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354 - COL. MITOLOGIA GRECO-ROMANA - VOL. II - Thule-italia.net

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Apolo parou, temendo que ela, na fuga, tombasse<br />

perigosamente.<br />

Mas notando que a ninfa redobrava a velocidade, em vez de<br />

diminuir os passos, julgou que ela o não tivesse ouvido, e que<br />

lhe seria dado convencê-la facilmente, se conseguisse aproximarse-lhe.<br />

Atirou-se, então, à perseguição, como os cães no rasto<br />

das lebres, e terminou por alcançá-la no momento em que a<br />

ninfa chegava à margem do rio Peneu, seu pai. Dafne suplica,<br />

então, ao rio que lhe arranque tão funesta beleza, e sente<br />

imediatamente os membros engordar e o corpo cobrir-se de fina<br />

casca; os cabelos se lhe mudam em folhas, os braços tornam-se<br />

ramos, os pés, outrora tão leves, prendem-se à terra, a cabeça<br />

transforma-se-lhe em copa. Estava metamorfoseada em loureiro:<br />

Apolo quer tocar a árvore, e sente sob a casca palpitar um<br />

coração. Tece uma coroa para com ela ornar a sua lira de ouro, e<br />

desde então os vencedores recebem ramos de loureiro em lugar<br />

dos ramos de carvalho de antes.<br />

Várias pinturas de Herculanum nos mostram a aventura de<br />

Dafne cuja metamorfose está muito bem fixada numa estátua de<br />

Villa Borghese. Na escultura dos últimos séculos, Coustou<br />

compôs um grupo de Apolo perseguindo Dafne, e que podemos<br />

ver no jardim das Tulherias (fig. 201). Le Bernin compôs também<br />

um famoso grupo que se encontra em Roma. Entre os quadros<br />

executados sobre o mesmo tema, os mais conhecidos são os de<br />

Poussin, Rúbens e Carle Maratte (fig. 202). Há, outrossim, no<br />

Louvre um quadrinho de Albane em que se nos depara a ninfa<br />

fugindo velozmente de Apolo, enquanto o Amor voa, sorridente,<br />

nas nuvens.<br />

O século dezoito só viu nessa lenda uma aventura galante, e<br />

como é proverbial a beleza de Apolo, concluiu-se que. se o deus<br />

não soube agradar à ninfa, foi exclusiva-mente por culpa sua:<br />

"Cruelle, arrêtez-vous de grâce!<br />

Je suis le régent du Parnasse,<br />

le fils naturel de Jupin;<br />

je suis poete, médecin,<br />

je suis chimiste, botaniste,<br />

je suis peintre, musicien,<br />

exécutant et syntphoniste;

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