Impressões - Ano 2 - N°5 - Ucg
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NOME DA SEÇÃO<br />
AMADURECIMENTO<br />
Alguns destes adultos, que<br />
precocemente foram pais, já<br />
sofreram várias conseqüências<br />
que uma gravidez na adolescência<br />
pode causar. E só<br />
agora, nesta faixa etária entre<br />
os 26 e 30 anos a maioria<br />
deles, ainda jovens, começam<br />
a assumir a total responsabilidade<br />
dos filhos que antes era<br />
dispensada parcial ou totalmente<br />
aos avós. "Engravidei e<br />
casei muito jovem mas sempre<br />
soube das conseqüências do<br />
meu ato, e apesar de estar<br />
enfrentando uma separação<br />
nada amigável não me<br />
arrependo de nada", desabafa<br />
a administradora Ludmylla<br />
Carvalho, 26.<br />
Com a passagem pela adolescência,<br />
vem o amadurecimento.<br />
E é nessa fase que os<br />
jovens começam a se estabilizar<br />
e dar início a relacionamentos<br />
mais estáveis. Para a<br />
grande maioria é ai que<br />
começa a preocupação com o<br />
futuro tanto emocional quanto<br />
financeiro. Porém, ao contrário<br />
do que ocorria, sair da<br />
casa dos pais nessa fase não se<br />
trata de um fato comum. A<br />
permanência de adultos<br />
morando com os pais é cada<br />
vez maior atualmente. No caso<br />
de Ludmylla, engravidar,<br />
casar e sair da casa dos pais<br />
ocorreu muito rapidamente.<br />
Com apenas 16 anos ela se<br />
casou devido antes do nascimento<br />
do filho.<br />
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS / GOIÂNIA .SETEMBRO. 2007<br />
"A gravidez foi um alívio,<br />
pois era muito difícil sair de<br />
casa. Meu pai controlava<br />
muito, não deixava sair sozinha.<br />
Dessa forma, o casamento<br />
foi uma decisão rápida e<br />
fiquei mais livre pra fazer o<br />
que queria", conta Ludmylla.<br />
Ao contrário de muitos jovens<br />
de sua idade, que nessa fase<br />
estão entrando ou procurando<br />
um relacionamento sério, ela<br />
enfrenta uma conturbada separação.<br />
E a irresponsabilidade<br />
segundo Ludmylla, foi o principal<br />
motivo do divórcio.<br />
"Não dava mais pra suportar a<br />
situação, estava sustentando a<br />
casa sozinha", finaliza. Com a<br />
separação Ludmylla não pensa<br />
em casamento e filhos novamente.<br />
O psicólogo Arthur Melo<br />
de Oliveira diz que hoje é difícil<br />
traçar o perfil dos relacionamentos<br />
nessa fase por<br />
causa da diversidade de possibilidades<br />
que as pessoas<br />
encontram nos mesmos. O<br />
psicólogo exemplifica lembrando<br />
que antigamente com<br />
essa idade, ou a pessoa tinha<br />
que estar casada ou estava<br />
ficando para titia. E se o<br />
namorado demorava propor o<br />
casamento já era intimado<br />
pelos pais da noiva a tomar<br />
uma atitude.<br />
Hoje tudo mudou. Os relacionamentos<br />
estão mais toleráveis<br />
e flexíveis. Quem não<br />
conhece, ou é o próprio exemplo,<br />
de marido e mulher que<br />
vivem em casas separadas,<br />
Crédito Foto:<br />
mulheres que namoram<br />
rapazes bem mais jovens ou o<br />
contrário, ex-casados que se<br />
dão bem e as vezes tem recaídas...<br />
entre tantos outros<br />
casos. Oliveira faz questão<br />
11<br />
ainda de frizar: "O importante<br />
é amar o amor, independente<br />
de quando e de que forma ele<br />
se apresenta".<br />
"A gravidez foi um alívio, pois era<br />
muito difícil sair de casa”<br />
Ludmylla Carvalho, 26, Administradora