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PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos textos ...

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PRIMEIRA <strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><br />

<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><br />

<strong>Com</strong> <strong>base</strong> <strong>na</strong> <strong>leitura</strong> <strong>dos</strong> <strong>textos</strong> motivadores seguintes e nos conhecimentos construí<strong>dos</strong><br />

ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da<br />

língua portuguesa sobre AS CONTRADIÇÕES MORAIS DA JUVENTU<strong>DE</strong><br />

BRASILEIRA ATUAL, apresentando proposta de conscientização social que respeite<br />

os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,<br />

argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.<br />

Agora vamos ler a redação da alu<strong>na</strong> Raquel Khouri, do 3º ano do Col. Ofici<strong>na</strong><br />

IGUAIS, PORÉM DIFERENTES<br />

Ser jovem é passar de adolescente para adulto, é perceber-se como agente questio<strong>na</strong>dor e,<br />

principalmente, transformador do sistema. Passamos de coadjuvantes para protagonistas, tomamos<br />

decisões importantes para o nosso futuro e para o da sociedade, ou, devido ao caráter ainda em<br />

formação, e contrariando os princípios morais, às vezes transgredimos até as leis, pois essa fase da vida<br />

envolve uma série de conflitos psicológicos e sociais. Cada juventude, como a de hoje, no Brasil,<br />

também age conforme as demandas e expectativas <strong>dos</strong> seus antecessores, buscando alterar o que não<br />

parece adequado para a formação da geração seguinte, o que é uma tarefa árdua e que só pode ser feita<br />

com consciência política e social apurada.<br />

Vivemos <strong>na</strong> sociedade da liberdade de expressão, da globalização e do consumo. Fomos cria<strong>dos</strong><br />

nesse sistema e nossa obrigação é aprimorá-lo. Entretanto, a juventude não é (e nunca foi) homogênea,<br />

enquanto uns lutam por mudanças e contestam as injustiças sociais, outros são acomoda<strong>dos</strong> e<br />

manifestam-se, quando muito, ape<strong>na</strong>s pelas Redes Sociais (sem negar a importância desse mecanismo<br />

tecnológico <strong>na</strong> contemporaneidade). Existe, por exemplo, uma preocupação com o meio-ambiente, hoje,<br />

muito maior do que em qualquer outro período da história, e os jovens encabeçam os debates acerca<br />

desses temas. Ao mesmo tempo, outra parte da juventude prefere não se envolver em <strong>na</strong>da que não a<br />

atinja diretamente, priorizando questões relacio<strong>na</strong>das à própria formação, agindo de forma<br />

individualista.<br />

Há, porém (e sempre houve), jovens que recorrem a ações criminosas, como espancar uma<br />

mulher por “pensar ser prostituta”, roubar casas de luxo, a fim de ter dinheiro para noitadas ou ainda<br />

espancar mendigos voluntariamente. São tristes exemplos protagoniza<strong>dos</strong> por uma parte da juventude,<br />

como a brasileira, que contraria a expectativa de uma sociedade mais frater<strong>na</strong>, que valoriza a cidadania.<br />

Talvez, por serem mais expostas atualmente <strong>na</strong> grande mídia, essas atitudes estejam mais ba<strong>na</strong>lizadas.<br />

A heterogeneidade da juventude atual faz com que ela tenha várias faces e apresente, em cada<br />

uma delas, diversas contradições. A liberdade de expressão nos dá o direito de discordar, mas, em<br />

muitos casos, falta vontade, consciência e consistência política para isso. Poderíamos ser melhor<br />

instrumentaliza<strong>dos</strong> para pensar o mundo e não ape<strong>na</strong>s servirmos de “ferramentas” para o mercado de<br />

trabalho.<br />

Nós, jovens da atualidade, precisamos nos formar socialmente para formarmos a próxima<br />

geração que, por sua vez, guiará a seguinte e assim por diante. Carecemos de mais envolvimento e


conhecimento político, e para isso uma das possibilidades é promover mais debates sociológicos e<br />

filosóficos no decorrer da nossa educação. Tendo em foco que esta não é uma tarefa exclusiva do<br />

governo, pelo contrário, é de toda a comunidade e não pode se limitar ao ambiente escolar.<br />

Análise por parágrafos<br />

Professor Tárcio Carvalho<br />

INTRODUÇÃO<br />

De modo geral, é importante destacar a objetividade da redatora ao abordar palavras-chaves,<br />

expressões e ideias relacio<strong>na</strong>das à TEMÁTICA EM DISCUSSÃO e aos COMANDOS DA<br />

<strong>PROPOSTA</strong>, tais como: “jovem”, “Cada juventude, como a de hoje, no Brasil...”, “transformador do<br />

sistema”, “princípios morais”, “conflitos psicológicos e sociais”, “consciência política e social<br />

apurada.”. Da mesma forma, de acordo com o que se espera de uma DISSERTAÇÃO-<br />

ARGUMENTATIVA, constata-se a presença de uma TESE, a abordagem mais relevante do parágrafo<br />

introdutório:“Passamos de coadjuvantes para protagonistas, tomamos decisões importantes para o<br />

nosso futuro e para o da sociedade, ou, devido ao caráter ainda em formação, e contrariando os<br />

princípios morais, às vezes transgredimos até as leis, pois essa fase da vida envolve uma série de<br />

conflitos psicológicos e sociais.”<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO<br />

Habili<strong>dos</strong>amente, Raquel contempla, neste momento de FUNDAMENTAÇÕES (apresentação de<br />

provas acerca da TESE), as ideias presentes nos <strong>textos</strong> da COLETÂNEA <strong>DE</strong> APOIO. Note que, no<br />

primeiro parágrafo do <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO, após demonstrar uma LEITURA <strong>DE</strong> MUNDO<br />

ATUALIZADA E CRÍTICA (“Vivemos <strong>na</strong> sociedade da liberdade de expressão, da globalização e do<br />

consumo.”, “uns lutam por mudanças e contestam as injustiças sociais, outros são acomoda<strong>dos</strong> e<br />

manifestam-se, quando muito, ape<strong>na</strong>s pelas Redes Sociais...”), ela destaca um maior engajamento da<br />

JUVENTU<strong>DE</strong> ATUAL em causas ambientais (vide TEXTO 01 da prova).<br />

Já no segundo parágrafo, como numa sequência linear, em obediência às orientações de <strong>base</strong>ar-se nos<br />

<strong>textos</strong> da avaliação, nossa redatora discorre sobre o envolvimento de jovens <strong>na</strong> vida do crime (vide<br />

TEXTO 02 da prova) (“Há, porém (e sempre houve), jovens que recorrem a ações criminosas, como<br />

espancar uma mulher por “pensar ser prostituta”, roubar casas de luxo, a fim de ter dinheiro para<br />

noitadas ou ainda espancar mendigos voluntariamente. São tristes exemplos protagoniza<strong>dos</strong> por uma<br />

parte da juventude, como a brasileira, que contraria a expectativa de uma sociedade mais frater<strong>na</strong>,<br />

que valoriza a cidadania.”), o que evidencia, através de uma precisa comparação, a temática central do<br />

tema: AS CONTRADIÇÕES MORAIS DA JUVENTU<strong>DE</strong> BRASILEIRA ATUAL<br />

No último parágrafo das fundamentações, após reiterar a questão central discutida (“A heterogeneidade<br />

da juventude atual faz com que ela tenha várias faces e apresente, em cada uma delas, diversas<br />

contradições.”), Raquel relacio<strong>na</strong> seus argumentos à mensagem trazida pelo TEXTO 03, quando diz:<br />

“Poderíamos ser melhor instrumentaliza<strong>dos</strong> para pensar o mundo e não ape<strong>na</strong>s servirmos de<br />

“ferramentas” para o mercado de trabalho.”. Deste modo, encerra o momento de<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DA ARGUMENTAÇÃO.


Observação importante:<br />

Note que, apesar de ter se <strong>base</strong>ado nos <strong>textos</strong> da coletânea de apoio, como manda a prova, a redatora<br />

elaborou sua argumentação de forma autêntica, utilizando-se das ideias, e não <strong>dos</strong> argumentos<br />

desses mesmos <strong>textos</strong>.<br />

CONCLUSÃO<br />

Nós, jovens da atualidade, precisamos nos formar socialmente para estruturar a próxima geração que,<br />

por sua vez, guiará a seguinte; e assim por diante. Carecemos de mais envolvimento e conhecimento<br />

político, e para isso uma das possibilidades é promover mais debates sociológicos e filosóficos no<br />

decorrer da nossa educação, para que evitemos desvios morais que aflijam a cidadania. Tendo em foco<br />

que esta não é uma tarefa exclusiva do governo; pelo contrário, é de toda a sociedade, e não deve se<br />

limitar ao ambiente escolar.<br />

Agora devidamente respaldada pela apresentação de informações e análises que legitimaram a tese,<br />

nossa redatora pôde concluir sua argumentação, através de reflexões fi<strong>na</strong>is, sendo mais enfática<br />

criticamente, ao ponderar sobre qual deve ser o compromisso do jovem brasileiro da atualidade: evitar<br />

desvios da conduta moral que aflijam a cidadania e auxiliar <strong>na</strong> formação das próximas gerações:<br />

“precisamos nos formar socialmente para estruturar a próxima geração”, “Carecemos de mais<br />

envolvimento e conhecimento político, e para isso uma das possibilidades é promover mais debates<br />

sociológicos e filosóficos no decorrer da nossa educação, para que evitemos desvios morais que<br />

aflijam a cidadania.”.<br />

AVALIAÇÃO DO TEXTO A PARTIR DAS CINCO COMPETÊNCIAS<br />

Dada à evidência da COMPREENSÃO DA <strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> (no parágrafo introdutório), à<br />

explícita ELABORAÇÃO <strong>DE</strong> ARGUMENTOS EM <strong>DE</strong>FESA <strong>DE</strong> UM PONTO <strong>DE</strong> VISTA, expostos<br />

através de clara demonstração de domínio da NORMA PADRÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA, e da<br />

apresentação de uma <strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> AÇÃO SOCIAL (vide parágrafo conclusivo), pode-se<br />

compreender que a redação da alu<strong>na</strong> Raquel Khouri é avaliada como satisfatória, pois contempla to<strong>dos</strong><br />

os aspectos cobra<strong>dos</strong> pelo ENEM, bem como apresenta uma argumentação autêntica e persuasiva.


TEXTOS <strong>DE</strong> APOIO<br />

TEXTO 1<br />

As características da vida do jovem atual<br />

A constante evolução da sociedade no mundo contemporâneo é uma das grandes responsáveis<br />

pelas diferenciações atribuídas através das atitudes, valores, pensamentos, ideais e modismos<br />

às distintas gerações. Aqueles que hoje formam a classe <strong>dos</strong> adultos passaram durante a sua<br />

juventude por outras circunstâncias e por diferentes movimentos em relação aos anseios e<br />

conceitos atuais, o que gera alguns preconceitos e alguns jargões muito utiliza<strong>dos</strong> como: “a<br />

juventude está perdida”, “esses jovens não têm respeito” ou “quando eu tinha a sua idade não<br />

fazia isso ou aquilo”. As juventudes que compunham as últimas décadas foram marcadas por<br />

diversos acontecimentos que cooperaram para que, neste novo milênio, o jovem viva em um<br />

mundo globalizado, em uma era de tecnologia e informática e apresente as características da<br />

vida do jovem atual. Nas décadas de sessenta e setenta, viveu-se a rigidez da ditadura militar<br />

e, através da música, do teatro, por fim, das artes, grupos de jovens iam contra tal regime. De<br />

outro lado, existiam os alie<strong>na</strong><strong>dos</strong> aos movimentos “rebeldes”. Nos anos oitenta, o movimento<br />

das “Diretas Já” fora defendido pela juventude. Na década de noventa, o conhecido movimento<br />

“cara pintada” representa uma mobilização por parte <strong>dos</strong> jovens.<br />

Atualmente, ao pretender relacio<strong>na</strong>r o jovem a uma palavra, certamente esta seria<br />

“Liberdade”, pois se estabelecendo uma comparação entre esta geração e as anteriores –<br />

devido às conquistas por parte dessas mais antigas – somada com as características do mundo<br />

pós-moderno, as facilidades apresentadas e as regras seguidas tor<strong>na</strong>m a juventude mais livre,<br />

ao fornecerem melhores e mais amplos acessos e ao derrubarem barreiras antes existentes,<br />

como geográficas e relacio<strong>na</strong>das à comunicação. Contudo, a ideia que a juventude é o futuro<br />

do Brasil e do mundo retrata a mais pura verdade. As características da vida do jovem atual,<br />

como a ousadia, a coragem, a criatividade, a modernidade e o preparo, se valendo, novamente,<br />

das experiências e das descobertas das gerações passadas, constituirão um futuro cada vez<br />

melhor. Porém, para isso, surge uma segunda palavra que deve ser também relacio<strong>na</strong>da ao<br />

jovem atual: “Oportunidade”; talvez mais importante do que a primeira que representa algo já<br />

conquistado, esta, por sua vez, representa uma luta <strong>dos</strong> jovens atuais que precisam de<br />

oportunidades para que toda a sua potencialidade seja desenvolvida e colocada a serviço de sua<br />

vida e de seus semelhantes. Concordando com essa necessidade, o Deputado Federal e<br />

Democrata Nilmar Ruiz, do Tocantins, em um discurso a favor de políticas públicas e<br />

intervenções sociais voltadas para os jovens, afirmou que: “oportunidade para os jovens é<br />

garantia de um mundo melhor. Oportunidade à saúde, à educação que realmente o forme para<br />

as exigências do mundo atual, oportunidade de emprego, de viver e atuar dig<strong>na</strong>mente <strong>na</strong>


sociedade”. Em síntese, a vida do jovem atual é marcada não ape<strong>na</strong>s por realizações, escolhas,<br />

deveres e obrigações, liberdade ou liberti<strong>na</strong>gem, mentalidade adaptada e influências<br />

tecnológicas ou pelo meio em que se vive, mas também por lutas contemporâneas e ideais. O<br />

jovem de hoje não é alie<strong>na</strong>do aos fatores que interferem <strong>na</strong> sociedade como política, economia<br />

e cultura, ao contrário, ele se envolve com os movimentos políticos e sociais, com as buscas<br />

pela inserção no mercado de trabalho e por conquistas de maiores espaços e representações.<br />

Portanto, a juventude não está perdida, a vida do jovem atual é muito ativa e sua reflexão mais<br />

íntima diz respeito à preocupação de fazer o presente e, ao mesmo tempo, planejar o futuro.<br />

Tales Victor Calegari<br />

TEXTO 2<br />

Juventude Atual: a Ausência de Discipli<strong>na</strong> e do Sentimento de<br />

Vergonha<br />

Infelizmente, nos tempos atuais, o que tem predomi<strong>na</strong>do é a cultura da violência e, por esse<br />

motivo, a cada dia que passa, tor<strong>na</strong>-se mais ba<strong>na</strong>lizada. Os indivíduos pertencentes a<br />

gerações anteriores, que foram cria<strong>dos</strong> e educa<strong>dos</strong> de acordo com certos valores e virtudes,<br />

constatam, perplexos, que tais ensi<strong>na</strong>mentos não mais fazem parte da formação de crianças<br />

e jovens e o que mais tem sido valorizado é o materialismo, em detrimento da liberdade<br />

pessoal e do respeito às especificidades pessoais. Presenciam o aumento acintoso da falta<br />

de respeito aos pais, professores, i<strong>dos</strong>os e até mesmo com relação a toda e qualquer pessoa<br />

que não faça parte de sua turma ou gang. To<strong>dos</strong> os atos que praticam, consideram como<br />

lícitos, desde que satisfaçam suas vontades pessoais, demonstrando também que<br />

desconhecem os princípios que fazem parte da tão desejada alteridade. E a pergunta que<br />

não quer calar frente a tudo que foi exposto é a seguinte: por que se permitiu que esses<br />

novos seres humanos se tor<strong>na</strong>ssem indivíduos tão egocêntricos e desprovi<strong>dos</strong> de ética,<br />

tolerância e moralidade? Obviamente, não são eles os únicos culpa<strong>dos</strong> pelas deformações<br />

de caráter e distorções de perso<strong>na</strong>lidade apresentadas. Observa-se, nitidamente, que os<br />

adultos em geral, responsáveis que são pela formação das novas gerações que irão sucedêlos,<br />

estão encontrando sérias dificuldades em trabalhar com uma questão básica e essencial<br />

para a educação das crianças e jovens atuais, justamente porque deixaram de estabelecer<br />

limites para essas novas pessoas. E é esta ausência que vem desqualificando todo o<br />

processo educacio<strong>na</strong>l, uma vez que, onde não há limites, tor<strong>na</strong>-se inválido, a priori, o<br />

princípio de liberdade. <strong>Com</strong>o consequência, há a desobediência insolente que compromete<br />

também o processo relacio<strong>na</strong>l, já que não mais se percebe nenhuma manifestação de<br />

arrependimento quanto às desordens e desacatos cometi<strong>dos</strong>. Assim, também não mais se<br />

presencia nenhum sentimento de vergonha, já que a indiscipli<strong>na</strong> não está mais atrelada com<br />

a imoralidade. Dessa forma, a dimensão afetiva desses novos seres fica totalmente<br />

comprometida, o que é lastimável, até porque, para que possa haver um maior equilíbrio<br />

psicológico, todo indivíduo precisa ser norteado a respeito de sua conduta, porque ter<br />

vergonha é extremamente importante para que toda pessoa, através desse sentimento,<br />

possa vir a refletir sobre os atos que praticou.<br />

Também porque esse mesmo indivíduo, ao ser visto com olhos que desaprovem o desacato<br />

cometido, muito provavelmente irá ponderar sobre a atitude tomada e inicie o processo de<br />

autocrítica, passando a a<strong>na</strong>lisar seu comportamento e sua própria perso<strong>na</strong>lidade. Faz parte


do consenso geral a percepção do alto grau de futilidade que impregnou toda a sociedade<br />

atual e para que se consiga reverter tal processo é preciso começar pela avaliação <strong>dos</strong><br />

pesos e <strong>dos</strong> valores que têm influenciado <strong>na</strong> imoralidade, que foi instalada dentro da própria<br />

família, identificando os meios que ela utiliza para direcio<strong>na</strong>r a formação <strong>dos</strong> filhos tanto com<br />

relação à interioridade quanto ao preparo para o enfrentamento dessa empreitada chamada<br />

vida. Sabe-se que o que tem preponderado é o estímulo e a ênfase para que se atinja o<br />

sucesso e a fama a qualquer preço, desprezando valores básicos e essenciais para a<br />

formação de um verdadeiro ser humano e cidadão. Sendo esta a realidade, vergonha e<br />

moralidade passaram a não ter mais sentido algum para os novos sujeitos, já que o que<br />

importa é ter dinheiro e ser reconhecido, não importando de que forma os consigam. E é por<br />

isso que se diz que os jovens atuais são vazios e frios: não foram orienta<strong>dos</strong> a respeito da<br />

fragilidade huma<strong>na</strong> e <strong>dos</strong> efeitos ilusórios e periódicos que determi<strong>na</strong>da etapa da vida pode<br />

até lhes oferecer. Explica-se, pois, porque já não mais são capazes de se autossustentar<br />

quando a ilusão de si mesmos os abando<strong>na</strong>r e têm que se confrontar com sua real e<br />

verdadeira essência interior. E alguém sabe qual caminho que certamente irão tomar diante<br />

de tal impasse? <strong>Com</strong> certeza, o das drogas e da crimi<strong>na</strong>lidade! <strong>Com</strong>o é revelado pela<br />

sabedoria popular pepino se torce quando pequeno<br />

Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/psychology/1874118-juventude-atual-aus%C3%AAncia-discipli<strong>na</strong>sentimento/#ixzz26sI7rEAE

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