ÁREA TEMÁTICA: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL TÍTULO ... - Engema
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decisões devem ser pautadas: a preocupação com as gerações futuras e a garantia de<br />
equilíbrio ecológico.<br />
Na visão de Borges e Tachibana (2005), a divulgação de “Nosso Futuro<br />
Comum” representou um avanço formal no caráter da emergencialidade das questões<br />
ambientais. Frey e Camargo (2003, p. 12) asseveram que o relatório “priorizou a<br />
necessidade de diminuir o consumo dos recursos naturais, sendo a sustentabilidade do<br />
desenvolvimento vista como um processo de mudança contínua social das nações”.<br />
“Nosso Futuro Comum” representa o relatório final de um grupo de discussão da<br />
Organização das Nações Unidas que procurou debater e explicar o estado de degradação<br />
ambiental experimentado pelo planeta traçando um completo diagnóstico das causas<br />
isoladas do processo de modificação natural com fatores ligados a ação antrópica no<br />
ambiente.<br />
Na visão da literatura, o relatório dá a devida relevância ao entrelaçamento<br />
estrutural entre os fatores socioeconômicos, tecnocientíficos e politicoculturais<br />
(JACOBI, 1999) e ressalta ser necessário e emergencial um novo posicionamento ético<br />
diante das questões relacionadas à preservação dos recursos naturais (FREY;<br />
CAMARGO, 2003; BORGES; TACHIBANA, 2005; MEBRATU, 1998).<br />
O compêndio acenou com a necessidade de tomar decisão quanto a ações de<br />
responsabilidade a serem realizadas pelos países e elenca um plano de metas de caráter<br />
global a serem desenvolvidas em escala multilateral.<br />
Frey e Camargo (2003) e Mebratu (1998) enxergaram no contexto do relatório<br />
um forte comprometimento do grupo com a solução de problemas relacionados à<br />
miséria e à fome, às desigualdades socioregionais e à sustentabilidade econômica<br />
mundial de maneira transversalmente ao enfrentamento dos complexos quadros de<br />
esgotamento natural e avanços de agravos ecológicos.<br />
2.1.5 CNUMAD<br />
A CNUMAD – acrônimo para a Segunda Conferência das Nações Unidas para<br />
o Meio Ambiente e Desenvolvimento ocorreu na cidade do Rio de Janeiro em 1992.<br />
No entendimento de Barbieri (2007), representou a etapa mais moderna do<br />
debate de caráter ambiental e uma preparação para as novas facetas da discussão na<br />
virada de século, período que deveria encontrar um amadurecimento positivo no trato e<br />
discussão do ambientalismo de maneira muito mais natural e propícia que o assistido no<br />
século anterior.<br />
Ao todo, 178 países estiveram presentes e participaram do evento, pautado pela<br />
intenção de avançar na criação de planos de ação para a proteção ambiental e o<br />
equilíbrio ecológico. Borges e Tachibana (2005) citam como resultados práticos do<br />
encontro a publicação de documentos como a Agenda 21 (relatório central), a<br />
Convenção sobre Mudanças Climáticas e a Convenção da Biodiversidade.<br />
Para a literatura, o encontro simbolizou o início de uma demorada caminhada<br />
(MEBRATU, 1998) de interação visando pontos de convergência (BORGES;<br />
TACHIBANA, 2005) sobre o enfrentamento dos desafios ambientais (FREY;<br />
CAMARGO, 2003).<br />
Na visão de Junqueira (2002), o encontro se sucedeu com vistas organizar o<br />
complexo engendramento referente ao desenvolvimento socioeconômico e a urgência<br />
em deter a exploração irracional dos recursos naturais (JACOBI, 1999) e a emergente<br />
questão da sustentabilidade, ou seja, o entendimento de que o futuro das novas gerações<br />
depende do presente das gerações contemporâneas (MEBRATU, 1998).<br />
O relatório Agenda 21 é considerado um dos principais resultados do evento<br />
acontecido na cidade do Rio de Janeiro, uma vez que elenca um conjunto de medidas de