conceito natureza jurídica princípios que regem a hipoteca
conceito natureza jurídica princípios que regem a hipoteca
conceito natureza jurídica princípios que regem a hipoteca
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
confrontações, e outros dados suficientes para a exata individuação do imóvel <strong>que</strong> está<br />
sendo dado em garantia.<br />
Além disso, a <strong>hipoteca</strong> não pode incidir sobre bens futuros ou não concretizados, não<br />
materializados. Tal hipótese escapa da realidade <strong>jurídica</strong> e transforma-se em mera<br />
esperança. Todavia, uma vez <strong>hipoteca</strong>do o bem imóvel, a garantia atinge, também, todos os<br />
seus acessórios.<br />
O segundo princípio <strong>que</strong> rege a <strong>hipoteca</strong> é o da publicidade, esta, se dá através da inscrição<br />
da <strong>hipoteca</strong> no Registro de Imóveis. É a inscrição <strong>que</strong> dá ciência a todos de <strong>que</strong> o bem<br />
imóvel dado em garantia está sujeito ao ônus hipotecário, impedindo <strong>que</strong> terceiros possam<br />
alegar ignorância da incidência da <strong>hipoteca</strong>.<br />
Acresce mencionar, ainda, <strong>que</strong> nos termos do art. 676, do Código Civil, os direitos reais<br />
sobre imóveis só se constituem após o devido registro no Cartório Imobiliário.<br />
Se não for inscrita a <strong>hipoteca</strong> no Registro de Imóveis, ela passa de direito real para direito<br />
pessoal, sem seqüela e sem preferência.<br />
REQUISITO SUBJETIVO<br />
A lei estabelece <strong>que</strong> só pode <strong>hipoteca</strong>r a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> pode alienar (Código Civil, art. 756).<br />
Então, somente <strong>que</strong>m é dono pode <strong>hipoteca</strong>r. No entanto, se ela for constituída por <strong>que</strong>m<br />
não seja proprietário, anula-se, salvo, conforme ensina CAIO MÁRIO, em se tratando de<br />
possuidor de boa-fé <strong>que</strong> revalidará a garantia pela aquisição ulterior de domínio (Cód.<br />
Civil, art. 756, parágrafo único), com efeito "retrooperante à data da inscrição".<br />
Ressalte-se <strong>que</strong> se o <strong>hipoteca</strong>nte for procurador, deverá exibir mandato com poderes<br />
especiais, sob a forma pública (não é essência do ato, mas construção jurisprudencial.<br />
REQUISITO OBJETIVO<br />
O requisito objetivo necessário para <strong>que</strong> a <strong>hipoteca</strong> seja considera válida encontra-se<br />
estabelecido pelo art. 810, do Código Civil, o qual traz os bens <strong>que</strong> podem ser objeto de<br />
<strong>hipoteca</strong>: I- os imóveis; II- os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles; III- o<br />
domínio direto; IV- o domínio útil; VI- as estradas de ferro; VI- as minas e pedreiras,<br />
independentemente do solo onde se acham; VII- os navios.<br />
Mas essa enumeração não é taxativa. As aeronaves também podem ser objeto de <strong>hipoteca</strong>,<br />
conforme estabelece o De. Lei nº 32, de 18-11-1966, arts. 18 a 28.