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Projeto Arara-azul - Viva Marajó

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92<br />

Casos de Sucesso na Educação Ambiental<br />

4 Para saber mais sobre a<br />

fauna brasileira ameaçada<br />

de extinção consulte<br />

o trabalho: Machado, A. B;<br />

Martins, C. S. e; Drummond,<br />

G. M. (eds.) Lista da Fauna<br />

Brasileira Ameaçada de<br />

Extinção. Belo Horizonte,<br />

Fundação Biodiversitas, 2005,<br />

160 p.<br />

mano e a introdução de espécies exóticas têm sido apontadas como as principais<br />

causas da perda de biodiversidade. As espécies reconhecidas oficialmente como<br />

ameaçadas de extinção são os reflexos desse processo e cada vez que é publicada<br />

uma atualização dessas listas, mais e mais espécies são relacionadas. Para se<br />

ter um exemplo dessa grandeza, a atual lista de espécies da fauna ameaçadas de<br />

extinção no Brasil relaciona 633 espécies, contra as 218 que eram conhecidas anteriormente.<br />

4<br />

A espécie é considerada em risco de extinção quando suas populações atingem<br />

tamanhos muito reduzidos, deixando a espécie geneticamente enfraquecida<br />

e conseqüentemente ameaçada. A redução drástica de uma população pode levar<br />

a um aumento nos acasalamentos entre parentes, ou até mesmo ao não-acasalamento,<br />

diminuindo a variabilidade genética e o número de descendentes a cada<br />

geração, provocando o gradual desaparecimento da espécie.<br />

A perda de habitats pode provocar o desaparecimento de populações inteiras<br />

de uma só vez, principalmente de espécies que têm distribuição geográfica restrita<br />

a um determinado tipo de ambiente. Pode provocar a perda de uma espécie que é<br />

vital para a sobrevivência de outras, como um vegetal que serve de alimento ou<br />

abrigo para a espécie animal ou um animal que é a presa de outra espécie, e que<br />

sem este não consegue sobreviver, só para citar exemplos bem simples.<br />

Mas é o tráfico de animais silvestres, outra importante causa de perda de<br />

biodiversidade, que tem representado a principal ameaça de extinção de muitas<br />

espécies da fauna brasileira, principalmente das aves, atraentes pelas suas cores<br />

e pelos seus diferentes cantos. A retirada de animais de seus ambientes naturais<br />

para serem vendidos como animais de estimação, para colecionadores, para fins<br />

científicos ou como produtos para serem beneficiados por diferentes setores industriais<br />

é crime pela legislação brasileira.<br />

“Após a perda do habitat, a caça, para subsistência e comércio, é a segunda<br />

maior ameaça à fauna silvestre brasileira [...]. Atualmente, o comércio ilegal<br />

de vida silvestre, o qual inclui a fauna e seus produtos, movimenta de 10 a 20<br />

bilhões de dólares por ano [...]. É a terceira atividade ilícita do mundo, depois<br />

das armas e das drogas. O Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total<br />

mundial.” (RENCTAS, 2006)<br />

A arara-<strong>azul</strong>, espécie que motivou a criação do projeto que estudamos agora,<br />

tem sido alvo dessa atividade ilícita, e embora os resultados que conheceremos<br />

apontam para um futuro promissor para a espécie, ainda há muito para ser feito,<br />

para garantir não só a proteção dessa, mas de várias outras espécies que se encontram<br />

em situação semelhante à da arara-<strong>azul</strong>.<br />

O tráfico de animais silvestres<br />

Em um estudo realizado pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de<br />

Animais Silvestres (Renctas), são apresentados alguns animais da fauna brasileira<br />

que são caçados para serem vendidos a colecionadores, ou como animais

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