ÁREA TEMÁTICA: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL TÍTULO ... - Engema
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aconselhamento e direcionamento de medidas de preservação ambiental em vários<br />
níveis com alcance mundial.<br />
Dentre as medidas adotadas na Agenda 21 estão os indicadores específicos<br />
voltados para os conglomerados humanos, mitigação da miséria e pobreza, ações para<br />
deter processos de desertificação, preservação de fontes de água doce, proteção dos<br />
oceanos, controle da poluição atmosférica. No bojo das recomendações, destacam-se<br />
papéis para associações empresas.<br />
Para Barbieri (2007), a Agenda 21 organizou e aprimorou as iniciativas pré-<br />
CNUMAD de uma forma mais sistemática, com vistas a mensurar e tornar possível a<br />
avaliação das ações setoriais a que se compõe.<br />
Dando continuidade ao processo de regulação internacional para a mitigação dos<br />
efeitos da degradação ambiental que avançou nos últimos três séculos, um passo<br />
seguinte foi dado no sentido de proibir práticas ambientalmente danosas, a aprovação do<br />
Protocolo de Kyoto no ano de 1997. Nas palavras de Borges e Tachibana (2005, p. 7):<br />
É necessário atestar que, a despeito da aprovação do protocolo ainda em 1997 e<br />
da onda de esperanças que o fato desencadeou nos interessados no assunto, a ausência<br />
de grandes poluidores internacionais como os Estados Unidos, a Índia e a China reduziu<br />
a força do tratado.<br />
Só depois de oito anos, em 2005, houve a ratificação do protocolo por todos os<br />
países signatários (141 no total). Na ótica de Barbieri (2007), o acordo representou uma<br />
exponencial evolução no que tange à questão da gestão ambiental, dado, além dos<br />
planos de ação multisetoriais, o surgimento de instrumentos de execução desses planos.<br />
Em seguida, será abordado o desdobramento da questão ambiental no contexto<br />
da gestão de empresas, ou seja, o surgimento de uma nova área de estudos específica na<br />
Administração: a gestão ambiental.<br />
2.2 Gestão ambiental<br />
Em um contexto onde a problemática ligada à questão ambiental tem-se<br />
desenvolvido, assiste-se com o passar do tempo a absorção e adequação do discurso<br />
ecológico nos diversos campos da ciência, não sendo exceção as sociais aplicadas e<br />
mais especificamente a Administração em suas perspectivas privada e pública.<br />
O contexto em questão, contextualizado na perspectiva da discussão de<br />
processos de degradação ambiental intensificando a preocupação com a comentada<br />
sustentabilidade , tem causado impacto direto no núcleo das discussões de temática<br />
organizacional como também no cotidiano do processo administrativo.<br />
Cenário esse que tem levado a Gestão a rever sua estrutura para se adequar ao<br />
paradigma do desenvolvimento sustentável especialmente no tocante a temas onde a<br />
interseção é mais nítida como a gestão logística e de materiais e a administração da<br />
produção e sua intrínseca geração de resíduos.<br />
Além das pressões legais e sociais, as empresas sofrem as pressões de<br />
investidores e compradores. Sharma, Pablo e Vredenburg (1999) subdividem a evolução<br />
das estratégias ambientais em quatro fases: gestação, politização, legislativa e litigação.<br />
A Fase de Gestação (1980-1985) é marcada por grupos ambientalistas que se<br />
mobilizaram para aumentar a consciência social sobre os danos ambientais,<br />
principalmente os causados pelas indústrias de petróleo. Na Fase de Politização (1986-<br />
1987), as empresas limitavam-se a cumprir às legislações pertinentes ao meio ambiente,<br />
mas a temática ambiental começou se inserir.<br />
A Fase Legislativa (1988-1992) caracterizou-se por grandes “eventos críticos”<br />
ocorridos nesse período, intensificando-se a preocupação pública com o meio ambiente