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SEGUNDA AVALIAÇÃO DA UNIDADE

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ALUNO(A): ____________________________________________________________________________ N°.: _____<br />

PROFESSORES: Anya, Zé Carlos Bastos, Edson, Fábio Motta, Luís Freitas, Nolinha e Thomaz 3ª SÉRIE-E.M. TURMA: __<br />

UNI<strong>DA</strong>DE III <strong>DA</strong>TA: ___/___/2010<br />

INSTRUÇÕES<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

<strong>SEGUN<strong>DA</strong></strong> <strong>AVALIAÇÃO</strong> <strong>DA</strong> UNI<strong>DA</strong>DE<br />

Português e Ciências da Natureza (Química, Biologia e Física)<br />

³ Verifique se este caderno de prova contém um total de 60 (sessenta) questões tipo Múltipla Escolha,<br />

15 (quinze) questões por disciplina e 2 (duas) questões extras. Caso contrário, reclame ao fiscal da sala<br />

um outro caderno completo. Não serão aceitas reclamações posteriores.<br />

³ Para cada questão existe apenas UMA resposta certa. Mais de uma letra assinalada implicará anulação<br />

da questão.<br />

³ Para cada disciplina existe 1 folha de respostas.<br />

³ Marque as respostas primeiro a lápis e depois cubra com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.<br />

Não rasure a Folha de Respostas.<br />

Devolva este caderno de prova ao aplicador.<br />

I<br />

II<br />

III<br />

IV<br />

V<br />

VI<br />

VII<br />

1<br />

1A<br />

1 2<br />

H 13 14 15 16 17 He<br />

1,008 4,003<br />

3 4<br />

5 6 7 8 9<br />

10<br />

Li Be<br />

Elementos de Transição<br />

B C N O F Ne<br />

6,941 9,012<br />

10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18<br />

11 12<br />

13 14 15 16 17 18<br />

Na Mg 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 A@ Si P S C@ Ar<br />

NOM E DO ELEM ENTO<br />

23,00 24,30<br />

26,98 28,08 30,97 32,06 35,45 39,95<br />

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36<br />

39,10 40,08 44,96 47,88 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,38 69,72 72,59 74,92 78,96 79,90 83,80<br />

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54<br />

85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 (98) 101,1 102,9 106, 4 107,9 112,4 114,8 118,7 121,7 127,6 126,9 131,3<br />

55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86<br />

132,9 137,3<br />

SÉRIE DO S<br />

LAN TANÍDIOS<br />

178,5 180,9 183,8 186,2 190,2 192,2 195,1 197,0 200,6 204,4 207,2 209,0 (209) (210) (222)<br />

87 88 104 105 106 107 108 109 110<br />

(223)<br />

2<br />

2A<br />

SÍMBOLO<br />

(226)<br />

SÉRIE DO S<br />

ACTNÍDIOS<br />

(261,1) (262,1) (263,1) (262,1) (265) (266) (269)<br />

ELÉTRO NS NAS CAM A<strong>DA</strong>S<br />

3B<br />

CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS<br />

(com massas atômicas referidas ao isótopo 12 do carbono)<br />

(Numeração lUPAC)<br />

(Numeração antiga)<br />

4B<br />

SÉRIE DOS LANTANÍDIOS<br />

57<br />

138,9<br />

5B<br />

6B<br />

7B<br />

58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71<br />

140,1 140,9 144,2 (145) 150,4 152,0 157,3 158,9 162,5 164,9 167,3 168,9 173,0 175,0<br />

SÉRIE DOS ACTINÍDIOS<br />

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103<br />

(227) 232,0 (231) 238,0 (237) (244) (243) (247) (247) (251) (252) (257) (258) (259) (260)<br />

1. UNI<strong>DA</strong>DE DE VOLUME 2. UNI<strong>DA</strong>DE DE MASSA 3. TEMPERATURA E PRESSÃO AMBIENTAIS:25ºC E 1 ATM<br />

1cm3 = 1 m@ Kg = 103g 1@ = 103cm3 = 1dm3 T = 103Kg 1m3 = 103 *As massas atômicas indicadas entre parênteses são relativas à do isótopo mais estável.<br />

<strong>DA</strong>DOS:<br />

4. CONSTANTE DE AVOGADRO 6X10<br />

@<br />

23<br />

5. CONSTANTE UNIVERSAL DOS GASES: 0,082 ATM.L.K –1<br />

6. VOLUME MOLAR NAS CNTP = 22,4 L<br />

8B<br />

1B<br />

2B<br />

3A<br />

4A<br />

5A<br />

6A<br />

7A<br />

18<br />

8A<br />

1


PORTUGUÊS – 01 A 15<br />

Texto I<br />

5<br />

10<br />

A história do Brasil está, sem dúvida, misturada à história da escravidão. Embora estudiosos de história não<br />

concordem com a data exata da chegada dos primeiros escravos, é possível dizer que nos seus quinhentos anos de<br />

existência, o Brasil tem funcionado sem escravos por menos de cento e cinquenta anos. Nos restantes trezentos e<br />

cinquenta, o país se fez à custa do suor e do sangue dos negros que chegavam às praias brasileiras, emergindo da<br />

travessia do Atlântico nos porões dos navios negreiros, nos quais só sobreviviam os mais fortes. Essa força negra de<br />

resistência física e cultural é cantada na obra Cadernos Negros. Nesse livro, além da apresentação de uma identidade<br />

negra diversa da “literatura oficial”, há também um convite a novas lutas. Isso porque os negros brasileiros<br />

continuam ocupando os lugares mais baixos na escala social, a sofrerem humilhações e discriminações diárias por<br />

serem negros e, apesar de haver, nesse país, maioria negra e mulata, os ideais de beleza continuam sendo louros, as<br />

melhores posições dentro das empresas ainda são ocupadas por brancos, e a mortalidade infantil entre a população<br />

negra é mais alta.<br />

01. As ideias focalizadas no texto I e nos poemas de “Cadernos Negros” têm comprovação no seguinte fragmento<br />

a) De mim<br />

parte um canto guerreiro<br />

um voo rasante, talvez rumo norte<br />

caminho trilhado da cana-de-açúcar<br />

ao trigo crescido, pingado de sangue<br />

do corte do açoite. Suor escorrido<br />

da briga do dia<br />

que os ventos do sul e o tempo distante não<br />

podem ocultar.<br />

b) Eu fêmea-matriz.<br />

Eu força-motriz.<br />

Eu-mulher<br />

abrigo da semente<br />

moto-contínuo<br />

do mundo.<br />

c) Quem<br />

em sã consciência<br />

joga fora o veneno guardado no<br />

pote da vida, sem derramar uma<br />

gota no copo da gente<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

Aqui começa a avaliação de PORTUGUÊS. Passe para a folha de<br />

respostas correspondente.<br />

d) Hoje me falta o verso<br />

como falta pão e farinha<br />

Na mesa do meu irmão.<br />

Meu estômago poético ronca<br />

Dá nó a tripa da inspiração<br />

Uns com tanto e outros sem saber como.<br />

e) Parece que vai chover<br />

e eu não musiquei<br />

o poema em que digo: te amo!<br />

Se vestirem de cinza nossas vidas,<br />

eu jamais farei a tal canção.<br />

Em tempos fechados de chuva,<br />

só declaro amor ao Sol;<br />

2


02. O livro Vítimas Algozes trabalha a defesa do fim da escravidão por uma veia distinta da que comumente trabalharam<br />

muitos escritores do século XIX: o apelo cristão de que todos somos criaturas divinas.<br />

5<br />

“– Árvores da escravidão deram seus frutos. Quem pede ao charco água pura, saúde à peste, vida ao veneno que<br />

mata, moralidade à depravação, é louco. Dizeis que com os escravos, e pelo seu trabalho vos enriqueceis: que seja<br />

assim; mas em primeiro lugar donde tirais o direito da opressão?... E depois com esses escravos ao pé de vós, em<br />

torno de vós, com esses miseráveis degradados pela condição violentada, engolfados nos vícios mais torpes,<br />

materializados, corruptos, apodrecidos na escravidão, pestíferos pelo viver no pantanal da peste e tão vis, tão perigosos<br />

postos em contacto convosco, com vossas esposas, com vossas filhas, que podereis esperar desses escravos, do seu<br />

contacto obrigado, da sua influência fatal?...Oh!... Bani a escravidão! Bani a escravidão! Bani a escravidão!”<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

Vítimas Algozes – Joaquim Manoel de Macedo<br />

O discurso final da obra resume o conjunto de argumentos apresentados por Joaquim Manoel de Macedo em seus<br />

“Quadros Exemplares” com a finalidade de pôr fim à escravidão.<br />

Fundamenta-se nos argumentos do autor a seguinte afirmação:<br />

a) O escravo é pintado como o agente corruptor de uma sociedade que se quer moral e fisicamente higienizada:<br />

Simeão seduz a filha de seu senhor e tira-lhe a virgindade.<br />

b) Joaquim propõe que, eliminar a escravidão, seria seguir os princípios bíblicos de que todos são iguais diante de<br />

Deus, portanto, era preciso tratar o negro como igual.<br />

c) Ele se mune de tipos que demonstram ao leitor o quão comprometedor da estabilidade familiar era a presença do<br />

escravo na intimidade doméstica.<br />

d) Propunha que fazer uso do trabalho escravo era sustentar e manter um ser que poderia ser substituído por uma<br />

mão-de-obra mais barata.<br />

e) As revoluções sociais do século XIX mudam a mentalidade da sociedade da época que entende a força de<br />

trabalho negra como parte integrante de uma nação multicultural.<br />

03.<br />

TEXTO II<br />

Ora, se deu que chegou<br />

(isso já faz muito tempo)<br />

no banguê dum meu avô<br />

uma nega bonitinha<br />

chamada nega Fulô.<br />

Essa nega Fulô!<br />

Ó Fulô! Ó Fulô!<br />

(Era a fala da Sinhá.)<br />

Vai forrar a minha cama,<br />

pentear os meus cabelos,<br />

vem ajudar a tirar<br />

a minha roupa Fulô<br />

Essa negrinha Fulô<br />

ficou logo pra mucama,<br />

pra vigiar a Sinhá<br />

pra engomar pro Sinhô!<br />

Essa nega Fulô!<br />

Essa nega Fulô!<br />

Ó Fulô! Ó Fuló! (Era a fala da Sinhá.)<br />

Vem me ajudar, Ó Fulô,<br />

vem abanar o meu corpo<br />

que eu estou suada, Fulô!<br />

NEGA FULÔ<br />

vem coçar minha coceira,<br />

vem me catar cafuné,<br />

vem balançar minha rede,<br />

vem me contar uma história,<br />

que eu estou com sono, Fulô!<br />

...<br />

O Sinhô foi ver a nega<br />

levar couro do feitor.<br />

A negra tirou a roupa.<br />

0 Sinhô disse: Fulô!<br />

(A vista se escureceu<br />

que nem a nega Fulô.)<br />

Ó Fulô? Ó Fulô?<br />

Cadê, cadê teu Sinhô<br />

que nosso Senhor me mandou?<br />

Ah! foi você que roubou,<br />

foi você, nega Fulô?<br />

Essa nega Fulô!<br />

Jorge de Lima<br />

3


TEXTO III<br />

04.<br />

O sinhô foi açoitar a outra nega Fulô<br />

— ou será que era a mesma?<br />

A nega tirou a saia, a blusa e se pelou.<br />

O sinhô ficou tarado,<br />

largou o relho e se engraçou.<br />

A nega em vez de deitar<br />

pegou um pau e sampou<br />

nas guampas do sinhô.<br />

— Essa nega Fulô!<br />

Esta nossa Fulô!,<br />

dizia intimamente satisfeito<br />

o velho pai João<br />

pra escândalo do bom Jorge de Lima,<br />

seminegro e cristão.<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

OUTRA NEGA FULÔ<br />

E a mãe-preta chegou bem cretina<br />

fingindo uma dor no coração.<br />

— Fulô! Fulô! Ó Fulo!<br />

A sinhá burra e besta perguntou<br />

onde é que tá o sinhô<br />

que o diabo lhe mandou.<br />

— Ah, foi você que matou!<br />

— É sim, fui eu que matou<br />

— disse bem longe a Fulô,<br />

pro seu nego, que levou<br />

ela pro mato, e com ele<br />

aí sim, ela deitou.<br />

Essa nega Fulô!<br />

Esta nossa Fulô!<br />

Oliveira Silveira<br />

O primeiro texto pertence ao escritor Jorge de Lima e foi construído no Modernismo Brasileiro. Sua intenção era<br />

propor um olhar para a figura do negro, mas ainda aos moldes de “Vítimas Algozes”, ou seja, sem um total<br />

entendimento da conquista de uma identidade racial. Por isso, em “Cadernos Negros”, o autor faz uma retomada<br />

poética para, com intertextualidade, propor, de modo melhor essa conquista racial.<br />

Tomando como base os dois textos é correto afirmar:<br />

a) A diferença entre os dois textos está na escolha amorosa feita por Fulô em cada um deles – relacionar-se com um<br />

branco ou com um negro.<br />

b) A negra Fulô tem voz nos dois textos, mas apresenta dificuldade de expressar-se no primeiro.<br />

c) Os dois textos apresentam o traço da sensualidade como forma de conquista feminina, comum à literatura que<br />

traduz o negro como objeto da história.<br />

d) O texto III tem caráter segregador, pois possui a mensagem subliminar de que o negro deve envolver-se apenas<br />

com os que possuem seus traços raciais.<br />

e) O imperativo, que é marca do texto II, desaparece do texto III. Nesse segundo, haverá outra versão da história,<br />

contada sob o ponto de vista do povo negro.<br />

TEXTO IV<br />

5<br />

10<br />

FAÇA A COISA CERTA:<br />

Filme de Spike Lee<br />

— Vive falando que preto isso, preto aquilo, e seus favoritos são pretos.<br />

— É diferente. Magic, Eddie, Prince não são pretos. Digo, não são negros. Quero tentar explicar. Não são negros de<br />

verdade. São mas não são muito. São mais que negros.<br />

— É diferente?<br />

— Pra mim é.<br />

— No fundo, você queria ser negro.<br />

— Que merda é essa?<br />

(...)<br />

— Ria o quanto quiser, mas seu cabelo é mais pixain que o meu.<br />

(...)<br />

— Ando ouvindo, e lendo (...) tenho lido sobre os seus líderes. Reverendo Al Sharpton Jesse, “Mantenha a<br />

Esperança” (...) E tem outro (...) Pastor Farrakhan. Esse tal de Farrakhan sempre fala de um tal dia quando os<br />

4


negros se insurgirão. “um dia, reinaremos na terra como em nosso passado glorioso.” Verdade? Que passado? Perdi<br />

alguma coisa?<br />

— Criamos a civilização.<br />

— Continua sonhando. Aí você acordou.<br />

TEXTO V<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

RAÇA & CLASSE<br />

Nossa pele teve maldição de raça<br />

e exploração de classe<br />

duas faces da mesma diáspora e desgraça<br />

Nossa dor fez pacto antigo com todas as estradas do<br />

mundo e cobre o corpo fechado e sem medo do sol<br />

Nossa raça traz o selo dos sóis e luas dos séculos<br />

a pele é mapa de pesadelos oceânicos<br />

e orgulhosa moldura de cicatrizes quilombolas.<br />

Jamu Minka<br />

Considerando o texto de Cadernos Negros como comprovação do que se questiona no filme, pode-se afirmar:<br />

a) A construção de identidade apresentada no primeiro texto está relacionada, principalmente, à cultura de massa.<br />

b) Os textos IV e V apresentam uma espécie de mito fundacional (as raízes africanas, a imigração forçada para a<br />

América) baseado na identificação de um povo original (os africanos).<br />

c) O texto IV apresenta a tese do branqueamento pela qual passaram alguns negros na história, além de revelar que<br />

certos traços étnicos também servem como comprovação das raízes africanas.<br />

d) Tanto o filme, no trecho apresentado, quanto o poema explicitam que a história do negro não é conhecida por todos.<br />

e) Os dois textos revelam uma postura de resistência da raça negra. O filme apresenta a dicotomia negros X<br />

brancos, seus conflitos e tensões desembocando num ato que envolve pessoas da comunidade e os responsáveis<br />

por cuidar da ordem e, no poema, os negros, nos quilombos revelavam sua negação à escravidão.<br />

TEXTO VI<br />

TEXTO VII:<br />

5<br />

10<br />

5<br />

ROTINA<br />

Há sempre um homem<br />

me dizendo<br />

o que fazer<br />

(Esmeralda Ribeiro).<br />

Aurélia revoltava-se contra si mesma, por causa daquele momento de fragilidade. Como é que ela depois de<br />

haver arrebatado à sua rival o homem a quem amava, e de haver desdenhado esse triunfo, por indigno de sua alma<br />

nobre, dava a essa rival o prazer de recear-se de suas seduções?<br />

Descontente, contrariada, cogitava uma vindita desse eclipse de seu orgulho.<br />

— O que é o ciúme? disse de repente sem olhar o marido, e com um tom incisivo.<br />

Seixas compreendeu que aí vinha a refega e preparou-se, chamando a si toda a calculada resignação de que se<br />

costumava revestir.<br />

— Exige uma definição fisiológica, ou a pergunta é apenas mote para conversa?<br />

— Acredita na fisiologia do coração? Não lhe parece um disparate esta ciência pretensiosa que se mete a<br />

explicar e definir o incompreensível, aquilo que não entende o próprio que o sente, e que sente-se, sem ter muitas<br />

vezes a consciência desse fenômeno moral? Só há um fisiologista, mas esse não define, julga. É Deus, que<br />

formando sua criatura do limo da terra, como ensina a Escritura, deixou-lhe ao lado esquerdo, por amassar, uma<br />

5


15<br />

20<br />

porção do caos de que a tirou. Quanto ao ciúme, todos nós sabemos mais ou menos a significação da palavra. O que<br />

eu desejava era saber sua opinião sobre este ponto: se o ciúme é produzido pelo amor?<br />

— Assim pensam geralmente.<br />

— E o senhor?<br />

— Como nunca o senti, não posso ter opinião minha.<br />

— Pois tenho-a eu, e por experiência. O ciúme não nasce do amor, e sim do orgulho. O que dói neste<br />

sentimento, creia-me, não é a privação do prazer que outrem goza, quando também nós podemos gozá-lo e mais. É<br />

unicamente o desgosto de ver o rival possuir um bem que nos pertence ou cobiçamos, ao qual nos julgamos com<br />

direito exclusivo, e em que não admitimos partilha. Há mais ardente ciúme do que o do avaro por seu ouro, do<br />

ministro por sua pasta, do ambicioso por sua glória? Pode-se ter ciúme de um amigo, como de um traste de<br />

estimação, ou de um animal favorito. Eu quando era criança tinha-o de minhas bonecas.<br />

05. Analisando-se os textos VI e VII é coerente afirmar:<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

ALENCAR, José de. Romance urbano: Senhora. In: COUTINHO, Afrânio et al. (Org.).<br />

José de Alencar: ficção completa e outros escritos. 3. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965. p.803-804.<br />

a) A voz poética do texto VI denuncia uma narrativa épica, pois o locutor do texto é um herói que luta por causas<br />

revolucionárias de um povo sofredor.<br />

b) O texto Rotina estabelece uma relação intertextual com o romance Senhora a partir do momento em que Aurélia<br />

Camargo transforma-se numa mulher de posses.<br />

c) O eu poético do texto Rotina é consciente do poder estrutural da sociedade patriarcal.<br />

d) O texto VI demonstra a aceitação dos valores impositivos masculinizados e assemelha-se ao texto VII por serem<br />

da mesma tipologia.<br />

e) A expressão linguística: “Há sempre um homem” (V.1), extraído do texto Rotina denuncia a “luta” desenfreada<br />

das mulheres por mudanças e a busca pelo respeito às diferenças de gênero, negligenciadas pelo patriarcalismo.<br />

06. O fragmento transcrito do romance Senhora e a leitura da obra como um todo só não nos permitem afirmar:<br />

a) A fala de Aurélia revela-nos uma personagem rompendo os paradigmas da sua época em relação à capacidade<br />

intelectual da mulher.<br />

b) O diálogo revela não só o esforço de Aurélia para dissimular sua indignação diante do marido, como também a<br />

aparente indiferença de Seixas em relação aos sentimentos da esposa.<br />

c) Demonstrar ciúmes do marido era inadmissível para Aurélia, pois isso lhe revelaria sua vulnerabilidade.<br />

d) Aurélia, ao discorrer sobre o ciúme (@. 19-23), busca uma explicação lógica para tal sentimento, ao tempo em que<br />

sinaliza para Seixas que, se lhe pareceu ter ciúmes, é porque o considera como sua propriedade.<br />

e) A personagem Aurélia é movida por sentimentos apaixonados, e justifica suas ações através de uma<br />

argumentação emocional.<br />

07. Assinale a alternativa correta:<br />

a) O texto VI refere-se à mesma época do texto Senhora de José de Alencar.<br />

b) Tal qual Aurélia, o eu poético, no texto VI se deixará dominar pelos valores patriarcais da sociedade.<br />

c) O sentimento de culpa vivenciado pelo eu poético resulta do conflito entre o seu papel de mulher na sociedade<br />

patriarcalista e a sua ânsia de respeito e liberdade, enquanto em Senhora deve-se à tentativa de Aurélia de<br />

esconder seu amor por Seixas.<br />

d) No texto VII, a descrição do cenário e da protagonista se constrói através da escolha de um vocabulário que<br />

explora os elementos visuais.<br />

e) Há, no texto VII, a presença da denotação, por esse texto ser predominantemente poético.<br />

6


08.<br />

5<br />

10<br />

Fabiano, encaiporado, fechou as mãos e deu murros na coxa. Diabo. Esforçava-se por esquecer uma infelicidade,<br />

e vinham outras infelicidades. Não queria lembrar-se do patrão, nem do soldado amarelo. Mas lembrava-se, com<br />

desespero, enroscando-se como uma cascavel assanhada. Era um infeliz, era a criatura mais infeliz do mundo. Devia<br />

ter ferido naquela tarde o soldado amarelo, devia tê-lo cortado a facão. Cabra ordinário, mofino, encolhera-se e<br />

ensinara o caminho. Esfregou a testa suada, enrugada. Para que recordar vergonha? Pobre dele. Estava então<br />

decidido que viveria sempre assim? Cabra safado, mole. Se não fosse tão fraco, teria entrado no cangaço e feito<br />

misérias. Depois levaria um tiro de emboscada ou envelheceria na cadeia, cumprindo sentença, mas isto era melhor<br />

que acabar-se numa beira de caminho, assando no calor, a mulher e os filhos acabando-se também. Devia ter furado<br />

o pescoço do amarelo com faca de ponta, devagar. Talvez estivesse preso e respeitado, um homem respeitado, um<br />

homem. Assim como estava, ninguém podia respeitá-lo. Não era homem, não era nada. Aguentava zinco no lombo<br />

e não se vingava.<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 74. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.<br />

Assinale a proposição que não esteja de acordo com o texto. Considere o texto inserido na obra.<br />

a) O texto apresenta o monólogo interior do personagem, que se desespera ante o imperativo de absorver a<br />

agressão alheia para evitar maiores danos.<br />

b) O quadro da seca e do sertão é portentoso em “Vidas Secas” e termina por reduzir as reflexões de Fabiano a<br />

meros reflexos do mundo exterior.<br />

c) A narração neste romance se dá em terceira pessoa. O narrador fala de seus personagens, entre eles, Fabiano,<br />

mas sabe fazê-lo com tal isenção e senso de intimidade que temos a impressão de que o narrador desaparece e<br />

deixa o personagem em seu lugar.<br />

d) A predominância de orações coordenadas dá ao texto um ritmo em que se “visualizam” e como que<br />

cinematograficamente desfilam, diante do leitor, as reflexões íntimas do personagem.<br />

e) O soldado amarelo e o patrão são símbolos da incomunicabilidade entre as classes sociais. Ela, na realidade, é<br />

síntese de todas as adversidades, de que participam o latifúndio, o Estado, o primarismo agrário, etc.<br />

TEXTO VIII<br />

Esméria voltou para casa com o coração palpitante de assombro e com o espírito, embora perturbado, aceso em<br />

sinistras ideias e bárbaros projetos. (...)<br />

Esméria tranquilizava-se tanto quando lhe era possível, contando com o braço de ferro do Hércules africano;<br />

mas adiava ainda a sua entrevista com ele, receosa de que por temor ou generosidade Alberto se opusesse ao<br />

5<br />

envenenamento dos dois meninos. (...)<br />

Este crime nefando estava decididamente resolvido pela malvada escrava, que ainda mais se assanhara com a<br />

perspectiva do futuro que o Pai Raiol mostrara em grosseiro quadro a seus olhos.<br />

Só lhe faltava à oportunidade para o medonho atentado, e foi ainda o desmoralizado e vil senhor quem lha<br />

proporcionou. (...)<br />

09. O texto, vinculado à totalidade do quadro Pai Raiol, permite afirmar:<br />

MACEDO, Joaquim Manuel de. As Vítimas-algozes: quadros da escravidão. São Paulo: Scipione, 1988, p. 135.<br />

I. A personagem Esméria encontra-se numa situação extremamente delicada, já que, sob ameaça de Pai Raiol,<br />

terá que cumprir uma tarefa indesejável para ela.<br />

II. A escrava-amante, revoltada por ver-se incapaz de usufruir alguma vantagem com a morte de Teresa, decide<br />

articular-se com Pai Raiol e Alberto para assassinar Paulo Borges.<br />

III. A escrava posta em evidência no texto, apesar de usufruir pleno poder sobre a casa de seu senhor, vive um<br />

impasse que limita a sua liberdade e autoridade.<br />

IV. O texto se utiliza de uma linguagem isenta de conotação para atender aos propósitos do autor de assegurar o<br />

máximo possível a verossimilhança da narrativa.<br />

São verdadeiras:<br />

a) I e III<br />

b) II e IV<br />

c) II e III<br />

d) I e IV<br />

e) I e II<br />

7


10.<br />

11.<br />

I. O texto faz referência a uma personagem recém-apresentada na narrativa, que trará para a obra um desfecho<br />

trágico e desfavorável aos planos de Pai Raiol e Esméria.<br />

II. Dividida entre o amor a Paulo Borges e a Pai Raiol, Esméria decide por tornar-se esposa do segundo, para o<br />

que trama a morte do seu senhor e amante.<br />

III. O texto apresenta recursos estilísticos, como a metáfora, antítese e hipérbole, para sugerir um contexto fatídico<br />

propício às ideias que o autor se propõe a provar ao longo da narrativa.<br />

São verdadeiras:<br />

a) I, II e III<br />

b) II e III<br />

c) I e III<br />

d) somente a II<br />

e) somente a III<br />

"Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome,<br />

comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. ELE, a mulher<br />

e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos — e a lembrança dos sofrimentos passados<br />

esmorecera (...).<br />

5 — Fabiano, VOCÊ é um homem, exclamou em voz alta.<br />

Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando<br />

bem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. (...) Olhou em torno, com<br />

receio de que, fora os meninos, ALGUÉM tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:<br />

— Você é um bicho, Fabiano.<br />

Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz de vencer dificuldades".<br />

Pode-se reconhecer nesse fragmento:<br />

a) a linguagem oral e carregada de expressões de origem indígena do romance "Macunaíma", de Mário de Andrade,<br />

um dos marcos do Modernismo brasileiro<br />

b) um retrato alegórico do sertão, realizado com as inovações linguísticas características de "Grande Sertão:<br />

Veredas", escrito por Guimarães Rosa<br />

c) o tema da miséria nordestina retratado em "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, representante da prosa regionalista<br />

da segunda geração modernista<br />

d) o enaltecimento das riquezas naturais do Brasil, típico do Romantismo, em particular na obra "O Guarani", de José<br />

de Alencar<br />

e) a intenção de analisar e conhecer cientificamente o povo nordestino e seu ambiente, objetivo de "Os Sertões", de<br />

Euclides da Cunha<br />

12. (UFBA 2009/adaptada)<br />

5<br />

10<br />

— Então nunca amou a outra?<br />

— Eu lhe juro, Aurélia. Estes lábios nunca tocaram a face de outra mulher, que não fosse minha mãe. O meu<br />

primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti...<br />

— Soerguendo-se para alcançar-lhe a face, não viu Seixas a súbita mutação que se havia operado na fisionomia<br />

de sua noiva.<br />

Aurélia estava lívida, e a sua beleza, radiante há pouco, se marmorizara.<br />

— Ou para outra mais rica!... disse ela retraindo-se para fugir ao beijo do marido, e afastando-o com a ponta dos<br />

dedos.<br />

— A voz da moça tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio, e<br />

que parecia ringir-lhe nos lábios como aço.<br />

— Aurélia! Que significa isto?<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

8


15<br />

— Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia consumada.<br />

Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel<br />

mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela<br />

seja; e resigne-se cada um ao que é, eu, uma mulher traída; o senhor, um homem vendido.<br />

— Vendido! Exclamou Seixas ferido dentro d’alma.<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

ALENCAR, J. de. Senhora. In: José de Alencar: ficção completa e outros escritos. 3. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965, v. 1, p. 714.<br />

Constitui uma afirmativa verdadeira sobre esse fragmento destacado do romance:<br />

a) Aurélia e Seixas são caracterizados como seres movidos pela razão.<br />

b) Os termos “ti” e “esposa”, em “O meu primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti...” (@. 2-3),<br />

não se equivalem semanticamente.<br />

c) A expressão “com a ponta dos dedos” (@. 7-8) acentua a delicadeza de Aurélia em relação ao marido.<br />

d) Aurélia, ao referir-se à sua relação matrimonial como “comédia” (@. 12), nega o drama por ela vivenciado.<br />

e) O fragmento reproduzido põe em cena as duas personagens como se vivessem numa representação, segundo<br />

avaliação da protagonista.<br />

13. (PUC-2009) Alguns dias antes estava sossegado, preparando látegos, consertando cercas. De repente, um risco no<br />

céu, outros riscos, milhares de riscos juntos, nuvens, o medonho rumor de asas a anunciar destruição. Ele já andava<br />

meio desconfiado vendo as fontes minguarem. E olhava com desgosto a brancura das manhãs longas e a<br />

vermelhidão sinistra das tardes.<br />

14.<br />

O crítico Álvaro Lins, referindo-se a Vidas Secas, obra de Graciliano Ramos, da qual se extraiu o trecho acima,<br />

afirma que, além de ser o mais humano e comovente dos livros do autor, é “o que contém maior sentimento da terra<br />

nordestina, daquela parte que é áspera, dura e cruel, sem deixar de ser amada pelos que a ela estão ligados<br />

teluricamente”. Por outro lado, merece destaque, dentre os elementos constitutivos dessa obra, a paisagem, a<br />

linguagem e o problema social.<br />

Assim, a respeito da linguagem de Vidas Secas é correto afirmar-se que<br />

a) apresenta um estilo seco, conciso e sem sentimentalismo, o que retira da obra a força poética e impede a presença<br />

de características estéticas.<br />

b) caracteriza-se por vocabulário erudito e próprio dos meios urbanos, marcado por estilo rebuscado e<br />

grandiloquente.<br />

c) revela um estilo seco, de frase contida, clara e correta, reduzida ao essencial e com vocabulário meticulosamente<br />

escolhido.<br />

d) apresenta grande poder descritivo e capacidade de visualização, mas apoia-se em sintaxe marcada por períodos<br />

longos e de estrutura subordinativa, o que prejudica sua compreensão.<br />

e) marca-se por estilo frouxo e sintaxe desconexa, à semelhança da própria estrutura da novela que se constrói de<br />

capítulos soltos e ordenação circular.<br />

MANDELA<br />

I<br />

Nenhum cárcere pode prender, entre paredes de pedra e musgo, a música das passeatas, a voz rebelde dos jovens,<br />

o beijo de amor das mulheres no rosto negro dos homens, a aurora do novo mundo nos bairros de lata e pólvora.<br />

II<br />

Não, nenhum cárcere tira dos homens os sonhos de liberdade. Os sonhos desafiam as armas, o fogo não os<br />

dilacera, os homens vertem o sangue mas seguem a luta cantando.<br />

9


15.<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

III<br />

Ah, senhores, que túmulo de merda será o vosso, que vermes vos roerão na morte amarga e sonora, que alvos<br />

dragões defecarão em vossa carne. Nenhuma estupidez escraviza o negro ao branco e permanece impune.<br />

IV<br />

Qual cárcere pode prender o etéreo aroma da flor, o horrível rugido da fera, um róseo brilho de fogo, o carinho de<br />

uma criança nas mãos rugosas de um velho?<br />

V<br />

Pisa, Sul da África, a nívea pele dos oceanos de brancura, invade as ricas cidades, derruba os prédios malditos, a<br />

música da vitória acorda todos os povos, seguiremos teu exemplo de luta e dignidade.<br />

VI<br />

Não, nenhum cárcere detém o crepúsculo ou impede a marcha sangrenta das horas.<br />

(BARBOSA. Márcio. Cadernos Negros: os melhores poemas/organizador Quilombhoje. São Paulo: Quilombhoje, 1998, p.100-101.)<br />

Com base no poema ou na obra Cadernos Negros, é verdadeiro o que se afirma na seguinte alternativa:<br />

a) O poema se divide de forma criteriosa e condizente com as normas consagradas da poesia canônica. Apesar de<br />

não haver rimas ricas, o texto segue uma metrificação.<br />

b) Mandela e outros tantos líderes negros aparecem na coletânea como exemplos de bravura e de resistência. Há no<br />

livro, uma desconstrução da história oficial, sempre escrita pela ótica do opressor.<br />

c) O trecho “Não, nenhum cárcere detém o crepúsculo ou impede a marcha sangrenta das horas.” mostra o interesse<br />

do poema pela luta armada. O sentido denotativo utilizado pelo poeta aparece em tal expressão.<br />

d) O texto alude à prisão vivenciada por Mandela na África do Sul. O poema saúda o tom de revanche que se<br />

instaurou na África, após a libertação do líder. Mandela instigou nos sul-africanos um sentimento de ódio e<br />

ressentimento, uma espécie de “racismo às avessas”.<br />

e) Buscando chegar de forma direta e convincente nos leitores, o poema usa uma linguagem simples e coloquial,<br />

acentuando assim o seu aspecto proselitista. A Poesia aparece como uma arma do oprimido contra o opressor,<br />

que será o leitor potencial do texto.<br />

Está presente no texto:<br />

PARA OUVIR E ENTENDER "ESTRELA"<br />

(Cuti)<br />

Se o Papai Noel<br />

não trouxer boneca preta<br />

neste Natal<br />

meta-lhe o pé no saco!<br />

a) Uma visão irreverente sobre a comemoração do Natal. Há uma afirmação do natal como festa eminentemente<br />

branca, por isso a reação do eu-poético.<br />

b) Uma visão favorável ao caráter consumista que se faz presente nas tradicionais festas religiosas, de maneira geral.<br />

c) Um eu-lírico provavelmente afrodescendente, que se dirige, provavelmente, a um interlocutor também afrodescendente.<br />

Ele instiga uma reação à realidade discriminatória presente na sociedade.<br />

d) Ironia em relação a um elemento pertencente ao ícone capitalista presente no texto, com a expressão “meta-lhe o<br />

pé no saco!”. Esta ironia, tira do texto o seu caráter literário.<br />

e) A temática do racismo e da exclusão social. Estes temas norteiam toda a coletânea dos Cadernos Negros. Os<br />

autores sempre trabalham a questão racial de forma ostensivamente radical.<br />

10


QUESTÃO EXTRA<br />

(UFRN-RN) O fragmento textual que segue, retirado da narrativa A terceira margem do rio, de João Guimarães<br />

Rosa, servirá de base para a questão extra.<br />

Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo<br />

ausência: e o rio-rio-rio — o rio — pondo perpétuo [grifo nosso]. Eu sofria já o começo da velhice — esta vida era<br />

só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por<br />

quê? Devia de padecer demais.<br />

De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar o vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse<br />

sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o<br />

fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranquilidade. Sou o culpado do que nem sei, de<br />

dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando ideia.<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1976.<br />

No quadro do Modernismo literário no Brasil, a obra de Guimarães Rosa destaca-se pela inventividade da<br />

criação estética.<br />

Considerando-se o fragmento em análise, essa inventividade da narrativa roseana pode ser constatada através<br />

do(a)<br />

a) recriação do mundo sertanejo pela linguagem, a partir da apropriação de recursos da oralidade.<br />

b) aproveitamento de elementos pitorescos da cultura regional que tematizam a visão de mundo simplista do<br />

homem sertanejo.<br />

c) resgate de histórias que procedem do universo popular, contadas de modo original, opondo realidade e<br />

fantasia.<br />

d) sondagem da natureza universal da existência humana, através de referência a aspectos da religiosidade<br />

popular.<br />

11


QUÍMICA – 01 A 15<br />

PARA AS QUESTÕES DE 01 A 15, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA.<br />

01. (F.Objetivo-SP) A substância menos volátil, ou seja, a de maior ponto de ebulição é:<br />

a) H 3C<br />

CH 2 . CH3<br />

b) H 3C<br />

O . CH 2 . CH3<br />

. .<br />

. .<br />

c) C . CH . CH . OH .<br />

H3 2 2<br />

d) H 3C<br />

. O . CH3<br />

.<br />

e) H3 C . CH 2 . OH .<br />

02. (Fuvest-SP) Examinando as fórmulas<br />

podemos prever que são mais solúveis em água os compostos representados por:<br />

a) I e IV.<br />

b) I e III.<br />

c) II e III.<br />

d) II e IV.<br />

e) III e IV.<br />

03. Qual dos compostos a seguir apresenta caráter anfótero?<br />

a) CH 3 . CH 2 . CH3<br />

b)<br />

c) H 3C<br />

. O . CH3<br />

d)<br />

e)<br />

CH3 –– CH2<br />

|<br />

C@<br />

OH<br />

CH3 — CH — C<br />

NH2<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

O<br />

OH<br />

Aqui começa a avaliação de QUÍMICA. Passe para a folha de<br />

respostas correspondente.<br />

12


O gráfico a seguir, referente às questões 04 e 05 corresponde às curvas de solubilidade de cinco sais.<br />

04. Adicionam-se, separadamente, 40,0 g de cada um dos sais em 100 g de H2O. À temperatura de 40ºC, quais sais<br />

estão totalmente dissolvidos na água?<br />

a) KNO3 e NaNO3<br />

b) NaC@ e NaNO3<br />

c) KC@ e KNO3<br />

d) Ce2(SO4)3 e KC@<br />

e) NaC@ e Ce2(SO4)3<br />

05. Qual dos sais apresentados no gráfico tem sua solubilização prejudicada pelo aquecimento?<br />

a) NaNO3<br />

b) KNO3<br />

c) KC@<br />

d) NaC@<br />

e) Ce2(SO4)3<br />

06. (UNEB-BA) A solubilidade do dicromato de potássio a 20ºC é 12,5 g por 100 mL de água. Colocando-se em um<br />

tubo de ensaio 20 mL de água e 5 g de dicromato de potássio a 20ºC. Podemos afirmar que, após agitação e<br />

posterior repouso, nessa temperatura:<br />

a) coexistem, solução saturada e fase sólida.<br />

b) não coexistem solução saturada e fase sólida.<br />

c) só existe solução saturada.<br />

d) a solução não é saturada.<br />

e) o dicromato de potássio não se dissolve.<br />

07. (Fesp-SP) Sabendo-se que o coeficiente de solubilidade do KNO3 a 10ºC é igual a 22 gramas de KNO3 por<br />

100 gramas de H2O, a massa de KNO3 contida em 500 gramas de solução saturada será:<br />

a) 120,5 g<br />

b) 90,2 g<br />

c) 60,3 g<br />

d) 50,5 g<br />

e) 81,5 g<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

13


08. (UNEB-BA) Num balão volumétrico de 250 mililitros adicionam-se 2,00 g de sulfato de amônio sólido; o volume é<br />

completado com água. A concentração da solução obtida, em g/L, vale:<br />

a) 1,00<br />

b) 2,00<br />

c) 3,50<br />

d) 4,00<br />

e) 8,00<br />

09. (U.Grama Filho-RJ) Uma solução de ácido sulfúrico, com densidade = 1,2 g/mL, contém 28% em massa do ácido.<br />

O volume dessa solução que contém 16,8 g de H2SO4, em mL, é:<br />

a) 5<br />

b) 16<br />

c) 24<br />

d) 36<br />

e) 50<br />

10. (PUC-RS) Necessita-se preparar uma solução 0,02 M de NaC@, partindo-se de 20 mL de uma solução 0,1 M do<br />

mesmo sal. O volume de água, em mL, que deve ser adicionado para obter-se a solução com a concentração<br />

desejada é:<br />

a) 25<br />

b) 40<br />

c) 65<br />

d) 80<br />

e) 100<br />

11. (Acafe-SC) Na mistura das soluções A e B, de acordo com o esquema abaixo,<br />

a molaridade da solução C, é<br />

a) 0,05 d) 0,30<br />

b) 0,10 e) 0,40<br />

c) 0,20<br />

12. Quantos gramas de hidróxido de potássio são neutralizados por 250 mililitros de solução de ácido nítrico de<br />

concentração 0,20 mol/L?<br />

Dado: KOH + HNO3 Ì KNO3 + H2O<br />

a) 1,0 d) 2,8<br />

b) 1,2 e) 5,6<br />

c) 1,4<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

14


13. Quando café ou leite é aquecido em banho-maria, observa-se que:<br />

I. o café e a água do banho-maria fervem ao mesmo tempo.<br />

II. a água do banho-maria e o café ferverão acima da temperatura de ebulição da água pura.<br />

III. somente a água do banho-maria ferve.<br />

IV. somente o café ferve<br />

a) I, II e III são corretas.<br />

b) Somente III é correta.<br />

c) Somente IV é correta.<br />

d) Somente II é correta.<br />

e) Todas são corretas.<br />

14. Considere cinco soluções aquosas diferentes, todas de concentração 0,1 mol/L, de glicose (C6H12O6) e de quatro<br />

eletrólitos fortes, NaC@, KC@, K2SO4 e ZnSO4, respectivamente. A solução que apresenta o maior abaixamento do<br />

ponto de congelação é a de:<br />

a) C6H12O6<br />

b) NaC@<br />

c) KC@<br />

d) K2SO4<br />

e) ZnSO4<br />

15. (FMU/FIAM-SP) Considere o esquema:<br />

Mantendo-se a temperatura constante, após algum tempo verificamos:<br />

a) um aumento do volume de I e diminuição do volume de II.<br />

b) um aumento de volume de II e diminuição do volume de I.<br />

c) que os volumes de I e II permanecem inalterados.<br />

d) que os volumes de I e II diminuem à metade.<br />

e) que a solução aquosa de sacarose II tem sua concentração aumentada.<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

15


BIOLOGIA – 01 A 15<br />

01. A figura refere-se ao sistema excretor humano, mostrando inter-relações com o sistema circulatório na formação do<br />

néfron — unidade fundamental do rim.<br />

A partir da análise da ilustração e considerando-se aspectos da produção da urina, é correto afirmar:<br />

I. A passagem de água para a rede capilar ao longo do túbulo renal realiza-se por transporte ativo, em função da<br />

elevada concentração hídrica do filtrado.<br />

II. O filtrado glomerular forma-se na passagem lenta e sob baixa pressão do sangue na rede capilar proveniente<br />

da arteríola aferente.<br />

III. A excreção do resíduo nitrogenado amônia, em grande número de espécies marinhas, inclusive nos peixes<br />

ósseos, restringe esses animais ao ambiente aquático.<br />

IV. A eliminação de íons H+ na urina condiciona a regulação do pH do sangue.<br />

V. A ação de hormônios na reabsorção da água revela uma aquisição evolutiva que permitiu aos mamíferos a<br />

conquista da terra firme.<br />

São corretas apenas as proposições:<br />

a) I, III, IV e V<br />

b) III, IV e V<br />

c) II, III, IV e V<br />

d) IV e V<br />

e) I e II<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

Aqui começa a avaliação de BIOLOGIA. Passe para a folha de<br />

respostas correspondente.<br />

16


02. O diagrama ilustra, de forma simplificada, o processo de transcrição e tradução do código genético nos seres eucariontes.<br />

03.<br />

A partir da análise do diagrama juntamente com o conhecimento pertinente ao tema, pode-se afirmar:<br />

a) O gene A, como qualquer outro gene presente em células eucarióticas, é responsável pela expressão de apenas<br />

uma única característica genética.<br />

b) O processo ilustrado é característico da etapa S da interfase, durante a ativação do material genético.<br />

c) O momento X representa o splicing, que permite a eliminação das porções inativas (íntrons) e a fusão das<br />

porções ativas (éxons), durante a formação do RNAm.<br />

d) Os ribossomos permanecem ativos, coordenando a formação do RNAm, durante toda a etapa de transcrição do<br />

código genético.<br />

e) A replicação é o processo que sempre precede a transcrição e a tradução da informação genética.<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

DNA que faz história<br />

³ Mutações fundadoras são uma classe especial de mutações genéticas inseridas em trechos de DNA idênticos em<br />

todas as pessoas que compartilham a mutação. Todos os portadores de uma mutação fundadora têm um ancestral<br />

em comum – o fundador – em quem a mutação apareceu primeiro.<br />

³ Medido o comprimento do trecho de DNA que inclui a mutação fundadora e determinando quem carrega uma hoje<br />

em dia, os cientistas podem calcular a data aproximada em que a mutação apareceu primeiro sua rota de dispersão.<br />

Ambos os dados dão informações sobre as migrações de grupos específicos de pessoas através da história.<br />

³ À medida que populações diferentes se misturam, mutações causadoras de doenças associadas a grupos étnicos<br />

específicos são encontradas mais aleatoriamente. A medicina do futuro se voltará para análise de DNA para<br />

determinar o risco de doenças hoje associadas à etnicidade.<br />

³ Mutações de hotspot são aquelas que ocorrem em um par de bases de DNA especialmente propensas a alterações<br />

por isso, são encontradas em indivíduos distintos sem ascendência comum. É um trecho de DNA mais vulnerável a<br />

mutações em qualquer indivíduo.<br />

(Resumo extraído da revista Scientific American – Edição Especial – Julho de 2007.)<br />

17


UM ORIGINAL ANTIGO X VÁRIOS RECEM CHEGADOS<br />

Se um grupo de pacientes com a mesma doença tem a mesma mutação em dado<br />

local do seu DNA, como podem os médicos saber se estão olhando para uma mutação<br />

fundadora ou para uma mutação de hotspot? Analisando a seqüência de DNA em volta.<br />

Suponhamos que, em todos os pacientes, a base em dado ponto tenha mudado de<br />

um T para um A. Se A fosse uma mutação fundadora, as seqüências em volta seriam<br />

idênticas em todos os pacientes – todos eles teriam gerado a seqüência completa de seu<br />

ancestral distante. Mas se A fosse uma mutação de hotspot, tendo ocorrido<br />

espontaneamente em uma região na qual o DNA está mais sujeito a erros, a seqüência em<br />

volta também mostraria outras diferenças em sítios nos quais as bases do DNA tendem a<br />

variar normalmente sem causar doenças.<br />

A anemia falciforme, caracterizada pela deformação dos glóbulos vermelhos, é<br />

causada por uma mutação fundadora. A acondroplasia, uma forma de nanismo, geralmente<br />

surge de uma mutação de hotspot.<br />

Seqüência normal<br />

Mutação<br />

Cromossomos de<br />

mutação fundadora<br />

Cromossomos de<br />

mutação hotspot<br />

I. As alterações genéticas representadas caracterizam-se como substituições com perda de sentido.<br />

II. A expressão: ... “em sítios nos quais as bases do DNA tendem a variar, normalmente sem causar doença”<br />

revela a degeneração do código genético.<br />

III. A duplicação semiconservativa do material genético assegura a permanência do gene mutante na espécie,<br />

independentemente de seu potencial adaptativo.<br />

IV. A expressão de um gene mutante ocorre em tecidos específicos do organismo subordinando-se a mecanismos<br />

de regulação.<br />

São corretas apenas as afirmações:<br />

a) I, II, III e IV<br />

b) I, II e III<br />

c) II e III<br />

d) II, III e IV<br />

e) II<br />

Código para as questões 04 e 05:<br />

São corretas apenas as proposições:<br />

a) I e III<br />

b) I e II<br />

c) I, II e III<br />

d) II e III<br />

e) Apenas uma proposição é correta.<br />

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Sítios de variação normal<br />

GATTCACAGGTCTCTATCCGAATCGATTCCAT<br />

GATTCACAGGTCTCTATCCGAATCGATTCCAT<br />

GATTCACAGGTCTCTATCCGAATCGATTCCAT<br />

GATTCACAGGTCTCTATCCGAATCGATTCCAT<br />

GATTCACAGGTCTCTATCCGAATCGATTCCAT<br />

GATTCACAGGTCTCTATCCGAATCGATTCCAT<br />

GATTCT CAGGTCTCTATCCGAATCC ATTCCAG<br />

GATTCACAGGTCTCTATCCGAATCC ATTCCAG<br />

GATTCT CAGGTCTCTATCCGAATCGATTCCAT<br />

GATTCACAGGTCTCTATCCGAATCC ATTCCAT<br />

Mutação<br />

18


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LAR DO HOBBIT<br />

CA<strong>DA</strong> HOMINÍDEO NO SEU GALHO<br />

A interpretação dos diagramas e os conhecimentos sobre a Teoria Atual de Evolução permitem afirmar:<br />

04. ( )<br />

3<br />

I. O gráfico revela a irradiação adaptativa como um possível mecanismo de especiação do gênero Homo.<br />

II. O isolamento geográfico amplia o fluxo gênico entre as populações, ocasionando maior diversificação no pool gênico.<br />

III. Há isolamento reprodutivo entre H. erectus, H. sapiens e H. neanderthalensis.<br />

05. ( )<br />

I. A possível chegada acidental do H. floresiensis na ilha de Flores sugere um mecanismo de deriva genética<br />

podendo justificar seus caracteres aberrantes em relação às outras espécies do gênero Homo.<br />

II. A seleção natural exerceu papel decisivo nos estágios finais da especiação do H. sapiens, restringindo as<br />

variações adaptativas da espécie até torná-la especialista.<br />

III. O desenvolvimento do H. sapiens, sua inteligência e capacidade de manipular o ambiente, tornaram-na o<br />

pináculo evolutivo do planeta.<br />

19


06. Na formação de novas espécies, o isolamento geográfico forma subespécies. Se o isolamento persistir, pode haver<br />

um isolamento reprodutivo e a formação de novas espécies.<br />

Sobre os mecanismos de especiação, é correto afirmar:<br />

I. A especiação simpátrica torna o pool gênico imune às pressões seletivas de um ambiente singular.<br />

II. Ambientes extremos, exercendo pressão seletiva direcional, tornam a espécie especialista e mais vulnerável a<br />

mudanças ambientais.<br />

III. O isolamento geográfico impossibilita o fluxo gênico entre as populações fragmentadas, acentuando as<br />

diferenças interpopulacionais.<br />

IV. Órgãos com a mesma estrutura interna mas diferentes funções, em espécies distintas, acenam para um<br />

mecanismo de especiação por irradiação da espécie ancestral.<br />

São corretas apenas as proposições:<br />

a) I, II, III e IV<br />

b) II, III e IV<br />

c) I, III e IV<br />

d) III e IV<br />

e) I e II<br />

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07. De acordo com o infográfico, sobre a evolução da respiração celular, é lícito afirmar:<br />

a) A universalidade da via glicolítica revela sequências nucleotídicas comuns no mundo vivo.<br />

b) O ciclo de Krebs ampliou a produção de ATP na respiração aeróbica, oxidando os aceptores intermediários.<br />

c) O uso de oxigênio como aceptor de elétrons e íons H + foi uma aquisição da vida eucariótica.<br />

d) A estratégica síntese de ATP por fluxo de H + através de proteínas especiais determina a baixa rentabilidade do<br />

processo.<br />

e) O desenvolvimento de endomembranas foi um requisito essencial ao estabelecimento do processo mais eficaz de<br />

obtenção de energia na célula.<br />

08. "Conta a lenda indígena que no início era o nada. Os deuses da sabedoria esconderam todas as belezas da natureza e<br />

aguardaram. Quando a escuridão foi interrompida pela criação do sol e da lua, eles resolveram então mostrá-la ao<br />

homem, com toda a sua exuberância e vida. Muitas luas se passaram e, assim como a natureza, o pensamento<br />

indígena se transformou em advertência: “Só depois que a última árvore for derrubada, o último peixe for morto, o<br />

último rio envenenado, vocês vão perceber que dinheiro não se come."<br />

A morte de peixes quebra a homeostasia dos ecossistemas, porque<br />

a) extingue totalmente o nível trófico dos consumidores em rios, lagos e mares.<br />

b) impede a atividade de bactérias e de fungos decompositores.<br />

c) interrompe os ciclos de energia nos ecossistemas aquáticos.<br />

d) reduz diretamente a disponibilidade de carbono para o fitoplâncton e zooplâncton.<br />

e) altera teias alimentares, nem sempre restritas ao ambiente aquático.<br />

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Para a resolução das questões de 09 e 10 utilize o texto abaixo<br />

O arquipélago de Fernando de Noronha, formado por uma ilha e mais 12 ilhotas, dista cerca de 350 km do<br />

litoral do Rio Grande do Norte. Em águas desse complexo, vivem curiosos cetáceos da espécie Stenella<br />

longirostris, conhecidos como golfinhos rotadores, que passam uma grande parte do dia em uma das baías do<br />

arquipélago. Nesse ambiente, eles acasalam, cuidam das crias e descansam. As acrobacias que esses golfinhos<br />

realizam em suas excursões fora d'água constituem-se em espetáculo encantador que atrai turistas para o<br />

arquipélago. Os golfinhos rotadores alimentam-se principalmente de peixes, lulas e camarões.<br />

Em Fernando de Noronha, foram identificadas 12 espécies de peixes, entre elas a Melichhthys niger, conhecida<br />

popularmente como cangulo-preto, que se alimentam da mistura de aminoácidos presentes nas fezes ou no vômito<br />

dos golfinhos. Numerosas espécies de peixes e de outros animais marinhos, incluindo alguns gigantes marinhos,<br />

como as baleias, os tubarões-baleia e as grandes raias alimentam-se do plâncton. As cianobactérias são<br />

componentes importantes do plâncton.<br />

09. A relação alimentar entre os animais com maior volume de biomassa, como grandes peixes e baleias, com o<br />

plâncton pode ser justificada, porque<br />

a) explora a produtividade ecológica do oceano nos seus níveis tróficos mais baixos aumentando o aproveitamento<br />

da energia primária.<br />

b) favorece a formação de extensas cadeias alimentares com grande número de elos.<br />

c) propicia a reutilização cíclica da energia, utilizando diretamente os produtores.<br />

d) o plâncton é constituído, predominantemente, por populações que sobrevivem no fundo do mar.<br />

e) estabelece maior número de transferências de biomassa, intensificando a irradiação de calor para o ambiente,<br />

aquecendo amenamente os mares.<br />

10. Os golfinhos, mamíferos cetáceos, compartilham de uma mesma comunidade biótica com os cangulos-pretos, entre<br />

outras razões, porque<br />

a) Integram o mesmo filo do cangulo-preto e pertencem ao mesmo gênero.<br />

b) Vivem no mesmo hábitat estabelecendo interações ecológicas.<br />

c) Competem com os cangulos pelos mesmos recursos ecológicos.<br />

d) Possuem o mesmo potencial biótico uma vez que vivem na mesma área geográfica.<br />

e) São seres bentônicos e heterotróficos.<br />

11. A ilustração apresenta uma série de eventos associados à existência de pescoço longo nas girafas.<br />

Uma abordagem ecológica dos eventos ilustrados permite considerar:<br />

a) A herbivoria se desenvolveu nas ultimas etapas do processo evolutivo das girafas.<br />

b) As girafas, em sua interação com o ambiente, ocupam o primeiro nível trófico de uma cadeia alimentar.<br />

c) Os hábitos alimentares das girafas eliminam o efeito da resistência ambiental sobre sua população.<br />

d) A posição trófica das girafas é compatível com a manutenção de seu porte corporal avantajado.<br />

e) O porte avantajado das girafas contribui para a inversão das pirâmides de biomassa em sua comunidade.<br />

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12. Assinale a afirmativa INCORRETA sobre o ciclo do nitrogênio.<br />

a) As nitrobactérias Nitrosomonas transformam a amônia em nitrito.<br />

b) Os biofixadores de nitrogênio podem ser representados por seres do reino monera com cianobactérias e bactérias<br />

Rhizobium.<br />

c) As plantas leguminosas vivem em mutualismo com bactérias fixadoras de nitrogênio.<br />

d) O nitrogênio do ar é utilizado diretamente, pelas plantas, na síntese de bases nitrogenadas que entram na<br />

formação do DNA.<br />

e) A desnitrificação pode ser realizada por bactérias decompositoras.<br />

Questões 13 e 14<br />

A figura ilustra parte de um ecossistema marinho.<br />

13. A dinâmica da comunidade marinha apresentada envolve<br />

a) a participação das bactérias como consumidores secundários.<br />

b) uma cadeia alimentar, em que o peixe, o zooplâncton e as bactérias ocupam, respectivamente, o 1º, o 2º e o 3º<br />

níveis tróficos.<br />

c) o nível trófico dos produtores, essencialmente composto de algas e cianobactérias.<br />

d) a independência das teias alimentares, em relação à distribuição vertical das espécies no ambiente aquático.<br />

e) a ocupação simultânea de vários níveis tróficos pelo fitoplâncton, devido à particularidade desses organismos.<br />

14. A interação ecológica de predominância na comunidade apresentada é<br />

a) o comensalismo entre o zooplâncton e as bactérias, que disponibilizam os seus restos alimentares para esses animais.<br />

b) a competição interespecífica, impossibilitando a ocorrência de populações na zona eufótica do oceano.<br />

c) o predatismo, incluindo organismos herbívoros e carnívoros como meio de subsistência.<br />

d) o amensalismo das bactérias, impedindo a coexistência com espécies de invertebrados no fundo do mar.<br />

e) o parasitismo, característico dos organismos que vivem nas regiões mais profundas do mar.<br />

15. "Altas temperaturas associadas ao EL Niño podem estar ligadas a mortandade de colônias de corais na grande<br />

barreira de coral, de cerca de 2.000 km, na costa leste da Austrália. (...) Algas que vivem dentro do tecido dos<br />

corais não suportam o calor e os abandonam, deixando de fornecer nutrientes."<br />

Em condições normais, a relação entre as algas e os corais é um exemplo de<br />

a) protocooperação d) parasitismo<br />

b) comensalismo e) sociedade<br />

c) mutualismo<br />

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FÍSICA – 01 A 15<br />

01. A figura mostra um cabo telefônico. Formado por dois fios, esse cabo tem comprimento de 5,00km.<br />

Constatou-se que, em algum ponto ao longo do comprimento desse cabo, os fios fizeram contato elétrico entre si,<br />

ocasionando um curto-circuito. Para descobrir o ponto que causa o curto-circuito, um técnico mede as resistências<br />

entre as extremidades P e Q, encontrando 20,0Ω, e entre as extremidades R e S, encontrando 80,0Ω.<br />

Com base nesses dados, é correto afirmar que a distância das extremidades PQ até o ponto que causa o<br />

curto-circuito é de:<br />

a) 1,25km.<br />

b) 4,00km.<br />

c) 1,00km.<br />

d) 3,75km.<br />

e) 0,50km.<br />

02. A figura ao lado mostra o esquema elétrico de um dos<br />

circuitos da cozinha de uma casa, no qual está ligada uma<br />

geladeira, de potência especificada na própria figura. Em cada<br />

uma das tomadas I e II pode ser ligado apenas um<br />

eletrodoméstico de cada vez. Os eletrodomésticos que podem<br />

ser usados são: um micro-ondas (120V – 900W), um<br />

liquidificador (120V – 200W), uma cafeteira (120V – 600W)<br />

e uma torradeira (120V – 850W).<br />

Quanto maior a corrente elétrica suportada por um fio, maior é seu preço. O fio, que representa a escolha mais<br />

econômica possível para esse circuito, deverá suportar, dentre as opções abaixo, uma corrente de:<br />

a) 5A.<br />

b) 10A.<br />

c) 15A.<br />

d) 20A.<br />

e) 25A.<br />

03. Na associação de lâmpadas ao lado, todas elas são iguais.<br />

Podemos afirmar, corretamente, que:<br />

a) nenhuma das lâmpadas tem brilho igual.<br />

b) a lâmpada L1 brilha mais que todas as outras.<br />

c) todas as lâmpadas têm o mesmo brilho.<br />

d) as lâmpadas L1, L2 e L3 têm o mesmo brilho.<br />

e) a lâmpada L1 brilha mais que a L2.<br />

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Aqui começa a avaliação de FÍSICA. Passe para a folha de respostas<br />

correspondente.<br />

24


04. Um aquecedor elétrico é formado por duas resistências elétricas R iguais. Nesse aparelho, é possível escolher entre<br />

operar em redes de 110V (chaves B fechadas e chave A aberta) ou redes de 220V (chave A fechada e chaves B<br />

abertas). Chamando as potências dissipadas por esse aquecedor de P(220) e P(110), quando operando,<br />

respectivamente, em 220V e 110V, verifica-se que as potências dissipadas são tais que:<br />

1<br />

a) P(220) = P(110)<br />

2<br />

b) P(220) = P(110)<br />

3<br />

c) P(220) = P(110)<br />

2<br />

d) P(220) = 2 P(110)<br />

e) P(220) = 4 P(110)<br />

05. Considere a montagem abaixo, composta por 4 resistores iguais R, uma fonte de tensão F, um medidor de corrente<br />

A, um medidor de tensão V e fios de ligação. O medidor de corrente indica 8,0A e o de tensão, 2,0V.<br />

Pode-se afirmar que a potência total dissipada nos 4 resistores é, aproximadamente, de:<br />

a) 8W.<br />

b) 16W.<br />

c) 32W.<br />

d) 48W.<br />

e) 64W.<br />

06. No circuito abaixo, tem-se um gerador ligado a um conjunto de resistores.<br />

São feitas as seguintes afirmações:<br />

I. a intensidade de corrente elétrica que percorre o gerador AB vale 2A.<br />

II. a diferença de potencial entre os pontos C e D é igual a 6V.<br />

III. o gerador lança potência máxima.<br />

IV. a intensidade de corrente nos resistores de resistências R3 vale 2A.<br />

Dentre as afirmativas apresentadas:<br />

a) apenas uma é correta.<br />

b) apenas duas são corretas.<br />

c) apenas três são corretas.<br />

d) todas são corretas.<br />

e) nenhuma é correta.<br />

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07. No circuito representado abaixo, a bateria é ideal e a intensidade de corrente i1 é igual a 1,5A. O valor da força<br />

eletromotriz ε da bateria é:<br />

a) 10V.<br />

b) 20V.<br />

c) 30V.<br />

d) 40V.<br />

e) 50V.<br />

08. Durante aproximados 20 anos, o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe realizou rigorosas observações dos<br />

movimentos planetários, reunindo dados que serviram de base para o trabalho desenvolvido, após sua morte, por<br />

seu discípulo, o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630). Kepler, possuidor de grande habilidade<br />

matemática, analisou cuidadosamente os dados coletados por Tycho Brahe, ao longo de vários anos, tendo<br />

descoberto três leis para o movimento dos planetas. Apresentamos, a seguir, o enunciado das três leis de Kepler.<br />

1ª lei de Kepler: Cada planeta descreve uma órbita elíptica em torno do Sol, da qual o Sol ocupa um dos focos.<br />

2ª Lei de Kepler: O raio-vetor (segmento de reta imaginário que liga o Sol ao planeta) "varre" áreas iguais, em<br />

intervalos de tempos iguais.<br />

3ª Lei de Kepler: Os quadrados dos períodos de translação dos planetas em torno do Sol são proporcionais aos<br />

cubos dos raios médios de suas órbitas.<br />

Analise as proposições:<br />

I. A velocidade média de translação de um planeta em torno do Sol é diretamente proporcional ao raio médio de<br />

sua órbita.<br />

II. O período de translação dos planetas em torno do Sol não depende da massa dos mesmos.<br />

III. Os planetas situados à mesma distância do Sol devem ter a mesma massa.<br />

IV. A razão entre os quadrados dos períodos de translação dos planetas em torno do Sol e os cubos dos raios<br />

médios de duas órbitas apresenta um valor constante.<br />

Tem-se<br />

a) Somente I e II são verdadeiras.<br />

b) Somente II e III são verdadeiras.<br />

c) Somente II e IV são verdadeiras.<br />

d) Somente II, III e IV são verdadeiras.<br />

e) Somente I, III e IV são verdadeiras.<br />

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09. Um caminhão trafega num trecho reto de uma rodovia, transportando sobre a<br />

carroceria duas caixas A e B de massas mA = 600 kg e mB = 1000 kg, dispostas<br />

conforme a figura. Os coeficientes de atrito estático e de atrito dinâmico entre as<br />

superfícies da carroceria e das caixas são, respectivamente, 080 e 0,50. O<br />

velocímetro indica 90 km/h quando o motorista, observando perigo na pista, pisa no<br />

freio. O caminhão se imobiliza após percorrer 62,5 metros.<br />

Analise as afirmativas:<br />

I. O caminhão é submetido a uma desaceleração de módulo igual a 5,0m/s 2 .<br />

II. O caminhão para, mas a inércia das caixas faz com que elas continuem em movimento, colidindo com a cabine do<br />

motorista.<br />

III. Somente a caixa B escorrega sobre a carroceria porque, além da desaceleração do caminhão, a caixa A exerce uma<br />

força sobre ela igual 3.000 N<br />

IV. As caixas escorregariam sobre a superfície da carroceria, se o módulo da desaceleração do caminhão fosse maior do<br />

que 8,0 m/s 2 .<br />

Analise as afirmativas:<br />

a) Somente I e II são verdadeiras.<br />

b) Somente III e IV são verdadeiras.<br />

c) Somente I e IV são verdadeiras.<br />

d) Somente I, III e IV são verdadeiras.<br />

e) Todas são verdadeiras.<br />

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10. Um estudante precisa levantar uma geladeira para colocá-la na caçamba de uma<br />

caminhonete. A fim de reduzir a força necessária para levantar a geladeira, o<br />

estudante lembrou das duas aulas de Física no ensino médio e concebeu um<br />

sistema com roldanas, conforme a figura ao lado. Supondo que o movimento da<br />

geladeira, ao ser suspensa, é uniforme, e que as roldanas e a corda têm massas<br />

desprezíveis, considere as seguintes afirmativas sobre o sistema:<br />

I. O peso da geladeira foi reduzido para um terço.<br />

II. A força que o estudante tem que fazer para levantar a geladeira é metade do<br />

peso da geladeira, mas o teto vai ter que suportar três meios do peso da<br />

geladeira.<br />

III. A estrutura do teto tem que suportar o peso da geladeira mais a força realizada pelo estudante.<br />

Aponte a alternativa correta.<br />

a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.<br />

b) Apenas a afirmativa II é verdadeira.<br />

c) Apenas a afirmativa III é verdadeira.<br />

d) As afirmativas I e III são verdadeiras.<br />

c) As afirmativas II e III são verdadeiras.<br />

11. Em um processo de transfusão de sangue, a bolsa contendo plasma sanguíneo, que é<br />

conectada à veia do recebedor por meio de um tubo, é colocada à altura de 1,20 m<br />

acima do braço do paciente (conforme a figura ao lado).<br />

Considerando a aceleração da gravidade 10 m/s 2 , a densidade do plasma<br />

aproximadamente igual a 1,0 g/cm 3 e sabendo que a pressão atmosférica é de<br />

1,0 x 10 5 N/m 2 , analise as proposições a seguir, escrevendo V ou F, conforme<br />

sejam verdadeiras ou falsas, respectivamente.<br />

I. A bolsa contendo plasma sanguíneo deve ser colocada sempre a uma altura acima do<br />

nível da veia, devido à pressão sanguínea superar a pressão atmosférica.<br />

II. A pressão da coluna de plasma, ao entrar na veia do paciente, é de 12,0 x 10 3 N/m 2 .<br />

III. Supondo que a pressão venosa se mantenha constante, se o paciente for transportado para um local em que a<br />

aceleração da gravidade é menor, a altura mínima a que a bolsa deve ser colocada será menor.<br />

IV. Se a pressão venosa for de 3,0 x 10 3 N/m 2 , a altura mínima a que a bolsa de plasma deve ser colocada é de 4,0 x 10 –2 m.<br />

Assinale a alternativa que corresponde à sequência correta:<br />

a) V V F V<br />

b) V F F V<br />

c) F V F V<br />

d) V V F F<br />

e) V F V F<br />

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12. Um elevador é acelerado verticalmente para cima com 6,0 m/s 2 , num local em que<br />

g = 10 m/s 2 . Sobre o seu piso horizontal é lançado um bloco, sendo-lhe<br />

comunicada uma velocidade inicial de 2,0 m/s. O bloco é freado pela força de atrito<br />

exercida pelo piso até parar em relação ao elevador.<br />

Sabendo que o coeficiente de atrito cinético entre as superfícies atritantes vale 0,25,<br />

calcule, em relação ao elevador, a distância percorrida pelo bloco até parar.<br />

a) 0,8 m<br />

b) 0,7 m<br />

c) 0,6 m<br />

d) 0,5 m<br />

e) 0,4 m<br />

13. Um bloco pesando 100 N deve permanecer em repouso sobre um plano inclinado, que<br />

faz com a horizontal um ângulo de 53º. Para tanto, aplica-se ao bloco a força F ,<br />

representada na figura, paralela à rampa.<br />

Sendo ne = 0,50 o coeficiente de atrito estático entre o bloco e o plano, que valores<br />

são admissíveis para F , tais que a condição do problema seja satisfeita?<br />

Dados: sen 53º = 0,80; cos 53º = 0,60<br />

a) F ¯ 50 N<br />

b) F £ 50 N<br />

c) 50 N £ F £ 110 N<br />

d) F £ 110 N<br />

e) 50 £ F £ 140 N<br />

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14. Considere um cilindro vertical de raio R = 4 m girando em torno de seu eixo. Uma<br />

pessoa no seu interior está encostada na parede interna. O coeficiente de atrito entre<br />

sua roupa e a parede do cilindro é 0,5. O cilindro começa a girar com velocidade<br />

angular x. Quando essa velocidade atinge determinado valor, o piso horizontal do<br />

cilindro é retirado e a pessoa não escorrega verticalmente. Esse aparelho existe em<br />

parques de diversões e é conhecido por rotor. Adote g = 10 m/s 2 . Determine o menor<br />

valor da velocidade angular x para ocorrer o fenômeno descrito.<br />

a) 2,23 rad/s<br />

b) 3,16 rad/s<br />

c) 4,34 rad/s<br />

d) 9,18 rad/s<br />

e) 9,56 rad/s<br />

15. (ITA-SP) Na figura ao lado, os dois blocos A e B têm massas iguais. São<br />

desprezíveis as massas dos fios e da polia e esta pode girar sem atrito. O menor<br />

valor do coeficiente de atrito estático entre o plano inclinado de a em relação à<br />

horizontal e o bloco B, pra que o sistema não escorregue, é:<br />

1.<br />

sen a<br />

a)<br />

cos a<br />

1.<br />

cos a<br />

b)<br />

sen a<br />

c) tg a<br />

d) cotg a<br />

e)<br />

1<br />

sen a<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

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QUESTÃO EXTRA<br />

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A alma encantadora dos sertões<br />

Nas obras de Guimarães Rosa (1908-1967), a natureza é tão importante quanto os personagens da história. Ela<br />

não é mercadoria, recurso ou produto destinado ao uso humano. Tampouco é pano de fundo para o que acontece na<br />

vida das pessoas. O mundo natural, para o escritor mineiro, interage com o ser humano em um processo de<br />

transformação mútua.<br />

A partir do inventário informal da fauna e flora do sertão de Minas Gerais e da observação do comportamento<br />

dos vaqueiros com seus animais feitos por Guimarães Rosa, a bióloga Mônica Meyer percebeu que a natureza, para o<br />

escritor, tem significados espirituais e abstratos que vão muito além da ciência tradicional. Por isso, a bióloga se<br />

dedica a interpretar como o autor nomeava e classificava cores, cheiros, sons, animais e plantas e de que modo essa<br />

descrição reflete sua relação com esses elementos.<br />

As obras de Guimarães Rosa reencantam e dão significado aos fenômenos da natureza. A partir dos seus<br />

conhecimentos em Física, Química e Biologia, é correto afirmar:<br />

a) A ação antrópica desordenada, narrada em diversas passagens das obras do autor, não modificava as relações<br />

alimentares dos ecossistemas.<br />

b) A capacidade do reconhecimento de cores se deve a presença genes encontrados em cromossomos<br />

autossômicos.<br />

c) As palavras destacadas no texto são consideradas propriedades organolépticas.<br />

d) As cores na superfície de uma bolha de sabão ocorrem devido ao fenômeno de reflexão.<br />

e) As palavras destacadas no texto são consideradas propriedades organolépticas.<br />

31

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