16.04.2013 Views

prosa - Academia Brasileira de Letras

prosa - Academia Brasileira de Letras

prosa - Academia Brasileira de Letras

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Sílvio Castro<br />

que é uma missa cantada; po<strong>de</strong>m imaginar o que seria uma missa cantada daqueles<br />

anos remotos. 12<br />

2) “Conto <strong>de</strong> escola”, pela primeira vez: Gazeta <strong>de</strong> Notícias, 1884; em volume,<br />

Várias histórias, 1896:<br />

A escola era na Rua do Costa, um sobradinho <strong>de</strong> gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> pau. O ano era <strong>de</strong> 1840.<br />

Naquele dia – uma segunda-feira, do mês <strong>de</strong> maio – <strong>de</strong>ixei-me estar alguns instantes na<br />

Rua da Princesa a ver on<strong>de</strong> iria brincar amanhã. 13<br />

3) “A chinela turca”, A Época, 1875; Papéis avulsos, 1882:<br />

Ve<strong>de</strong> o bacharel Duarte. Acaba <strong>de</strong> compor o mais teso e correto laço <strong>de</strong> gravata que<br />

apareceu naquele ano <strong>de</strong> 1850, e anunciam-lhe a visita do Major Lopo Alves. Notai<br />

que é <strong>de</strong> noite, e passa <strong>de</strong> nove horas. 14<br />

4) “A Desejada das Gentes”, Gazeta <strong>de</strong> Notícias, 1886, Várias histórias, 1896:<br />

[...]<br />

– Chamava-se Quintília? Conheci <strong>de</strong> vista, quando andava na Escola <strong>de</strong> Medicina,<br />

uma linda moça com esse nome. Diziam que era a mais bela da cida<strong>de</strong>.<br />

– Há <strong>de</strong> ser a mesma, porque tinha essa fama. Magra e alta?<br />

– Isso. Que fim levou?<br />

– Morreu em 1859. Vinte <strong>de</strong> abril. Nunca me há <strong>de</strong> esquecer esse dia.<br />

Vou contar-lhe um caso interessante para mim, e creio que também para o senhor.<br />

Olhe, a casa era aquela… Morava com um tio, chefe <strong>de</strong> esquadra reformado; tinha outra<br />

casa no Cosme Velho. Quando conheci Quintília… Que ida<strong>de</strong> pensa que teria,<br />

quando a conheci?<br />

12 Machado <strong>de</strong> Assis, “Cantigas <strong>de</strong> esposais”, Histórias sem data, in Obra Completa, vol. II, Conto, Edit.<br />

Nova Aguilar, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1985; p. 386. Dessa edição <strong>de</strong> Conto serão retiradas as citações que<br />

seguem até a nota n o 19, quando retornam as citações referidas à ed. Jackson da Obra Completa <strong>de</strong><br />

M.A.<br />

13 M. <strong>de</strong> Assis, “Conto <strong>de</strong> escola”, in Várias histórias, ed. cit., p. 548.<br />

14 M. <strong>de</strong> Assis, “A chinela turca”, in Papéis avulsos, ed. cit., p. 295.<br />

218

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!