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Mulheres negras e não negras vivendo com HIV ... - Nepaids - USP

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2002). Embora represente quase metade da população brasileira, em termos de<br />

desenvolvimento, o seguimento acumula desvantagens em todas as regiões do país.<br />

Segundo Paixão (2002), entre 1997 e 1999, a população negra apresentou um<br />

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio-baixo 4 . Para a população branca,<br />

o índice vem aumentando a cada ano e, já em 1997 e 1998, pôde ser classificado<br />

<strong>com</strong>o quase-alto. O autor ressalta que, quanto ao posicionamento dos IDHs 5 , é nas<br />

regiões mais desenvolvidas (Sul e Sudeste) que se encontram as maiores distâncias<br />

entre negros e brancos, <strong>com</strong>o descrito na Tabela 1.<br />

Tabela 1. Posição assumida pelo Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro<br />

diante do ranking mundial, segundo cor e grande região. Brasil, 1997-1999.<br />

Grande Região<br />

1997<br />

Negros<br />

1998 1999 1997<br />

Brancos<br />

1998 1999<br />

Norte (*) 88 84 81 50 52 50<br />

Nordeste 122 120 108 97 94 88<br />

Sudeste 87 86 83 39 38 39<br />

Sul 97 92 88 44 45 44<br />

Centro-Oeste 82 79 73 42 41 41<br />

Brasil 105 106 101 46 46 46<br />

Nota: (*) Somente área urbana.<br />

Fonte: Paixão (2002, p. 86).<br />

A restrição das possibilidades de desenvolvimento é acentuada ao inserir<br />

gênero <strong>com</strong>o categoria analítica. No ranking mundial do Índice de Desenvolvimento<br />

ajustado ao Gênero (IDG) apresentado no Relatório de Desenvolvimento Humano de<br />

1999, o Brasil ocupou a 91 a posição <strong>com</strong> o IDG negro e a posição 48 <strong>com</strong> o IDG<br />

branco (Sant´Anna, 2001a, 2001b).<br />

4 Nos anos 80, para operacionalizar a avaliação do nível de progresso do desenvolvimento humano, o<br />

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) elaborou o IDH, o qual mede a<br />

qualidade de vida de países, regiões ou agrupamentos populacionais específicos, <strong>com</strong>binando três<br />

níveis de indicadores (rendimento, educação e longevidade). O índice é calculado <strong>com</strong>o a média das<br />

medidas transformadas e tem seus valores no intervalo de 0 a 1 (Januzzi, 2001). Em termos<br />

classificatórios, o PNUD define que os países cujos índices ficam abaixo de 0,500 apresentam IDH<br />

baixo, aqueles cujo índice fica entre 0,500 e 0,799 apresentam IDH médio e que aqueles que detém<br />

valores acima de 0,800 apresentam IDH elevado. Em seu artigo, Paixão destaca que o IDH médio foi<br />

desagregado <strong>com</strong> a finalidade de explicitar as diferenças contidas em seu interior. Assim, o grupo de<br />

cor que apresentou um IDH entre 0,500 e 0,599 foi classificado <strong>com</strong>o IDH quase-baixo, entre 0,700 e<br />

0,749 <strong>com</strong>o IDH médio e entre 0,750 e 0,799 de IDH quase-alto.<br />

5 O posicionamento do IDH no ranking mundial (<strong>com</strong>posto por 163 países) é determinado <strong>com</strong> base<br />

nos valores descritos acima.<br />

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