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ÁREA TEMÁTICA: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL TÍTULO ... - Engema

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e na Fase de Litigação (1993 em diante), os administradores passaram a ser<br />

considerados responsáveis diretos pelos danos causados ao meio ambiente por parte de<br />

suas empresas.<br />

Em termos de perspectiva histórica, Hoffman (1999), desenvolvendo uma<br />

abrangente pesquisa no ramo dos setores industriais químico e do petróleo da década de<br />

60 até o início da década de 90, buscou a compreensão de como as empresas desse setor<br />

progrediram de um posicionamento totalmente díspar da linha do preservacionismo<br />

ambiental e seu discurso de equilíbrio ecológico e busca da sustentabilidade até sua<br />

imersão no novo paradigma, levando em consideração as condições intra e extraorganizacionais<br />

envolvidas nas tomadas de decisão por parte dos gestores.<br />

O estudo de Hoffman (1999) transformou-se num clássico da área e conduziu a<br />

um modelo bem aceito na literatura quanto a explicar a evolução histórica da imersão da<br />

temática ambiental no seio das empresas. Para o autor, o processo citado se desenvolveu<br />

em uma sequência de fases como segue abaixo:<br />

− Fase 1 - Ambientalismo Industrial (de 1960 até 1970). Fase intrinsecamente<br />

ligada à superação de assuntos internos e de expediente dos departamentos de logística e<br />

de operações/produção. Havia uma crença na tecnologia e na adequação automática do<br />

mercado às contingências no solucionamento dos problemas, assim, processos de<br />

intervencionismo estatal eram considerados completamente desnecessários e<br />

indesejáveis.)<br />

− Fase 2 - Ambientalismo Regulatório (de 1970 até 1982). Fase de expressiva<br />

preocupação das organizações com as questões de conformidade (compliance) para com<br />

os diplomas de regulação setorial ampla e específica, reflexo dos novos ventos<br />

internacionais de discussão das questões ambientais, documentos de aconselhamento e<br />

plano de ação assinados pelos signatários de acordos multilaterais e a respectiva pressão<br />

nacional interna dos países com vistas a cumprir com o decidido nos acordos assinados.<br />

− Fase 3 - Ambientalismo como responsabilidade social (de 1982 até 1988).<br />

Fase na qual o núcleo de ações das organizações estava motivado na mitigação dos<br />

níveis poluição e redução seguida de tratamento devido dos resíduos decorrentes dos<br />

processos industriais. Esse comportamento foi em grande parte motivado pelo<br />

surgimento de movimentos internacionais de proteção ambiental e o fortalecimento da<br />

discussão ambiental pela comunidade internacional.<br />

− Fase 4 - Ambientalismo Estratégico (de 1988 até 1993). Fase onde as empresas<br />

percebem as oportunidades que podem ser geradas ao buscarem um posicionamento<br />

estratégico (marketing institucional, diferenciação da concorrência, etc.) através da<br />

adoção de políticas de gestão ambiental.<br />

No entendimento de Souza (2002), o modelo de Hoffman (1999) ao encontrar<br />

essa mudança de postura e posicionamento das empresas no que tange às questões<br />

ambientais leva a crer que esse movimento seja uma consequência das pressões<br />

exercidas pela mídia e pelos organismos internacionais no sentido de divulgar a<br />

premência das práticas ambientais de sustentabilidade e pela internalização, adequação<br />

e exploração dos conceitos a estas associadas no sentido de gerarem valor para o<br />

contexto da organização no meio em que atua.<br />

Miranda, Samudio e Dourado (1997) salientam que, conforme a literatura, há<br />

uma evolução das abordagens ou respostas das empresas em relação à questão<br />

ambiental, dependendo da situação prevalecente. Para tanto, os autores dividem essa<br />

evolução em: Abordagem Tradicional e Nova Abordagem.<br />

Na abordagem tradicional, a solução dos problemas ambientais é vista como<br />

obrigação. Assim, utiliza-se a “abordagem reativa” para o tratamento dos problemas

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