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Mapeamento Espectral de Discos de Acréscimo em Variáveis ...

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Capítulo 2. Revisão bibliográfica 45<br />

somente uma <strong>de</strong>stas informações está disponível. Além disto, para um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> baixa<br />

inclinação, exist<strong>em</strong> regiões no lado <strong>de</strong> trás do disco que nunca são cobertas pela sombra<br />

da secundária. Logo, não existe informação sobre a distribuição <strong>de</strong> brilho <strong>de</strong>stas regiões<br />

na forma do eclipse.<br />

Baptista (2001) <strong>de</strong>monstra a performance do método <strong>de</strong> mapeamento com a recons-<br />

trução <strong>de</strong> quatro distribuições artificiais <strong>de</strong> brilho com spots Gaussianos polares (Fig.2.19).<br />

Para simular os eclipses foi adotada uma geometria <strong>de</strong> baixa inclinação (q = 1 e i = 71 o )<br />

e foram produzidas curvas <strong>de</strong> luz com fases orbitais incompletas e com uma relação sinal-<br />

ruído S/N ≃ 5 − 15. As curvas <strong>de</strong> luz artificiais foram analisadas com o método <strong>de</strong><br />

mapeamento por eclipse e os resultados são mostrados na Fig.2.19, on<strong>de</strong> a linha trace-<br />

jada limita a região que é eclipsada pela estrela secundária. De modo não surpreen<strong>de</strong>nte,<br />

o mapa <strong>de</strong> eclipse não reproduz corretamente a distribuição <strong>de</strong> brilho nas regiões não<br />

ocultadas pela sombra da secundária (quadro superior da Fig.2.19). O fluxo perdido<br />

irá aparecer na componente não eclipsada. Apesar da cobertura <strong>em</strong> fase incompleta do<br />

eclipse, as reconstruções obtidas para os outros mapas são <strong>de</strong> boa confiabilida<strong>de</strong>.<br />

Estas simulações <strong>de</strong>monstram que o mapeamento por eclipse obviamente falha na<br />

tentativa <strong>de</strong> recuperar a distribuição <strong>de</strong> brilho nas regiões do disco para as quais não<br />

há informação na forma do eclipse, porém funciona razoavelmente b<strong>em</strong> para dados com<br />

cobertura <strong>em</strong> fase incompleta e baixa relação sinal-ruído (Baptista 2001).<br />

O método <strong>de</strong> mapeamento por eclipse evoluiu até o estágio <strong>de</strong> obter espectros espaci-<br />

almente resolvidos <strong>de</strong> discos <strong>de</strong> acréscimo com a aplicação a dados <strong>de</strong> espectrofotometria<br />

resolvida t<strong>em</strong>poralmente (Rutten et al. 1993). As séries t<strong>em</strong>porais <strong>de</strong> espectros são di-<br />

vididas <strong>em</strong> diversas faixas espectrais e uma curva <strong>de</strong> luz é extraída <strong>em</strong> cada faixa. As<br />

curvas <strong>de</strong> luz são analizadas para produzir uma série <strong>de</strong> mapas <strong>de</strong> eclipse monocromáticos<br />

cobrindo todo o espectro. Finalmente, os mapas são combinados para obter o espectro<br />

para qualquer região <strong>de</strong> interesse na superfície do disco. O espectro espacialmente resol-<br />

vido da novói<strong>de</strong> UX UMa, resultante <strong>de</strong> análise por mapeamento espectral, é mostrado<br />

na Fig.2.20.<br />

O mapeamento por eclipse t<strong>em</strong> sido uma valiosa ferramenta para revelar que discos<br />

reais possu<strong>em</strong> estruturas muito mais complexas que um mo<strong>de</strong>lo simples axi-simétrico. O<br />

mapeamento por eclipse <strong>de</strong> IP Peg durante uma erupção (Baptista et al. 2000, 2002,<br />

2005) auxiliou na localização e na investigação da estrutura espacial dos choques espirais<br />

encontrado por tomografia Doppler (Harlaftis et al. 1999; Steeghs, Harlaftis & Horne<br />

1997). Os choques espirais são vistos nos mapas do contínuo b<strong>em</strong> como para a linha <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>issão CIII+NIII λ4650 como dois arcos assimétricos com ∼ 90 o <strong>em</strong> azimute cobrindo

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