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BRUNO DE MENEZES: PRESENCA DO SIMBOLISMO - Unama

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sentimentos, entre os quais: solidão, morte, angústia... A mulher pelo qual o eu-lírico sofre,<br />

possivelmente é uma pessoa que não o ama e que brincou com seus sentimentos. O eu-lírico se<br />

entristece pelo fato dela não ter vindo procurá-lo. Daí começa a se angustiar e resolve não pensar em<br />

mais nada.<br />

A segunda estrofe, expressa a dor de estar sozinho sem a companhia da amada. Nada justifica o<br />

aroma de um ambiente perfumado, onde existe um leito vazio e, paradoxalmente, esperançoso pela<br />

volta de um amor não correspondido.<br />

Na terceira estrofe, o eu-lírico demonstra que se sente solitário e angustiado por amar uma<br />

mulher que não o deseja. A esperança foi morrendo na solidão, enquanto o “abat-jour” vai perdendo<br />

sua luz, onde apenas paira uma sombra que toma forma de planta, ou seja, “fitomorfiza-se”, dentro da<br />

angústia que o extasia.<br />

Na quarta e última estrofe, o eu-lírico mergulha em seus sentimentos, refutando a ânsia, a<br />

solidão, e a angústia que sentia naquele momento de desespero; no entanto, percebe-se que o eu-lírico<br />

deseja a vinda dela, não obstante a dor que lhe causava este amor.<br />

Como se pode perceber, é possível transpor para a poesia de Bruno de Menezes algumas das<br />

marcas que corporificam a poesia simbolista do século XIX. A musicalidade, ainda não comentada, é<br />

outro elemento que, de maneira muito clara, se manifesta nos versos do poeta de Bailado Lunar.<br />

Palavras como Mar, Noite, Céus, são revestidas de grande força poética aparecendo constantemente na<br />

poesia simbolista.<br />

Há um grande poder sugestivo nos versos que escondem-revelam, ao mesmo tempo, assim<br />

como a valorização das imagens que compõem seus poemas, tornando-os um exemplo claro de poesia<br />

simbolista.

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