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Ana Sofia Costa Nunes.pdf - Universidade do Minho

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Bacterial Cellulose as a Nanostructured Functional Material for Biomedical Applications<br />

CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO<br />

1930, respetivamente, emergiu um interesse crescente nas tecnologias orientadas por pressão, como é o<br />

caso da MicroFiltração (MF) e UltraFiltração (UF). As membranas de MF foram adaptadas para reter<br />

células e resíduos celulares, permitin<strong>do</strong> a passagem para o filtra<strong>do</strong> de proteínas e moléculas mais<br />

pequenas. Já as membranas de UF foram concebidas para proporcionar elevada retenção de proteínas e<br />

outras macromoléculas. Quatro décadas mais tarde, o processo de NanoFiltração (NF) começou a ser<br />

utiliza<strong>do</strong> para separar solventes, sais monovalentes e pequenos compostos orgânicos de iões divalentes e<br />

de outras espécies maiores. Relativamente ao processo de cromatografia membranar, este era empregue<br />

para separar biomoléculas cujo tamanho variava entre 1 e 10 µm. Em 1988, Brandt e colabora<strong>do</strong>res<br />

publicaram o primeiro artigo científico onde foi referi<strong>do</strong> este processo. [1,12] Os procedimentos de<br />

purificação/separação usan<strong>do</strong> estas membranas de cromatografia, já foram relata<strong>do</strong>s para uma grande<br />

variedade de compostos biológicos, tais como proteínas (anticorpos monoclonais, enzimas, albumina<br />

sérica, anticorpos séricos), DNA e vírus. [1,7]<br />

Em 1998, aplicaram-se campos elétricos e ultrasónicos às membranas, com o intuito de aumentar o seu<br />

rendimento e seletividade. Uns anos mais tarde, surgiu a tecnologia de HPTFF (high performance<br />

tangencial flow filtration) para a purificação de proteínas e pépti<strong>do</strong>s, que baseia a sua separação nas<br />

diferenças de tamanho e de carga das biomoléculas. [1]<br />

1.3 Membranas de afinidade<br />

Em resposta a uma crescente procura por quantidades elevadas de biomoléculas, que o rápi<strong>do</strong><br />

desenvolvimento biotecnológico e científico exigem, a cromatografia por membranas de afinidade tem<br />

recebi<strong>do</strong> especial atenção, e tem-se revela<strong>do</strong> um méto<strong>do</strong> atrativo, competitivo e rápi<strong>do</strong> para a separação<br />

e purificação de proteínas ou outras biomoléculas. Para além de biomoléculas, estas membranas têm<br />

também si<strong>do</strong> utilizadas para recuperar ou remover restos celulares, sóli<strong>do</strong>s coloidais ou suspensos e<br />

ainda partículas víricas de suspensões homogeneizadas de células bacterianas.<br />

Estas membranas de afinidade refletem o avanço tecnológico das técnicas de cromatografia líquida de<br />

leito fixo e da filtração por membranas, combinan<strong>do</strong> a proeminente seletividade da primeira e a baixa<br />

queda de pressão e elevada produtividade associada à segunda. [6, 16 - 19]<br />

As membranas de afinidade foram concebidas para permitir a purificação de moléculas alvo, presentes<br />

em soluções complexas, baseadas não no tamanho ou massa destas, mas sim nas propriedades físicas e<br />

químicas ou funções biológicas das moléculas a separar; ou seja, em vez de operarem puramente<br />

regidas pelo mecanismo de crivagem, as membranas de afinidade baseiam o seu mecanismo de<br />

separação na seletividade da membrana para capturar moléculas, através da imobilização de ligan<strong>do</strong>s<br />

específicos na sua superfície. Embora se tenham feito alguns progressos no que diz respeito à separação<br />

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