18.04.2013 Views

Jesus Cristo: A Verdadeira História - A Boa Nova - Uma revista de ...

Jesus Cristo: A Verdadeira História - A Boa Nova - Uma revista de ...

Jesus Cristo: A Verdadeira História - A Boa Nova - Uma revista de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

36 <strong>Jesus</strong> <strong>Cristo</strong>: A <strong>Verda<strong>de</strong>ira</strong> <strong>História</strong> <strong>Jesus</strong> morreu mesmo e voltou a viver novamente?<br />

37<br />

Formas Romanas <strong>de</strong> Crucifixão vras <strong>de</strong> Pedro quando ele fala<br />

crucifixão não foi sempre<br />

A levada a efeito do modo como<br />

a vemos tipicamente representada<br />

em pinturas. De facto, como<br />

dito neste capítulo, uma vítima<br />

da crucifixão provávelmente não<br />

era pregada pelas mãos, posto<br />

que a estrutura <strong>de</strong>las não podia<br />

suportar o peso do corpo. As vítimas,<br />

mais provavelmente, eram<br />

pregadas pelos pulsos ou, em<br />

alguns casos, eram-lhes atados<br />

os braços em vez <strong>de</strong> pregados.<br />

Igualmente, nem sempre eram<br />

as vítimas crucificadas na espécie<br />

<strong>de</strong> cruz vulgarmente mostrada<br />

nas representações da crucifixão<br />

<strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>. Note-se o que The<br />

Anchor Bible Dictionary (O Dicionário<br />

Âncora da Bíblia) diz no seu<br />

artigo sobre a crucifixão:<br />

“Por vezes a cruz era somente<br />

um ma<strong>de</strong>iro vertical. Frequentemente,<br />

contudo, havia uma peça<br />

transversal atada no topo, dando<br />

uma forma <strong>de</strong> ‘T’ (crux commissa),<br />

ou logo a baixo do topo, como na<br />

forma mais familiar no simbolismo<br />

Cristão (crux immissa). As vítimas<br />

levavam a cruz, ou pelo menos<br />

o travessão (patibulum) para o<br />

lugar <strong>de</strong> execução, on<strong>de</strong> eram<br />

<strong>de</strong>spidas e atadas ou pregadas<br />

ao travessão, erguidas e assentadas<br />

numa cedilha (sedile) ou<br />

pequeno apoio <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira na<br />

estaca vertical ...”<br />

“Os executores podiam variar<br />

a forma <strong>de</strong> punição, como o<br />

historiador Romano Séneca o<br />

Novo indica: ‘eu vejo lá cruzes, não<br />

da mesma espécie, mas feitas em<br />

muitas diferentes formas; algumas<br />

têm as suas vítimas com a cabeça<br />

para o chão; outras com as<br />

partes privadas espetadas; outras<br />

com os seus braços estendidos<br />

no travessão’...<br />

“Na sua <strong>de</strong>scrição do que aconteceu<br />

aos refugiados Ju<strong>de</strong>us <strong>de</strong><br />

Jerusalém (Na Guerra Judaica<br />

<strong>de</strong> 67-70), Josefo, historiador do<br />

primeiro século, também nos permite<br />

ver que não havia um padrão<br />

fixo para a crucifixão <strong>de</strong> pessoas.<br />

Muito <strong>de</strong>pendia da imaginação<br />

sádica do momento” (David Noel<br />

Freedman, redactor chefe, 1992,<br />

Vol. 1, pp. 1208-1209).<br />

A “árvore amaldiçoada”<br />

O historiador Romano Séneca,<br />

<strong>de</strong>screvendo o horror da crucifixão,<br />

argumenta que seria melhor<br />

cometer suicido que suportar<br />

uma morte tão agonizante.<br />

“Po<strong>de</strong> alguém ser encontrado que<br />

prefira esgotar-se em dor morrendo<br />

membro a membro, ou<br />

<strong>de</strong>ixando-se esvair gota a gota,<br />

em vez <strong>de</strong> expirar <strong>de</strong> uma vez por<br />

todas? Po<strong>de</strong> algum homem <strong>de</strong>sejar<br />

ser atado à árvore maldita, fortemente<br />

<strong>de</strong>bilitado, já <strong>de</strong>formado,<br />

inchando com horríveis contusões<br />

nos ombros e no peito, e tomando<br />

o alento da vida por entre longa e<br />

arrastada agonia? Ele teria muitos<br />

motivos para morrer mesmo<br />

antes <strong>de</strong> ir para a cruz” (ibid.,<br />

p. 1209).<br />

A referência <strong>de</strong> Séneca à<br />

“árvore amaldiçoada” é fortemente<br />

reminescente das pala-<br />

<strong>de</strong> <strong>Jesus</strong>, “Levando ele mesmo<br />

em seu corpo os nossos pecados<br />

sobre o ma<strong>de</strong>iro” (1 Pedro 2:24;<br />

compare com Actos 5:30). Em<br />

alguns casos a crucifixão perece<br />

ter-se dado mesmo numa árvore<br />

conquanto essa fosse basicamente<br />

um tronco a que lhe tivessem<br />

tirado os ramos.<br />

Nestas crucifixões o con<strong>de</strong>nado<br />

seria pregado ao tronco ou<br />

carregaria o seu travessão, o qual<br />

seria então atado ao tronco e<br />

pregado a ambos. É possível que<br />

a “cruz” que <strong>Jesus</strong> carregou para<br />

a Sua execução, levada por algum<br />

tempo por Simão o Cireneu, fosse<br />

simplesmente um gran<strong>de</strong> tronco<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

Não se sabe <strong>de</strong> que forma era<br />

a ‘cruz’<br />

A palavra traduzida por “cruz”,<br />

no Novo Testamento, é a palavra<br />

Grega stauros, que ‘<strong>de</strong>nota, primáriamente,<br />

uma barra ou estaca<br />

vertical” (Vine’s Expository Dictionary<br />

of Old and New Testament<br />

Words, 1985, “Cross, Crucify”-<br />

―W.E. Vine, Dicionário Expositivo<br />

das Palavras do Antigo e do<br />

Novo Testamento, 1985, “Cruz,<br />

Crucificar”).<br />

“Ambos, o substantivo e o verbo<br />

stauroo, ‘amarrar a uma estaca<br />

ou barra’, são, originalmente<br />

distintas da forma eclesiástica <strong>de</strong><br />

uma ‘cruz’ <strong>de</strong> duas barras” (ibid.).<br />

A Bíblia não tem nenhuma<br />

<strong>de</strong>scrição específica do stauros<br />

em que <strong>Jesus</strong> morreu. A palavra<br />

stauros foi usada em escritos não<br />

bíblicos da época para referir<br />

a peças <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> vários<br />

feitios, quer em cruz ou não.<br />

Se fosse importante saber-se<br />

a forma exacta, os autores dos<br />

Evangelhos podiam-nos dar<br />

facilmente essa informação—<br />

contudo, nenhum <strong>de</strong>les a <strong>de</strong>u.<br />

O que é importante para nós<br />

sabermos é que <strong>Jesus</strong> <strong>de</strong> boa<br />

vonta<strong>de</strong> sacrificou a Sua própria<br />

vida para nossa salvação.<br />

Se não sabemos se <strong>Jesus</strong> foi<br />

executado num ma<strong>de</strong>iro ou numa<br />

cruz, ou qual o formato da cruz,<br />

como é que a forma em “tê” <strong>de</strong>la<br />

acabou por se tornar o símbolo<br />

mais popular do Cristianismo?<br />

Vine’s explica: “O formato <strong>de</strong><br />

duas travessas cruzadas teve a<br />

sua origem na antiga Cal<strong>de</strong>ia, e<br />

era usada nesse país e em terras<br />

adjacentes, incluindo o Egipto,<br />

como o símbolo do <strong>de</strong>us Tamuz<br />

(sendo no formato do místico Tau,<br />

a inicial do seu nome). Por volta<br />

do meio do terceiro século da era<br />

Cristã, as igrejas tinham <strong>de</strong>ixado,<br />

ou tinham pervertido certas<br />

doutrinas da fé Cristã.<br />

“De forma a aumentar o<br />

prestígio do sistema eclesiástico<br />

apóstata, pagãos foram recebidos<br />

nas igrejas ... e foi-lhes permitido<br />

manter largamente os seus sinais<br />

e símbolos pagãos. Daí o Tau, ou<br />

T, na sua mais frequente forma,<br />

com a transversal <strong>de</strong>scida, foi<br />

adoptada para representar a<br />

‘cruz’ <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>’” (ibid.).<br />

Assim, vemos que o símbolo<br />

mais comum <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong> e do<br />

Cristianismo foi um símbolo que<br />

<strong>de</strong> longe antece<strong>de</strong>u a <strong>Jesus</strong> e ao<br />

Cristianismo bíblico.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!