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354 - COL. MITOLOGIA GRECO-ROMANA - VOL. II - Thule-italia.net

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As festas de Adônis<br />

O culto sírio de Adonis espalhou-se rapidamente nas<br />

cidades marítimas em que os marinheiros fenícios se achavam<br />

em grande número. Em Atenas e em Alexandria, havia festas<br />

célebres, que se realizavam na primavera e que duravam uma<br />

semana. Chorava-se a morte do deus, depois todos se<br />

rejubilavam em honra à sua ressurreição. Os atenienses viam<br />

naquilo uma cerimonia que lembrava bastante o culto de<br />

Elêusis, e, no Egito, identificava-se de boa vontade Adonis a<br />

Osíris, do qual se celebrava igualmente o fim trágico e o<br />

maravilhoso renascimento. Os Ptolomeus deram grandíssima<br />

importância a tais festas na cidade marítima de Alexandria,<br />

para onde elas atraíam imenso concurso de estrangeiros. Mas,<br />

embora houvesse peregrinos que ali chegavam por verdadeira<br />

devoção, havia também bom número de forasteiros e até de<br />

habitantes do país, que naquilo enxergavam sobretudo uma<br />

ocasião de espetáculo. A famosa peça de Teócrito, intitulada As<br />

Siracusanas, dá excelente idéia da impressão produzida por tais<br />

festas nos simples curiosos, seduzidos pela beleza das<br />

cerimônias e pelo esplendor da música.<br />

As festas da ressurreição de Adônis eram entremeadas de<br />

cantos de alegria, que sucediam aos lamentos da véspera :<br />

realizavam-se sempre nos primeiros dias da primavera.<br />

Chorava-se, em primeiro lugar, a vegetação desaparecida;<br />

depois, celebrava-se o seu regresso à terra. Vários hinos que se<br />

cantavam nas festas de Adônis chegaram até os nossos dias.<br />

Eis o de Bíon, o mais famoso: "Choro Adônis ; os Amores<br />

respondem ao meu pranto. Uma cruel ferida dilacerou Adônis,<br />

mas Vênus traz outra, muito mais profunda, no âmago do<br />

coração. Em torno do jovem caçador, os seus fiéis cães uivaram,<br />

e as ninfas das montanhas estão desfeitas em lágrimas. Vênus,<br />

transtornada, erra pelas florestas, triste, descabelada, pés nus;<br />

os espinhos a ferem e se tingem do sangue divino; ela enche os<br />

ares de queixumes, atira-se através dos longos vales, exige aos<br />

brados o formoso assírio que foi seu esposo! Entretanto, um<br />

sangue negro jorra do ferimento

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