Preconceito e discriminação com as mulheres negras - PROEJA - RS
Preconceito e discriminação com as mulheres negras - PROEJA - RS
Preconceito e discriminação com as mulheres negras - PROEJA - RS
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
3. VEICULADORES DOS PRECONCEITOS RACIAIS<br />
3.1. <strong>Preconceito</strong> velado na escola<br />
Discriminar significa ¨fazer uma distinção¨. As discriminações mais <strong>com</strong>uns são <strong>as</strong><br />
sociais: racial, religiosa, sexual e étnica. Há du<strong>as</strong> form<strong>as</strong> de discriminar:a primeira é a<br />
visível, reprovável de imediato;a segunda é a indireta, que diz respeito a prática de atos<br />
aparentemente neutros, m<strong>as</strong> que produzem efeitos diversos sobre determinados grupos.<br />
Existe a <strong>discriminação</strong> positiva e negativa. Negativa ocorre quando se dá um<br />
tratamento diferenciado a um grupo, ou categoria de pesso<strong>as</strong>, visando menosprezá-l<strong>as</strong>.Positiva<br />
ocorre quando tratar de ações que visam equiparar grupos ou pesso<strong>as</strong> que são discriminad<strong>as</strong><br />
negativamente, de modo a trazê-l<strong>as</strong> para a sociedade de uma forma igualitária. Como<br />
exemplo temos a ação afirmativa que procura minimizar <strong>as</strong> desigualdades existentes entre<br />
grupos discriminados negativamente ao longo da história, através da aplicação de polític<strong>as</strong><br />
públic<strong>as</strong>.<br />
Dizem que no Br<strong>as</strong>il já não existe mais racismo, preconceito ou <strong>discriminação</strong>.Ao<br />
mesmo tempo é impossível negar o alargamento d<strong>as</strong> diferenç<strong>as</strong> sociais e econômic<strong>as</strong> sofrid<strong>as</strong><br />
pela sociedade no decorrer dos séculos. É necessário voltar ao período de colonização do País,<br />
para perceber, também, que há, através da história a perpetuação da <strong>discriminação</strong>. Em1888 a<br />
princesa Isabel declarou que os negros não eram obrigados a trabalhar de graça e serem<br />
humilhados de tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> form<strong>as</strong> pelos brancos.Hoje a realidade é que a escravidão está aí, não<br />
só para negros, m<strong>as</strong> para brancos, amarelos, vermelhos…e não há lei que a impeça. Ao<br />
contrário da escravidão dos<br />
negros, que era escancarada, esta é uma escravidão silenciosa, que qu<strong>as</strong>e não se<br />
percebe. Somos todos escravos. Queremos tomar um suco de laranja, m<strong>as</strong> a Coca Cola não<br />
deixa. Queremos sair e praticar um esporte, m<strong>as</strong> o Domingo Legal nos impede. Não adianta<br />
querer <strong>com</strong>prar um tênis simples: a sociedade, nossa terrível senhora, nos chicoteia <strong>com</strong><br />
artist<strong>as</strong> famosos usando Nike.<br />
Uma d<strong>as</strong> maneir<strong>as</strong> de <strong>com</strong>bater estes preconceitos é através da valorização da cultura<br />
afro-br<strong>as</strong>ileira, de não permitir <strong>as</strong> brincadeir<strong>as</strong> <strong>com</strong>o: ele é um negro de ¨alma branca¨, isso é<br />
¨coisa de preto¨ou ¨serviço de preto¨, não permitir o uso da palavra sujo <strong>as</strong>sociada a negro,...<br />
8