15.04.2013 Views

Mapeamento Espectral de Discos de Acréscimo em Variáveis ...

Mapeamento Espectral de Discos de Acréscimo em Variáveis ...

Mapeamento Espectral de Discos de Acréscimo em Variáveis ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capítulo 2. Revisão bibliográfica 29<br />

Fig. 2.11: O padrão das linhas <strong>de</strong> campo conectando a borda interna do disco com os pólos da<br />

anã branca. Um lado do disco acresce matéria para o pólo superior enquando o outro<br />

lado acresce o pólo inferior. Retas marcam o eixo <strong>de</strong> rotação da anã branca e o eixo<br />

do dipolo magnético. De Hellier (2001).<br />

<strong>de</strong>víamos observar a pulsação <strong>de</strong> raios-X que é característica <strong>de</strong>sses sist<strong>em</strong>as. Uma pos-<br />

sibilida<strong>de</strong> assume a assimetria entre os dois pólos: se o dipolo magnético for ligeiramente<br />

<strong>de</strong>scentrado da anã branca, os efeitos <strong>de</strong> ocultação não irão se cancelar. Também, se<br />

as regiões <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> raio-X t<strong>em</strong> alturas diferentes sobre a superfície da anã branca,<br />

isto também quebrará a simetria. Embora estes efeitos <strong>de</strong>vam certamente ocorrer, estes<br />

po<strong>de</strong>m respon<strong>de</strong>r apenas por pulsações <strong>de</strong> baixa amplitu<strong>de</strong>, portanto, não po<strong>de</strong>m explicar<br />

pulsações mais intensas como as observadas no sist<strong>em</strong>a DQ Her ou <strong>em</strong> AO Psc (Fig.2.12).<br />

Um fato importante é que a pulsação <strong>de</strong> raios-X nas polares intermediárias é mais pro-<br />

nunciada <strong>em</strong> baixas energias. Isto é característico <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> raios-X pelo material<br />

do fluxo <strong>de</strong> acréscimo, uma vez que raios-X <strong>de</strong> baixas energias são absorvidos mais efeti-<br />

vamente. Neste mo<strong>de</strong>lo, o mínimo da pulsação ocorre quando o pólo magnético superior<br />

está alinhado com a linha <strong>de</strong> visada. Quando isso ocorre, a região <strong>de</strong> impacto (que ori-<br />

gina a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> raios-X) é obscurecida pelo material canalizado, produzindo a máxima<br />

absorção e espalhamento da radiação para fora da linha <strong>de</strong> visada. O pólo inferior está<br />

no lado oposto, encoberto pela anã branca, s<strong>em</strong> contribuir com a <strong>em</strong>issão e/ou absorção<br />

<strong>de</strong> raios-X. Meio ciclo <strong>de</strong>pois, quando o pólo superior está oposto ao observador, a região<br />

<strong>de</strong> acréscimo (choque) não é obscurecida e a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> raios-X é máxima.<br />

Este cenário é conhecido como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cortinas <strong>de</strong> acréscimo (ver Fig.2.13), no<br />

qual a pulsação é atribuída primariamente ao efeito <strong>de</strong> obscurecimento <strong>de</strong> cortinas <strong>de</strong><br />

material magneticamente canalizado (e.g. Ferrario 1996). Uma das principais evidências

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!