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pré-história gestos intemporais - Museu do Côa

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Observações preliminares às<br />

gravuras da Foz <strong>do</strong> <strong>Côa</strong><br />

68<br />

III congresso de arqueologia trás-os-montes, alto <strong>do</strong>uro e beira interior | actas<br />

identificar nenhum motivo defini<strong>do</strong>, apenas associações mais ou menos caóticas de traços,<br />

aparentemente da Idade <strong>do</strong> Ferro.<br />

As restantes rochas historiadas são todas gravadas e pertencem a três perío<strong>do</strong>s cronológicos<br />

distintos: o Paleolítico superior, a Idade <strong>do</strong> Ferro e a Época Moderna/Contemporânea, com a<br />

notória ausência da Pré-História recente. As gravuras indeterminadas deverão todas inserir-se<br />

em algum destes 3 perío<strong>do</strong>s. É esta a relação cronológica das rochas da Foz <strong>do</strong> <strong>Côa</strong>:<br />

Indeterminadas – 32<br />

Paleolíticas – 55<br />

Idade <strong>do</strong> Ferro – 44<br />

Modernas – 21<br />

Paleolíticas + Idade <strong>do</strong> Ferro – 10<br />

Paleolíticas + Modernas – 12<br />

Idade <strong>do</strong> Ferro + Modernas – 6<br />

Paleolíticas + Idade <strong>do</strong> Ferro + Modernas – 6<br />

Perfazen<strong>do</strong> os totais:<br />

Paleolíticas – 83<br />

Idade <strong>do</strong> Ferro – 66<br />

Modernas – 45<br />

Indeterminadas – 32<br />

Estes números devem ser considera<strong>do</strong>s provisórios, uma vez que a atribuição cronológica se<br />

fez unicamente pela observação diurna e em prospecção das superfícies, que não foram<br />

totalmente limpas e se encontram repletas de líquenes. As gravuras são quase todas<br />

filiformes, geralmente muito patinadas e de difícil observação e interpretação, pelo que<br />

nenhuma delas foi observada em condições apropriadas para uma plena e cabal apreciação<br />

(as excepções são as Rochas 1 a 6, que foram definitivamente estudadas em 1982). Assim, o<br />

futuro estu<strong>do</strong> e levantamento destas rochas deverá, por um la<strong>do</strong>, ocasionar a redistribuição<br />

cronológica de pelo menos algumas das rochas consideradas indeterminadas e, por outro<br />

la<strong>do</strong>, originar a revisão de algumas das cronologias agora propostas, na maioria <strong>do</strong>s casos<br />

pela revelação da presença de motivos actualmente não detecta<strong>do</strong>s e, noutros casos,<br />

provocan<strong>do</strong> uma possível reconsideração da presente cronologia.<br />

1. Técnicas de execução<br />

To<strong>do</strong>s os motivos que detectámos na Foz <strong>do</strong> <strong>Côa</strong> são obti<strong>do</strong>s por gravação, não se ten<strong>do</strong><br />

encontra<strong>do</strong> um único motivo pinta<strong>do</strong>. Dentro das diversas técnicas de gravação existentes,<br />

quatro estão representadas na Foz <strong>do</strong> <strong>Côa</strong>: a picotagem e a abrasão, duas técnicas que<br />

formam motivos de traço largo e relativamente bem visível, muito comum em diversos<br />

perío<strong>do</strong>s da Arte <strong>do</strong> <strong>Côa</strong>, a raspagem, uma técnica muito rara na região, e a incisão com traço<br />

fino ou filiforme, também uma técnica muito frequente na Arte <strong>do</strong> <strong>Côa</strong>, particularmente<br />

adaptável aos painéis xisto-grauváquicos. A distribuição destas quatro técnicas pelas 186<br />

rochas é a seguinte:

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