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ÁREA TEMÁTICA: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL TÍTULO ... - Engema

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O, assim denominado, Clube de Roma defendia que a questão ambiental não<br />

estava isolada, mas, pelo contrário, intimamente ligada a demais matérias,<br />

principalmente aos sistemas socioeconômico e político internacional. Por outro, era de<br />

entendimento dos participantes que a discussão dessas questões emergentes<br />

sensibilizaria a mídia e o empresariado<br />

O clube encomendou a pesquisadores do .Massachusetts Institute of Technology,<br />

o renomado centro de ciências americano MIT, um relatório completo sobre as questões<br />

emergentes de degradação ambiental e os riscos advindos de um crescimento<br />

econômico sem planejamento ambiental.<br />

Segundo os autores, a ideia era debater questões afetas ao nível de miséria,<br />

destruição de recursos naturais, crescimento sem planejamento de áreas metropolitanas,<br />

desemprego crescente, crises econômicas e injustiças sociais.<br />

Na ótica de Barbieri (2007), a obra Limites do Crescimento representa uma<br />

visão bem desesperançosa em termos de sustentabilidade socioambiental, um<br />

entendimento assemelhado aos fundamentos das teorias de Thomas Malthus e David<br />

Ricardo (MEBRATU, 1998) revistas por demógrafos do Século XX.<br />

A obra sustentaria, na visão do autor, um forte pessimismo no tocante à<br />

capacidade de continuidade da vida humana dada a exaustão de recursos econômicos e<br />

sócias.<br />

Meadows et al. (1972) que, além de autores da obra, também escreveram sobre a<br />

mesma, ressaltam que a modelagem adotada buscava representar de forma universal<br />

pelo menos cinco grandes questões de relevante impacto para a manutenção das<br />

condições de equilíbrio.<br />

Por esse prisma, a crescente urbanização aliada ao desenvolvimento industrial<br />

de alta escala, os incríveis níveis de crescimento populacional da época, o grave quadro<br />

de insegurança alimentar, o trato inadequado dos recursos ambientais e seu decorrente<br />

esgotamento e a destruição da biosfera foram os tópicos sustentáculos na proposição do<br />

modelo desenvolvido.<br />

De fato, o estudo em questão trabalhou com esses múltiplos fatores e seus<br />

pontos de intersecção de forma a deslindar uma matriz de cenários socioeconômicos<br />

para as décadas futuras (Barbieri, 2007).<br />

Na formulação da peça, os pesquisadores buscaram relacionar as origens que<br />

explicam as cinco principais questões citadas, suas interações e consequências para as<br />

gerações futuras.<br />

O estudo assevera que não havendo alterações no quadro geoeconômico e<br />

socioambiental, os níveis de desenvolvimento industrial e crescimento populacional<br />

evoluiriam de forma acelerada, mas na sequência haveria uma severa redução por força<br />

da exaustão dos recursos naturais e do estado de incapacidade da população para se<br />

apresentar como força de trabalho (inanição, fraqueza, condições sanitárias precárias)<br />

(MEADOWS ET AL., 1972).<br />

Para Borges e Tachibana (2005, p. 9), “em todas as simulações apresentadas,<br />

sempre haverá crise de abastecimento decorrente do crescimento econômico, mesmo na<br />

hipótese de reservas ilimitadas de recursos obtidas com progresso técnico, controle de<br />

poluição e de natalidade.”<br />

Frey e Camargo (2003) fazem coro para Borges e Tachibana (2005), quando<br />

comentam que as discussões geradas pelo “Limites do crescimento” foram de<br />

fundamental importância para a preparação e realização da subseqüente Conferência de<br />

Estocolmo de 1972, uma vez que alçou a temática da questão ambiental para o grande<br />

público.

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