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contribuições de paulo freire à educação brasileira - Portal ANPED ...

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Freire <strong>de</strong>fendia a docência com liberda<strong>de</strong>, contra o autoritarismo, com respeito ao conhecimento trazido pelos<br />

educandos e ao senso comum. O amor, segundo Freire, é uma tarefa do sujeito, portanto não há <strong>educação</strong> sem amor.<br />

Uma ação crítica como possibilida<strong>de</strong> humana para, através da <strong>educação</strong>, concretizar uma mudança social radical e<br />

libertadora rompendo com o sistema opressivo, objetivando a transformação da realida<strong>de</strong>. Utopia é prospectiva do que<br />

ainda não existe e que impulsiona o homem em direção <strong>à</strong> luta por um futuro mais humano visando <strong>à</strong> integração da própria<br />

consciência <strong>à</strong> consciência do outro.<br />

1. 4. na perspectiva da institucionalização da <strong>educação</strong>:<br />

Durante o tempo em que foi Secretário <strong>de</strong> Educação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, <strong>de</strong> 1989 a 1991, Freire <strong>de</strong>clara que<br />

se <strong>de</strong>parou com um problema que, segundo ele, em qualquer parte do nosso país, seria o mesmo: uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência<br />

no sistema educacional, tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo. Essas <strong>de</strong>ficiências da <strong>educação</strong> escolar<br />

castigam somente as crianças das classes populares, pois, não se vê fora da escola, filhos <strong>de</strong> famílias que comem, vestem<br />

e, sobretudo, sonham. No que se refere <strong>à</strong> qualida<strong>de</strong> do ensino, são as crianças pobres, que conseguem chegar a uma<br />

escola e nela permanecer, são as que mais sofrem com essa carência na <strong>educação</strong>.<br />

Freire estava convencido da importância e urgência da <strong>de</strong>mocratização da escola pública, da formação permanente<br />

<strong>de</strong> professores e professoras incluindo nos cursos <strong>de</strong> atualização, meren<strong>de</strong>iras, zeladores e vigias, promovendo, portanto,<br />

ampliar a participação <strong>de</strong> todos os sujeitos, possibilitando a efetiva presença dos alunos e familiares nestes espaços. Para<br />

enten<strong>de</strong>r e trabalhar o papel fundamental da escola na transformação da socieda<strong>de</strong> faz-se necessário uma compreensão<br />

dialética entre escola e socieda<strong>de</strong>.<br />

Freire expõe suas idéias relativas <strong>à</strong> política municipal <strong>de</strong> <strong>educação</strong>, que tem por meta o estabelecimento <strong>de</strong> uma<br />

escola pública, popular e <strong>de</strong>mocrática. Na visão <strong>de</strong> Freire competência não significa falta <strong>de</strong> humor, pois, segundo ele:<br />

3. 5. na perspectiva curricular:<br />

... a alegria <strong>de</strong> ensinar-apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ve acompanhar professores e alunos em suas buscas<br />

constantes. Precisamos é remover os obstáculos que dificultam que a alegria tome conta<br />

<strong>de</strong> nós e não aceitar que ensinar e apren<strong>de</strong>r são práticas necessariamente enfadonhas e<br />

tristes (1999: 37).<br />

Na perspectiva da pedagogia <strong>freire</strong>ana, a elaboração do currículo exige uma reorientação presidida pela<br />

racionalida<strong>de</strong> emancipatória, apoiada na teoria crítica, tomando como centrais os princípios <strong>de</strong> crítica e ação. A<br />

melhoria da <strong>educação</strong> pública municipal provocou, também, mudanças nas relações internas das escolas e nas<br />

relações escola/população. Para isso, segundo ele, faz-se necessária a <strong>de</strong>mocratização da escola, com a participação<br />

dos pais, alunos, professores e outros trabalhadores da área na discussão e <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> seus rumos.<br />

As escolas precisam eleger seus conselhos no início <strong>de</strong> cada ano letivo, objetivando a participação dos pais,<br />

alunos, funcionários e educadores reunindo-se periodicamente para <strong>de</strong>baterem os problemas da escola e apontarem<br />

caminhos no sentido <strong>de</strong> solucioná-los. O <strong>de</strong>senvolvimento dos conselhos da gestão escolar exige um trabalho <strong>de</strong><br />

formação permanente e sistemática na dimensão político/pedagógica. Para tornar realida<strong>de</strong> a escola pública popular e<br />

<strong>de</strong>mocrática <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> na direção <strong>de</strong> uma <strong>educação</strong> crítica e transformadora exige-se repensar a proposta<br />

pedagógica e a reconstrução do currículo, instrumento básico <strong>de</strong> organização da escola entendido numa perspectiva

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