Projeto Arara-azul - Viva Marajó
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Casos de Sucesso na Educação Ambiental<br />
4 Para saber mais sobre a<br />
fauna brasileira ameaçada<br />
de extinção consulte<br />
o trabalho: Machado, A. B;<br />
Martins, C. S. e; Drummond,<br />
G. M. (eds.) Lista da Fauna<br />
Brasileira Ameaçada de<br />
Extinção. Belo Horizonte,<br />
Fundação Biodiversitas, 2005,<br />
160 p.<br />
mano e a introdução de espécies exóticas têm sido apontadas como as principais<br />
causas da perda de biodiversidade. As espécies reconhecidas oficialmente como<br />
ameaçadas de extinção são os reflexos desse processo e cada vez que é publicada<br />
uma atualização dessas listas, mais e mais espécies são relacionadas. Para se<br />
ter um exemplo dessa grandeza, a atual lista de espécies da fauna ameaçadas de<br />
extinção no Brasil relaciona 633 espécies, contra as 218 que eram conhecidas anteriormente.<br />
4<br />
A espécie é considerada em risco de extinção quando suas populações atingem<br />
tamanhos muito reduzidos, deixando a espécie geneticamente enfraquecida<br />
e conseqüentemente ameaçada. A redução drástica de uma população pode levar<br />
a um aumento nos acasalamentos entre parentes, ou até mesmo ao não-acasalamento,<br />
diminuindo a variabilidade genética e o número de descendentes a cada<br />
geração, provocando o gradual desaparecimento da espécie.<br />
A perda de habitats pode provocar o desaparecimento de populações inteiras<br />
de uma só vez, principalmente de espécies que têm distribuição geográfica restrita<br />
a um determinado tipo de ambiente. Pode provocar a perda de uma espécie que é<br />
vital para a sobrevivência de outras, como um vegetal que serve de alimento ou<br />
abrigo para a espécie animal ou um animal que é a presa de outra espécie, e que<br />
sem este não consegue sobreviver, só para citar exemplos bem simples.<br />
Mas é o tráfico de animais silvestres, outra importante causa de perda de<br />
biodiversidade, que tem representado a principal ameaça de extinção de muitas<br />
espécies da fauna brasileira, principalmente das aves, atraentes pelas suas cores<br />
e pelos seus diferentes cantos. A retirada de animais de seus ambientes naturais<br />
para serem vendidos como animais de estimação, para colecionadores, para fins<br />
científicos ou como produtos para serem beneficiados por diferentes setores industriais<br />
é crime pela legislação brasileira.<br />
“Após a perda do habitat, a caça, para subsistência e comércio, é a segunda<br />
maior ameaça à fauna silvestre brasileira [...]. Atualmente, o comércio ilegal<br />
de vida silvestre, o qual inclui a fauna e seus produtos, movimenta de 10 a 20<br />
bilhões de dólares por ano [...]. É a terceira atividade ilícita do mundo, depois<br />
das armas e das drogas. O Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total<br />
mundial.” (RENCTAS, 2006)<br />
A arara-<strong>azul</strong>, espécie que motivou a criação do projeto que estudamos agora,<br />
tem sido alvo dessa atividade ilícita, e embora os resultados que conheceremos<br />
apontam para um futuro promissor para a espécie, ainda há muito para ser feito,<br />
para garantir não só a proteção dessa, mas de várias outras espécies que se encontram<br />
em situação semelhante à da arara-<strong>azul</strong>.<br />
O tráfico de animais silvestres<br />
Em um estudo realizado pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de<br />
Animais Silvestres (Renctas), são apresentados alguns animais da fauna brasileira<br />
que são caçados para serem vendidos a colecionadores, ou como animais