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ANA LUCIA - UCDB

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habilidades do indivíduo primitivo do mesmo modo que refletem também o individuo<br />

completo e multifacetado.<br />

A inteligência lógica matemática e a inteligência espacial atingem, na pré-<br />

adolescência, uma expressão mais madura, passando dos mapas mentais para as operações<br />

simbólicas tão necessárias para o desenho. Nesse período, a criança confronta os objetos,<br />

organizando-os, reordenando-os e avaliando-os e é desse modo que ela adquire o<br />

conhecimento. As operações de segundo nível, no plano simbólico, só ocorrem na<br />

adolescência.<br />

O apriorismo é outro enfoque teórico sobre a aprendizagem. A epistemologia<br />

apriorista considera que o indivíduo, ao nascer, traz consigo, já determinadas, as condições do<br />

conhecimento e da aprendizagem que se manifestarão ou imediatamente (inatismo) ou<br />

progressivamente pelo processo geral de maturação. Toda a atividade de conhecimento é<br />

exclusiva do sujeito, o meio não participa dela.<br />

Dentro do apriorismo surge a teoria da forma ou da Gestalt 6 : o conhecimento se<br />

produz porque existe no ser humano uma capacidade interna inata que predispõe o sujeito ao<br />

conhecimento; há uma super valorização da percepção como função básica para o<br />

conhecimento da realidade.<br />

As teorias da Gestalt têm sido aplicadas desde o início deste século, num conjunto de<br />

princípios científicos extraídos principalmente de experimentos de percepção sensorial.<br />

Arnheim deixa claro seu vínculo com a Gestalt, quando teoriza a percepção visual<br />

considerando a visão como partindo de uma estrutura global, através de dados primários,<br />

constituindo-se de experiência direta, anterior à abstração. Considera pois, que a percepção<br />

consiste na formação de conceitos perceptivos, “realizando-se ao nível sensório, o que no<br />

domínio do raciocínio se conhece como entendimento”(ARNHEIM, 1996, p.39),<br />

configurando-se assim, o ver como aprender. Ressalta a negligência da compreensão através<br />

dos sentidos, resultando então numa dicotomização do conceito frente ao que se percebe,<br />

quando num mundo de imagens o pensamento se move entre abstrações, contudo, sem<br />

significação profunda.<br />

6 A palavra gestalt é alemã e não possui um equivalente exato em outras línguas, muito embora tenham sido<br />

propostas traduções como forma, configuração e contorn o, sobre as quais sempre se nota algum tipo de reserva<br />

registrada na literatura. HEIDBREDER (1981: p.288-289) marca a posição de Köhler acerca do vocábulo gestalt<br />

no alemão chamando a atenção para dois usos possíveis: como propriedade das coisas ou como entidade real,<br />

um todo circunscrito. De qualquer maneira, segundo KÖHLER, “o mesmo processo que descreve a formação<br />

dos todos, também explica as suas propriedades”. (op. cit.).<br />

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