ANA LUCIA - UCDB
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mentais estão pré-formadas no sujeito, sendo que na experiência há a manifestação das<br />
estruturas mentais através da percepção e da inteligência.<br />
A concepção construtivista-interacionista tem exercido uma forte influência no ensino<br />
de arte contemporâneo. Os especialistas atuais têm enfatizado a interação da criança com o<br />
objeto artístico, pois a criança não nasce sabendo desenhar, mas constrói o seu conhecimento<br />
através da sua atividade com este objeto do conhecimento. Não desenha o que vê, mas o que<br />
suas estruturas mentais possibilitam que veja. O conhecimento é resultado da interpretação e<br />
representação da criança em relação ao objeto. A criança aprende a desenhar na sua interação<br />
com o desenho (PILLAR, 1996, p. 37). A partir dessa concepção, surge o que, atualmente, é<br />
denominado de pós-construtivismo ou concepção pós-piagetiana.<br />
Na perspectiva construtivista-interacionista o computador deve ser usado como um<br />
instrumento de aprendizagem, em que o aluno atua e participa do seu processo de construção<br />
de conhecimentos de forma ativa, interagindo com o instrumento de aprendizagem. Nessa<br />
perspectiva o computador poderá assumir o lugar de aprendiz, deixando para o aluno o lugar<br />
de professor. Assim, o indivíduo vai aprender com seus próprios ensinamentos e descobertas.<br />
O aluno adquire conhecimentos a respeito de seu próprio pensamento e sensibilidade,<br />
possibilitando que construa de melhor forma sua aprendizagem.<br />
O uso do computador no ensino da arte pode ser explorado tanto como recurso<br />
didático que ajudará o professor melhorar a qualidade de sua aula, como meio gerador de<br />
imagens. Quanto ao seu uso como auxiliar didático é muito eficiente, pois conquista o aluno<br />
para atuar com maior interesse no estudo através de "plataformas amigáveis" e recursos de<br />
cor, imagem, movimento e som. Por outro lado exige do professor uma melhor organização<br />
do conteúdo programático, boa seleção de dados e imagens a serem apresentadas aos alunos, e<br />
atualização de seus conhecimentos das nas novas teorias de arte e de seu aprendizado, como,<br />
por exemplo a teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner, que identifica as<br />
inteligências espacial/visual e corporal/cinestésica características do artista, indicando<br />
caminhos para melhor desenvolvê-las.<br />
Cabe observar, entretanto, que as novas tecnologias não substituem o professor, mas<br />
modificam algumas de suas funções transformando-as no estimulador da curiosidade do aluno<br />
por querer conhecer, por pesquisar, por buscar as informações. Ele coordena o processo de<br />
apresentação dos resultados pelos alunos, questionando os dados apresentados,<br />
contextualizando os resultados, adaptando-os para a realidade dos alunos. O professor pode<br />
estar mais próximo dos alunos, receber mensagens via e-mail com dúvidas, passar<br />
informações complementar para os alunos, adaptar a aula para o ritmo de cada um. Assim<br />
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