Ana Sofia Costa Nunes.pdf - Universidade do Minho
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Bacterial Cellulose as a Nanostructured Functional Material for Biomedical Applications<br />
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO<br />
Alguns polímeros, como os supraditos, possuem grupos funcionais hidroxilo, carboxilo, amino, éster,<br />
entre outros. Estes polímeros podem por isso ser diretamente modifica<strong>do</strong>s por tratamento químico, que<br />
envolve a introdução de uma ou mais espécies químicas com o objetivo de se obter uma superfície com<br />
propriedades químicas e físicas melhoradas. Alguns exemplos de modificações efetuadas nas<br />
membranas de afinidade podem ser consulta<strong>do</strong>s na Tabela 3. [6, 8]<br />
Por volta de 1988 foi relatada, por Monsato, uma das primeiras modificações superficiais de membranas,<br />
conferin<strong>do</strong>-lhes hidrofilicidade para posteriormente serem novamente modificadas de mo<strong>do</strong> a capturar h-<br />
IgG. Henis e colabora<strong>do</strong>res [21], descrevem o processo para adsorver e reticular um polímero hidrofílico<br />
sobre a superfície microporosa de uma membrana. Em 1988, um méto<strong>do</strong> de ligação mais direto para<br />
fibras ocas de polisulfona foi descrito por Sepracor [12], que discute os aspetos operacionais das<br />
membranas de afinidade, mas não relata a sua preparação.<br />
Tabela 3 – Exemplos de membranas de afinidade modificadas, com respetivo méto<strong>do</strong> de<br />
modificação e aplicação (“retira<strong>do</strong> Ramakrishna e colabora<strong>do</strong>res, 2005”) [6]<br />
Os processos químicos envolvi<strong>do</strong>s nas modificações realizadas por Sepracor, bem como a preparação<br />
necessária, foram forneci<strong>do</strong>s uns anos mais tarde numa patente [22]. A reação de base para a ligação<br />
pelo processo de Sepracor consiste na adição de um grupo terminal funcional ao grupo terminal –OH <strong>do</strong><br />
polímero da membrana. Este grupo terminal pode ser utiliza<strong>do</strong> para a ligação direta <strong>do</strong> ligan<strong>do</strong>, mas os<br />
autores preferiram utilizá-lo para ligar um polímero hidrofílico conten<strong>do</strong> muitos outros sítios funcionais.<br />
Este passo, além de diminuir as ligações não específicas da membrana, aumenta ainda o número de<br />
potenciais sítios de ligação.<br />
Uma outra modificação <strong>do</strong> grupo terminal, em fibras ocas, foi descrita em 1992 [23]. Neste caso, fibras<br />
ocas microporosas de nylon foram modificadas no grupo terminal amina para produzir uma maior<br />
concentração de grupos amina para a subsequente ligação <strong>do</strong> ligan<strong>do</strong>. Este processo não conduziu a um<br />
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