18.04.2013 Views

SEGUNDA AVALIAÇÃO DA UNIDADE

SEGUNDA AVALIAÇÃO DA UNIDADE

SEGUNDA AVALIAÇÃO DA UNIDADE

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PORTUGUÊS – 01 A 15<br />

Texto I<br />

5<br />

10<br />

A história do Brasil está, sem dúvida, misturada à história da escravidão. Embora estudiosos de história não<br />

concordem com a data exata da chegada dos primeiros escravos, é possível dizer que nos seus quinhentos anos de<br />

existência, o Brasil tem funcionado sem escravos por menos de cento e cinquenta anos. Nos restantes trezentos e<br />

cinquenta, o país se fez à custa do suor e do sangue dos negros que chegavam às praias brasileiras, emergindo da<br />

travessia do Atlântico nos porões dos navios negreiros, nos quais só sobreviviam os mais fortes. Essa força negra de<br />

resistência física e cultural é cantada na obra Cadernos Negros. Nesse livro, além da apresentação de uma identidade<br />

negra diversa da “literatura oficial”, há também um convite a novas lutas. Isso porque os negros brasileiros<br />

continuam ocupando os lugares mais baixos na escala social, a sofrerem humilhações e discriminações diárias por<br />

serem negros e, apesar de haver, nesse país, maioria negra e mulata, os ideais de beleza continuam sendo louros, as<br />

melhores posições dentro das empresas ainda são ocupadas por brancos, e a mortalidade infantil entre a população<br />

negra é mais alta.<br />

01. As ideias focalizadas no texto I e nos poemas de “Cadernos Negros” têm comprovação no seguinte fragmento<br />

a) De mim<br />

parte um canto guerreiro<br />

um voo rasante, talvez rumo norte<br />

caminho trilhado da cana-de-açúcar<br />

ao trigo crescido, pingado de sangue<br />

do corte do açoite. Suor escorrido<br />

da briga do dia<br />

que os ventos do sul e o tempo distante não<br />

podem ocultar.<br />

b) Eu fêmea-matriz.<br />

Eu força-motriz.<br />

Eu-mulher<br />

abrigo da semente<br />

moto-contínuo<br />

do mundo.<br />

c) Quem<br />

em sã consciência<br />

joga fora o veneno guardado no<br />

pote da vida, sem derramar uma<br />

gota no copo da gente<br />

2010Salvador/3ªs/Provas/20100902_ 2ª Avalição_Port e CienNat_3ªUnid.doc/sps<br />

Aqui começa a avaliação de PORTUGUÊS. Passe para a folha de<br />

respostas correspondente.<br />

d) Hoje me falta o verso<br />

como falta pão e farinha<br />

Na mesa do meu irmão.<br />

Meu estômago poético ronca<br />

Dá nó a tripa da inspiração<br />

Uns com tanto e outros sem saber como.<br />

e) Parece que vai chover<br />

e eu não musiquei<br />

o poema em que digo: te amo!<br />

Se vestirem de cinza nossas vidas,<br />

eu jamais farei a tal canção.<br />

Em tempos fechados de chuva,<br />

só declaro amor ao Sol;<br />

2

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!