ANA LUCIA - UCDB
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situação social, política e econômica da época em que a obra foi criada, bem como com o<br />
significado que a obra tem hoje.<br />
Afirma Smith (apud BARBOSA, 1996a), que:<br />
A arte é considerada como disciplina básica do curríc ulo. Para Ernest Boyer,<br />
as artes são uma parte essencial da experiência humana. Recomendamos que<br />
todos os estudantes estudem as artes para descobrir como os seres humanos<br />
usam os símbolos não verbais e se comunicam não apenas com palavras, mas<br />
através da música, da dança e das artes visuais. (...) No entanto, não basta<br />
dizer que a arte deve ser estudada como assunto específico no currículo<br />
escolar... (Mas estabelecer) que lutar para conquistar a excelência no ensino<br />
da arte significa lutar para conquistar contextos nos quais os alunos aprendem<br />
a sentir a arte, a compreendê-la no seu sentido histórico, a apreciá -la<br />
esteticamente, a realizá-la e a refletir com espírito crítico. (p. 97 -98).<br />
Diante de tais questões, é necessário que se faça uma reflexão crítica sobre a atividade<br />
artística na escola, e, para tanto, o trabalho criador é tomado como categoria central de<br />
análise. Deste modo, compreende-se como a redução da atividade artística ao mito da “livre-<br />
expressão” tem limitado, de modo geral, o acesso à arte pela maioria das pessoas e, em<br />
particular, pelo aluno da escola pública. Esta visão, entendida como “deixa fazer”, perde de<br />
vista que a arte é uma forma de trabalho que exige conhecimentos, procedimentos e<br />
instrumentos específicos.<br />
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da<br />
percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar<br />
sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade,<br />
percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de<br />
apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela<br />
natureza e nas diferentes culturas (PCNs, p. 19)<br />
Para Lamas (1995) a arte, tal como está concebido nos Parâmetros Curriculares<br />
Nacionais – Arte (PCNs) é entendida não só como expressão, mas também como<br />
conhecimento, cognição que exige emoção e cultura, demandando uma alfabetização visual<br />
aliada à contextualização, que há um conteúdo a ser ensinado e a ser aprendido, existindo<br />
diferentes possibilidades de aprendizagem. O encaminhamento metodológico apresentado<br />
neste documento articula os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula a partir de “três<br />
eixos norteadores: a produção, a fruição e a reflexão” (PCNs, p.32), em que a produção<br />
refere-se ao fazer artístico e ao conjunto de questões a ele relacionado (técnica, linguagem,<br />
instrumentos, etc...) no âmbito do fazer do aluno e dos produtores sociais de arte, estimulando<br />
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