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Prof. Me. Marcos Danilo Chiodi Martins - UniSEB

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<strong>UniSEB</strong> COC<br />

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - QUALIFICAÇÃO<br />

BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO<br />

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:<br />

GESTÃO DO CONHECIMENTO – UMA PROPOSTA DE<br />

UM BA VIRTUAL MULTIPLATAFORMA<br />

Aluno: Otávio Luiz Leite<br />

Orientador: <strong>Prof</strong>. <strong>Me</strong>. <strong>Marcos</strong> <strong>Danilo</strong> <strong>Chiodi</strong> <strong>Martins</strong><br />

RIBEIRÃO PRETO<br />

2011


Otávio Luiz Leite<br />

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:<br />

GESTÃO DO CONHECIMENTO – UMA PROPOSTA DE<br />

UM BA VIRTUAL MULTIPLATAFORMA<br />

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao <strong>UniSEB</strong><br />

COC de Ribeirão Preto, no Curso de Ciência da<br />

Computação, como parte dos requisitos para obtenção do<br />

grau de Bacharel em Ciências da Computação.<br />

Orientador: <strong>Prof</strong>. <strong>Me</strong>. <strong>Marcos</strong> <strong>Danilo</strong> <strong>Chiodi</strong> <strong>Martins</strong><br />

RIBEIRÃO PRETO<br />

2011


L525g<br />

Leite, Otávio Luiz<br />

Ficha Catalográfica<br />

Gestão do conhecimento - uma proposta de um BA virtual<br />

multiplataforma - Ribeirão Preto, 2011.<br />

72 f., il..<br />

Orientador: <strong>Prof</strong>. <strong>Me</strong>. <strong>Marcos</strong> <strong>Danilo</strong> <strong>Chiodi</strong> <strong>Martins</strong>.<br />

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário<br />

UNISEB de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do<br />

Grau de Bacharel em Ciência da Computação sob a orientação do <strong>Prof</strong>.<br />

<strong>Me</strong>. <strong>Marcos</strong> <strong>Danilo</strong> <strong>Chiodi</strong> <strong>Martins</strong>.<br />

1. Gestão do conhecimento. 2. Informação 3. Inteligência Organizacional.<br />

I. Título. II. <strong>Martins</strong> , <strong>Marcos</strong> <strong>Danilo</strong> <strong>Chiodi</strong>.<br />

CDD 658.3<br />

iii


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO<br />

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO<br />

Aluno: Otávio Luiz Leite<br />

Código: 6104<br />

Curso: Ciência da Computação<br />

Semestre/Ano: 8º/2011<br />

Tema: Gestão do Conhecimento – Uma Proposta de um Ba Virtual Multiplataforma<br />

Objetivos pretendidos: Propor uma ferramenta multiplataforma para gestão do conhecimento<br />

em uma organização pública.<br />

_____ /_____ /________ _________________________________________<br />

<strong>Prof</strong>. <strong>Me</strong>. <strong>Marcos</strong> <strong>Danilo</strong> <strong>Chiodi</strong> <strong>Martins</strong><br />

<strong>Prof</strong>essor<br />

_____ /_____ /________ _________________________________________<br />

Otávio Luiz Leite<br />

Aluno<br />

_____ /_____ /________ _________________________________________<br />

<strong>Prof</strong>. <strong>Me</strong>. Paulo César de Carvalho Dias<br />

Coordenador<br />

_____ /_____ /________ _________________________________________<br />

<strong>Prof</strong>. Reginaldo Arthus<br />

Vice-Reitor<br />

iv


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO<br />

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO – FATCC<br />

Tema do trabalho: Gestão do Conhecimento – Uma Proposta de um Ba Virtual<br />

Multiplataforma.<br />

Data da apresentação: _____ /_____ /________<br />

Horário: ____________<br />

Local: _____________________________________________________________________<br />

Comissão Julgadora:<br />

1) <strong>Prof</strong>essor Orientador: ______________________________________________________<br />

2) <strong>Prof</strong>essor da Área: _________________________________________________________<br />

3) <strong>Prof</strong>essor Convidado: ______________________________________________________<br />

v


Folha de pontuação<br />

Fatores de avaliação Pontuação (0.0 a 2.0)<br />

1. Atualidade e relevância do tema proposto.<br />

2. Linguagem técnica utilizada em relação ao tema e aos<br />

objetivos, e competência lingüística.<br />

3. Aspectos metodológicos e formais da editoração do<br />

trabalho escrito - seqüência lógica e coerência interna.<br />

4. Revisão Bibliográfica realizada em relação ao tema<br />

pesquisado.<br />

5. Apresentação oral – segurança e coerência em<br />

relação ao trabalho escrito.<br />

Média: _______________ ( _________________________________________________ )<br />

Assinaturas dos membros da Comissão Julgadora:<br />

1) _____ /_____ /________ ____________________________________________________<br />

2) _____ /_____ /________ ____________________________________________________<br />

3) _____ /_____ /________ ____________________________________________________<br />

vi


Dedicatória<br />

vii<br />

À minha família.


AGRADECIMENTOS<br />

Não poderia deixar de agradecer, além do meu orientador <strong>Marcos</strong> <strong>Danilo</strong> <strong>Chiodi</strong> <strong>Martins</strong>,<br />

estas pessoas, que tiveram influência decisiva nesta minha trajetória acadêmica:<br />

Carlos Henrique Odenique Jardim (Linguagem e Laboratório de Programação, Estrutura de<br />

Dados, Ordenação e Pesquisa de Dados, Paradigmas de Programação II, Análise e Projeto<br />

de Sistemas, Teoria da Computação e Linguagens Formais, Compiladores e Sistemas<br />

Operacionais II)<br />

Celso Luiz Franzotti (Física para Computação I e II)<br />

Daniel Lobato (Estrutura de Dados)<br />

Daniel Pires (Paradigmas de Programação I e Teoria dos Grafos e Aplicações)<br />

Elaine Risques (Estudo Técnico da Língua Inglesa I e II)<br />

Henrique Fabricio Gagliardi (Tecnologias Web e Programação para Dispositivos Móveis)<br />

Iara Santiago (Redação e Interpretação de Textos I e II)<br />

Janaina Cintra Abib (Algoritmos e Programação de Computadores e Modelagem de Sistemas)<br />

Jean-Jacques Georges Soares De Groote (Cálculo Diferencial e Integral Aplicado I e II)<br />

Luciana Tarlá (Princípios de Lógica e Matemática Discreta)<br />

Lucio Andre de Castro Jorge (Inteligência Computacional, Processamento Digital de Imagem,<br />

Computação Gráfica e Realidade Virtual, Programação Concorrente e Tópicos de<br />

Inteligência Artificial)<br />

Mara Cristina Castelli (<strong>Me</strong>todologia Científica e Empreendedorismo e Novos Negócios)<br />

<strong>Marcos</strong> <strong>Danilo</strong> <strong>Chiodi</strong> <strong>Martins</strong> (Engenharia de Software I e II)<br />

Neide Maria Bertoldi Franco (Geometria Analítica, Álgebra Linear e Métodos Numéricos)<br />

Patrícia Magna (Arquitetura de Computadores I e II, Organização de Computadores e Trabalho de<br />

Conclusão de Curso I)<br />

Paulo César de Carvalho Dias (Circuitos e Sistemas Digitais, Microprocessadores e<br />

Microcontroladores, Sistemas Operacionais I, Estágio Supervisionado I e II, Redes de<br />

Computadores I e II e Segurança de Redes)<br />

Reginaldo Aparecido Gotardo (Banco de Dados I e II, Complexidade e Técnicas Avançadas de<br />

Algoritmos, Interação entre Usuário e Computador e Informática e Sociedade)<br />

Ricardo A. Coppola Germanos (Sistemas Distribuídos e Trabalho de Conclusão de Curso II)<br />

Thiago Wellington J. de Almeida (Extração e Análise de Conhecimentos em Banco de Dados)<br />

Wagner Aparecido Cavali (Probabilidade e Estatística e Processos Estocásticos)<br />

viii


A grande finalidade do conhecimento<br />

ix<br />

não é conhecer, mas agir.<br />

Thomas Henry Huxley


LEITE, Otávio Luiz. Gestão do Conhecimento – Uma Proposta de um Ba Virtual<br />

Multiplataforma. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Ciência da Computação.<br />

Centro Universitário UNISEB. Ribeirão Preto, 2011. 72 f.<br />

RESUMO<br />

Em virtude da multiplicidade de informação e de suas inúmeras fontes, a gestão do<br />

conhecimento tem sido tema recorrente na atual sociedade, seja no primeiro (governamental),<br />

segundo (privado) ou terceiro setor (entidades sem fins lucrativos ligadas a filantropia). Dada<br />

esta relevância, este trabalho teve como objetivo pesquisar a utilização de ferramental<br />

destinado a este contexto. Neste estudo, a escolha foi direcionada para as tecnologias web.<br />

Além do baixo investimento, tais tecnologias tem outro importante atrativo: a fácil assimilação.<br />

Além de avaliar o contexto de uma instituição pública, identificando uma determinada<br />

necessidade, foi proposta uma ferramenta que terá a finalidade de atuar como um Ba virtual<br />

para gerenciamento de um processo, além de todo o conhecimento neste gerado.<br />

Palavras chaves: gestão do conhecimento, informação, inteligência organizacional.<br />

x


LEITE, Otávio Luiz. Gestão do Conhecimento – Uma Proposta de um Ba Virtual<br />

Multiplataforma. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Ciência da Computação.<br />

Centro Universitário UNISEB. Ribeirão Preto, 2011. 72 f.<br />

ABSTRACT<br />

Due to the multiplicity of information and its numerous sources, knowledge management has<br />

been a recurring theme in present society, is in the first (governmental), second (private) or<br />

third sector (non-profit entities linked to Philanthropy). Given this relevance, this work was<br />

aimed at researching the use of tooling for this context. In this study, the choice was directed to<br />

web technologies. In addition to the low investment, such technology has another important<br />

attractive: a good usability. Besides evaluating the context of a public institution, identifying a<br />

particular need, was proposed a tool designed to act as a virtual Ba to manage a process, as well<br />

as all the knowledge generated from this tool.<br />

Keywords: knowledge management, information, organizational intelligence.<br />

xi


LISTA DE IMAGENS<br />

01 – Figura 1 - As duas dimensões da criação do conhecimento ................................................ 6<br />

02 – Figura 2 – Modelo SECI ..................................................................................................... 7<br />

03 – Figura 3 – Utilização das Ferramentas de Gestão do Conhecimento ............................... 11<br />

03 – Figura 4 – Departamentos mais importantes no processo ................................................ 14<br />

04 – Caso de Uso - UC1 Indicação do Prefeito ........................................................................ 19<br />

05 – Caso de Uso - UC2 Habilitação Técnica do Município ................................................... 20<br />

06 – Caso de Uso - UC3 Elaboração da Peça Técnica ............................................................. 21<br />

07 – Caso de Uso - UC4 Licitação ........................................................................................... 22<br />

08 – Caso de Uso - UC5 Habilitação ........................................................................................ 24<br />

09 – Caso de Uso - UC6 Análise Final ..................................................................................... 25<br />

10 – Caso de Uso - UC7 Diário de Obra .................................................................................. 26<br />

11 – Caso de Uso - UC8 Entrega da Obra ................................................................................ 26<br />

12 – Caso de Uso - UC9 Prestação de Contas .......................................................................... 27<br />

13 - Protótipo da Ferramenta UC1-1 ........................................................................................ 32<br />

14 - Protótipo da Ferramenta UC1-2 ........................................................................................ 33<br />

15 - Protótipo da Ferramenta UC2 ........................................................................................... 33<br />

16 - Protótipo da Ferramenta UC3-1 ........................................................................................ 34<br />

17 - Protótipo da Ferramenta UC3-2 ........................................................................................ 34<br />

18 - Protótipo da Ferramenta UC3-3 ........................................................................................ 35<br />

19 - Protótipo da Ferramenta UC4-1 ........................................................................................ 35<br />

20 - Protótipo da Ferramenta UC4-2 ........................................................................................ 36<br />

21 - Protótipo da Ferramenta UC4-3 ........................................................................................ 36<br />

22 - Protótipo da Ferramenta UC5-1 ........................................................................................ 37<br />

23 - Protótipo da Ferramenta UC5-2 ........................................................................................ 37<br />

24 - Protótipo da Ferramenta UC6-1 ........................................................................................ 38<br />

25 - Protótipo da Ferramenta UC6-2 ........................................................................................ 38<br />

26 - Protótipo da Ferramenta UC6-3 ........................................................................................ 39<br />

27 - Protótipo da Ferramenta UC7 ........................................................................................... 39<br />

28 - Protótipo da Ferramenta UC8-1 ........................................................................................ 40<br />

29 - Protótipo da Ferramenta UC8-2 ........................................................................................ 40<br />

30 - Protótipo da Ferramenta Obra Finalizada (fim do processo) ............................................ 41<br />

xii


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

01 - 3M ............................................................................ Minnesota Mining and Manufacturing<br />

02 – BB ................................................................................................................. Banco do Brasil<br />

03 – BP ............................................................................................................. British Petroleum<br />

04 – CEF ............................................................................................... Caixa Econômica Federal<br />

05 – CND ......................................................................................... Certidão Negativa de Débito<br />

06 – CNPq ........................... Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico<br />

07 – ECT ................................................................. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos<br />

08 – HP .............................................................................................................. Hewlett-Packard<br />

09 – IBM .................................................................................... International Business Machines<br />

10 – IHC ...................................................................................... Interface Homem Computador<br />

11 – IPEA ................................................................... Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada<br />

12 – OCDE ................................ Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico<br />

13 – OSL ...................................................................................... Ordem de Serviço de Licitação<br />

14 – SECI ....................................... Socialização, Externalização, Combinação e Interiorização<br />

15 – SWEBOK .......................................................... Software Engineering Body of Knowledge<br />

16 – UC .................................................................................................. Use Case (Caso de Uso)<br />

xiii


SUMÁRIO<br />

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................... 1<br />

1.1 - Contexto ................................................................................................................ 1<br />

1.2 - Motivação ............................................................................................................. 2<br />

1.3 - Objetivo ................................................................................................................ 2<br />

CAPÍTULO 2 - GESTÃO DO CONHECIMENTO ............................................................ 3<br />

2.1 – Teoria do Conhecimento - Tácito - Explícito ....................................................... 4<br />

2.2 – O Modelo SECI ................................................................................................... 6<br />

2.3 – O Conceito de Ba ................................................................................................. 8<br />

2.4 – O Sistema de Preços ............................................................................................. 8<br />

2.5 – Aplicação Desses Modelos nas Organizações ..................................................... 9<br />

2.5.1 - O Modelo da BP Exploration ................................................................... 9<br />

2.5.2 - O Modelo da Microsoft ............................................................................ 9<br />

2.5.3 - O Modelo da 3M .................................................................................... 10<br />

2.6 – Ferramentas de Gestão do Conhecimento ......................................................... 11<br />

CAPÍTULO 3 - LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES ............................................ 12<br />

3.1 – <strong>Me</strong>todologia Utilizada ....................................................................................... 12<br />

3.2 – Estudo de Caso .................................................................................................. 13<br />

3.2.1 - Empresa A - Setor Privado .................................................................... 13<br />

3.2.2 - Empresa B - Setor Privado ..................................................................... 14<br />

3.3 – Justificativa e Objetivos com o Estudo de Caso ................................................ 17<br />

CAPÍTULO 4 - ENGENHARIA DE SOFTWARE ........................................................... 18<br />

4.1 – Ciclo de Vida ..................................................................................................... 18<br />

4.2 – <strong>Me</strong>todologias ..................................................................................................... 18<br />

4.3 – Objetivos da Ferramenta ................................................................................... 19<br />

4.3.1 - UC 1 - Indicação do Prefeito ................................................................ 19<br />

4.3.2 - UC 2 - Habilitação Técnica do Município ............................................ 20<br />

xiv


4.3.3 - UC 3 - Elaboração da Peça Técnica ...................................................... 21<br />

4.3.4 - UC 4 - Licitação .................................................................................... 22<br />

4.3.5 - UC 5 - Habilitação ................................................................................ 24<br />

4.3.6 - UC 6 - Análise Final ............................................................................. 25<br />

4.3.7 - UC 7 - Diário de Obra ........................................................................... 26<br />

4.3.8 - UC 8 - Entrega da Obra ........................................................................ 26<br />

4.3.9 - UC 9 - Prestação de Contas .................................................................. 27<br />

4.4 – IHC (Interface Humano Computador) ......................................................... 28<br />

4.4.1 - As Heurísticas de Nielsen ....................................................................... 29<br />

CAPÍTULO 5 - PROTÓTIPO DA FERRAMENTA ........................................................ 31<br />

5.1 – O Modelo de Caso de Uso ................................................................................. 31<br />

5.2 – O Protótipo da Ferramenta ................................................................................. 32<br />

CAPÍTULO 6 - CONCLUSÃO ............................................................................................ 42<br />

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 43<br />

Apêndice A - DOCUMENTO DE REQUISITOS ............................................................... 46<br />

xv


1.1 Contexto<br />

CAPÍTULO 1<br />

INTRODUÇÃO<br />

Não é de hoje que corporações ou instituições buscam pela Gestão do Conhecimento.<br />

Há décadas empresas do calibre da HP investem na pesquisa e desenvolvimento de ferramentas<br />

com o objetivo de gerir melhor o seu conhecimento. Um exemplo disso, é que em meados dos<br />

anos 90, a HP já utilizava sua rede intranet para discussão de projetos em andamento, pois se<br />

trata de uma corporação com inúmeras divisões espalhadas pelo mundo e essas divisões, como<br />

política da própria corporação, sempre privilegiaram a independência dessas divisões. Assim,<br />

um cientista que estivesse desenvolvendo determinado projeto de pesquisa, poderia estar<br />

buscando uma informação que outro cientista do outro lado do mundo, também estivesse na<br />

mesma linha de pesquisa (DAVENPORT & PRUSAK, 1998).<br />

Essa simples mudança da maneira de compartilhar informações fez com milhares de<br />

horas fossem economizadas e avanços significativos fossem alcançados.<br />

O sucesso foi tanto que em pouco tempo já estavam implantando diversas ferramentas<br />

para gerenciar o conhecimento da corporação; um que mereceu destaque foi o HP Networks<br />

News que permitia que qualquer revendedor de computadores HP obtivessem o conhecimento<br />

sobre produtos e serviços sem ter fazer um único telefonema (DAVENPORT & PRUSAK,<br />

1998). E estamos falando de uma época que a internet mal era conhecida pelos usuários<br />

comuns.<br />

Diversas corporações podem ser citadas como referência nessa busca pela gestão do<br />

conhecimento desde os primórdios dessa área, como por exemplo, a Buckman Laboratories,<br />

que utilizou repositórios para armazenagem de documentos e discussões do conhecimento<br />

sobre clientes, produtos e concorrentes; Ernest & Young, Andersen Consulting, Price<br />

Waterhouse e Coopers & Lybrand que há muito gerenciam milhares de banco de dados que<br />

reúnem conhecimento não só de seus clientes, mas sobretudo, sobre a prestação de serviços<br />

prestados a esses clientes, portanto, de valor inestimável para futuros trabalhos; a Chrysler<br />

criou o seu Livro do Conhecimento que se referia a um conjunto de lições aprendidas em todos<br />

os seus projetos, ou seja, o que funcionou e o que não funcionou; isso serviu como diretriz para<br />

1


os novos projetos melhorando o que deu certo evitando o que deu errado, aprendendo com<br />

esses erros. E isso para citar apenas alguns (DAVENPORT & PRUSAK, 1998).<br />

Relevantes avanços foram alcançados deste então, seja na tecnologia, seja nos processos<br />

que utilizam essa tecnologia.<br />

1.2 Motivação<br />

É fato que gerir toda essa massa de informação que as organizações possuem para<br />

extrair o que deverá ter relevância, ou seja, conhecimento não só é necessário, mas obrigatório<br />

e certamente precisarão de ferramentais que facilitem essa interação para poder gerar valor para<br />

si, para as corporações onde estão inseridos e por último ao país.<br />

E é daí que vem o valor da riqueza de uma organização. Este valor é diretamente<br />

proporcional aos seus ativos intangíveis, entre os principais, o conhecimento tácito de seus<br />

funcionários (SKYRME, 1998). Assim, em tese, quanto maior o tempo que a organização está<br />

no mercado, maior será seu conhecimento acumulado.<br />

Claro que isso dependerá de sua cultura, metodologia, boas práticas entre outros fatores.<br />

Ainda que muitas vezes seja intangível, o conhecimento é um dos ativos mais valorosos numa<br />

organização e esta tem de reconhecer que geri-lo é fundamental e merece o mesmo esforço que<br />

o engendrado para os ativos tangíveis (DAVENPORT & PRUSAK, 1998).<br />

1.3 Objetivo<br />

Desenvolver um protótipo de ferramenta capaz de atender a gestão do conhecimento de<br />

uma organização gerenciar o andamento de projetos, que seja multiplataforma e que tenha um<br />

custo de investimento baixo, sendo portanto, acessível a organizações que não disponham de<br />

grande orçamento para investir em ferramentas de gestão dessa natureza.<br />

Para conseguir atingir tal objetivo, será proposta uma ferramenta multiplataforma (o Ba<br />

- NONAKA e TAKEUCHI (2008) virtual) com filosofia de código aberto (open source), que<br />

seja capaz de receber informações técnicas e tácitas - resultado de suas experiências em campo<br />

e de discussão em reuniões de brainstorming - inseridas pelos participantes ao longo do<br />

processo e cujas informações possam criar conhecimento para que este processo seja<br />

melhorado constantemente num ciclo virtuoso conforme proposto no modelo SECI de<br />

NONAKA e TAKEUCHI (1995).<br />

2


CAPÍTULO 2<br />

GESTÃO DO CONHECIMENTO<br />

Neste trabalho será abordada a gestão do conhecimento no ambiente corporativo<br />

privado e público, entretanto, é fundamental ter uma definição bastante consistente sobre o que<br />

realmente significa gerir conhecimento no ambiente corporativo.<br />

Segundo DRUCKER (1999, apud DAVENPORT & PRUSAK, 1998), conhecimento<br />

“São dados interpretados, dotados de relevância e propósito”. NONAKA e TAKEUSHI (2008),<br />

definem que “o conhecimento, diferentemente da informação, refere-se a crenças e<br />

compromisso”. DAVENPORT & PRUSAK (1998) definiram de maneira bastante apropriada<br />

que “o conhecimento pode ser comparado a um sistema vivo, que cresce e se modifica à<br />

medida que interage com o meio ambiente”.<br />

Iniciando pelo elemento básico, o dado. Neste contexto, segundo DAVENPORT &<br />

PRUSAK (1998), dados representam um conjunto de fatos distintos e objetivos e que estão<br />

relacionados a eventos. Em termos mais técnicos, são registros estruturados resultantes de<br />

transações, como por exemplo, uma livraria vende um livro. O resultado dessa venda ou<br />

transação pode ser considerado um dado, DAVENPORT & PRUSAK (1998). Os dados em si,<br />

no entanto, não possuem significado relevante; eles descrevem apenas um momento passado.<br />

Assim, embora considerados matéria-prima de qualquer processo a ser mapeado, apenas dispor<br />

desses dados, não significa que eles dirão o que deve ser feito ou que decisão deverá ser<br />

tomada, mas são fundamentais na construção da informação.<br />

Ainda segundo DAVENPORT & PRUSAK (1998), a informação, por sua vez, como a<br />

própria origem etnologia indica, tem como papel dar forma aos dados observados, ou seja, ela<br />

passa a ter um significado. Mas, para que essa informação seja criada é necessário<br />

considerarmos diversos métodos, como:<br />

1. Contextualizar: os dados coletados. É fundamental definir a finalidade que os dados<br />

coletados terão;<br />

2. Categorizar: significa estabelecer o domínio dos dados, as unidades que estes deverão<br />

ser analisados;<br />

3. Calcular: este processo determina se o seu tratamento será através de mecanismos<br />

matemáticos ou estatísticos, por exemplo;<br />

3


4. Corrigir: tratar erros que eventualmente possam ocorrer durante o processo;<br />

5. Condensar: para que os dados possam ser resumidos para um modelo mais conciso,<br />

exemplo, um relatório de vendas global.<br />

O conhecimento, que tem como matéria-prima a informação, já foi definido por<br />

diversos epistemólogos, entretanto, a que melhor pareceu adequada ao contexto deste trabalho<br />

foi a de DAVENPORT & PRUSAK (1998):<br />

Conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação<br />

contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para avaliação e<br />

incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na<br />

mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em<br />

documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas<br />

organizacionais.<br />

Este conceito é um dos princípios em que está baseada a teoria do conhecimento de<br />

NONAKA e TAKEUCHI (2008). E isso é visível em qualquer instituição que se estuda. Em<br />

geral, o conhecimento, na maioria delas reside na cabeça de poucas pessoas.<br />

Ainda segundo DAVENPORT & PRUSAK (1998), o conhecimento, dependendo da<br />

abordagem, pode ser encarado como um processo ou ainda como um ativo dentro da<br />

organização e cabe aos seres humanos o trabalho de transformá-lo, por meio de:<br />

1. Comparação: analisar de que maneira as informações de um determinado<br />

conhecimento se relaciona com outras situações já conhecidas;<br />

2. Conseqüências: qual é o impacto ou as implicações que tais informações trarão para a<br />

corporação se uma decisão for tomada baseada nelas;<br />

3. Conexões: quais são as relações que tal conhecimento possui em relação a outros<br />

conhecimentos que já estão integrados ao domínio;<br />

4. Conversação: quais os pontos de vista que as pessoas da organização têm em relação a<br />

este novo conhecimento.<br />

2.1 Teoria do Conhecimento - Tácito - Explícito<br />

Uma das etapas mais importantes da transformação é converter o conhecimento tácito<br />

para o explícito, ou seja, converter todo aquele conhecimento empírico que invariavelmente é<br />

difícil de se explicar, para o conhecimento explícito, que possui características de estruturação;<br />

simples de se compreender e armazenar pela maioria da pessoas que estão em seu domínio.<br />

Quando convertido e devidamente armazenado, o conhecimento explícito torna-se de<br />

fácil recuperação e interpretação. Para exemplificar, seria como aprender com o nosso pai<br />

4


como pescar um peixe, conhecimento tácito que nos é passado quando pequenos, para um<br />

documento digital estruturado, com facilidades de busca e cheio de arquivos de ajuda.<br />

Como a própria origem indica o conhecimento tácito (do latin, tacitus, que significa<br />

aquele que cala, que fica em silêncio) está dentro da cabeça de quem o possui. Nesse sentido<br />

são dois os desafios a serem vencidos, primeiro que o dono do conhecimento tácito tem que<br />

estar disposto a ceder esse conhecimento, segundo que ele também deverá ser capaz de traduzir<br />

conceitos muitas vezes abstratos e não estruturado para uma forma compreensível e de fácil<br />

acesso a outros que necessitem do mesmo.<br />

Segundo SCHÖN (1997, p. 82) referenciando POLANYI (1966), uma das referências<br />

mais importantes no estudo do conhecimento tácito e que foi um filósofo e polímata húngaro-<br />

britânico, definiu, o conhecimento tácito, da seguinte maneira (apud DUARTE, 2003):<br />

... espontâneo, intuitivo, experimental, conhecimento cotidiano, do tipo revelado pela<br />

criança que faz um bom jogo de basquetebol, (…) ou que toca ritmos complicados no<br />

tambor, apesar de não saber fazer operações aritméticas elementares. Tal como um<br />

aluno meu me dizia, falando de um seu aluno: Ele sabe fazer trocos, mas não sabe<br />

somar os números. Se o professor quiser familiarizar-se com este tipo de saber, tem de<br />

lhe prestar atenção, ser curioso, ouvi-lo, surpreender-se, e atuar como uma espécie de<br />

detetive que procura descobrir as razões que levam as crianças a dizer certas coisas.<br />

Esse tipo de professor se esforça por ir ao encontro do aluno e entender o seu próprio<br />

processo de conhecimento, ajudando-o a articular o seu conhecimento-na-ação com o<br />

saber escolar. Este tipo de ensino é uma forma de reflexão-na-ação que exige do<br />

professor uma capacidade de individualizar, isto é, de prestar atenção a um aluno,<br />

mesmo numa turma de trinta, tendo a noção do seu grau de compreensão e das suas<br />

dificuldades.<br />

O maior desafio de todos na gestão do conhecimento: transformar o conhecimento<br />

tácito em conhecimento explícito, NONAKA e TAKEUCHI (2008). Foi dessa necessidade que<br />

surgiu a teoria do conhecimento proposta por NONAKA e TAKEUCHI (1995), que desenha as<br />

duas dimensões do conhecimento, a dimensão epistemológica, onde o conhecimento transita de<br />

tácito para explícito, e a dimensão ontológica, que se refere aos níveis por onde o conhecimento<br />

flui, ou seja, do indivíduo para a organização, conforme pode ser visto abaixo.<br />

5


Figura 1 - As duas dimensões da criação do conhecimento<br />

Quadro reelaborado que representa as duas dimensões do conhecimento, segundo NONAKA &<br />

TAKEUCHI, (1997, p. 55)<br />

É importante ressaltar que, embora o modelo apresentado acima ter sido construído no<br />

formato de eixos cartesianos, não significa que ocorre uma evolução ascendente e da esquerda para<br />

a direta, na verdade o a evolução ocorre em espiral, conforme demonstrado no Modelo SECI.<br />

2.2 O Modelo SECI<br />

Existem muitos trabalhos de pesquisa que tentam identificar mapear formas de<br />

conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito, como (McADAM;<br />

McCREEDY, 2000), (McINERNEY, 2002), (SPENDER; SCHERER, 2007), (THOMPSON;<br />

WALSHAM, 2004), (DAVENPORT & PRUSAK, 1998), para citar alguns. (NONAKA E<br />

TAKEUCHI, 1997), por exemplo, trouxeram um conceito novo, eles criaram o modelo SECI.<br />

Trata-se de um modelo inserido num plano bidimensional, epistemológico (1) e ontológico (2) e<br />

propõe que quando há interação entre conhecimento tácito e explícito em determinados níveis é<br />

possível não só transformar o conhecimento tácito em conhecimento explícito como também<br />

criar novo conhecimento em uma “espiral de criação” contínua. As bases do modelo SECI são:<br />

_____________<br />

(1) Epistemológico: Relativo a epistemologia, termo também conhecido como teoria do conhecimento, tem origem<br />

do grego Episteme, ou ciência, conhecimento + Logus, estudo, ou seja, estudo do conhecimento.<br />

(2) Ontológico: Relativo à ontologia, do grego Ontos + Logus, ou seja, conhecimento do ser. Parte da filosofia que<br />

trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral<br />

6


1. Socialização. Onde os interessados na troca de conhecimento utilizam-se de<br />

mecanismos de socialização, uma boa conversa em pessoa, para trocarem informações,<br />

desenvolvendo com isso conceitos próprios sobre o domínio em questão;<br />

2. Externalização. Esta etapa consiste na capacidade de articular o conhecimento tácito de<br />

modo que o interlocutor possa compreender captar a essência do assunto tratado e poder<br />

extrair significado do mesmo.<br />

3. Combinação. Este processo refere-se a troca de conhecimento tácito entre<br />

interlocutores e que eventualmente resultará em um novo conhecimento tácito e que<br />

através de combinação ou processamento poderá ser explicitado, ou seja, armazenado<br />

de forma estruturada para futuras consultas;<br />

4. Interiorização. Aqui o ciclo se fecha, fazendo com que o conhecimento explícito<br />

armazenado possa retornar aos interlocutores para reaproveitamento como<br />

conhecimento tácito e, futuramente, retornar aprimorado na forma de conhecimento<br />

explícito num ciclo contínuo de aprimoramento.<br />

Figura 2 - Modelo SECI<br />

Quadro reelaborado que representa a espiral do conhecimento, segundo NONAKA & TAKEUCHI, (1997, p. 80)<br />

7


2.3 O Conceito de Ba<br />

A proposta de NONAKA E TAKEUCHI (2008) com o modelo SECI foi tornar esse<br />

conceito mais próximo das pessoas, a solução foi associar o modelo SECI ao Ba, termo de<br />

origem japonesa e que significa literalmente “porto”. A analogia, segundo NONAKA E<br />

TAKEUCHI (2008), é que desde a época dos fenícios, um porto, significa não apenas um local<br />

onde mercadorias chegam e partem, mas também, é um excelente contexto para que pessoas de<br />

diversas nacionalidades troquem conhecimento e experiências.<br />

O conceito de Ba foi abordado pela primeira vez pelo filósofo japonês Kitaro, 1970<br />

numa época em que o Japão buscava se firmar entre a industrialização que corria o mundo e<br />

seus valores tradicionais. Para se alinhar com os avanços tecnológicos sem, entretanto, abrir<br />

mão dos seus conhecimentos milenares ele propôs o Ba, que posteriormente foi desenvolvido<br />

por SHIMIZ, 1995.<br />

NONAKA e TAKEUCHI (1995), simplesmente adaptaram esse conceito de Ba ao seu<br />

modelo SECI como forma de sistematizar a geração de conhecimento.<br />

2.4 O Sistema de Preços<br />

A ferramenta que está sendo proposta aproveita o modelo SECI de NONAKA e<br />

TAKEUCHI (1995), além disso foi considerado o chamado “Sistema de Preços”<br />

(DAVENPORT & PRUSAK, 1998) que está intrinsecamente relacionado à predisposição dos<br />

donos desse conhecimento em “vendê-lo”.<br />

Existem aspectos que o indivíduo considera no hora da “venda”, segundo<br />

DAVENPORT & PRUSAK (1998), o primeiro deles é a Reciprocidade; “o que eu vou ganhar<br />

em troca de ceder o meu conhecimento?”. De acordo com essa tese, para que um indivíduo<br />

possa ceder o seu conhecimento, este deverá receber algo em troca, seja um conhecimento que<br />

o primeiro não possui, seja conseguindo vantagens em seu meio ambiente. Outro aspecto que<br />

impacta na batalha cotidiana pelo conhecimento é a Reputação. Todo indivíduo quer ser<br />

reconhecido como referência na detenção de determinado conhecimento. Isso fará com que sua<br />

reputação seja valorizada e indiretamente ele poderá “vender” ou “trocar” por outros ativos de<br />

valor. Um exemplo clássico desse perfil é o Consultor que, quanto melhor for a sua reputação,<br />

mais este receberá pelo seu conhecimento.<br />

Certamente existe um número, embora reduzido, de indivíduos com perfil Altruísta,<br />

que passa o seu conhecimento simplesmente por gostar de compartilhá-lo.<br />

8


O quarto fator, ainda segundo DAVENPORT & PRUSAK (1998), que estabelece<br />

relação de valor com os proprietários de conhecimento tácito é a Confiança. De maneira geral,<br />

em um ambiente, onde impera a confiança, os membros da organização se sentirão à vontade<br />

para compartilhar seus conhecimentos, pois não correrão o risco de terem esse conhecimento<br />

usurpado em nome da ambição e encontrarão ressonância nos outros membros que também<br />

estarão dispostos a compartilhar os seus. Em uma organização onde o trabalho em equipe tem<br />

precedência ao talento individual, as chances de realização de “bons negócios” no campo do<br />

conhecimento são bem maiores.<br />

2.5 Aplicação Desses Modelos nas Organizações<br />

Para manter a competitividade, inúmeras organizações buscam a gestão do<br />

conhecimento e se utilizam dos modelos mencionados anteriormente, adaptando estes modelos<br />

ao seu contexto.<br />

Os modelos a seguir foram descritos por DAVENPORT & PRUSAK (1999).<br />

2.5.1 O Modelo da BP Exploration<br />

A BP Exploration é uma subsidiária da BP (British Petroleum) tinha uma necessidade<br />

de integrar suas diversas unidades espalhadas pelo mundo e compartilhar conhecimento tácito<br />

contido em cada uma delas. Era uma proposta para tornar uma empresa multinacional com<br />

características de empresa pequena que toma decisões rápidas.<br />

Em 1994 foi lançado um projeto que foi denominado de Programa de Trabalho em<br />

Equipe Virtual. Nesse programa foram utilizados diversos itens de tecnologia, como<br />

videoconferência, digitalização de documentos, correio eletrônico multimídia e internet, que<br />

permitiu a troca de experiência entre os técnicos, aumentando consideravelmente o<br />

conhecimento corporativo e reduzindo consideravelmente os custos nas soluções de problemas.<br />

Esse aumento se deve ao fato que a maioria das interações foram feitas cara a cara, ainda que<br />

de forma virtual.<br />

2.5.2 O Modelo da Microsoft<br />

A Microsoft em 1995 começou um projeto que tinha como objetivo estabelecer as<br />

relações entre os funcionários e seus respectivos cargos que ocupavam além de associar esses<br />

9


cargos a conhecimentos inerentes a esses cargos e a organização. Com isso, pretendiam colocar<br />

as pessoas certas nas atividades que elas pudessem produzir mais num primeiro momento e<br />

posteriormente fomentar a disseminação dos diversos conhecimentos da empresa, a medida que<br />

o funcionário fosse subindo na hierarquia, assim, ele estaria familiarizado com estrutura<br />

organizacional, produtos e serviços e obviamente pronto a dar idéias, soluções e propor novos<br />

produtos, pois conheceria bem o contexto.<br />

A empresa possui quatro níveis de competências (básico, funcional, de liderança e<br />

especializado) que vai aumentando conforme o funcionário avança na hierarquia e seus<br />

conhecimentos vão aumentando. No total são 137 competências implícitas, que se referem a<br />

habilidades que estão mais associadas ao conhecimento tácito e 200 explícitas, que são<br />

avaliadas em reuniões de avaliação entre cada funcionário e seu respectivo supervisor; só que<br />

neste modelo todos da equipe podem participar da avaliação. Após as avaliações os dados vão<br />

para uma base que pode ser consultada no futuro, por exemplo, por um gerente que esteja<br />

montando um time para desenvolver um determinado projeto, conseqüentemente ele terá o<br />

melhor time com possibilidades de desenvolver melhores produtos.<br />

2.5.3 O Modelo da 3M<br />

A 3M possui um modelo bastante representativo da importância da gestão do<br />

conhecimento e como esse trabalho pode resultar em lucro. Dos mais de sessenta mil produtos<br />

que a empresa comercializa no mundo todo 30% do seu lucro vem de produtos com menos de 4<br />

anos do lançamento. Em 1996 a 3M criou mais de quatrocentos produtos novos.<br />

Para atingir uma força de criação dessa magnitude o compartilhamento do<br />

conhecimento é crucial, pois novos produtos, na maioria das vezes, vem de ideias já existentes<br />

(DAVENPORT & PRUSAK, 1999). A própria política da empresa já estimula esse poder de<br />

inovação, pois, muito antes do Google existir, a 3M já destinava aos funcionários quinze por<br />

cento do seu tempo de trabalho, para pesquisas de interesse pessoal. O processo conta também<br />

com um encontro mensal do conselho que representa os laboratórios de pesquisa da empresa,<br />

para trocarem ideias, além disso, existe um fórum anual de cientistas e técnicos que promovem<br />

seus conhecimentos em um evento que dura três dias. Todo esse conhecimento gerado na<br />

socialização de seus funcionários, a 3M disponibiliza em uma intranet para outros<br />

pesquisadores possam acessar. E foi desse modelo que saíram invenções como a fita Scotch,<br />

10


que foi inventada por um vendedor de lixas, Dick Drew e o Post-It, inventado por Art Fry, idéia<br />

que surgiu numa troca de memorandos com outro cientista da organização.<br />

2.6 Ferramentas de Gestão do Conhecimento<br />

Conforme pode ser observado nos modelos apresentados, não existe uma ferramenta<br />

única e com destinação exclusiva para a gestão do conhecimento. Na verdade as ferramentas<br />

são apenas o catalisador das políticas engendradas pelas instituições que as utilizam.<br />

Entretanto, existem uma convergência dessas ferramentas para as tecnologias web, por sua<br />

facilidade de implementação e principalmente integração de ambientes heterogêneos.<br />

As ferramentas de gestão do conhecimento mais utilizadas, segundo GELENSKI (2010)<br />

são mostradas no gráfico abaixo. O mais curioso é em relação à fonte desta informação, que faz<br />

parte de um grande projeto colaborativo de gestão do conhecimento aberto e que foi criado por<br />

uma brasileira, Fernanda Viégas para a IBM Research.<br />

Figura 3 - Utilização das Ferramentas de Gestão do Conhecimento<br />

Quadro reelaborado que apresenta resultado de pesquisa, segundo GELENSKI, (2010)<br />

11


CAPÍTULO 3<br />

LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES<br />

Neste capítulo, foram apresentados os aspectos que nortearam o estudo que levou a<br />

proposição da ferramenta de gestão do conhecimento, desde a escolha da metodologia até a<br />

proposta final e também como se deu a escolha do estudo de caso ao qual se destinou tal<br />

ferramenta.<br />

3.1 <strong>Me</strong>todologia Utilizada<br />

Nesta pesquisa, para identificação dos requisitos do projeto, foram utilizados os<br />

métodos, previsto no SWEBOK (Software Engineering Body of Knowledge) versão 2004, de<br />

entrevista informal e reuniões de brainstorming com toda a equipe. Para não intimidar os<br />

entrevistados, após conseguir sua confiança e autorização, era iniciada gravação em áudio da<br />

entrevista.<br />

Esse modelo deixava as pessoas mais à vontade do que o modelo tradicional, anotando<br />

em uma planilha de dados e as deixavam suscetíveis a serem mais abertas na exposição das<br />

ideias.<br />

É claro que esse modelo aumentava o tempo de coleta, pois ao concatenar e identificar<br />

cada processo, foi necessário ouvir as gravações inúmeras vezes.<br />

Uma prova sobre como é complexo extrair conhecimento tácito dos funcionários, em<br />

diversas oportunidades, algumas entrevistas e reuniões tiveram que ser refeitas, pois em<br />

diversas ocasiões, não estava claro na entendimento dos funcionários algumas de suas próprias<br />

atividades, menos ainda sobre as atividades dos funcionários de etapas anteriores ou posteriores<br />

às quais o seu próprio processo estava intimamente ligado. Esta inclusive, foi apontada nas<br />

reuniões como a causa principal de erros no processo ocorrerem com freqüência, causando<br />

atrasos indevidos e, em algumas oportunidades, prejuízos financeiros, quando se gerava<br />

reserviço, impactava em horas extras de trabalho, novos documentos a serem expedidos, custos<br />

cartoriais, sem mencionar o atraso da obra em si de que se tratava o processo.<br />

12


3.2 O Estudo de Caso<br />

Como estudo de caso, tomamos como exemplo, duas entidades, uma corporativa,<br />

doravante identificada meramente como Empresa A, para termos uma visão alinhada às<br />

expectativas do mercado corporativo privado e outra do setor público que, por sua vez, será<br />

identificada como Empresa B e que terão suas identidades preservadas.<br />

3.2.1 Empresa A – Setor Privado<br />

A Empresa A, da área de desenvolvimento de software, tem um perfil bastante alinhado<br />

as necessidade de produção de um mercado competitivo. Possui um modelo de certificação<br />

notoriamente reconhecido e, portanto, está familiarizada com as boas práticas aceitas no<br />

segmento. Sua equipe de colaboradores é bem qualificada e foi criteriosamente selecionada.<br />

Além disso, possui um portfólio de clientes bastante relevante e tem um porte representativo,<br />

com cerca de 80 funcionários e faturamento da ordem de 5,5 milhões de reais ao ano.<br />

Todas essas credenciais, supostamente, seriam mais que necessárias para uma boa<br />

aderência ao processo de gestão do conhecimento, entretanto, não é o que foi observado. O<br />

próprio gestor, responsável pela implantação da gestão do conhecimento, encontra enormes<br />

desafios no seu dia-a-dia.<br />

Nesta observação preliminar, não foi possível identificar um único fator de explícita<br />

relevância que justificasse tais desafios. Na verdade, foi relatado que são os diversos pequenos<br />

aspectos é que se tornaram os desafios grandes. A começar pela cultura corporativa. Embora a<br />

equipe seja bem selecionada e treinada, ainda falta um dos pontos mais importantes para o<br />

sucesso da implementação, a cultura.<br />

Ainda segundo relato do gestor, a gestão do conhecimento ainda não faz parte do<br />

escopo oficial da produção da empresa. Assim, sempre quando surge uma emergência mais<br />

agravante que impacta diretamente na entrega do serviço contratado, esse processo tende a<br />

ocupar um segundo plano entre as prioridades.<br />

Isso é plenamente justificável, pois a empresa ainda está passando por um processo de<br />

amadurecimento na gestão do conhecimento, além disso, por causa da cultura organizacional,<br />

ainda é difícil identificar o que são os processos ligados especificamente à gestão do<br />

conhecimento e quais são os que estão ligados ao processo de certificação na área de produção<br />

de software pelo qual a empresa também está atravessando.<br />

13


Um ponto ficou bem claro e também foi relatado pelo gestor, a participação da alta<br />

gerência é crucial para o sucesso do plano, talvez o sucesso ainda não foi pleno por conta do<br />

envolvimento de alguns dos parceiros ainda não ser total. Isso também foi identificado na<br />

pesquisa mencionada no capítulo anterior, conforme podemos ver a seguir na Figura 4.<br />

Figura 4 – Departamentos mais importantes no processo<br />

Quadro reelaborado que apresenta pesquisa publicada na Revista HSM MANAGEMENT. Edição número 42,<br />

janeiro-fevereiro 2004<br />

3.2.2 Empresa B - Setor Público<br />

A Empresa B foi um grande desafio por se tratar de um órgão público da região. Neste<br />

setor também existem diversos trabalhos realizados sobre Gestão do Conhecimento. Para dar<br />

uma perspectiva sobre o tamanho da dificuldade presente no setor público é importante<br />

mencionar a conjuntura atual do setor público no Brasil.<br />

Para tentar compreender em que nível está a área pública, a seguir é citado um trabalho<br />

de pesquisadores patrocinado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Gestão<br />

"Do Conhecimento Na Administração Pública" é traçado um panorama de como a setor público<br />

no Brasil vem tratando a Gestão do Conhecimento. Este trabalho faz uma análise em 28 órgãos<br />

do governo, entre ministérios e empresas estatais e deixa claro que o setor público ainda tem<br />

muito que caminhar para alcançar uma gestão do conhecimento relevante. Comparando com<br />

14


outros países da OCDE, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o Brasil<br />

ainda produz resultados muito insignificantes.<br />

As principais razões apontadas pelo estudo fazem menção à falta de compartilhamento e<br />

mesmo falta de informação, o desconhecimento por parte da alta administração, sobre o tema e<br />

iniciativas isoladas muitas vezes dentro de um mesmo órgão.<br />

As estatais, contudo, demonstraram um maior nível de aderência a esse modelo de<br />

gestão, algumas inclusive, já se encontrando em processo de implementação; talvez por terem<br />

participação do capital privado e contarem com uma administração mais dinâmica, como são os<br />

casos da Petróleo Brasileiro S/A, (Petrobras), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal<br />

(CEF), Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), Serviço Federal de Processamento<br />

de Dados e Eletrosul Centrais Elétricas S/A (Eletrosul) (BATISTA, et al. 2005).<br />

A partir desta referência, pode-se vislumbrar a dimensão do desafio de se implementar,<br />

ou mesmo incentivar a gestão do conhecimento salientando a importância de se ter boas<br />

práticas nesta área.<br />

Primeiro que, neste estudo de caso, trata-se de uma entidade pública municipal com um<br />

orçamento muito menor e com nível cultural administrativo proporcionalmente inferior ao de<br />

órgãos federais. Porém, como o objetivo deste trabalho é também mapear setores que<br />

eventualmente poderiam se beneficiar de uma ferramenta de gestão do conhecimento, ainda<br />

que bem prosaica, para aprimorar a gestão e, sobretudo, se alinhar com práticas mais modernas<br />

de gestão pública.<br />

Segundo, o meio público é um meio ambiente muito diferente do setor privado; a<br />

cadência é muito mais lenta, em virtude de uma série de aspectos culturais e até mesmo<br />

jurídicos que envolvem a administração pública, o que torna todo o processo extremamente<br />

moroso e burocrático.<br />

Dentro de uma administração municipal, por menor que seja a cidade, desmembram-se<br />

uma infinidade de secretarias, diretorias, setores, divisões e departamentos que, muitas vezes<br />

possuem leis próprias que as regem, exemplo disso, é o Departamento de Licitações. Isso tudo<br />

sem mencionar as autarquias, que são órgãos que possuem relativa autonomia sem, no entanto,<br />

a interferência do poder central, o executivo.<br />

Para este trabalho, foi escolhido certo Departamento, que, por motivos de preservação<br />

da identidade dos envolvidos, não será mencionado, como sendo o foco do estudo. A razão é<br />

que este departamento possui uma série de procedimentos cujas operações tem origem focada<br />

15


no conhecimento tácito dos funcionários, assim, a gestão do conhecimento seria de grande valia<br />

para que o desempenho operacional deste fosse aprimorado de forma considerável.<br />

De imediato, foi identificado um cenário típico, à medida que o tempo de serviço<br />

aumentava no currículo dos funcionários, diminuía consideravelmente a motivação em<br />

compartilhar o seu conhecimento. Esse cenário só começou a mudar com a intervenção da alta<br />

direção, ou seja, o Secretário ao qual o departamento era subordinado.<br />

No setor público existem duas classes de funcionários: os concursados, os chamados<br />

funcionários estatutários; e os nomeados, ou cargos em comissão, que são indicados de acordo<br />

o mapa político dominante. Desta maneira, como os cargos chaves no departamento em questão<br />

eram ocupados por cargos oriundos de nomeação e, portanto, passíveis de demissão sumária,<br />

no caso de não colaboração, foi obtida razoável contribuição ao projeto.<br />

O intuito inicial era criar uma ferramenta que pudesse controlar todo o processo de<br />

gerenciamento de projetos financiados com verbas públicas e que pudesse estar disponível<br />

online, em qualquer lugar e a qualquer hora. A resposta foi a criação de uma ferramenta<br />

desenvolvida com tecnologia web.<br />

Para viabilizar o projeto era necessário fazer um mapeamento de todo o processo e<br />

respectivas atividades envolvidas no gerenciamento de projetos. E como estas atividades<br />

sempre geraram muito conhecimento tácito e quase nenhum explícito, foi a oportunidade<br />

perfeita para este trabalho.<br />

Foram cerca de 20 dias de mapeamento de processos e as principais dificuldades<br />

encontradas foram:<br />

1. Quase todos os processos estavam na cabeça dos usuários. Não existia nenhuma<br />

documentação que fizesse qualquer referência às atividades desenvolvidas no<br />

departamento;<br />

2. Muita resistência do funcionário em fornecer detalhes das operações, um deles<br />

chegou a declarar: “Ah isso eu não vou passar não. Eu ralei muito pra aprender isso<br />

e não vou dar de bandeja.”;<br />

3. Pela própria falta de documentação ou explicitação do conhecimento, o mesmo<br />

processo que estava na cabeça de um funcionário não era exatamente o mesmo na<br />

cabeça de outro, seja no processo sucessor, seja no anterior;<br />

16


4. Disputa política, entre funcionários, onde um fora indicado por um partido e outro,<br />

que fora indicado por outro que, embora na época da eleição fossem coligados, já<br />

não compartilhavam dos mesmos objetivos, o que certamente atrasou o processo;<br />

5. Falta de verba para investir na Infra-estrutura física para hospedar a nova<br />

ferramenta;<br />

6. Obter disponibilidade dos funcionários para validar os processos mapeados;<br />

7. Criar uma interface que pudesse congregar diferentes gerações de funcionários,<br />

desde os mais jovens até os mais antigos no cargo e de forma intuitiva;<br />

8. E finalmente, talvez a maior dificuldade, era vencer aqueles que não queriam ver o<br />

sucesso do projeto, por razões que não cabem neste trabalho, serem discutidas.<br />

9. Embora a ferramenta encontra-se em estágio inicial de testes e ainda contando com<br />

certa resistência na implantação, teve-se uma amostra das dificuldades encontradas<br />

e o desafio que é a implantação não somente da Gestão do Conhecimento, mas,<br />

sobretudo na mudança de cultura. Havendo disponibilidade, posteriormente, no<br />

trabalho final, serão apresentados os resultados mais conclusivos de utilização e o<br />

impacto que isso eventualmente tenha causado.<br />

3.3 Justificativa e Objetivos com o Estudo de Caso<br />

Finalizado a coleta das entrevistas e a descrição final dos requisitos, todos deram<br />

aprovação ao texto final e iniciou-se o processo de construção da IHC. Foi realizado um projeto<br />

focado no perfil dos usuários que partia dos mais jovens e experientes com interface web aos<br />

mais velhos que não tinham muita experiência com interação com aplicações web.<br />

Assim, optou-se por uma interface extremamente simples, que expusesse apenas que fosse<br />

relevante para cada etapa do processo.<br />

Devido às atividades do departamento serem muito extenuantes e, este projeto não fazer<br />

parte do escopo principal da administração e a urgência do projeto ser alta, a interface gráfica<br />

não foi totalmente homologada. Apenas os responsáveis por cada departamento fizeram a<br />

homologação e era objetivo desta pesquisa que todos homologassem a IHC.<br />

Outra justificativa relevante é o fato da organização necessitar de uma aplicação de<br />

baixo custo, devido às dificuldades de caixa.<br />

Após homologação foi realizado um estudo para o desenho do banco de dados e iniciou-<br />

se o desenvolvimento.<br />

17


CAPÍTULO 4<br />

ENGENHARIA DE SOFTWARE E ESPECIFICAÇÃO DA<br />

FERRAMENTA<br />

Neste capítulo foram descritos os critérios utilizados para a especificação da ferramenta<br />

e a abordagem adotada para capturar os procedimentos realizados pelos usuários de um<br />

processo mapeado, neste caso, a gestão de projetos de obras do município. uma vez que este<br />

processo atualmente é realizado em grande parte de forma manual.<br />

4.1 Ciclo de Vida<br />

Devido as características da organização, ou seja, uma prefeitura municipal de uma<br />

pequena cidade do interior (Estudo de Caso Empresa B, p. 26), e o contexto que esta prefeitura<br />

em específico está inserida, a abordagem adotada foi a incremental.<br />

As principais razões que levaram a esta escolha foram:<br />

1. É grande a urgência na utilização da ferramenta, assim os usuários já poderão utilizar<br />

uma ferramenta ainda que esta não possua todos os requisitos necessários;<br />

2. Alguns dos requisitos não são conhecidos plenamente pelos usuários;<br />

3. As mudanças nesses requisitos não são raras, o que vai acarretar constantes e inevitáveis<br />

mudanças na ferramenta (SOMMERVILLE, 2011).<br />

4.2 <strong>Me</strong>todologias<br />

Segundo SOMMERVILLE, 2011, cada organização tem que buscar o melhor modelo<br />

para realizar a elicitação e especificação dos requisitos necessários ao desenvolvimento de uma<br />

ferramenta. Neste caso, foram feitas diversas entrevistas com os stakeholders para identificar os<br />

requisitos de cada um e como cada requisito se relaciona com os demais.<br />

Também foram equacionados alguns conflitos de requisitos durante o processo de<br />

elicitação, decorrentes da falta de conhecimento por parte dos usuários, sobretudo, sobre como<br />

sua atividade impacta da atividade subseqüente.<br />

Obter os requisitos de um usuário, em especial, que não conhece muito bem sua<br />

atividade é muito difícil, principalmente em uma instituição pública.<br />

18


Para se ter uma referência do que significa especificar uma ferramenta para uma<br />

prefeitura, basta observar apenas uma das dificuldades no processo de elicitação mencionado<br />

por SOMMERVILLE (2011, p. 71):<br />

4.3 Objetivos da Ferramenta<br />

Fatores políticos podem influenciar os requisitos de um sistema. Os gerentes podem<br />

exigir requisitos específicos, porque estes lhes permitirão aumentar sua influência na<br />

organização.<br />

Neste trabalho foi utilizada classificação de caso de uso do tipo nuvem. Segundo<br />

COCKBURN (2001), a classificação do tipo nuvem permite um curso normal abstrato, bem<br />

próxima às necessidades deste trabalho.<br />

A ferramenta terá como principal objetivo, a congregação de todas as informações<br />

geradas durante o processo de gerenciamento da obra para extração de conhecimento. Assim,<br />

esta atuará como um Ba Virtual; e sendo construída com tecnologia web, será multiplataforma.<br />

A cada obra subsequente, a informação armazenada servirá de guia para aprimoramento<br />

do conhecimento adquirido, especialmente nas reuniões de planejamento, conforme modelo<br />

SECI de NONAKA e TAKEUCHI (1997).<br />

Durante o processo de elicitação de requisitos, cujo documento está no Apêndice A,<br />

foram levantados alguns processos que resultaram nos seguintes casos de uso:<br />

4.3.1 UC 1 - Indicação do Prefeito<br />

19


Justificativa:<br />

Este passo é fundamental para que o processo inicie corretamente. Hoje esta etapa é<br />

feita na maioria das vezes verbalmente, o que pode levar a uma série de problemas devido a má<br />

interpretação das necessidades, gerando reserviço.<br />

Curso normal:<br />

1. Prefeito recebe uma demanda que pode ser popular, exemplo, abaixo assinado, ou<br />

oficial, por exemplo, do legislativo (câmara municipal), faz suas considerações em<br />

reuniões com responsáveis e insere no sistema através de formulário próprio;<br />

2. Secretário acessa o sistema e a respectiva indicação e insere as considerações técnicas<br />

que julgar necessárias para complementar a indicação;<br />

3. O sistema altera o status do registro e passa a ser exibido na pauta de trabalho do gestor<br />

de projetos;<br />

4.3.2 UC 2 - Habilitação Técnica do Município<br />

Justificativa:<br />

Este registro é um dos mais importantes, pois toda a documentação principal é inserida<br />

aqui, hoje é um dos motivos de maior reserviço de todo o processo, pois em geral a falta de<br />

documentos na hora de aprovar junto ao agente financeiro faz com que o processo pare e fique<br />

em looping até que se tenha todos os documentos necessários. Aqui também começa a Gestão<br />

do Conhecimento, pois como cada projeto pode demandar inúmeros documentos diferentes e<br />

ter características diferentes, isso será fundamental para agilizar o processo no próximo projeto<br />

com as mesmas características.<br />

20


Curso normal:<br />

1. Gestor de Projetos reúne documentação e lança no sistema (upload de arquivos<br />

digitais);<br />

2. Após receber parecer do agente financeiro, lança parecer no sistema, além de<br />

informações complementares como por exemplo, se necessita de Trabalho Técnico<br />

social; Faz o upload dos documentos gerados pelo agente financeiro e lança a data<br />

que o projeto deverá ser apresentado.<br />

3. Sistema altera o status do registro e notifica os stakeholders e cai na pauta da<br />

Secretaria de Infra-estrutura para elaboração da Peça Técnica (projeto);<br />

4.3.3 UC 3 - Elaboração da Peça Técnica<br />

Justificativa:<br />

Mais uma etapa na qual as atividades são feitas manualmente e a documentação é<br />

exclusivamente física. É crucial armazenar essa documentação em um repositório e mantê-la<br />

associada ao projeto, informar o próximo funcionário que ele tem trabalho a fazer em sua<br />

pauta, além de notificar todos os envolvidos.<br />

21


Curso normal:<br />

1. Secretário da Infra-estrutura faz uma análise do projeto e se sua secretaria será capaz de<br />

atender a demanda e insere no sistema um parecer técnico justificando se atenderá ou<br />

não a demanda;<br />

2. Engenheiro Responsável envia toda a documentação (plantas, memorial descritivo,<br />

planilhas orçamentárias, etc.);<br />

3. Sistema notifica os stakeholders e cai na pauta do Gestor de Projetos para que<br />

providencie a aprovação da Peça Técnica;<br />

4.3.4 UC 4 - Licitação<br />

22


Justificativa:<br />

Mais um processo em que a organização e preservação dos documentos e dos processos<br />

peculiares à respectiva obra é fundamental para agilizar o processo. Aqui é onde a organização<br />

mais perde documentos, por se tratar de uma grande quantidade.<br />

Curso normal:<br />

1. Técnico de Licitação entra no sistema e faz a solicitação de Dotação Orçamentária<br />

para o departamento Financeiro, que é automaticamente notificado;<br />

2. Diretor financeiro aprova a dotação orçamentária e lança no sistema, liberando a<br />

licitação;<br />

3. Sistema notifica a todos;<br />

4. Diretor de Licitação providencia Ordem de Serviço de Licitação e anexa link para que o<br />

Prefeito baixe o arquivo do tipo DOC, imprima-o, assine para oficializar a licitação,<br />

para que também digitalize esta OSL (Ordem de Serviço de Licitação) e também faça<br />

upload para o repositório;<br />

5. Após a oficialização do prefeito, o Diretor de Licitação é notificado e encaminha<br />

para a pauta do seu jurídico;<br />

6. Jurídico da Licitação emite parecer técnico atestando a corretude do processo até<br />

então;<br />

7. Após receber parecer jurídico, o Diretor de Licitação abre licitação e quando receber<br />

as propostas, anexa as respectivas documentações e encaminha para a Secretaria de<br />

Infra-estrutura para que analise e emita parecer da documentação atestando a<br />

qualidade técnica das empresas participantes do processo licitatório;<br />

8. Sistema notifica a todos, altera o status do registro e envia para a pauta da Secretaria<br />

da Infra-estrutura para habilitação das empresas participantes e aguarda para<br />

finalizar o processo licitatório.<br />

23


4.3.5 UC 5 - Habilitação<br />

Justificativa:<br />

Esta etapa pode ser bem complexa em função das diversas iterações até que esteja<br />

juridicamente adequado e o controle e o armazenamento dos pareceres é fundamental para que<br />

não ocorram os mesmos erros.<br />

Curso normal:<br />

1. Engenheiro Responsável faz a análise de toda a documentação e faz a Habilitação,<br />

emite e lança no sistema o parecer técnico;<br />

2. Sistema notifica a todos e lança na pauta da Licitação para que finalize a licitação;<br />

3. Diretor de Licitação analisa e encaminha para o Departamento Jurídico fazer mais<br />

uma avaliação;<br />

4. Sistema altera o status e notifica a todos;<br />

5. Departamento Jurídico emite Parecer no sistema;<br />

6. Sistema notifica o Diretor de Licitação elabora contrato e lança no sistema a data de<br />

abertura dos envelopes;<br />

24


7. Escolhida a vencedora, Diretor de Licitação lança no sistema Observações finais<br />

(dados para gestão do conhecimento: desafios enfrentados e possíveis melhorias na<br />

próxima licitação), data da assinatura do contrato e faz o upload de uma cópia do<br />

contrato no repositório;<br />

8. Sistema notifica a todos e segue para a pauta do Departamento e o status é alterado.<br />

4.3.6 UC 6 - Análise Final<br />

Justificativa:<br />

Só a facilidade do Gestor de Projetos ir num único lugar e baixar todos os documentos e<br />

imprimir já justificaria o caso de uso, mas também existe a facilidade de já armazenar a Ordem<br />

de Serviço adequadamente sem risco de perda, o que ocasionaria diversos problemas e<br />

reserviço.<br />

Curso normal:<br />

1. Gestor de Projetos reúne toda a documentação do repositório, imprime e encaminha<br />

para o agente financeiro para análise final;<br />

2. parecer do agente financeiro é lançado, é feito o upload da Ordem de Serviço do<br />

agente financeiro. Este documento é importantíssimo, ele diz que as obras,<br />

finalmente podem começar.<br />

3. sistema notifica os stakeholders.<br />

25


4.3.7 UC 7 - Diário de Obra<br />

Justificativa:<br />

Caso de uso fundamental para que todos, principalmente o prefeito, saiba exatamente,<br />

de onde quer que ele esteja, o andamento de suas obras, se estão dentro do cronograma ou não e<br />

o se precisa ajustar algum processo e cobrar dos responsáveis determinadas situações.<br />

Curso normal:<br />

1. Departamento de Infra-estrutura, através de um técnico coleta periodicamente<br />

informações sobre o andamento da obra, o que gera um documento denominado<br />

“Boletim de <strong>Me</strong>dição” que é lançado no sistema;<br />

2. É feito o upload das eventuais fotos tiradas do estágio atual da obra;<br />

3. sistema notifica os stakeholders a cada lançamento. Quando se tratar do último<br />

boletim, indicando a finalização da obra, o registro é enviado para a pauta do<br />

engenheiro responsável que fará a entrega da obra.<br />

4.3.8 UC 8 - Entrega da Obra<br />

26


Justificativa:<br />

Mais uma etapa importantíssima onde documentos de grande relevância são lançados<br />

armazenados no repositório, além de observações sobre os desafios encontrados durante a<br />

operação que agregarão informações na gestão do conhecimento.<br />

Curso normal:<br />

1. engenheiro responsável faz o lançamento de todas as informações finais relativos a<br />

finalização da obra;<br />

2. É feito o upload de todos os documentos legais necessários que ainda estão faltando,<br />

como Laudo dos Bombeiros, CND (Certidão Negativa de Débito) da Empreiteira,<br />

etc.;<br />

3. sistema grava a informação e notifica a todos e envia para a pauta do Gestor de<br />

Projetos.<br />

4.3.9 UC 9 - Prestação de Contas<br />

Justificativa:<br />

A mais importante de todas as etapas, pois é onde hoje ocorrem os maiores problemas.<br />

A falta de qualquer documento obrigatório, pode ser passível de rejeição por parte do agente<br />

financeiro e comprometer futuros convênios e conseqüentemente, novas obras. Com o parecer<br />

final do Gestor de Projetos, os procedimentos envolvendo obras que se utilizem de<br />

procedimentos semelhantes, poderão ser realizados de forma mais racional e, com certeza, mais<br />

baratas para o contribuinte.<br />

27


Curso normal:<br />

1. Gestor de Projeto reúne toda a documentação do repositório para fazer a prestação<br />

de contas para enviar ao agente financeiro;<br />

2. Faz upload de mais alguns documentos para complementar o processo;<br />

3. Lança no sistema o parecer do agente financeiro sobre a documentação apresentada;<br />

4. Lança seu próprio parecer resumindo o que foi todo o desenvolvimento da obra;<br />

5. sistema grava esta operação e notifica todos os stakeholders.<br />

4.4 IHC - Interface Humano Computador<br />

Um dos aspectos mais relevantes de uma ferramenta é a IHC. A razão dessa relevância<br />

está no fato de quanto maior a dificuldade de um usuário ao utilizar a ferramenta, menor será a<br />

aderência a mesma, comprometendo assim todo o processo. Por esta razão, para a elaboração<br />

da ferramenta foi dedicado um esforço para alinhar esta com as boas práticas propostas por<br />

alguns dos mais respeitados estudiosos no assunto.<br />

A IHC trata dos aspectos que facilitem a utilização ou usabilidade de uma ferramenta<br />

por parte dos usuários. Esse não é um tema novo. Segundo a Dra. Anamaria de Moraes -<br />

respeitada pesquisadora do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e<br />

Tecnológico) e <strong>Prof</strong>essora da PUC do Rio de Janeiro, em entrevista disse que, em 1991 quando<br />

convidou o <strong>Prof</strong>. John Long da University College London para ministrar uma palestra no<br />

Brasil ele já era coordenador de um laboratório de usabilidade. Como na maioria dos avanços<br />

tecnológicos, suas pesquisas eram desenvolvidas para a marinha britânica e também para<br />

aeroportos, onde estudava como melhorar a interface do monitoramento do controle de tráfego<br />

aéreo, uma aplicação extremamente crítica. Ainda segundo a Dra. Anamaria por conta da<br />

importância do tema grandes corporações como IBM, Oracle e Microsoft possuem laboratórios<br />

de usabilidade em constante pesquisa (WEBINSIDER, 2003) e (MORAES e MONT'ALVÃO,<br />

2000).<br />

Outros pesquisadores deram importantes contribuições para o avanço da IHC, como<br />

Dra. Jenny Preece (PREECE, 2002), pesquisadora da Universidade de Maryland e o Dr. Jacob<br />

Nielsen (MOLICH e NIELSEN, 1990) da Universidade de Copenhague, Dinamarca, de cujas<br />

heurísticas criadas por este último que a ferramenta proposta foi projetada.<br />

28


4.4.1 As Heurísticas de Nielsen<br />

Segundo NIELSEN e MOLICH (1990), há dez princípios gerais para se desenvolver um<br />

projeto com boa interface e que Nielsen denominou de heurísticas, pois segundo ele, tem muito<br />

mais a ver com as experiências práticas do que regras formais de usabilidade. São elas:<br />

1. Visibilidade da situação ou status do sistema – o sistema deve estar sempre exibindo de<br />

forma clara o que está realmente acontecendo;<br />

2. Correspondência entre sistema e o mundo real – O sistema deve falar a linguagem do<br />

usuário, com palavras ou frases que lhe são familiares. Isso é mais importante do que<br />

um sistema orientado a termos técnicos. Seguir as convenções do mundo real, fazendo<br />

com que a informação apareça na ordem natural e lógica;<br />

3. Controle e Liberdade para o usuário – Em geral usuários cometem erros por escolher<br />

opções erradas, assim ele deverá ter à sua disposição formas de sair ou se recuperar de<br />

tal situação, assim a ferramenta deverá ter opções para fazer ou refazer uma<br />

determinada ação;<br />

4. Consistência e Padrão – O usuário não tem concluir que palavras, situações ou ações<br />

diferentes significam a mesma coisa. Manter um padrão nas convenções utilizadas;<br />

5. Prevenção de Erro – Primeiro, melhor que uma boa mensagem de erro é um design que<br />

previna um problema de ocorrer; Eliminar condições que são propensas a erros ou<br />

sempre solicitar ao usuário uma decisão antes de confirmar a ação;<br />

6. Reconhecimento a Recordar – Minimizar a utilização da memória do usuário ao efetuar<br />

uma ação, sempre que possível manter a informação visível. O usuário não tem que se<br />

lembrar dos passos de uma tela para outra. As informações deve estar visíveis ou<br />

facilmente alcançáveis sempre que necessárias;<br />

7. Flexibilidade e eficiência de uso – facilitadores (como teclas de atalho) podem acelerar<br />

a velocidade de interação com usuários experientes, contudo, o sistema deve fornecer<br />

aos usuários experientes ou não, a mesma experiência;<br />

8. Estética e design minimalista – Telas não devem ter informações desnecessárias,<br />

irrelevantes ou raramente utilizadas. Cada informação inócua numa tela compete com<br />

aquelas que são importantes e como conseqüência, diminui sua visibilidade;<br />

29


9. Ajude o usuário a reconhecer, diagnosticar e recuperar de erros – <strong>Me</strong>nsagens de erros<br />

devem ser expressas em linguagem simples, sem códigos ou termos técnicos e serem<br />

precisas ao indicar o erro ocorrido e sugerindo de forma construtiva uma solução;<br />

10. Ajuda e documentação – Ainda que o melhor seria se o sistema pudesse ser usado sem<br />

documentação, esta pode ser necessária para prover ajuda e referência documental. As<br />

informações contidas na documentação deve ser fácil de encontrar, focada na tarefa do<br />

usuário com a seqüência necessária a sua consulta e não muito extensa.<br />

30


5.1 O Modelo de Caso de Uso<br />

CAPÍTULO 5<br />

PROTÓTIPO DA FERRAMENTA<br />

Baseado nas experiências etnográficas foi observado um comportamento de certa forma<br />

arredio dos usuários de tecnologias quando tem que interagir com algum sistema<br />

computacional, além disso, quando tratamos de Gestão do Conhecimento, em geral os “donos<br />

do conhecimento”, não tem nenhuma motivação para compartilhar aquilo que durante anos teve<br />

de sofrer para aprender, o que, conforme mencionado em capítulos anteriores é o maior desafio,<br />

aliás, sempre foi. DAVENPORT & PRUSAK (1998, p. 172) concluíram:<br />

Nestes primórdios da Gestão do Conhecimento, o mais importante, numa estratégia da<br />

tecnologia do conhecimento, é tomar a sopa pelas bordas. Até que você construa um<br />

sistema e veja como a organização responde, não dá para saber nem até que ponto as<br />

pessoas estão dispostas a compartilhar conhecimento através de sistemas. Será difícil<br />

determinar que tipos de aplicativos se coadunam melhor com a organização até que se<br />

façam experimentos. No momento, não existe tecnologia certa para a Gestão do<br />

Conhecimento. Estamos todos começando a abrir nossas trilhas e, uma vez que a<br />

tecnologia não é o único aspecto do seu esforço da Gestão do Conhecimento, o<br />

elemento mais essencial é começar, seja com o que for.<br />

A relação produtiva entre tais elementos humanos com a tecnologia deve ser<br />

colaborativa e de fácil utilização, deixando toda a complexidade da parte computacional<br />

abstraída do usuário final. (Idem, ibid.,1998, p. 159, 161 e 162) também mencionaram:<br />

Se você está iniciando um projeto de gestão do conhecimento envolvendo publicação,<br />

discussão e pesquisa recomendamos usar a web por causa de sua trajetória de<br />

amadurecimento e porque é muito mais simples de ser dominada pelos usuários.<br />

(...)<br />

Todavia, se planeja usar tecnologia web na gestão do conhecimento (particularmente a<br />

pesquisa e recuperação do conhecimento estruturado, baseado em documentos, não<br />

pense que um browser e um software de servidor da web são tudo que você precisa.<br />

Um complexo conjunto de ferramentas costuma ser necessário para captar<br />

informação, armazená-la e propiciar amplo acesso a ela. Os requisitos incluem<br />

ferramentas de editoração de HTML (Hypertext Markup Language) para geração de<br />

documentos para web, um sistema de banco de dados relacional para armazená-los,<br />

mecanismos de localização e recuperação e algum método para gerir o<br />

metaconhecimento que descreve e facilita o acesso ao conhecimento que você obteve<br />

(...).<br />

A ferramenta tem como objetivo a utilização em multiplataforma, assim a construção<br />

deverá ser baseada em linguagens compatíveis com a internet. Também foi considerado que a<br />

ferramenta pudesse ser executada em qualquer navegador. Também foi considerada a utilização<br />

31


do conceito Open Source, evitando dessa maneira, atrelar a ferramenta a quaisquer plataformas<br />

proprietárias, passíveis de cobrança de royalties.<br />

A ferramenta também deve garantir confidencialidade e seguranças dos dados,<br />

utilizando recursos para encriptação das transações entre aplicação e o banco de dados.<br />

Todos os elementos foram desenhados de modo a facilitar a compreensão por parte do<br />

usuário em cada etapa do processo, por isso, as heurísticas de Nielsen foram consideradas<br />

durante o desenvolvimento do protótipo.<br />

5.2 O Protótipo da Ferramenta<br />

UC1-1 - Tela inicial da área de projetos, onde usuário possui recurso de pesquisa de projetos, interação com cada<br />

projeto através de menu complementar. Para criar um projeto, basta clivar em "Criar".<br />

32


UC1-2 - Tela na qual o prefeito dá entrada no projeto que será desenvolvido. Ele insere os dados preliminares,<br />

conforme imagem. Caso o Secretário queira acrescentar uma informação que acha pertinente, ele altera, e o<br />

sistema deixa registrado.<br />

UC 2 - O Gestor de projetos recebe uma notificação por email e, baseado nas características do projeto, ele insere<br />

os documentos necessários para dar início a tramitação.<br />

33


UC 3-1 - Caso o Gestor de Projetos tente inserir documentos que estão fora do padrão, o sistema informa. Aqui ele<br />

também informa todos os documentos que serão necessários em cada etapa posterior.<br />

UC 3-2 - Diretor de Infra-estrutura emite parecer sobre a capacidade de a própria prefeitura de realizar a obra.<br />

34


UC 3-3 - Gestor de Projetos recebe e lança o parecer da viabilidade do projeto e lança todas as etapas do projeto.<br />

UC 4-1 - Técnico da Licitação faz a solicitação de dotação orçamentária.<br />

35


UC 4-2 - Diretor Financeiro aprova dotação orçamentária e emite parecer técnico.<br />

UC 4-3 - Engenheiro Responsável habilita tecnicamente o projeto emitindo<br />

36


UC 5-1 - Diretor de Licitação emite o seu parecer, informa a data de e o tipo de publicação e também a data e hora<br />

da abertura dos envelopes.<br />

UC 5-2 - Engenheiro Responsável homologa as empresas participantes<br />

37


UC 6-1 - Quando a empresa é declarada vencedora, uma cópia do contrato é anexado.<br />

UC 6-2 - Caso o usuário tentar encerrar esta etapa vai acusar que um documento deverá ser anexado.<br />

38


UC 6-3 - O Gestor emite parecer final e encaminha todos os documentos para o Agente Financeiro. Quando o<br />

parecer retornar do Agente Financeiro, o Gestor de Projetos insere parecer no sistema bem como uma cópia da<br />

Ordem de Serviço.<br />

UC 7 - Diário de Obra, onde são inseridas as informações colhidas a cada visita à obra, inclusive imagens.<br />

39


UC 8-1 - Observações finais de Entrega de obra preenchido pelo Engenheiro Responsável<br />

UC 8-2 - Gestor de Projetos deve inserir os documentos necessários a esta etapa.<br />

40


Obra finalizada (fim do processo).<br />

41


CAPÍTULO 6<br />

CONCLUSÃO<br />

Como foi visto nos casos relatados por DAVENPORT & PRUSAK (1998), inúmeras<br />

organizações pelo mundo estão utilizando tecnologia web para transformar seu conhecimento<br />

tácito em conhecimento em eficiência e melhores práticas. Assim, baseados nesses modelos<br />

pode-se mudar paradigmas e com baixo investimento.<br />

Por esta razão, o objetivo proposto na introdução, uma ferramenta de baixo custo,<br />

multiplataforma e uma boa IHC, para gestão do conhecimento proposta neste trabalho trará<br />

uma melhoria significativa, sobretudo, para organizações públicas, como prefeituras de<br />

pequenas cidades, que não possuem nenhum ferramental ou não dispõe de recursos de grande<br />

monta para melhorar a gestão de projetos de suas obras públicas.<br />

Para alcançar isso, a implantação da ferramenta no formato de página de internet cria<br />

um ambiente propício a geração do conhecimento, analogamente, um Ba, aliado a boas práticas<br />

e conceitos de melhoria constante, conforme proposto no modelo SECI de NONAKA e<br />

TAKEUCHI (1997), certamente promoverá a troca de informações fomentando o aumento do<br />

conhecimento disponível e conseqüentemente, reduzindo custos e trazendo mais transparência<br />

para o contribuinte que deseja ver seus recursos bem administrados.<br />

O modelo proposto neste estudo pode evoluir de maneira significativa. A partir deste<br />

modelo, uma organização que já estiver familiarizada com as boas práticas e os benefícios da<br />

Gestão do Conhecimento, ainda que utilize um ferramental básico como o que foi proposto<br />

neste estudo, pode agregar mineração de dados e aprimorar ainda mais as técnicas para coletar<br />

de dados, transformá-los em conhecimento e, posteriormente, chegar ao conhecimento.<br />

Outra melhoria importante que pode ser pesquisada e implementada, que também<br />

acrescentará grande valor e facilidade a Gestão de Informação é a integração para dispositivos<br />

móveis, que alinharia a ferramenta com a tendência atual de convergência tecnológica.<br />

42


REFERÊNCIAS<br />

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Editora S/A, 2001. 2a Ed. p. 73-86<br />

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Consulting. Edição número 42, janeiro-fevereiro 2004.<br />

KITARO, Nishida; Fundamental Problems of Philosophy: The world of Action and the<br />

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MORAES, Anamaria de e MONT´ALVÃO, Claudia. Ergonomia: conceitos e aplicações. Rio<br />

de Janeiro (Rio de Janeiro), 2AB – Série Oficina, 2000. 2a Ed. 132p. Apud<br />

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acessado em 10 de setembro de 2011<br />

NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. GESTÃO DO CONHECIMENTO, Porto Alegre<br />

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REZENDE, Solange Oliveira [et al.]. Sistemas Inteligentes – Fundamentos e Aplicações.<br />

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ROSINI, Alessandro Marco, PALMISANO, Ângelo. Administração de Sistemas de<br />

Informação e a Gestão do Conhecimento. Brasil: Cengage Learning, 2003.<br />

SANTOS, Antônio Raimundo dos [et al.]. GESTÃO DO CONHECIMENTO: Uma<br />

experiência para o sucesso empresarial. Curitiba: Champagnat, 2001,<br />

44


SCHÖN, D. Formar professores como profissionais reflexivos. In: Nóvoa, A. (Org.). Os<br />

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N. Conhecimento tácito e conhecimento escolar na formação do professor (por que<br />

Donald Schön não entendeu Luria) Educ. Soc. vol.24 no.83 Campinas Aug. 2003.<br />

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edição de 22 de maio de 2010, Belo Horizonte. Jornal Eletrônico. Disponível em:<br />

. Acesso em 26 maio de 2010.<br />

SHIMIZU, Hiroshi, Ba-Principle: New Logic for the Real-time Emergence of Information,<br />

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SKYRME David J.; Knowledge Management: Solutions: The Role of Technology, ACM<br />

SIGGROUP Bulletin, Special Issue on Knowledge Management at Work (March 1998).<br />

SOMMERVILLE, Ian; Engenharia de Software. São Paulo: Pearson Education do Brasil, - 9ª<br />

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VON KROGH, G., ICHIJO, K., NONAKA, I. In: Facilitando a criação de conhecimento.<br />

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WEBINSIDER, Portal de Tecnologia. Entrevista concedida em 10 de janeiro de 2003 pela Dra.<br />

Dra. Anamaria de Moraes sobre o tema usabilidade<br />

. Acessado em 14 de junho de 2010.<br />

45


Apêndice A - DOCUMENTO DE REQUISITOS<br />

Processo de Gerenciamento de Projetos<br />

(Convênios)<br />

O Fluxo<br />

A Ferramenta<br />

O que é<br />

Sistema para acompanhamento de projetos<br />

Características<br />

- Interface web com os seguintes recursos:<br />

- Cadastro de usuários com seus respectivos papéis;<br />

- Cadastro de Obras;<br />

- Cadastro de parecer/justificativa de cada etapa;<br />

46


- Acompanhamento das obras (Status e Cronograma);<br />

- Inclusão de documentos (Docs, PDFs e Imagens relativas a cada obra) e pareceres<br />

emcada etapa pertinente;<br />

- Filtros de exibição, por exemplo, por Status, Indicação ou por Período;<br />

Infra-estrutura Operacional<br />

Inicialmente, não será necessária pois a hospedagem será terceirizada.<br />

Principais Etapas do Processo:<br />

1. Indicação do Prefeito;<br />

2. Habilitação Técnica do Município;<br />

3. Elaboração da Peça Técnica;<br />

4. Aprovação da Peça Técnica;<br />

5. Licitação;<br />

6. Habilitação da Empresa Vencedora;<br />

7. Análise Final<br />

8. Diário de Obra;<br />

9. Entrega da Obra;<br />

10. Prestação de Contas.<br />

Etapa 1: Indicação do Prefeito<br />

Tabela RACI: R: Prefeito; A: Prefeito; C: Secretaria(s); I: Secretaria(s).<br />

A Atividade Projeto tem início quando uma demanda é feita ou através do Prefeito, Câmara<br />

Municipal, ou outra fonte, como por exemplo, um abaixo assinado da população. Para o<br />

gerenciamento, vamos considerar como usuário principal o Prefeito.<br />

Origem do Recurso<br />

Esta pode indicar, por exemplo, uma determinada obra a ser realizada, segundo sua<br />

percepção e indica a provável origem dos recursos para tal obra. Estes recursos poderão ser:<br />

1) Recurso Próprio (Prefeitura);<br />

2) Recurso Estadual (Planejamento - Estado);<br />

3) Recurso Federal (SICONV);<br />

4) Recurso Federal (Emenda Parlamentar).<br />

Cadastramento da Obra<br />

O Prefeito deverá dar entrada no sistema da referida obra ou demanda. Podem existir<br />

diversos tipos de demandas para o município, entretanto, dada a urgência especificamente<br />

em obras, vamos tratar apenas deste tópico na Gestão do Projeto.<br />

Os dados a serem cadastrados nesta etapa serão:<br />

1) Nome (Descrição provisória da Obra);<br />

2) Motivação (Objetivos Gerais que motivaram a obra);<br />

3) Secretaria(s) Envolvida(s);<br />

4) Localização (Endereço);<br />

5) Origem do Recurso (Opções acima);<br />

47


6) Contrapartida (S/N - Descritivo);<br />

7) Gestor(a) do Projeto (exibe apenas os que estão no grupo Projetos);<br />

8) Data Ideal para Inauguração;<br />

9) Observação (Observações complementares);<br />

A partir do preenchimento do cadastro da obra o prefeito terá duas opções:<br />

1) Gravar o registro no ponto em que está, neste caso o status será: “Elaborando<br />

Demanda”;<br />

2) Finalizar o processo, gravando o registro e emitindo a solicitação da demanda para<br />

o DP (Departamento de Projetos). Após a gravação deste registro a solicitação<br />

torna-se oficial mudando o status para “Demanda solicitada”; e esta demanda será<br />

exibida na pauta do Gestor do Projeto que fora escolhido no cadastramento e o(s)<br />

Secretário(s) envolvidos são notificados e deverão complementar a Motivação, que<br />

servirá de base para a Habilitação Técnica. Além disso, o Secretário envolvido, por<br />

exemplo, saúde, deverá informar os aspectos técnicos que deverão ser levados em<br />

consideração quando da elaboração da Peça Técnica (Campos: Observações<br />

Complementares e Parecer Técnico).<br />

Etapa 2: Habilitação Técnica do Município<br />

Tabela RACI: R: Gestor do Projeto; A: Gestor do Projeto; C: Jurídico, Secretária(s); I:<br />

Secretaria(s).<br />

Para receber financiamento, a obra terá que passar pelo processo de Habilitação<br />

Técnica do Município e, de acordo com a Origem do Recurso que a financiará, exigirá uma<br />

relação específica de documentos (do Prefeito e do Município):<br />

- Plano de Trabalho assinado pelo Prefeito;<br />

- Documentos do Prefeito (CPF, RG) cópia autenticada;<br />

- Ofício do Prefeito dirigido ao órgão concedente, justificando o empreendimento;<br />

- Diploma Eleitoral;<br />

- Atestado do Presidente da Câmara sobre o prefeito;<br />

- Termo de Posse (Ata da Câmara Municipal);<br />

- Portaria de Gestores do Convênio (Gestor Técnico e Contador);<br />

- Lei que Autoriza o Município a receber o tal convênio;<br />

- Publicação da Lei (Cópia de Jornal);<br />

- CRMC- Certificado de Regularidade do Município para celebrar Convênios;<br />

- CAUC - Regularidade SIAFI;<br />

- Certidão Conjunta Negativa de Débitos na União;<br />

Reunida a documentação, esta é encaminhada para o órgão competente para que<br />

este avalie. Status: “Habilitação Técnica do Município em Andamento”.<br />

Após esta avaliação, o referido órgão emite um parecer aprovando ou não a documentação<br />

apresentada.<br />

Ao final desse processo, após a aprovação, o Gestor do Projeto transcreve o parecer do<br />

órgão competente e notifica (lançando no sistema) os demais interessados no processo,<br />

dando uma posição sobre a Habilitação Técnica.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Campo de texto contendo o parecer transcrito do órgão competente;<br />

2) Data e hora que tal parecer fora emitido;<br />

48


3) Demanda Trabalho Técnico Social? (Sim/Não)<br />

4) Relação de Documentos Necessários;<br />

4) Data Limite para que o projeto seja apresentado.<br />

Neste momento é anexado o documento que é emitido e enviado pelo órgão<br />

governamental que informa os prazos de entrega do projeto.<br />

No caso de uma obra civil, o Projeto solicita para que a Infra-estrutura elabore os<br />

artefatos que farão parte da peça técnica:<br />

- Projeto Arquitetônico;<br />

- Projeto Estrutural;<br />

- Projeto Elétrico;<br />

- Projeto Hidráulico;<br />

+ <strong>Me</strong>morial Descritivo;<br />

+ Planilha Orçamentária;<br />

+ Cronograma Físico e Financeiro;<br />

Esses documentos comporão a chamada Peça Técnica.<br />

A partir deste momento, o processo do Projeto passa a ser de responsabilidade da<br />

Infra-estrutura com anuência das Secretarias envolvidas e o status será: “Elaborando Peça<br />

Técnica”. Todas as secretarias são notificadas do estágio do Projeto.<br />

Etapa 3: Elaboração da Peça Técnica<br />

Tabela RACI: R: Gestor do Projeto; A: Gestor do Projeto; C: Jurídico, Secretária(s); I:<br />

Secretaria(s).<br />

Antes de elaborar os projetos necessários ao objeto, o Secretário da Infra-estrutura<br />

avalia se será capaz de atender a demanda no que se refere aos projetos. Neste ponto<br />

podem-se desenrolar dois cenários diferentes:<br />

Cenário 1<br />

A Secretaria de Infra-estrutura possui capacitação para atender a demanda.<br />

Sendo assim, é nomeado o engenheiro responsável e seu respectivo registro no<br />

CREA. Em seguida irá providenciar os projetos e respectivas documentações. Informará<br />

quais serão os projetos e documentação que irá providenciar e especificará uma data para<br />

finalização dessa etapa.<br />

A Infra-estrutura providencia os artefatos que farão parte do projeto, Projeto<br />

Arquitetônico, Estrutural, Elétrico, etc.<br />

Ao final deste processo, toda a documentação é enviada para o Departamento de<br />

Projeto e o status será: “Peça Técnica Finalizada”. Gestor do Projeto é notificado por email.<br />

A partir deste ponto cabe ao Projeto, providenciar a Aprovação da Peça Técnica.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer indicando a finalização dos artefatos do projeto e detalhes que julgar<br />

necessários;<br />

2) Engenheiro Responsável;<br />

3) Registro no CREA;<br />

49


4) Data e hora da finalização desses artefatos.<br />

Cenário 2<br />

A Secretaria de Infra-estrutura NÃO possui capacitação para atender a demanda.<br />

Desta forma, informará através do sistema tal situação. Insere parecer justificando e o status<br />

será: “Projeto Não Capacitado”.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer justificando a Não Capacitação;<br />

2) Data e hora.<br />

Decisão<br />

Neste ponto do processo, o Prefeito escolhe se aguarda Capacitação da Infraestrutura<br />

ou se contrata empresa terceirizada. Caso escolha contratar empresa terceirizada,<br />

aprovará, através de parecer, que uma licitação seja aberta para contratação da mesma.<br />

Insere parecer justificando e o status será: “Aprovada Licitação de Projeto”. (Ver detalhes em<br />

Licitação).<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer justificando a Licitação;<br />

2) Data e hora.<br />

Etapa 4: Aprovação da Peça Técnica<br />

Tabela RACI: R: Gestor do Projeto; A: Gestor do Projeto; C: Jurídico, Secretária(s); I:<br />

Secretaria(s).<br />

Toda a documentação (projetos) é enviada para o órgão público para análise e<br />

aprovação. Esta documentação pode ser aprovada ou não, por exemplo, por falta de<br />

documentação ou informação.<br />

Este órgão emite parecer se aprovou ou não. O status será: “Aprovação de Peça<br />

Técnica” até que o parecer seja favorável. Quando este for aprovado, o status muda para<br />

“Empenhado” e a(s) data(s) limite do convênio devem ser informadas. E todos os envolvidos<br />

deverão ser notificados por email.<br />

É marcada uma data para assinatura do contrato, entre a Prefeitura e o órgão<br />

financiador.<br />

Com esse status, as secretarias envolvidas, o gestor do projeto, bem como o Prefeito,<br />

se for o caso, reúnem-se para planejar o andamento da obra, baseado na data de vigência do<br />

convênio.<br />

Após esta reunião, o Gestor do Projeto insere um parecer geral de planejamento<br />

inclusive com as datas de cada etapa. A DL é notificada para que o processo seja iniciado.<br />

Todos os participantes são notificados do parecer geral.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer que dá sustentação à Licitação;<br />

2) Data da Assinatura do Contrato;<br />

2) Insere as etapas com respectivas datas de finalização;<br />

50


Etapa 5: Licitação<br />

Tabela RACI: R: Técnico Licitação; A: Diretor; C: Jurídico; I: Diretor, Secretaria(s).<br />

O Departamento de Licitação faz a Solicitação de Dotação.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer solicitando Dotação Orçamentária;<br />

2) Data do Sistema;<br />

O status passa a ser: “Solicitação Dotação Orçamentária”<br />

Observação: terá que ser exibido na tela do financeiro a origem do recurso (Convênio<br />

ou recurso do Tesouro).<br />

Decisão<br />

O Departamento Financeiro, neste ponto do processo, avalia e aprova ou não a<br />

Dotação Orçamentária, cujo status será: “Aprovada Dotação Orçamentária” ou “Rejeitada<br />

Dotação Orçamentária”.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer justificando aprovação ou não da Dotação Orçamentária;<br />

2) Indicação da Dotação Orçamentária (pode ser mais de um Departamento ou<br />

Secretaria);<br />

3) Número da Dotação Orçamentária (Só aprova se tiver este número);<br />

4) Data e Hora da Aprovação.<br />

Em caso de aprovação da Dotação Orçamentária, o DL providencia a elaboração da<br />

Ordem de Serviço de Licitação e anexa o link ao projeto para que o Prefeito baixe o arquivo<br />

(DOC), imprima, assine para oficializar a Licitação.<br />

O DL escolhe a Modalidade de Licitação, que pode variar conforme o tipo do projeto.<br />

No caso de projetos de obras civis, as modalidades podem ser:<br />

Dispensa de Licitação: cujo valor vai até R$ 15.000,00 (esta modalidade dispensa edital);<br />

Carta Convite: cujo valor vai de R$ 15.000,01 até R$ 150.000,00 (esta modalidade requer<br />

edital);<br />

Tomada de Preços: valor entre R$ 150.000,01 e R$ 650.000,00 (esta modalidade requer<br />

edital);<br />

Concorrência: valor de R$ 650.000,00 (esta modalidade requer edital).<br />

Para maiores informações, consulte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm<br />

Após redigir o Edital o encarregado do DL encaminha para o seu Jurídico solicitando<br />

parecer<br />

Neste ponto do processo o status será: “Aguardando Parecer Jurídico”.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Minuta do Edital;<br />

2) Data do Sistema;<br />

51


Decisão<br />

O Jurídico do DL analisa e emite parecer, que pode ser favorável ou não.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer do Edital;<br />

2) Data do Sistema;<br />

No caso de parecer favorável, o DL publica o edital, conforme a modalidade escolhida.<br />

Neste ponto do processo o status será: “Em Licitação”.<br />

Após o recebimento do material da empresas participantes da licitação, o DL<br />

encaminha cada documentação para a SI para que este faça uma avaliação e promova a<br />

Classificação das concorrentes, habilitando ou desabilitado cada um dos concorrentes. O<br />

status muda para: “Habilitação das Concorrentes”.<br />

Etapa 6: Habilitação<br />

Tabela RACI: R: Engenheiro Responsável; A: Secretário Infra; C: Não tem; I: Secretário Infra.<br />

Decisão<br />

O Engenheiro Responsável analisa e emite parecer, que pode ser favorável ou não a<br />

cada uma das participantes. Neste caso será um campo único contendo o parecer total.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer da Habilitação;<br />

2) Data e Hora do Sistema;<br />

O status será: “Finalizada Habilitação de Concorrentes”.<br />

> Volta para Licitação<br />

O DL solicita parecer do Jurídico para obter aval para publicação.<br />

São dois cenários possíveis que virá do Jurídico: Parecer Favorável ou Parecer<br />

Desfavorável. O status será: “Aguardando Parecer Jurídico - Publicação”. Prazo: ?<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Publicação;<br />

2) Data de Abertura;<br />

Decisão<br />

O Jurídico analisa e emite parecer, que pode ser favorável ou não a publicação. Neste<br />

caso será um campo único contendo o parecer total.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer da Publicação;<br />

2) Data do Sistema;<br />

52


O status será: “Parecer Favorável – Publicação da Classificação” ou “Parecer Desfavorável –<br />

Publicação da Classificação”.<br />

Se o parecer for favorável, o processo segue. Caso contrário, busca-se uma solução<br />

recomendada pelo Jurídico até que seja favorável. Seguindo o processo (pareceres jurídicos),<br />

repete-se o procedimento para “Homologação”.<br />

Nota: Existem licitações que podem não ter todas essas fases, por exemplo, finaliza na<br />

“Classificação”.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Observações;<br />

2) Data de Abertura dos Envelopes;<br />

Após a finalização da Homologação, o DL entra na fase de elaboração do Contrato. O<br />

status será: “Elaboração de Contrato”. Quando estiver pronto, marca-se a data para<br />

assinatura do mesmo. Quando for assinado, o processo de Licitação é finalizado.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Observações Finais;<br />

2) Data da Assinatura;<br />

3) Anexar cópia do Contrato (DOC).<br />

O status será: “Análise Final”. Os stakeholders são notificados.<br />

Etapa 7: Análise Final<br />

Tabela RACI: R: Gestor do Projeto; A: Gestor do Projeto; C: Jurídico, Secretária(s); I:<br />

Secretaria(s).<br />

O DP reúne toda a documentação e envia para análise final na Caixa Econômica<br />

Federal, que emite parecer aprovando a contratação ou não. O status será: “Contratação<br />

Aprovada”, “Contratação Reprovada”. Na maioria das vezes, a reprovação é oriunda da falta<br />

de documentação.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer da Análise Final;<br />

2) Data e Hora do Sistema;<br />

3) Anexar arquivo da Ordem de Serviço (Emitida pela Caixa Econômica)<br />

Este processo se repete até que o laudo seja favorável.<br />

Observação: O status “Contratação Aprovada” só poderá ser inserido (ex: através do<br />

bt “Aprovar”, quando uma imagem (OS) for anexada). Para os pareceres complementares,<br />

por exemplo, requisição de novos documentos ou correção de um procedimento, o parecer<br />

poderá ser inserido, mas não aprovado.<br />

Após a aprovação os stakeholders são notificados e o processo entra para a pauta da<br />

SI. Normalmente a SI e Secretário(s) envolvidos, fazem uma reunião de trabalho para<br />

planejar a obra. Inicia-se o a atividade: “Diário de Obra”.<br />

53


Etapa 8: Diário de Obra<br />

Tabela RACI: R: Engenheiro Responsável; A: Secretário Infra; C: Não tem; I: Secretaria(s).<br />

O DI faz um trabalho diário de acompanhamento da obra. Este acompanhamento<br />

resulta no preenchimento de um relatório resumido e a anexação de fotos da obra em<br />

andamento.<br />

A partir do primeiro registro no Diário de Obra, o status passa a ser “Obra em<br />

Andamento”<br />

Periodicamente, são anexados os chamados Boletins de <strong>Me</strong>dição, que atestam a<br />

finalização de cada etapa da obra.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer do andamento da obra;<br />

2) Data e Hora da visita;<br />

3) Anexar imagem(ns) do andamento da obra;<br />

4) Anexar imagem (ou planilha?) do Boletim de <strong>Me</strong>dição;<br />

5) Data e Hora do sistema – do momento em que o Boletim de <strong>Me</strong>dição foi anexado.<br />

Este processo de Diário de Obra segue até a finalização da Obra e todos os<br />

stakeholders poderão acompanhar cada uma das etapas do diário de obra.<br />

Ao final da última etapa, a SI deve formalizar a entrega da obra através da<br />

homologação do Boletim de <strong>Me</strong>dição.<br />

A cada Boletim de <strong>Me</strong>dição, o Projeto (Prestação de Contas) deve ser notificado para<br />

providenciar a Prestação de Contas Parcial.<br />

Etapa 9: Entrega da Obra<br />

Tabela RACI: R: Engenheiro Responsável; A: Secretário Infra; C: Não tem; I: Secretaria(s).<br />

O Engenheiro Responsável deve fazer a entrega formal da obra. Para isso deverá<br />

anexar as imagens de todos os documentos que a obra demanda.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Observações finais da entrega;<br />

2) Data e Hora da Entrega;<br />

3) Anexar imagem(ns) dos arquivos;<br />

A entrega só poderá ser considerada concluída, após a anexação de TODOS os<br />

documentos alusivos à obra, que, dependendo da obra podem ser:<br />

a) Laudo dos Bombeiros;<br />

b) Laudo da Vigilância Sanitária;<br />

c) Laudo do <strong>Me</strong>io Ambiente;<br />

d) Laudo da CETESB;<br />

e) Alvará de Funcionamento;<br />

f) CND da Empreiteira;<br />

g) Habite-se;<br />

h) Averbação (Registro em Cartório).<br />

Etapa 10: Prestação de Contas<br />

54


Tabela RACI: R: Resp. pelo projeto; A: Resp. pelo Depto.; C: Jurídico, Secretária(s); I:<br />

Prefeito<br />

A prestação de Contas se dá de duas maneiras, a Prestação de Contas Parcial, que<br />

ocorre ao final de cada etapa da obra, que ter sido definida ou não. E a Prestação de Contas<br />

Final que é realizada após a finalização da obra.<br />

Prestação de Contas Parcial<br />

No caso de Contrato de Repasse, o Projeto encaminha documentação para a Caixa<br />

para o Engenheiro desta possa aferir e liberar o pagamento parcial. Caso seja com verba do<br />

próprio tesouro o própria SI se encarrega da aferição.<br />

Cada obra demanda certos documentos, mas em geral são:<br />

a) Boletim de <strong>Me</strong>dição homologado pela SI;<br />

b) Nota Fiscal;<br />

c) Guia de INSS;<br />

d) Declaração do Empreiteiro confirmando recebimento;<br />

e) Documento da Transferência da respectiva Conta do Empreiteiro;<br />

f) Relação de Pagamentos.<br />

E mais toda a documentação inicial.<br />

A Caixa Econômica recebe esta documentação, analisa e pode aprovar ou não. Caso<br />

aprove, esta homologa a prestação de contas parcial.<br />

O procedimento de envio de documentação, emissão de parecer com data e hora, se<br />

dá até que a Prestação de Contas Parcial seja homologada.<br />

Após a homologação, o Prefeito tem que ser notificado dando ciência de que existe<br />

um documento para que assine.<br />

> Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer da Caixa;<br />

2) Data e Hora da Aprovação (Em caso de aprovação, senão Rejeitado);<br />

3) Imagem (documento emitido no site da Caixa, que comprova a homologação<br />

Parcial).<br />

Prestação de Contas Final<br />

Na Prestação de Contas Final, o Projeto repete o mesmo processo que a Prestação<br />

de Contas Parcial, ou seja, envia-se toda a documentação anterior e mais alguns<br />

complementares:<br />

a) Relatório de Complemento da Situação do Objeto;<br />

b) Cronograma Físico Financeiro;<br />

c) Termo de Notificação;<br />

d) Consolidado de Receita;<br />

Ao final do processo, com a aprovação, o status será: “Obra Finalizada” e todos os<br />

envolvidos deverão ser notificados.<br />

55


Campos preenchidos nesta etapa:<br />

1) Parecer da Caixa;<br />

2) Data e Hora da Aprovação (Em caso de aprovação, senão Rejeitado);<br />

3) Imagem (documento emitido no site da Caixa, que comprova a homologação Final);<br />

4) Parecer do DP*.<br />

O parecer do DP será de grande importância, pois neste parecer, podem ser inseridas<br />

as considerações do Gestor do Projeto no sentido de melhorar o andamento do próximo<br />

projeto, como por exemplo, mudança de contato (nome, telefone, ou email) ou de<br />

procedimento no órgão que libera a verba, aspectos que não foi considerado no projeto que<br />

está sendo finalizado e que não pode deixar de ser considerado no próximo.<br />

56


Fonte de Informações<br />

Todas as informações aqui descritas foram colhidas em reuniões com cada um dos<br />

responsáveis diretos ou indiretos pelo processo e ocorreram entre os dias 19/01 e<br />

28/01/2011.<br />

Glossário<br />

DF<br />

DL<br />

DP<br />

Departamento Financeiro;<br />

Departamento de Licitação;<br />

Departamento de Projetos;<br />

Gestor do Projeto<br />

Funcionário pertencente ao grupo Projetos, responsável desde o início pelo andamento<br />

da obra a qual foi relacionado no cadastro inicial;<br />

Peça Técnica<br />

Documentação relativa ao projeto aprovado pelo órgão competente e que será a fonte<br />

de informações sobre as características desse projeto. Ela pode ser composta de vários<br />

artefatos, entre eles: Projeto Estrutural, Projeto Arquitetônico, Projeto Elétrico, Projeto<br />

Hidráulico, <strong>Me</strong>morial Descritivo, Planilha Orçamentária e Cronograma Físico e<br />

Financeiro.<br />

SI<br />

Secretaria da Infra-estrutura;<br />

SICONV<br />

Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV - órgão ligado ao<br />

Ministério do Planejamento.<br />

Stakeholder<br />

Qualquer pessoa interessada no processo em andamento.<br />

Tabela RACI<br />

Tabela que identifica os principais atores dentro de determinada atividade no processo<br />

(Acrônimo de Responsable, Accountable, Consulted e Informed).<br />

Responsable: Pessoa que tem a responsabilidade sobre a execução do processo;<br />

Accountable: Dono do processo; que dá a palavra final sobre o processo;<br />

Consulted: Pessoa que deverá ser consultada ANTES que qualquer decisão seja<br />

tomada no processo;<br />

Informed: Pessoa que deve ser informada que uma decisão ou ação foi tomada no<br />

processo;<br />

57


Tabelas Complementares do Sistema<br />

Sites Úteis<br />

1) Usuários (Intranet);<br />

2) Secretarias e Departamentos;<br />

3) Endereço (Tipo de logradouro, logradouro, complemento, coordenadas GPS*, etc.);<br />

4) Documentos (necessários aos projetos);<br />

(*) Não obrigatório<br />

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm<br />

https://www.convenios.gov.br/portal/<br />

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