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Mulheres negras e não negras vivendo com HIV ... - Nepaids - USP

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Lopes F. <strong>Mulheres</strong> <strong>negras</strong> e <strong>não</strong> <strong>negras</strong> <strong>vivendo</strong> <strong>com</strong> <strong>HIV</strong>/AIDS no estado de São<br />

Paulo: um estudo sobre suas vulnerabilidades. São Paulo; 2003. [Tese de Doutorado<br />

– Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo].<br />

RESUMO<br />

Objetivo. A vulnerabilidade individual é estabelecida num espaço de relações entre<br />

sujeitos, nesse sentido o estudo buscou <strong>com</strong>preender a vulnerabilidade de mulheres<br />

<strong>negras</strong> e <strong>não</strong> <strong>negras</strong> que vivem <strong>com</strong> <strong>HIV</strong>/AIDS à reinfecção e ao adoecimento, em três<br />

serviços públicos de referência para o tratamento de DST/AIDS do Estado de São<br />

Paulo. Métodos. A pesquisa foi realizada <strong>com</strong> 1.068 mulheres maiores de 18 anos (526<br />

<strong>não</strong> <strong>negras</strong> e 542 <strong>negras</strong>), voluntárias, atendidas em três serviços públicos de referência<br />

para o tratamento de DST/AIDS do Estado de São Paulo, de setembro de 1999 a<br />

fevereiro de 2000. As mulheres souberam da pesquisa após contato <strong>com</strong> a equipe de<br />

recepção das instituições, na sala de espera, e aquelas que aceitaram participar<br />

assinaram o termo de consentimento pós-informado. O termo de consentimento e o<br />

protocolo de estudo foram aprovados pelos Comitês de Ética de cada uma das<br />

instituições participantes. As entrevistas realizaram-se em ambiente privado e foram<br />

conduzidas por profissionais do sexo feminino, de nível superior. O instrumento para<br />

coleta de dados foi um questionário semi-estruturado que possibilitava à entrevistada<br />

falar sobre suas experiências e impressões em diferentes momentos da vida,<br />

especialmente depois da revelação do diagnóstico de soropositividade para o <strong>HIV</strong>. Na<br />

análise estatística utilizou-se o teste qui-quadrado Pearson e intervalos de confiança de<br />

95%. Para estudar a interação entre as variáveis utilizou-se o modelo loglinear CHAID<br />

(Chi-squared Automatic Interaction Detector). Os programas de análise estatística<br />

utilizados foram: EpiInfo versão 6.04, SPSS versão 8.0 and Answer Tree ® versão 3.0.<br />

Resultados. As condições de ordem social que contribuíram mais fortemente para a<br />

vulnerabilidade individual de mulheres <strong>negras</strong> foram: dificuldades de acesso à educação<br />

formal, condições de moradia e habitação menos favoráveis, baixo rendimento<br />

individual e familiar per capita, responsabilidade pelo cuidado de maior número de<br />

pessoas, dificuldade de acesso ao teste diagnóstico, dificuldade de acesso às<br />

informações sobre terapia anti-retroviral para o recém-nascido e sobre redução de danos

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