FACULDADE CÁSPER LÍBERO Tatiana Pacheco Benites ...
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mulheres. Por exemplo, uma mulher que compra um Blackberry ganha um clipe para cinto<br />
que jamais usará, uma vez que poderia ganhar um case (bolsa para guardar o celular) ou uma<br />
nova “capinha”; isso ocorre porque os fabricantes têm a visão somente do gênero masculino.<br />
Para a autora, as diferenças entre os gêneros podem ser notadas desde crianças,<br />
quando as meninas aprendem que devem desenvolver dois talentos sociais: ser querida e ser<br />
prestativa. E quando adultas, aspiram a ser queridas e prestativas para se tornarem<br />
indispensáveis. Os meninos preferem brincadeiras competitivas com vencedores e perdedores,<br />
gostam de esportes e aprendem as “regras” da vida. Eles lutam para conseguir status entre os<br />
seus colegas, seja pela força física, estatura ou capacidade de comandar. Quando adultos,<br />
sempre atribuem qualidades de liderança aos meninos que dominam os outros. Enquanto as<br />
meninas que têm essa qualidade são consideradas “mandonas”, os meninos são vistos como<br />
líderes naturais. Além disso, ensina-se aos meninos que a independência é uma virtude e sua<br />
autoestima é alimentada pela conquista de coisas sem ajuda de ninguém. Ser independente,<br />
competitivo e exercer domínio são qualidades incentivadas nos meninos (2010: 49-50).<br />
Brennan destaca, dentre outras diferenças significativas, que os homens acreditam que<br />
pedir ajuda é um sinal de fraqueza, sendo uma opção válida apenas em caso de desespero. As<br />
mulheres acreditam que pedir informação é uma atitude inteligente e algo que economiza<br />
tempo.<br />
Seja um trabalhador braçal ou um executivo, o homem tem consciência inata de estar sempre<br />
uma posição acima ou abaixo, conforme a situação. Isso alimenta uma força competitiva que<br />
esconde as vulnerabilidades que poderiam diminuir seu status perante os outros. Pairar acima<br />
dessas vulnerabilidades em todos os aspectos da vida é o princípio fundamental da cultura<br />
masculina, que, aliás, é reforçado o tempo todo por personagens no cinema e na televisão. As<br />
mulheres, por outro lado, buscam ajuda e inputs proativamente de outros. Às vezes até pedem<br />
ajuda quando nem precisam, mas apenas para fazer alguém se sentir bem (2010: 52).<br />
Ainda segundo a autora, que escreveu a partir da sociedade americana, as mulheres no<br />
geral procuram umas às outras para falar de suas fraquezas e sentimentos, enquanto os<br />
homens procuram sempre uma atividade escondendo as vulnerabilidades; essa é uma<br />
característica fácil de ser notada.<br />
Para as compras de algum item, as mulheres procuram as facilidades que o produto<br />
oferece; os homens procuram fazer descobertas, saber como funciona, descobrir as<br />
tecnologias. Para eles, pode ser uma diversão ler um manual e descobrir coisas novas; para as<br />
mulheres, importa se o produto realmente é prático, bonito, economiza tempo e quais as<br />
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