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354 - COL. MITOLOGIA GRECO-ROMANA - VOL. II - Thule-italia.net

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vadora que se dirigiam as preces para a preservação dos desejos<br />

culposos." (Pausânias).<br />

Temos interessante exemplo desse último aspecto de Vênus,<br />

numa decisão do senado romano, o qual, segundo os livros<br />

sibilinos consultados pelos decênviros, ordenara a dedicação de<br />

uma estátua a Vênus vesticordia (convertedora), como meio de<br />

reconduzir as moças devassas ao pudor do sexo. (Valério<br />

Máximo).<br />

A tartaruga, emblema da castidade das mulheres, era<br />

consagrada a Vênus celeste, e o bode, símbolo contrário,<br />

consagrado à Vênus vulgar. As imagens da deusa, que se<br />

encontravam em todas as casas, eram, além de tudo,<br />

acompanhadas de inscrições que indicavam o seu caráter. Eis<br />

aqui uma que chegou até nós: "Esta Vênus não é a Vênus<br />

popular, é a Vênus urânia. A casta Crisógona colocou-a na casa<br />

de Amphicles, a quem deu vários filhos, comoventes penhores da<br />

sua ternura e fidelidade. Todos os anos, o primeiro cuidado<br />

desses felizes esposos é de vos invocar, poderosa deusa, e em<br />

premio da sua piedade, todos os anos lhes aumentais a ventura.<br />

Prosperam sempre os mortais que honram os deuses." (Teócrito).<br />

Vênus celeste está caracterizada pela veste estrelada. Vemola<br />

figurada numa pintura de Pompéia onde está representada de<br />

pé com um diadema na cabeça e um cetro na mão (fig. 344). O<br />

famoso escultor Scopas fizera para a cidade de Élis uma Vênus<br />

vulgar que pusera sentada sobre um bode; figura análoga se<br />

encontra em outra pedra gravada antiga (fig. 345). No século<br />

XIX, o pintor Gleyre compôs um belíssimo quadro sobre o<br />

mesmo tema. Essa Vênus era sobretudo honrada em Corinto,<br />

cidade marítima que sempre se celebrizou pelas cortesãs. Ali é<br />

que vivia a famosa Laís, em torno da qual se lê o seguinte<br />

epigrama na Antologia : "Eu, altiva Laís. de quem a Grécia era<br />

joguete, eu que tinha à porta um enxame de jovens amantes,<br />

consagro a Vênus este espelho, pois não desejo ver-me tal qual<br />

sou, e já não posso ver-me tal qual era."<br />

Encontra-se na mesma coletânea outro trecho ainda mais<br />

interessante: "Minarete, que há pouco estendia os

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