êxito 6 - Revista Êxito

Entrevista
O vice-governador que vai além
Mineiro de Lavras, Paulo
Octávio Alves Pereira é empresário
dos ramos imobiliário e
hoteleiro de Brasília desde
1970, quando fundou a PaulO-
Octávio. Formado em Economia
e Direito, trabalhou na bolsa
de valores e passou uma
temporada em Washington,
EUA, antes de começar a carreira
de empresário. Eleito deputado
federal duas vezes, em
1990 e 1998. Paulo Octávio
ocupou a presidência do Diretório
Regional do PFL no Distrito
Federal. No Congresso, criou
o projeto ABC do Trabalhador,
programa de alfabetização
dos funcionários dos canteiros
de obra – experiência que já
desenvolvia em suas empresas.
Em 1994, concorreu novamente
a deputado Federal e foi o
mais votado do DF. No entanto,
não se elegeu, pois sua coligação
(PRN/PL/PV) não alcançou
o mínimo necessário para
reconduzi-lo ao Congresso.
Lançou a candidatura de Brasília
para ser sede das Olimpíadas
de 2000, que foram realizadas
em Sidney, Austrália. Foi
eleito Senador em 2002 e terceiro
secretário do Senado
quando Renan Calheiros assumiu
a presidência daquela casa.
Em 1º de janeiro de 2007,
toma posse como vice-governador
do Distrito Federal.
Após tanta dedicação ao
setor privado, como é estar
no Executivo?
A responsabilidade é triplicada.
Eu já lutava pelo DF no
Senado, defendendo nossos
direitos no Congresso Nacional
e agora, como vice-governador,
em um governo compartilhado
com Arruda, pretendemos
melhorar Brasília gerando
empregos, renda e cidadania e
prepará-la para os seus cinqüenta
anos. É uma cidade
moderna, que dá segurança
aos seus filhos, é justa, dá
oportunidade, está sempre
Temos de fazer uma
reforma administrativa
para a máquina ser mais
barata e econômica sem
demissões
crescendo e ama seus habitantes.
Vamos fazer um governo
com a cara de Brasília. Mal terminou
as eleições e no dia seguinte
já estávamos reunidos
trabalhando e pensando em
Brasília para governar da melhor
forma possível a partir do
dia primeiro de janeiro. E para
isso temos de compor uma
equipe muito boa, temos de
preparar o orçamento para realizarmos
todos os projetos, temos
de fazer uma reforma administrativa
para a máquina ser
mais barata e econômica sem
demissões. Temos de reduzir
despesas operacionais e mostrar
para o Brasil um exemplo
de boa administração.
O senhor é casado com a
neta de JK, Anna Christina
Kubitschek, e estará no governo
do DF nos cinqüenta
anos de Brasília. Isso lhe dá
mais responsabilidade para
trabalhar? Pensa em governar
o País?
Primeiro, temos de fazer
um bom trabalho em Brasília.
Depois, poder realizar o
sonho de melhorar o País e
trabalhar por todos que têm
confiança em mim. Enfrentei
muitas coisas nestes 16 anos
de vida pública e estou preparado
para os grandes desafios
e ajudar o Brasil crescer
e se desenvolver como
ajudei Brasília. Precisamos
trabalhar diariamente para
que todas as cidades satélites
tenham o mesmo nível
de ensino, um atendimento
humano na saúde e respeito
aos idosos. Precisamos disso
para manter vivo o espírito
de JK e cuidar da cidade que
ele criou do jeito que ele
gostaria que ela fosse.
O senhor foi pioneiro na
alfabetização nos canteiros
de obras e nós vemos a sociedade
agradecendo este
gesto bonito. O que isto vai
significar no seu governo?
Educação será nossa prioridade.
Não só alfabetizar a população,
mas dar oportunidades
para que as pessoas possam
estudar mais, fazer cursos
profissionalizantes, ter bolsasuniversitárias
se não tiverem
condições de pagar faculdade.
Enfim, preparar a população
para que usufruam do direito
à educação.
Precisamos trabalhar
diariamente para que
todas as cidades
satélites tenham o
mesmo nível de
ensino, atendimento
humano na saúde e
respeito aos idosos
14 Êxito – Setembro de 2006