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Preconceito e discriminação com as mulheres negras - PROEJA - RS

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Ao conversar <strong>com</strong> minha orientadora ela fez eu ver que não posso partir de dados não<br />

reais para atender meu objetivo e que ao não aceitarem meu projeto e nem quererem que eu<br />

os entrevist<strong>as</strong>se já demonstraria o preconceito e a <strong>discriminação</strong> que existe na empresa.<br />

Mandei por e-mail o projeto real. Fiquei à disposição da Empresa e mandando e-mails<br />

para saber <strong>com</strong>o estaria a avaliação. Depois de qu<strong>as</strong>e um mês de expectativa, recebi um e-<br />

mail avisando-me que a Empresa estava em auditoria e que não poderiam me receber. Mandei<br />

outro e-mail agradecendo a atenção a mim considerada.<br />

Viamão.<br />

Est<strong>as</strong> atitudes só vêm reforçar o que realmente acontece no mundo do trabalho em<br />

Esses teriam sido os p<strong>as</strong>sos a serem trilhados, se tivesse havido a possibilidade d<strong>as</strong><br />

entrevist<strong>as</strong> n<strong>as</strong> empres<strong>as</strong>.<br />

7.2. Entrevista <strong>com</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> responsáveis pel<strong>as</strong> entrevist<strong>as</strong> <strong>com</strong> os candidatos<br />

Na última década, a situação econômica dos negros, <strong>com</strong>parada a dos brancos,<br />

manteve-se praticamente a mesma. Pesquisa da OIT (Organização Internacional do Trabalho)<br />

mostra que um negro recebe, em média, 50% do salário de um branco no Br<strong>as</strong>il. Em 1992, a<br />

taxa equivalia a 51%.<br />

O dado esconde uma <strong>discriminação</strong> maior quando se leva em conta o aumento no grau<br />

de escolaridade dos negros. Em 92, 23% dos negros economicamente ativos e maiores de 16<br />

anos tinham mais de sete anos de estudo. Em 2001, eram 35%.Isso quer dizer que os<br />

trabalhadores negros não conseguiram melhorar de vida, mesmo <strong>com</strong> o aumento da<br />

escolaridade.s diferenç<strong>as</strong> de remuneração entre os grupos analisados vêm caindo ao longo dos<br />

anos. Entre 1996 e 2007, segundo o Ipea, <strong>as</strong> desigualdades de renda entre brancos e negros<br />

caíram 13% e entre homens e <strong>mulheres</strong>, 10%.<br />

Entre os 10% mais pobres da população em 2007, cerca de 67,9% eram negros. Essa<br />

proporção cai para 21,9% no grupo dos 10% mais ricos. Já no grupo do 1% mais rico da<br />

população, somente 15,3% eram indivíduos negros. Já 41,7%, da população negra<br />

encontrava-se abaixo da linha da pobreza, enquanto 20% da população branca situava-se na<br />

mesma situação. No c<strong>as</strong>o de indigência, 16,9% da população negra recebe menos de um<br />

quarto de salário mínimo per capita por mês, contra 6,6% dos brancos.<br />

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