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Eduarda Borges da Silva - XI Encontro Nacional de História Oral

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Fun<strong>da</strong>ção do LHO<br />

O Laboratório <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> <strong>da</strong> UFPel<br />

SILVA, EDUARDA BORGES DA 1<br />

O Laboratório <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> (LHO) <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pelotas (UFPel)<br />

pertence ao Núcleo <strong>de</strong> Documentação Histórica (NDH) <strong>da</strong> mesma Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Este Núcleo<br />

foi fun<strong>da</strong>do em 1990 por um grupo <strong>de</strong> professores e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então o Núcleo vem<br />

<strong>de</strong>senvolvendo inúmeros projetos no âmbito <strong>da</strong> <strong>História</strong> como por exemplo, a elaboração do<br />

Dicionário Histórico <strong>de</strong> Pelotas.<br />

Além <strong>de</strong> salvaguar<strong>da</strong>r acervos como o do LHO até 2010 e o <strong>da</strong> Delegacia Regional do<br />

Trabalho do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, o <strong>da</strong> Justiça do Trabalho <strong>de</strong> Pelotas, o do Diretório Central<br />

dos Estu<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> UFPel, entre outros, possui um acervo bibliográfico <strong>de</strong> valor inestimável<br />

principalmente aos alunos <strong>de</strong> <strong>História</strong> que muito o utilizam <strong>de</strong>vido às carências <strong>de</strong> leitura em<br />

uma Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> pública e, também é responsável pela edição anual do periódico <strong>História</strong><br />

em Revista.<br />

Nos últimos anos, o Núcleo tem se consoli<strong>da</strong>do como local <strong>de</strong> formação acadêmica.<br />

Através <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> estudo, seminários, aulas práticas e, principalmente, graças<br />

aos projetos <strong>de</strong> pesquisa que agregam bolsistas e voluntários, o NDH vem<br />

contribuindo para uma melhor qualificação <strong>de</strong> alunos do curso <strong>de</strong> <strong>História</strong>. Prova<br />

disso é o expressivo número <strong>de</strong> bolsistas que saem para mestrados e doutorados. 2<br />

É um local consagrado na região <strong>de</strong> Pelotas nesta sua tarefa <strong>de</strong> tornar acervos até<br />

então ociosos ou que po<strong>de</strong>riam se per<strong>de</strong>r em acervos úteis e longevos. Nesta introdução<br />

tentou-se <strong>de</strong>monstrar a relevância <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelo NDH nesses seus 22 anos<br />

<strong>de</strong> existência e até <strong>de</strong> forma humil<strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer pelo resguardo do acervo do LHO e <strong>de</strong> todos<br />

os outros. Entretanto, este artigo <strong>de</strong>dicar-se-á especificamente a abor<strong>da</strong>r um <strong>de</strong> seus acervos, o<br />

LHO.<br />

1<br />

Graduan<strong>da</strong> em Licenciatura Plena em <strong>História</strong> pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pelotas e bolsista <strong>de</strong> iniciação<br />

científica FAPERGS.<br />

2<br />

Site do NDH: Disponível em: http://www.ufpel.edu.br/ich/ndh/ . Acesso: 29 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2010.


O LHO foi criado em 2010 e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua inauguração continua sob coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong><br />

professora Lorena Almei<strong>da</strong> Gill com o objetivo <strong>de</strong> ser um local próprio para organizar seu<br />

acervo <strong>de</strong> entrevistas <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> que até então estavam armazena<strong>da</strong>s no NDH<br />

juntamente com outras documentações <strong>de</strong> origens e suportes muito <strong>de</strong>stoantes do seu.<br />

As entrevistas começaram a ser realiza<strong>da</strong>s pela mesma equipe fun<strong>da</strong>dora do NDH,<br />

motivo pelo qual o Núcleo armazenou o material por cerca <strong>de</strong> 20 anos, entre este algumas<br />

fitas cassete e entrevistas manuscritas que <strong>da</strong>tam <strong>de</strong> 1992, antes mesmo <strong>da</strong> criação <strong>da</strong><br />

Associação Brasileira <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong>, em 1994.<br />

A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r o acervo <strong>de</strong> sala não <strong>de</strong>sfez o elo entre o LHO e o NDH,<br />

ambos mantêm o vínculo, pois, possuem as mesmas preocupações <strong>de</strong> guar<strong>da</strong> e acesso as suas<br />

fontes, embora estas sejam metodologicamente cria<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma diferente e permanecem com<br />

o compromisso <strong>de</strong> produzir conhecimento histórico qualitativo, por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates, <strong>de</strong><br />

publicização <strong>de</strong> resultados alcançados, sem abandonar a pretensão <strong>de</strong> tornaram-se lugares <strong>de</strong><br />

inserção social, on<strong>de</strong> a <strong>História</strong> possa ser feita para todos.<br />

Enfim, os dois compartilham a idéia <strong>de</strong> que o conhecimento histórico é um bem a ser<br />

socializado, o que justifica as suas vonta<strong>de</strong>s em produzir, armazenar, organizar, divulgar seus<br />

acervos. E, na medi<strong>da</strong> em que a documentação é organiza<strong>da</strong> e que se consegue fazer um<br />

controle <strong>de</strong> busca para <strong>de</strong>terminado conjunto documental ele é disponibilizado para visitação<br />

e pesquisa.<br />

Projetos que compõe o LHO<br />

O acervo conta o material dos seguintes projetos:<br />

“Colonos <strong>da</strong> Palma: a individualização do coletivo”, no qual foram entrevistados<br />

trabalhadores vinculados ao Movimento Sem Terra, que ocuparam a Fazen<strong>da</strong> <strong>da</strong> Palma,<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> UFPel, Pelotas - RS. O LHO conta com quinze <strong>de</strong>stas entrevistas já<br />

transcritas, cataloga<strong>da</strong>s e disponibiliza<strong>da</strong>s à consulta dos interessados pela temática.<br />

“Reconstrução <strong>da</strong> Memória Histórica <strong>da</strong> UFPel”, tentou reconstruir a <strong>História</strong> <strong>da</strong><br />

UFPel para que sua memória não se perca, ouvindo fun<strong>da</strong>dores <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, em suas<br />

várias uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e também <strong>de</strong>u atenção a fatos que a marcaram como o regime <strong>da</strong> ditadura<br />

militar e as eleições para reitor. No LHO constam doze <strong>da</strong>s entrevistas realiza<strong>da</strong>s neste<br />

projeto, que é <strong>de</strong> suma importância para os estu<strong>da</strong>ntes, professores servidores <strong>da</strong> UFPel e para<br />

a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> ao seu entorno, to<strong>da</strong>s acessíveis a pesquisa.


O projeto “Clubes Carnavalescos <strong>de</strong> Pelotas” foi formulado com o objetivo <strong>de</strong><br />

“salvaguar<strong>da</strong>r a memória” <strong>de</strong> tais clubes, através <strong>de</strong> entrevistas <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> temática e do<br />

resgate <strong>da</strong> documentação possível, procurando elevar assim, a auto-estima <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

negra pelotense. Um <strong>de</strong>stes clubes ain<strong>da</strong> existente na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> é o Fica Aí Pra Ir<br />

Dizendo. Estão no LHO quatorze entrevistas à espera <strong>de</strong> pesquisadores.<br />

“Os ju<strong>de</strong>us em Pelotas, RS: <strong>da</strong> perseguição ao estabelecimento”, foi um projeto que<br />

entrevistou as famílias judias, buscando compreen<strong>de</strong>r os motivos <strong>de</strong> sua migração, seus<br />

anseios em relação à ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e a sua recepção. Os ju<strong>de</strong>us são uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> bastante<br />

organiza<strong>da</strong> na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, a maioria <strong>de</strong>les atuam no ramo do comércio e possuem uma Associação<br />

Judia na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> on<strong>de</strong> costumeiramente se encontram. São vinte e cinco entrevistas<br />

organiza<strong>da</strong>s.<br />

“<strong>História</strong>s <strong>de</strong> uma doença e <strong>de</strong> seus enfermos: tuberculose e tuberculosos em Pelotas<br />

(RS) 1930 – 1960” é um projeto que possibilita perceber a história <strong>de</strong>ssa doença na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

em múltiplas visões, do médico, do paciente, dos familiares e <strong>de</strong> uma visitadora sanitária. O<br />

período também é expressivo, pois, na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 20 inicia-se a vacinação pela BCG, na <strong>de</strong><br />

1930 <strong>de</strong>senvolve-se a abreugrafia e na déca<strong>da</strong> posterior a estreptomicina, as quais contribuem<br />

para aumentar a vi<strong>da</strong> do enfermo e mu<strong>da</strong>r as percepções em relação à doença. Estas<br />

entrevistas ain<strong>da</strong> encontram-se em processo <strong>de</strong> catalogação.<br />

“Memórias <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>: Pelotas através dos seus moradores” se buscou coletar<br />

<strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> moradores sobre a história <strong>de</strong> Pelotas. É o único projeto do acervo<br />

<strong>de</strong>senvolvido com a metodologia <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong>. São cinqüenta e três narrativas<br />

disponibiliza<strong>da</strong>s para consulta.<br />

“À beira <strong>da</strong> extinção: memórias <strong>de</strong> trabalhadores cujos ofícios estão em vias <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>saparecer”, no qual se observa o cotidiano <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos trabalhadores durante a segun<strong>da</strong><br />

meta<strong>de</strong> do século XX no Brasil, com o objetivo <strong>de</strong> preservar os relatos <strong>de</strong>stes trabalhadores,<br />

verificar suas posições em relação à globalização, que acredita-se ser a principal responsável<br />

pela extinção <strong>da</strong> maioria <strong>de</strong>stes ofícios e traçar paralelos e contrapontos entre os ofícios em<br />

extinção e os processos <strong>da</strong> Justiça do Trabalho <strong>de</strong> Pelotas 1940 – 1995, que integram o NDH.<br />

Dentre os ofícios já entrevistados estão os alfaiates, a chapeleira, os relojoeiros, os benzedores<br />

(homens e mulheres), as parteiras, entre outros. Estas entrevistas foram realiza<strong>da</strong>s nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Pelotas, Piratini, Jaguarão, São Lourenço do Sul e Sant’ana do Livramento. É o projeto<br />

atual, as narrativas são coleta<strong>da</strong>s há cerca <strong>de</strong> três anos e agora começam a integrar o banco <strong>de</strong><br />

arquivamento do LHO, as entrevistas são realiza<strong>da</strong>s pela coor<strong>de</strong>nadora do projeto e suas


olsistas, o número total <strong>de</strong> entrevistas já é superior a cinqüenta, algumas em fase <strong>de</strong><br />

catalogação, outras em fase <strong>de</strong> transcrição, algumas apenas agen<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

Organização do acervo<br />

Em maio <strong>de</strong> 2011 fez-se um levantamento do trabalho já realizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fun<strong>da</strong>ção<br />

do LHO em 2010. Em segui<strong>da</strong>, partiu-se para a feitura <strong>de</strong> um novo levantamento do acervo,<br />

<strong>de</strong>vido aos acréscimos <strong>de</strong> entrevistas em 2010. Constatou-se a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seus suportes:<br />

papel, as entrevistas impressas, as <strong>da</strong>tilografa<strong>da</strong>s e as manuscritas; fitas cassete; CDs; digital,<br />

as entrevistas que estão no computador, transcritas e as fotografias escanea<strong>da</strong>s. Os DVDs são<br />

um suporte ain<strong>da</strong> inexistente no acervo, pois, as últimas entrevistas, nas quais o entrevistado<br />

permitiu a filmagem, ain<strong>da</strong> estão no computador e futuramente serão transferi<strong>da</strong>s para o<br />

suporte DVD.<br />

A<strong>de</strong>mais, começou-se a interpretação dos documentos do acervo, a leitura <strong>de</strong><br />

organizações <strong>de</strong> acervos semelhantes <strong>de</strong> outras instituições como o Centro <strong>de</strong> Pesquisa e<br />

Documentação <strong>de</strong> <strong>História</strong> Contemporânea do Brasil (CPDOC) <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Getúlio Vargas<br />

(FGV) e <strong>da</strong>s normas brasileiras <strong>da</strong> arquivística, <strong>da</strong>ndo priori<strong>da</strong><strong>de</strong> aos escritos <strong>de</strong> historiadores<br />

com especialização em arquivos históricos, ou vice-versa, tendo em vista a divergência<br />

existente entre historiadores e arquivistas quanto à valoração e o tempo <strong>de</strong> guar<strong>da</strong> dos<br />

documentos.<br />

Com as duas formações, portanto, pensa-se encontrar o equilíbrio entre uma<br />

organização coerente, prática e a preservação <strong>da</strong> história. Além disso, a metodologia <strong>de</strong><br />

<strong>História</strong> <strong>Oral</strong> consi<strong>de</strong>ra to<strong>da</strong>s as narrativas singulares, se opondo a hierarquizar seus<br />

narradores e a <strong>de</strong>scartar alguma entrevista. Conforme (PORTELLI, 1997:17): “O respeito<br />

pelo valor e pela importância <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> indivíduo é, portanto, uma <strong>da</strong>s primeiras lições <strong>de</strong> ética<br />

[...] na <strong>História</strong> <strong>Oral</strong>. [...] Ca<strong>da</strong> entrevista é importante por ser diferente <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as outras.”<br />

Organizar um acervo peculiar como este requer conhecimento sobre as normas<br />

brasileiras <strong>da</strong> arquivística para a<strong>da</strong>ptá-las a especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> dos seus suportes e conteúdos, ou<br />

seja, além <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suportes que fazem com que este acervo <strong>de</strong> narrativas possua o<br />

caráter áudio-visual ele também reúne “memórias” diversas, <strong>de</strong> imigrantes, <strong>da</strong> <strong>História</strong> <strong>de</strong><br />

Pelotas, <strong>da</strong> <strong>História</strong> <strong>da</strong> UFPel, <strong>de</strong> trabalhadores que vêem seus ofícios <strong>de</strong>saparecendo <strong>de</strong>vido<br />

as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s atuais do mercado <strong>de</strong> trabalho, entre outras.<br />

A padronização <strong>da</strong>s entrevistas se tornou um gran<strong>de</strong> problema, pois, as entrevistas<br />

eram transcritas até 2010 por voluntários, em sua maioria, que trabalhavam pelo período do


estágio, o que explica o fato <strong>de</strong> uma entrevista ser transcrita por duas ou até três pessoas, o<br />

que resulta em uma entrevista transcrita <strong>de</strong> duas ou até três formas diferentes dificultando<br />

muito a compreensão <strong>da</strong> mesma. Preten<strong>de</strong>-se algum dia padronizar o interior <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as<br />

entrevistas, entretanto, nas que só existem em papel isso já não po<strong>de</strong>rá mais ser feito.<br />

Quanto à catalogação dos suportes fita cassete, CD, fotografia escanea<strong>da</strong>, ela foi feita<br />

em 2010, mas por não se a<strong>de</strong>quar as normas arquivísticas está sendo refeita.<br />

Elaborou-se um cabeçalho para as entrevistas transcritas nos suportes papel e digital<br />

do projeto atual, que serão gradualmente formata<strong>da</strong>s, contendo o nome do projeto, o nome do<br />

entrevistado e dos entrevistadores, a profissão do entrevistado, o local <strong>da</strong> entrevista, o<br />

transcritor, o tempo <strong>de</strong> áudio, as palavras-chaves para facilitar a busca, se a revisão foi feita e<br />

se já há carta <strong>de</strong> aceite.<br />

O arranjo está tendo por mo<strong>de</strong>lo a forma arquivística proposta por (BELLOTO,<br />

2006:147–160), lembrando que esta organização é flexível <strong>de</strong>vido à continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> feitura<br />

<strong>da</strong>s entrevistas e a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> novos projetos chegarem ao LHO para serem inseridos<br />

neste banco <strong>de</strong> narrativas. (BELLOTO, 2006:139) afirma que: “O arranjo é uma operação ao<br />

mesmo tempo intelectual e material: <strong>de</strong>ve-se organizar os documentos uns em relação aos<br />

outros; [...] <strong>da</strong>r número <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação [...]; colocá-los em pastas, [...] or<strong>de</strong>ná-los nas<br />

estantes.”<br />

Os fundos são coerentes a metodologia <strong>da</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> e por isso, estão divididos nas<br />

duas vertentes <strong>da</strong> mesma, <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> (HOV) e <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> Temática (HOT). As<br />

seções são os projetos, no fundo HOV, estão o Projeto “Memórias <strong>de</strong> uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong>: Pelotas<br />

através <strong>da</strong> voz <strong>de</strong> seus moradores”, no fundo HOT estão os projetos: “Os ju<strong>de</strong>us em Pelotas,<br />

RS: <strong>da</strong> perseguição ao estabelecimento 1870-1950”; “Clubes carnavalescos Negros<br />

Pelotenses”; “<strong>História</strong>s <strong>de</strong> uma doença e <strong>de</strong> seus enfermos: a tuberculose na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Pelotas<br />

(RS) 1930-1960”; “Formação <strong>da</strong> UFPel” e “À beira <strong>da</strong> extinção: memórias <strong>de</strong> trabalhadores<br />

cujos ofícios estão em vias <strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecer”, por exemplo.<br />

As sub-seções estão dividi<strong>da</strong>s entre os narradores, sendo que os documentos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

entrevistado compõe um dossiê em diversos suportes. Exemplificando: na sub-série do Sr.<br />

MATOS, Dário <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> – que é um dos narradores do projeto e /ou seção “À beira <strong>da</strong><br />

extinção: memórias <strong>de</strong> trabalhadores cujos ofícios estão em vias <strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecer” que pertence<br />

ao fundo HOT – o nome <strong>de</strong>le é também o nome <strong>da</strong> sub-seção e <strong>da</strong> pasta, nesta está contido a<br />

sua entrevista no suporte papel (impressa), o número <strong>da</strong> sua entrevista no suporte fita, CD ou<br />

DVD, o número <strong>da</strong> fotografia e o número <strong>da</strong> sua entrevista transcrita que estão no suporte<br />

informatizado.


O arranjo dos documentos tem por objetivo em todos os momentos privilegiar o<br />

sujeito, por isso, se optou em fazê-lo em or<strong>de</strong>m alfabética, ou seja, pelo último sobrenome do<br />

entrevistado, na mesma lógica se fará a busca no “banco <strong>de</strong> memórias” informatizado.<br />

As fitas cassete e CDs estão arquiva<strong>da</strong>s em armários <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira para evitar a<br />

<strong>de</strong>smagnetização que os armários <strong>de</strong> aço po<strong>de</strong>m provocar. As pastas dos documentos<br />

impressos estão armazena<strong>da</strong>s em armários <strong>de</strong> aço, visto que, na ma<strong>de</strong>ira é maior a ocorrência<br />

<strong>de</strong> proliferação <strong>de</strong> insetos nocivos ao papel.<br />

Preten<strong>de</strong>mos além <strong>de</strong> duplicar to<strong>da</strong>s as entrevistas em todos os seus suportes, exceto as<br />

fitas cassete por ser um suporte em <strong>de</strong>suso, comprar materiais a<strong>de</strong>quados para arquivamento<br />

como caixas-arquivo e pastas transparentes, para que os usuários possam ler a entrevista sem<br />

manuseá-la, CDs e DVDs, imprimir to<strong>da</strong>s as transcrições e as fotos escanea<strong>da</strong>s do acervo que<br />

estão salvas no computador e se possível <strong>de</strong>pois escanear todo o acervo para disponibilizá-lo<br />

on-line junto ao site do NDH. Também há a pretensão <strong>de</strong> elaborar um guia do acervo, com a<br />

localização do LHO, informações <strong>de</strong> seu arranjo e a <strong>de</strong>scrição dos documentos e encaminhá-<br />

lo a outras instituições <strong>de</strong> pesquisa para divulgar os documentos.<br />

As principais discussões quanto à complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> organização <strong>de</strong>ste acervo, não se<br />

concentram somente na diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos suportes, nos custos <strong>de</strong> duplicação, ou na necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> atualizar tecnologicamente os suportes, porém, a característica <strong>de</strong> ser um conjunto<br />

documental histórico, permanente, que aumenta proporcionalmente <strong>de</strong> acordo com o número<br />

<strong>de</strong> entrevistas, projetos e pesquisadores interessados no método <strong>da</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong>, não que esse<br />

fator torne-se um problema para a organização, mas ele explica as a<strong>da</strong>ptações que serão feitas<br />

em relação às normas arquivísticas e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um espaço físico maior para o LHO<br />

exercer as suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

A narrativa enquanto um documento portador <strong>de</strong> opiniões se torna um problema em<br />

relação à autorização <strong>de</strong> publicação ou não, pois, se o narrador <strong>de</strong>sautoriza a utilização ou só<br />

libera o seu relato para pesquisa após a sua morte, ele <strong>de</strong>ve ser salvaguar<strong>da</strong>do assim como os<br />

<strong>de</strong>mais, em respeito ao narrador e, <strong>de</strong>sta forma, será um documento inacessível à pesquisa,<br />

junto a outros que servem a esta função. A entrevista fica sela<strong>da</strong> em um envelope, junto com o<br />

áudio e a entrevista digital ganha uma senha <strong>de</strong> acesso, sob responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do bolsista que<br />

organiza o LHO.<br />

Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s


O LHO, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos próprios projetos como entrevistas, transcrições,<br />

guar<strong>da</strong> <strong>de</strong> acervo, serve <strong>de</strong> espaço para práticas <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong> alunos dos cursos <strong>de</strong><br />

<strong>História</strong> (Bacharelado e Licenciatura) e sediou, em maio <strong>de</strong> 2011, o VI <strong>Encontro</strong> Regional Sul<br />

<strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong>: Narrativas, Fronteiras e I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

A realização <strong>da</strong>s entrevistas, conta primeiramente com a elaboração <strong>de</strong> um roteiro <strong>de</strong><br />

perguntas, que é flexível, mas que <strong>de</strong>ve nortear o diálogo, afinal se <strong>de</strong>senvolve a <strong>História</strong> <strong>Oral</strong><br />

Temática. E a partir <strong>de</strong> pessoas próximas ao projeto e dos próprios entrevistados, construímos<br />

uma teia <strong>de</strong> contatos que vai viabilizando os próximos encontros.<br />

As leituras sobre a <strong>História</strong> <strong>Oral</strong>, industrialização, ofícios em extinção são contínuas<br />

pelos integrantes do projeto atual e permeiam todo o processo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a elaboração do projeto<br />

até a sua publicização em eventos.<br />

Geralmente fazemos um primeiro contato com o narrador, explicitando quais são as<br />

nossas motivações para a realização <strong>de</strong>sta pesquisa e como será <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> a metodologia.<br />

Algumas vezes quando o entrevistado não é <strong>de</strong> Pelotas ou não sabemos seu en<strong>de</strong>reço o<br />

primeiro contato é feito através <strong>de</strong> uma ligação telefônica.<br />

A entrevista é então marca<strong>da</strong> e realiza<strong>da</strong>, <strong>de</strong>pois retornamos ao <strong>de</strong>poente levando a<br />

entrevista transcrita e com a concordância <strong>de</strong>le, é assina<strong>da</strong> uma carta <strong>de</strong> cessão, na qual consta<br />

que sua narrativa será doa<strong>da</strong> ao nosso acervo e será utiliza<strong>da</strong> para fins acadêmicos, pesquisas,<br />

artigos, exposições.<br />

Atualmente estamos refletindo a cerca <strong>da</strong> hipótese <strong>de</strong> dinamizarmos nosso trabalho,<br />

pedindo a autorização do narrador já na gravação em áudio, pois, assim não precisaríamos nos<br />

<strong>de</strong>slocar até a sua moradia. Em contraponto, lembramos <strong>da</strong> alegria do narrador ao ver suas<br />

palavras transcritas e pensamos no retorno social, na relação <strong>de</strong> confiança que se estabelece<br />

quando ele nos ce<strong>de</strong> suas histórias. Porém, é certo que este retorno é feito com a organização<br />

e disponibilização <strong>da</strong>s entrevistas e <strong>da</strong> sua mostra e reflexão em eventos e a confiança<br />

estabeleci<strong>da</strong> permanecerá <strong>de</strong>vido à serie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> nosso trabalho.<br />

Dentre os eventos <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> salientam-se as oficinas que <strong>de</strong>senvolvem a<br />

metodologia e o maior evento organizado foi <strong>de</strong> 24 a 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2011 o “VI <strong>Encontro</strong><br />

Regional Sul <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> – Narrativas, Fronteiras e I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s”, reunindo pesquisadores<br />

do Rio gran<strong>de</strong> do Sul, Santa Catarina e Paraná principalmente, no qual contamos com a<br />

presença <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s nomes <strong>da</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> nacional como Verena Alberti e internacional<br />

como Alessandro Portelli, entre outros.


O LHO serve <strong>de</strong> espaço para alunos dos cursos <strong>de</strong> Bacharelado e Licenciatura em<br />

<strong>História</strong> realizarem suas pesquisas com o acervo, conhecerem a metodologia, acessarem livros<br />

<strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong>, <strong>de</strong>vido ao acervo bibliográfico do NDH, participarem <strong>de</strong> eventos,<br />

principalmente aos alunos do bacharelado que possuem disciplinas práticas <strong>de</strong> Organização <strong>de</strong><br />

Arquivos e <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong>.<br />

Atualmente encontram-se dois fundos em organização, o projeto “<strong>História</strong>s <strong>de</strong> uma<br />

doença e <strong>de</strong> seus enfermos: tuberculose e tuberculosos em Pelotas (RS) 1930 – 1960” que está<br />

sendo catalogado e o projeto atual “À beira <strong>da</strong> extinção: memórias <strong>de</strong> trabalhores cujos<br />

ofícios estão em vias <strong>de</strong> extinção”, que está sendo inserido no banco <strong>de</strong> narrativas do LHO e<br />

passa por to<strong>da</strong>s as fases, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o agen<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> entrevista a publicização <strong>de</strong> resultados.<br />

Ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro do âmbito <strong>da</strong> organização um processo muito importante vem sendo<br />

realizado graças a um aluno voluntário que mixa o áudio <strong>da</strong>s fitas cassete para o computador e<br />

posteriormente para o CD. Assim, evitamos a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> conteúdo <strong>da</strong> fita que é um suporte<br />

mais frágil que o CD, mo<strong>de</strong>rnizamos nosso acervo ampliando sua utilização, tendo em vista<br />

que as fitas cassete são um suporte em <strong>de</strong>suso e é necessário um aparelho especifico para<br />

ouvi-las. As fitas continuaram compondo o acervo e sendo rebobina<strong>da</strong>s anualmente, pois,<br />

remontam ao começo <strong>da</strong> Historia <strong>Oral</strong> na UFPel e a história do armazenamento <strong>de</strong><br />

informações.<br />

O LHO mantém uma divulgação constante <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s tentando conscientizar a<br />

cerca <strong>da</strong> sua importância para a história regional, apresentando seu acervo aos visitantes e em<br />

eventos e atualmente inicia-se uma revitalização dos projetos já concluídos, tentando-se fazer<br />

novas análises sobre estas entrevistas.<br />

Um espaço para a <strong>História</strong> <strong>Oral</strong><br />

Refletindo sobre o espaço simbólico do LHO, que é muito maior que o físico, uma<br />

sala, <strong>de</strong>vemos pensar na apropriação <strong>de</strong>ste acervo e nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que promove.<br />

Como tornar compreensível a importância <strong>de</strong> salvaguar<strong>da</strong>rmos esta documentação<br />

contemporânea, como iremos conscientizar acerca <strong>da</strong> sua condição <strong>de</strong> patrimônio, não<br />

somente <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica, mas <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> pelotense e <strong>da</strong> região e, como será<br />

feito para que esta se aproprie do acervo do LHO como algo seu, são questões que palpitam.<br />

Apesar <strong>de</strong> tentarmos fazer uma história do tempo presente para todos, entrevistando <strong>de</strong><br />

médicos a consertadores <strong>de</strong> guar<strong>da</strong>-chuvas, sabemos que existem muros que separam a


Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e que a apropriação po<strong>de</strong> ser um processo lento, então fazemos o<br />

que está ao nosso alcance, realizamos entrevistas, organizamos, disponibilizamos o acesso e<br />

divulgamos nos meios que nos são abertos.<br />

Em suma, o LHO afirma-se como um dos locais <strong>de</strong> produção do conhecimento<br />

histórico <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> UFPel, pela especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> do seu acervo, seus suportes e os projetos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos, do seu “modo <strong>de</strong> fazer história”, história do tempo presente através <strong>da</strong>s<br />

metodologias <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> e <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> Temática que buscam resgatar<br />

memórias individuais e coletivas, pelo <strong>de</strong>bate metodológico e histórico que proporciona, por<br />

ser um espaço aberto para a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e por persistir no objetivo <strong>de</strong> organizar documentos<br />

para disponibilizá-lo ao público, em respeito aos seus narradores, pesquisadores e as futuras<br />

gerações que po<strong>de</strong>rão através <strong>da</strong> salvaguar<strong>da</strong> <strong>de</strong>sta documentação tentar “apren<strong>de</strong>r um<br />

pouquinho” (PORTELLI, 1997:13-33) sobre as nossas e a suas histórias. Ao agregar<br />

arquivamento, <strong>de</strong>bate e acesso, o LHO se torna não somente um arquivo <strong>de</strong> narrativas em<br />

<strong>História</strong> <strong>Oral</strong>, mas um local <strong>de</strong> reflexão <strong>de</strong>sse modo tão peculiar <strong>de</strong> se construir fontes<br />

históricas.<br />

Referências:<br />

Fontes:<br />

Acervo do Laboratório <strong>de</strong> <strong>História</strong> <strong>Oral</strong> do Núcleo <strong>de</strong> Documentação Histórica <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pelotas. Rua Alberto Rosa, nº 154, Sala 143, Centro, Pelotas – RS –<br />

Brasil.<br />

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1992.

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