BRUNO DE MENEZES: PRESENCA DO SIMBOLISMO - Unama
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Numa tenebrosa e profunda unidade!<br />
Imensa como a noite e como a claridade<br />
Os perfumes, as cores e os sons se correspondem<br />
A idéia de fazer este estudo surgiu imediatamente após a leitura de parte de sua obra, sobretudo<br />
dos sonetos, forma que, particularmente, agrada-me, principalmente pela simplicidade dos versos e pela<br />
presença marcante dos elementos da Natureza. Não se pretende, neste trabalho, transcrever fragmentos<br />
pura e simplesmente da obra; nem tampouco, em fazer apologias vulgares ao autor/obra. Qualquer<br />
crítica ou elogio que venha a ser feito, dar-se-á baseado em documentos plausíveis sobre o referido<br />
autor.<br />
De um modo geral, pode-se dizer que o ambiente da obra de Bruno de Menezes remete o leitor a<br />
um universo de imagens e símbolos que se entrelaçam num ritmo que fascina, em virtude da forma com<br />
que o autor soube fazer esses "experimentos", valendo-se, sobretudo, da palavra, pois é esta que dá vida<br />
à literatura de Bruno. Reconhecer na poética do escritor de Batuque, as marcas que fizeram todo um<br />
período literário e artístico dar-se-á com o objetivo de revelar a essência de um artista dotado da<br />
palavra, ao mesmo tempo revelador de um mundo de imagens, sons, ritmos e infindáveis elementos,<br />
descobertos a cada leitura.<br />
A Lua é a bailarina immememorial dos ares<br />
Entre cortinas da Bretanha e céos nevoentos<br />
a Lua offerta a Noite os nenuphares<br />
dos seus jardins feitos de aromas brancos...<br />
A Lua dança, erguendo os braços alvacentos<br />
com três estrellas scintilando sobre os flancos [...]