ÁREA TEMÁTICA: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL TÍTULO ... - Engema
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ferramentas para investigar e modelar a terra e seus produtos” (MEBRATU, 1998, p.<br />
495).<br />
A partir do Século XVIII, a Revolução Industrial fez aquecer os mecanismos de<br />
produção e circulação capitalistas a partir do desenvolvimento de tecnologias industriais<br />
e de transportes e a Revolução Francesa (1789) descortinou os anseios burgueses para<br />
um novo modelo de organização social baseado nos sustentáculos da igualdade, no<br />
fundo, uma busca da legitimação do poder econômico frente à antiga institucionalização<br />
do conceito de nobreza hereditária (SCHMIDT, 2009).<br />
Do ponto de vista evolutivo da História, estavam criadas as bases sólidas para<br />
que o Século XX cuidasse em propiciar condições para um rápido progresso<br />
tecnológico à guisa de muita exploração dos recursos naturais.<br />
2.1.2 O questionamento de um modelo de desenvolvimento<br />
Foi na segunda metade dos anos 1900 (JACOBI, 1999), que se deram três<br />
eventos que modificaram a visão da comunidade internacional em relação à questão dos<br />
limites do crescimento econômico e da capacidade finita dos recursos naturais frente à<br />
intervenção antrópica.<br />
Os fórum de Estocolmo (CNUMAH), a publicação do relatório Nosso Futuro<br />
Comum e encontro do Rio de Janeiro (CNUMAD) são tidos como os expoentes da troca<br />
de paradigmas de pensamento no limiar da virada do século XX para o século XXI.<br />
2.1.3 CNUMAH<br />
A literatura no que diz respeito à questão ambiental costuma colocar o período<br />
compreendido entre o fim da década de 60 e o início da década de 70 como o marco<br />
temporal para o desenvolvimento de uma mudança na atitude do homem em relação ao<br />
meio ambiente (SILVA FILHO, 2007; JACOBI, 1999).<br />
Assim, o evento da ONU denominado de Conferência das Nações Unidas sobre<br />
o Meio Ambiente Humano (CNUMAH) ocorrido em 1972 em Estocolmo (capital da<br />
Suécia), é amplamente citado como um importante marco de referência na mudança de<br />
entendimento de um desenvolvimento econômico direto para a compreensão de um<br />
desenvolvimento durável que contemple outras variáveis como a social e a ambiental, o<br />
que, graças aos escritos de Herman Daly em 1973 (Toward a steady-state economy),<br />
convencionou-se chamar de mudança de paradigma econômico. (SILVA FILHO, 2007).<br />
O evento é apontado na literatura como um encontro internacional para<br />
discussão de problemas emergentes referentes a questões ligadas aos problemas<br />
causados pelo expresso desenvolvimento industrial e urbano que o Século XX trouxe<br />
em seu bojo.<br />
Meadows et al. (1972) relatam que, ainda em 1968, uma equipe composta de<br />
diversos profissionais de diferentes nacionalidades (entre estes cientistas e<br />
pesquisadores de Educação, Economia, Gestão, empresários e profissionais ligado a<br />
grupos governamentais e não governamentais) encontraram-se com a finalidade de<br />
debater questões emergentes que a sociedade da época já entendia como relevantes para<br />
o escopo ambiental.<br />
Do citado evento, é criado um grupo de discussão liderado pelo empresário<br />
italiano Aurelio Peccei e o cientista escocês Alexander King montado no sentido de<br />
discutir e entender os elementos responsáveis pela degradação ambiental, seu<br />
dimensionamento, alcance e possíveis formas de deter seu avanço.