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ANA LUCIA - UCDB

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artísticas (Artes visuais, Música, Teatro e Dança)? O fato é que os PCNs-Arte, que<br />

apresentam uma proposta tão abrangente, não orientam de modo claro a forma de<br />

encaminhar concretamente o trabalho com as diversas linguagens artísticas. As disposições<br />

neste sentido são poucas e dispersas pelo texto, de modo que a questão de quais linguagens<br />

artísticas, quando e como serão abordadas na escola permanece, em grande medida, em<br />

aberto. Os PCNs-Arte optam pela organização dos conteúdos por modalidade artística - e não<br />

por ciclo, como nos documentos das demais áreas - delegando às escolas a indicação das<br />

linguagens artísticas e "da sua seqüência no andamento curricular" (PCNs-Arte, p. 54). Neste<br />

sentido, sugere que,“a critério das escolas e respectivos professores [...] os projetos<br />

curriculares se preocupem em variar as formas artísticas propostas ao longo da escolaridade,<br />

quando serão trabalhadas artes visuais, dança, música ou teatro” (PCNs-Arte, p. 62).<br />

Apesar dessas propostas tão abrangentes na pratica pedagógica, Barbosa (1996, p. 1),<br />

ressalta que “ os parâmetros da Artes Plásticas têm a qualidade básica da flexibilidade”.<br />

Entretanto, podemos observar, que essa qualidade básica da flexibilidade apontada por<br />

Barbosa deve ser interpretada de acordo com a situação peculiar de cada escola.<br />

À primeira vista, a flexibilidade presente na proposta de Arte procura considerar as<br />

diferenciadas condições das escolas, levando em conta também a disponibilidade de recursos<br />

humanos. Diante das condições do sistema de ensino em nosso país, seria irrealista pretender<br />

vincular a abordagem de cada linguagem artística a séries determinadas, num programa<br />

curricular fechado. Concordamos que essa flexibilidade deva existir. A sua utilização,<br />

entretanto, deve ser precedida de certas medidas acautelatórias para não desvirtuar a essência<br />

da proposta dos Parâmetros, que é garantir um padrão de qualidade no ensino, em nível<br />

nacional, inclusive em termos dos conteúdos estudados. Pois, na área de Arte, muito é<br />

deixado a cargo de cada escola ou mesmo do professor, inclusive com respeito à abordagem<br />

dos conteúdos. Ao liberalizar as práticas pedagógicas declarando que: "os conteúdos podem<br />

ser trabalhados em qualquer ordem, conforme decisão do professor, em conformidade com o<br />

desenho curricular de sua equipe” · os PCNs-Arte não permitem outra interpretação que não<br />

esteja baseada nos preceitos nele contidos, com isso, espera-se garantir uma certa<br />

tranqüilidade na sua aplicação em nível nacional. Esta flexibilidade tem, então, várias<br />

implicações, como nos casos de transferências, que podem vir a trazer prejuízos para a<br />

formação do aluno, já que cada escola pode variar os currículos quanto aos conteúdos.<br />

A nova LDB e os PCN trazem algumas possibilidades de reformulação deste quadro<br />

geral do ensino de artes no país. A partir da substituição do termo Educação Artística pelo<br />

Ensino de Artes, e pela ausência do termo polivalência, vislumbra-se um período diferente<br />

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