êxito 6 - Revista Êxito

Trabalho
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ONG qualifica mulheres
Associação das Mulheres Empreendedoras qualifica mulheres de baixa renda do DF para o trabalho
Eliane Ulhoa
criada em 2004, a
Associação das MulheresEmpreendedoras
(AME), uma Organização
Não-Governamental (ONG)
formada por mulheres profissionalmente
bem-sucedidas,
desempenha um papel ativo
no desenvolvimento social de
pessoas de baixa renda do
Distrito Federal. Promove
cursos, palestras e oficinas. A
iniciativa é um sucesso graças
à interação com o público,
à parceria de empresas
privadas e ao apoio da sociedade
brasiliense.
O foco principal da entidade
é melhorar a qualificação
profissional das mulheres brasilienses
e, com isso, reduzir as
diferenças que elas enfrentam
no mercado de trabalho. A
AME oferece oportunidades
para a inserção profissional e
social, tornando essas mulheres
economicamente ativas e
independentes. No início de
agosto, a ONG lançou um curso
gratuito para profissionalizar
empregadas domésticas. A
primeira turma tinha 40 alunas,
que aprenderam noções
de apresentação pessoal,
atendimento ao telefone, planejamento
de cardápios, serviços
domésticos, além de direitos
e deveres trabalhistas. As
aulas foram ministradas na
Administração do Lago Sul,
três vezes por semana.
A segunda turma, com 40
alunas, iniciou as aulas no dia
09 de outubro. A programação
é idêntica à primeira,
com três encontros por semana
(segundas, quartas e
sextas-feiras), também na
Administração do Lago Sul e
previsão para terminar em 19
Uma das ações promovidas pela ONG é o curso profissionalizante para empregadas domésticas
de novembro. Um dos sinais
de amadurecimento do projeto
é a recente parceria firmada
entre a AME e uma
empresa privada, que garante
vales-transporte para algumas
alunas. A coordenadora
de eventos da ONG, Sílvia Seabra,
explica que, infelizmente,
a parceria ainda não pode
privilegiar todas as alunas.
Então, os principais critérios
de escolha para saber quem
tem direito ao benefício são:
a situação econômica e a distância
entre a residência e o
local das aulas.
Além de oferecer a qualificação
profissional, a Ame encaminha
as mulheres ao mercado
de trabalho. Entre a primeira
turma formada, 15 mulheres
conseguiram emprego.
A empregada doméstica Andréia
Ribeiro, 27 anos, comprova
o bom desempenho do
projeto. Atualmente, ela trabalha
em uma casa de família
no Lago Sul. Moradora do Recanto
das Emas, Andréia foi
uma das alunas da AME e
conseguiu seu primeiro em-
prego com o encaminhamento
da ONG. "Fiz o curso desacreditada,
achando que não
daria grande resultado. Hoje,
tenho um emprego com carteira
assinada e estou muito
feliz. Aprendi a ter uma profissão
e querer sempre melhorar,
crescer e valorizar o meu
trabalho", afirma Andréia.
Outro fator importante ressaltado
por ela é a importância
de tudo que é ensinado em
sala de aula. "Aprendi noções
de apresentação pessoal, conservação
de alimentos, a
atender o telefone, receber visitas,
arrumar a mesa, organizar
cardápios e várias outras
coisas úteis no meu dia-adia",
ressalta.
Para Sílvia Seabra, exemplos
como este representa o maior
incentivo ao grupo de voluntárias
da ONG "É gratificante ajudar
pessoas que realmente precisam.
A minha felicidade é vêlas
trabalhando, ativas economicamente,
cuidando de suas
vidas e exercendo o conceito
de cidadania", afirma.
Segundo a coordenadora,
o objetivo da ONG é formar
uma turma por mês. Para isso,
a AME trabalha em busca de
parcerias que facilitem o acesso
dessas mulheres ao curso e
ao mercado de trabalho.
A Ame está aberta a parcerias
e apoio de empresas e
profissionais que queiram colaborar
com o trabalho voluntário.
Mais informações:
3426-3356 ou 3426-3279.
Sobre a Ame
Presidida por Cristina Boner,
presidente do Grupo
TBA, a AME é constituída por
mulheres que atuam nas
mais diversas áreas como
empresárias, advogadas, decoradoras
e políticas. Entre as
ações já promovidas pela
ONG estão: cursos de informática,
telemarketing, apresentação
pessoal e maquiagem,
direito trabalhista, entre
outros. O próximo passo
da instituição é levar os cursos
para as cidades satélites
do Distrito Federal, dando
continuidade ao trabalho de
inserção social das mulheres.
Êxito – Setembro de 2006