong>de</strong> altura do disco, H, e o raio do disco. Para r ≫ R(1),<br />

on<strong>de</strong> R(1) é o raio da estrela primária, t<strong>em</strong>os<br />

H ∝ r 9/8 . (2.14)<br />

Assim, prevê-se que um disco <strong>de</strong> acréscimo <strong>em</strong> estado estacionário possui as faces<br />

ligeiramente côncavas po<strong>de</strong>ndo ser iluminado pela radiação proveniente da estrela primária<br />

e da boundary layer. A boundary layer po<strong>de</strong> <strong>em</strong>itir mais radiação que todo o restante<br />

do disco, ocasionando um aquecimento significativo (do disco) o que, por conseqüência,<br />

provoca <strong>de</strong>svios na distribuição <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>em</strong> relação à equação (2.11).<br />

A profundida<strong>de</strong> óptica na direção vertical do disco obtida dos mo<strong>de</strong>los é uma função <strong>de</strong><br />

vários parâmetros. Para elevados valores <strong>de</strong> α ( 1) as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s são baixas e os discos<br />

<strong>de</strong>monstram-se opticamente finos (Williams 1980). Entretanto, valores mais realísticos<br />

<strong>de</strong> α (∼ 0, 3) levam a um disco opticamente espesso, exceto nas regiões com baixas<br />

t<strong>em</strong>peraturas (T 4000K), como as partes externas do disco (Tylenda 1981; Smak 1984,<br />

1992).<br />

Uma possível fonte <strong>de</strong> aquecimento das regiões externas do disco é a energia dissipada<br />

por interações <strong>de</strong> maré pela secundária (∼ GM(1) ˙<br />

M(d)/rd, on<strong>de</strong> rd é o raio do disco).<br />

Este efeito terá maior importância para rd 0, 8RL1, caso on<strong>de</strong> o disco é truncado pela<br />

força <strong>de</strong> maré da secundária e ocorre transferência <strong>de</strong> momento angular das partículas<br />

externas do disco para a secundária (Warner 1995).<br />

<strong>Variáveis</strong> cataclísmicas apresentam uma valiosa oportunida<strong>de</strong> para a observação e<br />

interpretação <strong>de</strong> discos <strong>de</strong> acréscimo. <strong>Discos</strong> <strong>em</strong> estado estacionário ou fora do equilíbrio<br />

po<strong>de</strong>m ser encontrados <strong>em</strong> um mesmo objeto <strong>em</strong> diferentes épocas (Warner 1995). Embora<br />

o comportamento do sist<strong>em</strong>a seja <strong>de</strong>terminado predominant<strong>em</strong>ente pelas duas estrelas,<br />

a teoria <strong>de</strong> discos <strong>de</strong> acréscimo é a chave para a interpretação <strong>de</strong> vários aspectos <strong>de</strong>sses<br />

interessantes sist<strong>em</strong>as binários.<br />

2.3 Novas anãs<br />

Novas anãs são variáveis cataclísmicas que apresentam erupções recorrentes <strong>de</strong> 2 −5 mag,<br />

com alguns poucos objetos apresentando erupções com amplitu<strong>de</strong> superior a 8 mag (p.ex.,<br />

WZ Sge). Exist<strong>em</strong> três tipos distintos <strong>de</strong> sub-tipos <strong>de</strong> novas anãs, baseados na morfologia<br />

da curva <strong>de</strong> luz das erupções:

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