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FACULDADE CÁSPER LÍBERO Tatiana Pacheco Benites ...

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Entre os marginais da “sociedade da comunicação” estão também os “sem voz”. Um<br />

número cada vez maior de seres humanos que não só carecem de meios de<br />

expressão, mas também da possibilidade de se fazer ouvir pessoalmente, de<br />

participar de um diálogo social. (...) Porque, depois de escutar, também irão<br />

participar do intercâmbio no diálogo. Não se trata de escutar e sim de participar, de<br />

modo que os submissos, dependentes dos que estão acima, deverão escutar ao outro<br />

para aprender e descobrir o que têm em comum para experimentar a solidariedade, a<br />

fim de dar logo o passo seguinte: satisfazer as necessidades e ampliar o campo da<br />

liberdade (ROMANO, 2010: 124). 3<br />

O ser humano se distingue dos outros animais porque tem a capacidade de se<br />

comunicar por meio da palavra. Assim, em seus estudos, Romano cita o estudioso brasileiro<br />

José Ângelo Gaiarsa, que atribui a origem da fala a outra atividade coletiva, a dança cantada.<br />

Pois o tom da voz e a música formam parte da comunicação verbal, refletindo as emoções.<br />

Lindstrom (2007:83), que reconhece o som como ferramenta poderosa<br />

emocionalmente, cita um estudo publicado no Journal of Consumer Research, contatando que<br />

o ritmo da música de fundo em um estabelecimento pode modificar o comportamento das<br />

pessoas que trabalham e frequentam o local. Dessa forma, quanto mais lenta a música, maior<br />

probabilidade das pessoas permanecerem mais tempo no local e consequentemente compram<br />

mais.<br />

Segundo Blessa (2006), no Brasil, os supermercados utilizam música para estimular as<br />

vendas e, conforme o horário, é selecionado (como música ambiente) um ritmo diferente de<br />

acordo com o público e tráfego da loja.<br />

Blessa explica que, no Brasil, existe a cultura gosto musical segundo a faixa etária:<br />

pela manhã, o público da terceira idade prefere ir à compras e, por isso, o ritmo utilizado é<br />

mais suave, com músicas mais suaves. No período da tarde, o público em sua maioria é<br />

formado por donas-de-casa e, por isso, o estabelecimento veicula o ritmo da moda, as músicas<br />

de novelas e os sucessos do momento. No período noturno, o público é formado por pessoas<br />

que trabalham durante o dia inteiro e dispõem somente desse horário para fazer compras com<br />

mais calma. Preferencialmente nesse horário, o ritmo deve ser mais lento, pois o consumidor<br />

que trabalhou o dia inteiro, possivelmente enfrentou trânsito e pode ter enfrentado<br />

adversidades no seu dia, quer um ambiente tranquilo para fazer as compras e passear.<br />

3<br />

Texto original: Entre los marginados de esta “sociedad de la comunicación” están también los “sin voz”. El<br />

número cada vez mayor de seres humanos que no solo carecen de médios de expresión, sino también de la<br />

posibilidad de hacerse oír personalmente, de participar em el diálogo social.(...) Porque, después de escuchar,<br />

también hay de participar em el intercambio, em el diálogo enriquecedor. No si trata de escuchar sin participar,<br />

al modo de los sumisos, pendientes de lo que puedan obtener de los de arriba. Hay que escuchar al outro para<br />

aprender y descubrir lo que se tiene em común, para experimentar la solidaridad, a fin de dar luego el paso<br />

siguiente: satisfacer lãs necesidades y ampliar el campo de la libertad.<br />

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