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Ana Sofia Costa Nunes.pdf - Universidade do Minho

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III. Resumo<br />

O crescimento exponencial de determinadas áreas relacionadas com a ciência e engenharia, como a<br />

indústria farmacêutica, a biotecnologia, a bioengenharia, entre outras, conduz cada vez mais a uma<br />

crescente demanda de determinadas biomoléculas.<br />

Neste contexto, a cromatografia por membranas de afinidade tem demonstra<strong>do</strong> ser um méto<strong>do</strong> eficiente,<br />

atrativo e rápi<strong>do</strong> para separação e purificação de biomoléculas de fluí<strong>do</strong>s biológicos. Outra vantagem<br />

deste processo de separação é o seu eleva<strong>do</strong> rendimento e grau de purificação.<br />

A celulose de origem vegetal tem si<strong>do</strong> já comercialmente explorada para aplicações como membrana de<br />

afinidade para a separação seletiva de vários tipos de biomoléculas, como proteínas, anticorpos, enzimas,<br />

entre outras.<br />

A Celulose Bacteriana (CB) é um biomaterial de excelência, que possui propriedades únicas das quais se<br />

destacam uma superfície extremamente hidrofílica, elevada cristalinidade e capacidade de retenção de<br />

água, grande resistência mecânica e elevada área superficial e ainda biocompatibilidade. Frente ao<br />

exposto é possível notar a versatilidade <strong>do</strong>s materiais compostos por CB. Deste mo<strong>do</strong>, este biopolímero<br />

tem si<strong>do</strong> alvo de uma crescente e interessante investigação ao longo <strong>do</strong>s últimos anos.<br />

Este projeto tem como principal objetivo avaliar o potencial da CB, como um inova<strong>do</strong>r material a ser<br />

usa<strong>do</strong> como membrana de afinidade para a separação e purificação de proteínas específicas.<br />

Neste trabalho várias abordagens foram investigadas no senti<strong>do</strong> de funcionalizar a superfície da CB,<br />

destacan<strong>do</strong>-se a incorporação <strong>do</strong> polímero PVA e a ligação <strong>do</strong> corante F3GA. O principal objetivo destas<br />

modificações é melhorar algumas características da matriz de CB, tal como a sua resistência, coesão e<br />

também a ligação específica de proteínas, em detrimento da adsorção inespecífica que prejudica o<br />

processo de cromatografia por afinidade.<br />

As membranas de CB puras possuem potencial para serem utilizadas como membranas de afinidade,<br />

possuin<strong>do</strong> uma capacidade de ligação de cerca de 114,05 mg BSA/g CB e podem, adicionalmente, ser<br />

reutilizadas pelo menos três vezes.<br />

Relativamente à funcionalização com PVA e F3GA, concluiu-se que ambos aumentaram a porosidade da<br />

matriz de CB e que, após modificação, a adsorção inespecífica de BSA diminuiu, dai o decréscimo<br />

observa<strong>do</strong> nos valores de proteína retida, uma vez que o F3GA favorece a ligação específica da proteína,<br />

embora em menores quantidades. No caso <strong>do</strong> PVA alcançaram-se valores na ordem <strong>do</strong>s 11,10 mg BSA<br />

/g CB (membranas finas), verifican<strong>do</strong>-se que quanto maior a concentração de PVA utilizada, menor a<br />

quantidade de BSA retida nas membranas.<br />

Já para o caso <strong>do</strong> F3GA concluiu-se que a concentração com melhores resulta<strong>do</strong>s, relativamente à<br />

adsorção, foi a de 0,015 mg/mL – 27,19 mg BSA/g CB – (membranas finas), fican<strong>do</strong> mesmo assim<br />

muito aquém <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s para a adsorção com a CB pura.<br />

vii

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