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XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP -- 2008

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.<br />

Ano XV, no. 54, novembro <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />

SUMÁRIO<br />

Apresentação<br />

Artigos<br />

Resumos<br />

Notícia Bibliográfica<br />

Relação <strong>de</strong> Trabalhos Publicados


Sem <strong>de</strong>ixarmos <strong>de</strong> lado os eventos realizados recentemente, procuramos neste número <strong>de</strong> nosso BHD recuperar indicações<br />

concenentes a encontros efetuados há vários anos; como temos repisado, manter atualizado nosso boletim eletrônico é tarefa<br />

que necessita do auxílio dos autores <strong>de</strong> trabalhos relativos à nossa área <strong>de</strong> especialização. Trazemos, a<strong>de</strong>mais, três artigos cujo<br />

foco principal mostra-se lin<strong>de</strong>iro com respeito ao nosso campo <strong>de</strong> estudos; assim atuando esperamos chamar a atenção para a<br />

riqueza coloca<strong>da</strong> nas regiões fronteiriças <strong>da</strong> história <strong>de</strong>mográfica e econômica. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos em tal zona<br />

enriquece não só a <strong>de</strong>mo-economia, mas, sobretudo, o conhecimentos <strong>de</strong> nossa formação histórica, social e cultural. De outra<br />

parte, o avultado número <strong>de</strong> trabalhos referentes à <strong>de</strong>mografia histórica e a ampliação <strong>da</strong>s fontes <strong>de</strong> informação disponíveis na<br />

Internet atuam, ao que parece, contra a manutenção <strong>de</strong> um Boletim como o nosso, pois talvez seja mais inteligente <strong>de</strong>ixar a ca<strong>da</strong><br />

pesquisador a tarefa <strong>de</strong> garimpar as referências mais relevantes para a elaboração <strong>de</strong> seus estudos. Enfim, esta é uma dúvi<strong>da</strong> que<br />

fica a atazanar os responsáveis pelo BHD.<br />

SILVA, Gustavo Bianch. Africanos e outros mapas <strong>da</strong>s minas: a Irman<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Nossa Senhora do Rosário em Guarapiranga (1758-<br />

1800). Comunicação apresenta<strong>da</strong> originalmente no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong><br />

julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.


RESUMO. Na América Portuguesa foi comum o surgimento <strong>de</strong> várias irman<strong>da</strong><strong>de</strong>s religiosas especialmente <strong>de</strong> escravos, africanos,<br />

crioulos e libertos. Com constituição diversa, atuaram tanto no âmbito <strong>da</strong> <strong>de</strong>voção a santos padroeiros como na organização<br />

étnica e <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> mútua entre irmãos e <strong>de</strong>votos. Estas confrarias tornaram-se - entre outros significados - palco <strong>de</strong> criação e<br />

reinterpretação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, fossem <strong>de</strong> africanos, crioulos e setores coloniais diversos. Tema clássico na historiografia<br />

brasileira sobre o universo colonial, <strong>de</strong>staca<strong>da</strong>mente para as Minas Gerais setecentista, os estudos, entretanto, têm <strong>de</strong>stacado a<br />

formação <strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s "irman<strong>da</strong><strong>de</strong>s negras" nas gran<strong>de</strong>s vilas como Mariana e Vila Rica. Ain<strong>da</strong> sabemos pouco sobre o perfil e<br />

papel <strong>da</strong>s irman<strong>da</strong><strong>de</strong>s cria<strong>da</strong>s em outras áreas coloniais, fora dos eixos urbanos e <strong>de</strong> expansão econômica. Nesta comunicação<br />

apresentamos resultados preliminares <strong>de</strong> uma investigação em an<strong>da</strong>mento sobre a irman<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Nossa Senhora do Rosário <strong>da</strong><br />

freguesia <strong>de</strong> Guarapiranga. Levantamos questões sobre possíveis diferenças e semelhanças entre as confrarias em áreas<br />

urbanas em comparação com aquelas rurais, assim como as conexões <strong>de</strong>stas nas religiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s populares locais, consi<strong>de</strong>rando<br />

o perfil sócio-econômico, <strong>de</strong>mográfico e cultural <strong>da</strong> população <strong>de</strong> escravos, africanos, crioulos e libertos. Para ler o texto integral<br />

.<br />

PAIVA, Adriano Toledo. "O anseio por bom tratamento e honra": índios, negros e mestiços setecentistas e a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> suas<br />

i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Originalmente apresentado como comunicação no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte,<br />

20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Esta comunicação tem por objetivo avaliar a percepção que os índios, negros e mestiços possuíam <strong>de</strong> seus papéis<br />

sociais e a configuração <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s. As fontes analisa<strong>da</strong>s nesta empreita<strong>da</strong> serão as representações e petições<br />

elabora<strong>da</strong>s por estes aos órgãos administrativos <strong>da</strong> Capitania Mineira. A legislação <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do setecentos -<br />

especialmente a <strong>de</strong> 1755, que conferiu a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> ao "gentio <strong>da</strong> terra", e o Diretório dos Índios (1757) - "retirou a infâmia" do<br />

indígena e imputou restrições sociais aos negros e aos indivíduos mesclados com esta quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Avaliaremos o impacto <strong>de</strong>stes<br />

instrumentos legais no cotidiano colonial, porque com estas <strong>de</strong>terminações, tradições, sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e papéis sociais tiveram<br />

que ser reestruturados e inventados. Observamos que o discurso empregado pelo gentio em suas petições pautava-se na<br />

construção <strong>de</strong> uma imagem <strong>de</strong> honra e prestígio a sua categoria, em contraposição ao estado e status <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>nte atribuído ao<br />

negro, vinculando-o à condição escrava. Por sua vez, os homens livres negros e suas mesclas conferiam ao gentio a imagem <strong>de</strong><br />

"<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>iros" e "in<strong>de</strong>corosos a lei do Rei e <strong>de</strong> Deus". Os indígenas, mestiços e libertos ansiavam apartar suas trajetórias <strong>da</strong><br />

escravidão, configurando vivências que os conferissem "bom tratamento e honra". Para ler o texto integral .<br />

WEIMER, Rodrigo <strong>de</strong> Azevedo. Italianos, quase italianos e africanos: i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s contrastivas numa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> negra no pósabolição.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong>


<strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Na presente comunicação analiso a trajetória <strong>da</strong> família Pastorino, forma<strong>da</strong> por um italiano que casou-se com uma<br />

escrava na região <strong>de</strong> Morro Alto, litoral norte do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul em meados do século XIX. Para tanto, utilizei documentação<br />

cartorial e <strong>de</strong>poimentos orais. Problematizo <strong>de</strong> que maneira seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, ao reivindicar ancestrais europeus e africanos,<br />

estabeleceram fronteiras internas e externas a uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> negra ao longo do século XX. Dessa maneira, a recor<strong>da</strong>ção <strong>de</strong><br />

ancestrais europeus não é contraditória com a luta por direitos étnicos na condição <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> africanos. Pelo contrário,<br />

aponta para uma perspectiva menos essencializa<strong>da</strong> e mais dinâmica e situacional <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s étnicas. Para ler o texto integral<br />

.<br />

ALVES, Romil<strong>da</strong> Oliveira. Fronteira em movimento: ocupação, povoamento e economia <strong>da</strong> zona Leste <strong>da</strong> Mata Mineira, nos<br />

séculos <strong>XVI</strong>II e XIX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong><br />

julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. O presente trabalho preten<strong>de</strong> traçar um histórico <strong>da</strong> expansão e povoamento <strong>da</strong> fronteira leste <strong>da</strong> mata mineira ao<br />

longo dos séculos <strong>XVI</strong>II e XIX. Após uma breve discussão sobre as características <strong>de</strong> suas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s domésticas e produtivas no<br />

período 1808-1850, buscamos mostrar que a construção <strong>de</strong>sta área fronteiriça resultou <strong>da</strong> interação entre, <strong>de</strong> um lado, a criação


<strong>de</strong> quartéis/presídios e a montagem <strong>de</strong> expedições volta<strong>da</strong>s para a política <strong>de</strong> "civilização" e "pacificação" dos índios, e, <strong>de</strong> outro,<br />

o sistema <strong>de</strong> sesmarias, abertura <strong>de</strong> novos caminhos, comércio e fixação <strong>de</strong> povoados que futuramente tornar-se-iam vilas e<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Neste sentido, encaminhamos aqui um esforço <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r, à luz dos <strong>de</strong>bates historiográficos atuais, como a área<br />

central <strong>da</strong> Zona <strong>da</strong> mata teria funcionado como um espaço privilegiado para o caráter policial-militar <strong>da</strong> política colonizadora, e,<br />

principalmente, como um local <strong>de</strong>stinado à produção <strong>de</strong> alimentos volta<strong>da</strong> para um dinâmico mercado interno. Procuramos<br />

também mostrar que em áreas <strong>de</strong> fronteira aberta, os colonos procuraram formar laços familiares mais estáveis como a melhor<br />

forma <strong>de</strong> se fixarem na terra e a<strong>da</strong>ptarem às dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s impostas pelas condições naturais e conflitos com índios.<br />

ALVES, Romil<strong>da</strong> Oliveira. A constituição <strong>da</strong> família na América Portuguesa: um <strong>de</strong>bate historiográfico na perspectiva <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>mográfica histórica. Comunicação publica<strong>da</strong> nos Anais do Seminário <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> História <strong>da</strong> Historiografia: historiografia<br />

brasileira e mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mariana, Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> em História <strong>da</strong> Historiografia e Mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> (NEHM) e UFOP, 1 a 3 <strong>de</strong><br />

agosto <strong>de</strong> 2007. Disponível em:<br />

http://www.seminario<strong>de</strong>historia.ufop.br/seminario<strong>de</strong>historia2007/t/Microsoft%20Word%20-%20romil<strong>da</strong>_alves.pdf<br />

RESUMO. A partir <strong>de</strong> 1980, a historiografia sobre a família brasileira passou a utilizar técnicas e métodos <strong>da</strong> Demografia Histórica<br />

e <strong>de</strong> outras ciências afins, como a Sociologia e a Antropologia. Dessa interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> surgiram análises que criticam a<br />

generalização <strong>da</strong> idéia <strong>da</strong> organização familiar patriarcal para to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira, evi<strong>de</strong>nciando a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

estruturas familiares e domiciliares existentes no Brasil. Desse modo, a nova produção historiográfica acerca <strong>da</strong> família no Brasil,<br />

vem, em seus estudos, contestando a visão freyriana que ignorou to<strong>da</strong>s e quaisquer diferenças regionais e temporais, e que<br />

acabou encaixando a história <strong>da</strong> América Portuguesa nos limites estreitos do engenho <strong>de</strong> açúcar. O presente trabalho procura<br />

sintetizar alguns <strong>de</strong>stes principais <strong>de</strong>bates acerca <strong>da</strong> família, <strong>da</strong>ndo ênfase aos que abor<strong>da</strong>m a chefia feminina <strong>de</strong> domicílios e a<br />

questão <strong>da</strong> ilegitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para tanto, direcionaremos nossa discussão para os comportamentos ou conjunto <strong>de</strong> comportamentos<br />

que regiam essa socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, o que pressionava as <strong>de</strong>cisões e as escolhas individuais na formação ou não <strong>de</strong> famílias.<br />

ALVES, Romil<strong>da</strong> Oliveira. Espaço masculino e espaço feminino: os filhos ilegítimos em Mariana na primeira meta<strong>de</strong> do século XIX.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no Simpósio Impérios e Lugares no Brasil: Território, Conflito e I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mariana, Instituto <strong>de</strong><br />

Ciências Humanas e Sociais <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, 29 a 31 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2007.<br />

RESUMO. O objetivo <strong>da</strong> presente comunicação é o <strong>de</strong> tentar perceber se a ilegitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi fator comum na região <strong>de</strong> Mariana nas<br />

primeiras déca<strong>da</strong>s do século XIX. Para tanto, este estudo preten<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> uma abor<strong>da</strong>gem qualitativa dos testamentos/<br />

inventários e quantitativa dos registros paroquiais <strong>de</strong> batismo, recuperar informações <strong>de</strong> parte do universo cotidiano e social <strong>da</strong>s<br />

proles ilegítimas. Tentar-se-á perceber se estes naturais eram filhos <strong>de</strong> mulheres solteiras, muitas <strong>da</strong>s quais eram chefes <strong>de</strong><br />

domicílio, bem como, procurar-se-á mostrar que o fenômeno <strong>da</strong> ilegitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> não foi incomum entre as mulheres livres e brancas,<br />

que possuíam prestígio social e eram trata<strong>da</strong>s como "donas".


ALVES, Romil<strong>da</strong> Oliveira. Mulheres solteiras chefes <strong>de</strong> domicílio: Mariana, c.1807 - c. 1822. Monografia apresenta<strong>da</strong> ao Curso <strong>de</strong><br />

História <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto como parte dos requisitos para a obtenção do grau <strong>de</strong> Bacharel em História.<br />

RESUMO. Esta monografia visa a expor algumas informações referentes aos resultados alcançados pela pesquisa "Mulheres<br />

solteiras chefes <strong>de</strong> domicílio em Mariana: c.1807- c.1822". A idéia foi estabelecer elos e comparações com os estudos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos por Donald Ramos sobre "A mulher e a família em Vila Rica do Ouro Preto: 1754 - 1838", no qual o autor<br />

quantificou e analisou os domicílios chefiados por mulheres na área urbana e rural. Neste sentido, dirigimos nosso foco <strong>de</strong><br />

atenção ao fenômeno <strong>da</strong> ilegitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, como também às similari<strong>da</strong><strong>de</strong>s e diferenças <strong>da</strong> estrutura e organização dos domicílios<br />

pertencentes às regiões <strong>de</strong> "expansão agrícola" - Termo <strong>de</strong> Mariana - e área urbana <strong>de</strong> Mariana. Enquadrando-se no âmbito <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>mografia histórica, esta pesquisa se insere nos atuais estudos <strong>da</strong>s relações <strong>de</strong> gênero que, alia<strong>da</strong>s à história <strong>da</strong> mulher<br />

associam-se ao campo <strong>da</strong> história social <strong>da</strong> família.<br />

ALVES, Romil<strong>da</strong> Oliveira. Nos limites do patriarcalismo: gênero, i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e chefia feminina <strong>de</strong> domicílios em Mariana, c. 1800 -<br />

c. 1822. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no XXIV Simpósio <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> História. História e Multidisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong>: territórios e<br />

<strong>de</strong>slocamentos. São Leopoldo (RS), Associação <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> História - ANPUH & Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Vale do Rio dos Sinos -<br />

Unisinos, 15 a 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007.<br />

RESUMO. O presente trabalho tem como objetivo apresentar parte <strong>de</strong> um estudo sobre a chefia <strong>de</strong> domicílios por mulheres<br />

solteiras, em Mariana, Minas Gerais, nas primeiras déca<strong>da</strong>s do século XIX. Através <strong>de</strong> uma abor<strong>da</strong>gem qualitativa dos<br />

testamentos/inventários bem como quantitativa <strong>da</strong>s listas nominativas, este estudo preten<strong>de</strong> analisar a estrutura e organização<br />

dos domicílios rurais e urbanos, procurando similari<strong>da</strong><strong>de</strong>s e diferenças entre eles.<br />

ARAÚJO, João Eurípe<strong>de</strong>s <strong>de</strong>. Cartas <strong>de</strong> Alforria na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Uberaba. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong><br />

História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Nos períodos Colonial e Imperial as Cartas <strong>de</strong> Alforria influenciaram mais no processo <strong>de</strong> dominação do que <strong>de</strong><br />

libertação nas relações entre senhores e escravos no Brasil. Na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Uberaba, Triângulo Mineiro, as manumissões mostram<br />

o po<strong>de</strong>r dos senhores sob a sua mercadoria humana, as alforrias mesmo registra<strong>da</strong>s em Cartório po<strong>de</strong>riam ser revogáveis. Para<br />

conseguirem a tão sonha<strong>da</strong> Carta <strong>de</strong> Liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, muitas vezes os cativos <strong>de</strong>pendiam <strong>da</strong> "bon<strong>da</strong><strong>de</strong>", "generosi<strong>da</strong><strong>de</strong>" dos seus<br />

senhores. Po<strong>de</strong>riam também chegar à condição <strong>de</strong> forro se conseguissem durante o cativeiro ajuntarem algum pecúlio para<br />

comprarem suas liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s. A maioria <strong>da</strong>s Cartas <strong>de</strong> Alforria registra<strong>da</strong>s no Cartório do 2o. Ofício <strong>de</strong> Notas, Escrituras e<br />

Procurações, que se encontram no Arquivo Público <strong>de</strong> Uberaba, mostra quais os motivos que levaram os escravos à condição <strong>de</strong><br />

forro: pelos bons serviços prestados aos seus senhores; onerosa com pagamento em dinheiro ou mediante troca por<br />

mercadorias e, até mesmo, por animais. Outros foram libertos por seus senhores <strong>de</strong>vido ao "amor", ou por "esmola", ou por<br />

"amiza<strong>de</strong>". Mesmo com todos estes quesitos alguns escravos só seriam libertos após a morte dos seus senhores e até mesmo


dos seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes. Este trabalho tem como objetivo fazer uma comparação com as alforrias que foram passa<strong>da</strong>s em outros<br />

municípios tentando <strong>de</strong>tectar suas especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

ASSIS, Ângelo Adriano Faria <strong>de</strong>. Presença inquisitorial em Minas setecentista. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no I Seminário <strong>de</strong><br />

História do ICHS: Tendências <strong>da</strong> Historiografia Brasileira Contemporânea. Mariana, ICHS <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto,<br />

2006. Disponível em:<br />

http://www.seminario<strong>de</strong>historia.ufop.br/seminario<strong>de</strong>historia2006/download/I-seminario-historia-ichs-ufop(2006)-n04.pdf<br />

CABELLA, Wan<strong>da</strong> & POLLERO, Raquel. El <strong>de</strong>scenso <strong>de</strong> la mortali<strong>da</strong>d infantil en Montevi<strong>de</strong>o y Buenos Aires entre 1890 y 1950.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no I Congreso <strong>de</strong> la Asociación Latinoamericana <strong>de</strong> Población - ALAP. Caxambu (MG), 18 a 20 <strong>de</strong><br />

setembro <strong>de</strong> 2004. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/site_eventos_alap/PDF/ALAP2004_395.PDF<br />

RESUMEN. El trabajo plantea un estudio comparado <strong>de</strong>l <strong>de</strong>scenso <strong>de</strong> la mortali<strong>da</strong>d infantil en Montevi<strong>de</strong>o y Buenos Aires <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

fines <strong>de</strong>l siglo XIX hasta mediados <strong>de</strong>l siglo XX, a partir <strong>de</strong> la combinación <strong>de</strong> análisis <strong>de</strong> series <strong>de</strong>mográficas y análisis cualitativo<br />

<strong>de</strong> fuentes históricas. En las dos capitales rioplatenses el inicio <strong>de</strong>l <strong>de</strong>scenso <strong>de</strong> la tasa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong>d infantil se remontó a fines<br />

<strong>de</strong>l siglo XIX, alcanzando en la segun<strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong>l siglo XX niveles poco usuales en el contexto latinoamericano, en torno a 100<br />

por mil. Sin embargo, mientras la TMI bonaerense continuó <strong>de</strong>scendiendo prácticamente sin interrupciones, el <strong>de</strong>scenso <strong>de</strong> TMI<br />

montevi<strong>de</strong>ana se estancó durante casi to<strong>da</strong> la primera mitad <strong>de</strong>l siglo XX. Este trabajo se propone comparar las principales<br />

causas <strong>de</strong> <strong>de</strong>funciones <strong>de</strong> menores <strong>de</strong> un año en ambas márgenes <strong>de</strong>l Río <strong>de</strong> la Plata, así como explorar cuáles fueron los<br />

factores que <strong>de</strong>terminaron las diferencias señala<strong>da</strong>s en la ten<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> la mortali<strong>da</strong>d infantil. La divergencia en los <strong>de</strong>sempeños<br />

<strong>de</strong> las dos capitales es particularmente llamativa si se consi<strong>de</strong>ra que ambas partieron <strong>de</strong> condiciones <strong>de</strong>mográficas (fecundi<strong>da</strong>d,<br />

niveles <strong>de</strong> urbanización, composición <strong>de</strong> las corrientes inmigratorias), geográficas y climatológicas muy similares. Más aún, la<br />

consoli<strong>da</strong>ción <strong>de</strong> la matriz <strong>de</strong> Bienestar en Uruguay, usualmente relaciona<strong>da</strong> con la mejora en las condiciones <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> los<br />

niños, antece<strong>de</strong> prácticamente en tres déca<strong>da</strong>s a la argentina. Preten<strong>de</strong>mos comenzar a diluci<strong>da</strong>r estas interrogantes a partir <strong>de</strong>l<br />

análisis comparado <strong>de</strong> cuatro conjuntos <strong>de</strong> factores explicativos: 1) Medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> salud pública y extensión <strong>de</strong> los servicios <strong>de</strong><br />

infraestructura básica urbana; 2) Nivel <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>; 3) Desarrollo institucional <strong>de</strong> la salud pública y medicalización y 4) Desigual<strong>da</strong>d<br />

social.<br />

CALDEIRA, Newman di Carlo. Entre a diplomacia e a escravidão: as fugas internacionais <strong>de</strong> escravos no relacionamento do<br />

Império do Brasil com a República <strong>da</strong> Bolívia (1832-1870). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong><br />

ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Os países sul-americanos na primeira meta<strong>de</strong> do século XIX enfrentaram processos <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência cujos resultados


foram distintos do Brasil, especialmente no que se refere à abolição <strong>da</strong> escravidão negra. O fato é que as disputas em torno dos<br />

projetos políticos que ca<strong>da</strong> elite buscava afirmar em sua respectiva área <strong>de</strong> influência produziram, mesmo que <strong>de</strong> maneira<br />

indireta, reflexos que pu<strong>de</strong>ram ser sentidos em outros contextos, tendo como exemplo o caso <strong>da</strong> abolição dos regimes<br />

escravocratas nos países limítrofes ao Império do Brasil e suas conseqüências para os proprietários assentados em regiões <strong>de</strong><br />

fronteira. Na América do Sul, apesar dos poucos estudos sobre as fugas internacionais <strong>de</strong> escravos, tais movimentações foram<br />

mais comuns do que se pensa e chegaram mesmo a <strong>de</strong>spertar o interesse dos representantes do Ministério dos Negócios<br />

Estrangeiros do Império brasileiro que, em suas tentativas <strong>de</strong> repatriar os escravos fugidos, esbarraram na falta <strong>de</strong> convenções<br />

ou tratados específicos sobre extradição Na tentativa <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r os <strong>de</strong>bates diplomáticos promovidos pela falta <strong>de</strong><br />

regulamentação jurídica <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> escrava no subsistema andino, escolhemos os marcos temporais <strong>de</strong> 1832 e 1870. Este<br />

período abrange tanto a déca<strong>da</strong> que marcou o início <strong>da</strong>s tratativas diplomáticas para os ajustes dos tratados <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, limites<br />

territoriais, navegação fluvial, comércio e extradição do Império do Brasil com os países sul-americanos, quanto o final do<br />

processo <strong>de</strong> negociação ocorrido com a assinatura dos tratados, troca <strong>de</strong> ratificações e, posteriormente, troca <strong>da</strong>s notas<br />

reversais.<br />

CASTILHO, Fábio Francisco <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>. A historiografia <strong>da</strong> imigração estrangeira para Minas. Comunicação publica<strong>da</strong> nos Anais<br />

do Seminário <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> História <strong>da</strong> Historiografia: historiografia brasileira e mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mariana, Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> em<br />

História <strong>da</strong> Historiografia e Mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> (NEHM) e UFOP, 1 a 3 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2007. Disponível em:<br />

http://www.seminario<strong>de</strong>historia.ufop.br/seminario<strong>de</strong>historia2007/t/Microsoft%20Word%20-%20fabio_f.pdf<br />

RESUMO. A presente comunicação se insere no <strong>de</strong>bate historiográfico sobre a importância <strong>da</strong> imigração estrangeira para Minas<br />

Gerais. Este <strong>de</strong>bate problematizou os dois principais entraves enfrentados no processo. Primeiramente, a má administração à<br />

qual a questão dos imigrantes ficou entregue e os problemas com a legislação, ain<strong>da</strong> pouco <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> e incoerente em<br />

<strong>de</strong>terminados aspectos. Em segundo lugar, a resistência dos fazen<strong>de</strong>iros em aceitarem o trabalhador estrangeiro e a<br />

concorrência com o estado paulista, que atraiu um contingente muito superior. No entanto, nosso prisma investigativo trará a<br />

baila o processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização que ocorreu concomitante a chega<strong>da</strong> dos imigrantes. Ambos os processos, <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e<br />

imigração, foram fomentados pela crescente produção cafeeira <strong>da</strong> região estu<strong>da</strong><strong>da</strong>, que ao longo dos anos ganhou importância<br />

na receita arreca<strong>da</strong><strong>da</strong> pelos impostos <strong>de</strong> exportação. Durante este período Minas passava por transformações em sua estrutura<br />

<strong>de</strong>mográfica, econômica e social. E, aos poucos, se inseria a nova or<strong>de</strong>m capitalista. Embora não exista um trabalho que<br />

<strong>de</strong>scortine a questão, com a apresentação <strong>de</strong> números exatos <strong>da</strong> <strong>de</strong>mografia mineira, trabalhos seminais indicam que a migração<br />

<strong>de</strong> libertos <strong>da</strong> zona rural para a urbana, as melhorias nas condições <strong>de</strong> saneamento e a intensificação <strong>da</strong> imigração, impulsiona<strong>da</strong><br />

pelo Estado, estimularam o crescimento populacional.<br />

CELTON, Dora & RIBOTTA, Bruno. Las <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionales en la mortali<strong>da</strong>d infantil <strong>de</strong> Argentina Niveles y ten<strong>de</strong>ncias<br />

durante el siglo XX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no I Congreso <strong>de</strong> la Asociación Latinoamericana <strong>de</strong> Población - ALAP. Caxambu


(MG), 18 a 20 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2004. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/site_eventos_alap/PDF/ALAP2004_390.PDF<br />

RESUMEN. El presente trabajo constituye una primera aproximación al estudio <strong>de</strong> la mortali<strong>da</strong>d infantil en la Argentina, y se<br />

propone analizar los diferenciales regionales para distintos momentos <strong>de</strong>l siglo pasado (1950-2000). Al respecto, in<strong>da</strong>ga sobre el<br />

nivel y la ten<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> la mortali<strong>da</strong>d infantil y sus componentes (neonatal y post-neonatal), así como las principales causas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>función. A gran<strong>de</strong>s rasgos, los resultados indican que las reducciones más importantes <strong>de</strong> la mortali<strong>da</strong>d infantil en la<br />

Argentina, se <strong>de</strong>ben fun<strong>da</strong>mentalmente a la disminución <strong>de</strong>l componente post-neonatal. Da<strong>da</strong> la asociación <strong>de</strong> éste con causas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>función fácilmente erradicables (<strong>de</strong> origen exógeno), las posibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> obtener nuevos <strong>de</strong>scensos en el futuro implicará<br />

cambios en el abor<strong>da</strong>je <strong>de</strong>l fenómeno. En particular, el mayor <strong>de</strong>safío estará centrado en la reducción <strong>de</strong> la mortali<strong>da</strong>d neonatal,<br />

ya que la misma se encuentra asocia<strong>da</strong> con dolencias que pue<strong>de</strong>n llegar a ser <strong>de</strong> complica<strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificación y tratamiento, y por lo<br />

tanto, <strong>de</strong> mayores costos. Un hallazgo significativo se relaciona con el hecho <strong>de</strong> que las mayores <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionales<br />

acontecieron a propósito <strong>de</strong> la reducción <strong>de</strong> la mortali<strong>da</strong>d post-neonatal, y que el <strong>de</strong>scenso en la mortali<strong>da</strong>d neonatal, muestra<br />

una pauta semejante solamente hacia el fin <strong>de</strong>l periodo estudiado (año 2000).<br />

CERCEAU NETTO, Rangel. Um em casa <strong>de</strong> outro: concubinato, família e mestiçagem na Comarca do Rio <strong>da</strong>s Velhas (1720-1780).<br />

São Paulo, Annablume/UFMG, <strong>2008</strong>, 160 p.<br />

APRESENTAÇÃO. O autor estu<strong>da</strong> as relações concubinárias como opção <strong>de</strong> organização familiar <strong>de</strong> diversos grupos sociais. O<br />

ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> são os constantes <strong>de</strong>bates que envolvem a varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> culturas familiares e <strong>de</strong> comportamentos presentes na<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong> colonial. O estudo <strong>de</strong>senvolve-se com a análise dos vários sujeitos sociais que povoaram a região <strong>da</strong>s Minas Gerais e<br />

se envolveram nesses tipos <strong>de</strong> relacionamentos. Desse modo, este trabalho constitui um esforço para situar a temática do<br />

concubinato como um estudo dos agentes sociais que o praticaram e estabeleceram várias outras relações familiares que<br />

diferiam do mo<strong>de</strong>lo cristão monogâmico <strong>de</strong> casamento.<br />

CHAVES, Edneila Rodrigues. O sertão <strong>de</strong> Rio Pardo: socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, cultura material e justiça nas Minas oitocentistas. Belo Horizonte,<br />

dissertação <strong>de</strong> Mestrado - Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia e Ciências Humanas, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, 2004.<br />

RESUMO. As contraposições entre o Brasil do sertão e o Brasil do litoral, bem como entre o Brasil sertanejo e o Brasil urbano,<br />

basea<strong>da</strong>s nas noções <strong>de</strong> superiori<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> inferiori<strong>da</strong><strong>de</strong> espaciais e culturais, são aqui trata<strong>da</strong>s a partir do estudo do sertão <strong>de</strong><br />

Rio Pardo. O trabalho tem como marco temporal o período entre 1833 e 1872, que correspon<strong>de</strong> aos anos <strong>de</strong> existência <strong>da</strong> vila <strong>de</strong><br />

Rio Pardo, instala<strong>da</strong> na região, ao norte <strong>da</strong> província <strong>de</strong> Minas Gerais. Busca-se <strong>de</strong>monstrar que, em nível local, pensavam-se os<br />

espaços também em uma relação <strong>de</strong> contraposição <strong>de</strong> culturas. São analisados os aspectos <strong>da</strong> cultura material e <strong>da</strong> justiça na<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong> a partir dos discursos <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais. Observa-se neles a concepção do espaço sertanejo em oposição ao<br />

espaço urbano provincial. Procura-se perceber essas duas dimensões <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cotidiana local fora dos discursos oficiais, e,


assim, outra faceta do sertão é visualiza<strong>da</strong>. Nessa perspectiva, é possível perceber singulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s, bem como semelhanças e<br />

permanências entre as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> espaços e <strong>de</strong> tempos históricos distintos.<br />

CHEQUER, Raquel Men<strong>de</strong>s Pinto. Negócios <strong>de</strong> família, gerência <strong>de</strong> viúvas. Senhoras administradoras <strong>de</strong> bens e <strong>de</strong> pessoas<br />

(Minas Gerais 1750-1800). Belo Horizonte. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado, FAFICH <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, 2002,<br />

mimeografado.<br />

RESUMO. O trabalho analisa situações cotidianas <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> morte do esposo <strong>de</strong> algumas senhoras em Minas Gerais, na<br />

segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século <strong>XVI</strong>II. Ele se coloca <strong>de</strong>ntro dos estudos atuais <strong>da</strong>s relações <strong>de</strong> gênero, bem como <strong>da</strong>s intrafamiliares<br />

sendo, portanto, um estudo que se insere no campo <strong>da</strong> "História <strong>da</strong>s Mulheres" e <strong>da</strong> "História <strong>da</strong> Família". Sabendo-se que o<br />

fenômeno <strong>da</strong> misoginia permeava o meio em que viviam, procurou-se conhecer, através <strong>de</strong>ste estudo, as ligações <strong>da</strong>s mulheres<br />

com o Estado, a Igreja e a própria família, pois, estas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s eram <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância na afirmação dos valores culturais<br />

relacionados ao mundo feminino, vigentes à época. A principal questão que motivou este trabalho consistiu em verificar se, ao<br />

tornar-se viúva, a mulher enquadrar-se-ia nos padrões <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> domina<strong>da</strong> pelo homem ou encontraria no seu novo<br />

estado conjugal uma brecha para se transformar em agente <strong>de</strong> significativa atuação na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> mineira colonial? Para<br />

respon<strong>de</strong>r tal in<strong>da</strong>gação, e outras não menos pertinentes, foram estu<strong>da</strong>dos pedidos <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> tutelas constantes do<br />

Arquivo Histórico Ultramarino no período compreendido entre 1750-1800, num total <strong>de</strong> 113. Também foram analisados<br />

documentos cartoriais diversos, <strong>de</strong> arquivos históricos <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Mariana, Ouro Preto e Sabará. Desta forma, buscou-se o<br />

conhecimento dos mecanismos institucionais que eram utilizados para a sustentação <strong>da</strong> dominação feminina, bem como <strong>da</strong>s<br />

reações <strong>da</strong>s viúvas frente a eles.<br />

COE, Agostinho Júnior Holan<strong>da</strong>. As epi<strong>de</strong>mias e a morte: mu<strong>da</strong>nças nas práticas <strong>de</strong> sepultamento em São Luís na segun<strong>da</strong><br />

meta<strong>de</strong> do século XIX (1854 - 1856). Revista Outros Tempos - Pesquisa em Foco - História, revista eletrônica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Estadual do Maranhão, v. 4, n. 4, 2007. Disponível em (tópico Volumes): http://www.outrostempos.uema.br:80/<br />

RESUMO. Discussão <strong>da</strong>s epi<strong>de</strong>mias que assolaram São Luís ao longo do século XIX e sua relação com as mu<strong>da</strong>nças nas práticas<br />

<strong>de</strong> sepultamento. Os conceitos sobre os paradigmas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> na capital implicavam julgamentos do que <strong>de</strong>via ou não ser<br />

preservado, do que seriam bons e maus lugares, progresso e atraso, estabelecendo normas a serem segui<strong>da</strong>s. Uma <strong>da</strong>s<br />

principais medi<strong>da</strong>s a serem implementa<strong>da</strong>s com o intuito <strong>de</strong> fazer do ambiente urbano ludovicense um lugar mais higiênico, era<br />

acabar com os sepultamentos nas igrejas e transferi-los para locais distantes do espaço citadino. Com isso, buscava-se diminuir<br />

a incidência dos vários surtos epidêmicos que assolavam a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> no <strong>de</strong>correr do século XIX, dirimindo a ação dos miasmas,<br />

vapores pestilentos causadores <strong>de</strong> malefícios físicos aos vivos.<br />

COE, Agostinho Júnior Holan<strong>da</strong>. A Secularização dos Costumes Funerários: o advento cemiterial em São Luís (1828-1855). Anais


do X <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História do Ceará - ANPUH-CE. Fortaleza, UECE / DIGI&TAL, 2006. Disponível em:<br />

http://www.anpuhceara.org/anais_pdf/A_Secularizacao_dos_Costumes_Funerarios.pdf<br />

APRESENTAÇÃO. No século XIX, as capitais brasileiras buscaram, incisivamente, uma reorganização do espaço público citadino.<br />

As ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s que não possuíssem as mínimas regras <strong>de</strong> organização pública teriam que passar por rápi<strong>da</strong>s melhorias com o intuito<br />

<strong>de</strong> proporcionar um ambiente urbano mais saudável para os seus habitantes. São Luís do Maranhão não estava fora <strong>de</strong>ste<br />

contexto, pois entre as suas principais carências estava a preocupação com as mínimas condições <strong>de</strong> saneamento básico, que<br />

contribuía <strong>de</strong>cisivamente para a proliferação <strong>de</strong> inúmeras doenças.<br />

CORRÊA, Randolpho Radsack. Criminali<strong>da</strong><strong>de</strong> e escravidão na região <strong>de</strong> Carangola-MG: segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século XIX.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. O objetivo do presente trabalho é apresentar um estudo sobre as relações <strong>de</strong> conflito entre escravos e a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, na<br />

região <strong>de</strong> Carangola - MG, situa<strong>da</strong> ao leste <strong>da</strong> zona <strong>da</strong> Mata, na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século XIX. Procurando <strong>de</strong>finir estas relações,<br />

foi necessária a análise <strong>de</strong> processos criminais e jornais que circularam na região no período citado. Tais fontes são integrantes<br />

do acervo do Arquivo Histórico e Geográfico <strong>de</strong> Carangola - MG. Busca-se também, para a melhor <strong>de</strong>finição do estudo, o<br />

entendimento <strong>da</strong> ocupação escrava nessa região no referido período, no intuito <strong>de</strong> caracterizar a participação do negro na<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong> carangolense. Objetivando <strong>de</strong>monstrar os conflitos entre escravos e a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, foi necessário também o<br />

levantamento <strong>da</strong> tipologia <strong>de</strong>stes crimes, através <strong>de</strong> suas origens e conseqüências na região. Sendo assim, tal estudo busca<br />

contribuir para a construção histórica <strong>da</strong> região <strong>de</strong> Carangola, tendo como foco a escravidão na locali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

COSTA, Carlos Eduardo Coutinho <strong>da</strong>. Campesinato negro no pós-abolição: migração, estabilização e os registros civis <strong>de</strong><br />

nascimentos: Vale do Paraíba e Baixa<strong>da</strong> Fluminense, RJ (1888-1940). Rio <strong>de</strong> Janeiro, UFRJ, dissertação <strong>de</strong> Mestrado, <strong>2008</strong>.<br />

Disponível em:<br />

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=106086<br />

RESUMO. Na presente dissertação analisa-se o processo <strong>de</strong> migração <strong>de</strong> ex-escravos e <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes para a Baixa<strong>da</strong><br />

Fluminense, no período do pós-abolição. Para tanto, foram utiliza<strong>da</strong>s entrevistas produzi<strong>da</strong>s por Ana Rios; Hebe Mattos; Robson<br />

Martins e Carlos Eduardo Costa no Vale do Paraíba e na Baixa<strong>da</strong>. Somando a isto, coletamos os registros civis <strong>de</strong> nascimentos no<br />

Município <strong>de</strong> Nova Iguaçu entre 1889 e 1939. Nas déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 20 e 30, em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>sestruturação <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> café no Vale<br />

do Paraíba e do surgimento <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> economia que exigiam menos trabalhadores - como o gado e o eucalipto - houve<br />

um processo <strong>de</strong> saí<strong>da</strong> dos libertos e <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>ssas antigas áreas. Esse foi o mesmo momento no qual a Baixa<strong>da</strong><br />

ganhava <strong>de</strong>staque internacional graças à produção <strong>de</strong> laranja, e conhecia um gran<strong>de</strong> avanço urbano. Diante <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

acesso a terras baratas e à diversificação nos arranjos <strong>de</strong> trabalho verificamos, nesta dissertação, que muitos dos trabalhadores<br />

no Município <strong>de</strong> Nova Iguaçu eram <strong>de</strong> regiões <strong>de</strong> fora <strong>da</strong> Baixa<strong>da</strong>. Somando a estes elementos, tentamos compreen<strong>de</strong>r que não


foram somente os integrantes <strong>de</strong> famílias nucleares que buscaram legitimar seus familiares, no pós-abolição. Com as leis<br />

incentivadoras para o registro civil tardio, durante o Governo Vargas, um grupo específicos <strong>de</strong> pretos e pardos, provindos regiões<br />

<strong>de</strong> fora <strong>da</strong> Baixa<strong>da</strong>, em <strong>de</strong>staque para o Vale do Paraíba, buscaram registrar-se.<br />

COSTA, Carlos Eduardo C. <strong>da</strong>. Campesinato Negro no pós-abolição: história, memória e os Registros Civis - Vale do Paraíba e<br />

Baixa<strong>da</strong> Fluminense (1888-1940). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte,<br />

20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Neste estudo buscou-se discutir os <strong>da</strong>dos referentes à migração <strong>de</strong> ex-escravos e seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes do Vale do<br />

Paraíba em direção à Baixa<strong>da</strong> Fluminense, no Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro. A partir <strong>da</strong> análise serial dos Registros Civis <strong>de</strong><br />

Nascimentos do Município <strong>de</strong> Nova Iguaçu, o presente trabalho <strong>de</strong>screve processos <strong>de</strong> migração, que iniciam principalmente a<br />

partir <strong>da</strong> geração dos filhos <strong>de</strong> ex- escravos, entre as déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 20 e 30. Um <strong>da</strong>s mais importantes conclusões <strong>de</strong>ste estudo<br />

parte <strong>da</strong> análise dos registros <strong>de</strong> indivíduos que, na i<strong>da</strong><strong>de</strong> adulta, entre as déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 30 e 40, auto-<strong>de</strong>clararam o nascimento. Boa<br />

parte <strong>da</strong>s pessoas pertencentes a esta categoria são <strong>de</strong> cor preta ou par<strong>da</strong>, e têm como local <strong>de</strong> nascimento a região do Vale do<br />

Paraíba. A estabilização na Baixa<strong>da</strong> Fluminense foi outro aspecto avaliado nesse trabalho, visto que <strong>de</strong>monstrou a procura por<br />

terras próximas aos centros produtores - processo semelhante ao ocorrido na Jamaica no período do pós-abolição. O presente<br />

resumo versa sobre a Dissertação <strong>de</strong> Mestrado apresentado ao Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em História Social <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro, na área <strong>de</strong> Economia e Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em abril <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, intitula<strong>da</strong>: Campesinato Negro no Pós-Abolição: Migração,<br />

Estabilização e os Registros Civis <strong>de</strong> Nascimentos. Vale do Paraíba e Baixa<strong>da</strong> Fluminense, RJ (1888-1940).<br />

COSTA. Carlos Eduardo C. <strong>da</strong>. Campesinato negro no pós-abolição: os registros civis e a estabilização <strong>da</strong> população <strong>de</strong> cor na<br />

Baixa<strong>da</strong> Fluminense (1888-1940). Disponível em:<br />

http://www.ppghis.ifcs.ufrj.br/media/Ca<strong>de</strong>rno%20<strong>de</strong>%20Resumos.pdf<br />

RESUMO. A presente comunicação preten<strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r a problemática <strong>da</strong> migração <strong>da</strong>s famílias negras <strong>de</strong>ntro do Estado do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro. No início do século XX, com o <strong>de</strong>sgaste <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> café no Vale do Paraíba e a entra<strong>da</strong> do gado, a região <strong>da</strong> Baixa<strong>da</strong><br />

Fluminense tornou-se um dos principais locais <strong>da</strong> estabilização <strong>de</strong>ssas famílias. Efetivamente, após a abolição, gran<strong>de</strong> parte<br />

<strong>de</strong>ssas famílias permaneceu no Vale do Paraíba, em terras compra<strong>da</strong>s ou mu<strong>da</strong>ndo-se constantemente em busca <strong>de</strong> trabalho. A<br />

partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 20 do século passado, o campesinato negro começou a se <strong>de</strong>sestabilizar e ser expulso em face,<br />

principalmente, <strong>da</strong> introdução do gado e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez maior <strong>de</strong> terras <strong>de</strong> pasto. Neste estudo, buscamos<br />

compreen<strong>de</strong>r quais foram as motivações que levaram esses familiares a se estabilizarem na região <strong>da</strong> Baixa<strong>da</strong> após a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

30, seja pela produção <strong>da</strong> laranja, seja pela possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> aberta pela diversificação dos arranjos <strong>de</strong> trabalho no entorno do<br />

Município <strong>de</strong> Nova Iguaçu. Essa comunicação busca localizar on<strong>de</strong> e como essas famílias se estabilizaram. Neste trabalho<br />

utilizamos informações recolhi<strong>da</strong>s do Oficio do Registro Civil <strong>da</strong>s Pessoais Naturais <strong>da</strong> 1ª Circunscrição, localiza<strong>da</strong> no centro do


Município <strong>de</strong> Nova Iguaçu, cruzando com o material coletado a partir <strong>de</strong> entrevistas orais nesta mesma região.<br />

FRANCO, Renato. Pobreza e assistência aos expostos em Vila Rica, século <strong>XVI</strong>II. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong><br />

Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Vila Rica, assim como boa parte <strong>da</strong>s vilas e arraiais <strong>de</strong> outras regiões do mundo católico, apresentou um consi<strong>de</strong>rável<br />

crescimento nas taxas <strong>de</strong> abandono <strong>de</strong> crianças ao longo do século <strong>XVI</strong>II. Nos locais on<strong>de</strong> as Santas Casas <strong>de</strong> Misericórdia eram<br />

instituições sedimenta<strong>da</strong>s e financeiramente estáveis foi freqüente a feitura <strong>de</strong> contratos para a divisão <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

entre a Câmara e a Misericórdia local. Essa associação, freqüente em Portugal, foi bem restrita na América Portuguesa. No<br />

entanto, conforme estabeleciam as Or<strong>de</strong>nações do Reino, as Câmaras eram as virtuais e exclusivas responsáveis pelo sustento<br />

<strong>da</strong>s crianças até os sete anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Esse <strong>de</strong>ver legal não pressupunha qualquer restrição ao auxílio institucional. Entretanto, a<br />

partir <strong>da</strong> institucionalização do estipêndio aos enjeitados <strong>de</strong> Vila Rica, em 1750, a câmara local mostrou-se ca<strong>da</strong> vez mais infensa<br />

ao auxílio <strong>de</strong> negros e mulatos expostos. A presente comunicação tratará <strong>da</strong>s tentativas <strong>de</strong> contenção dos expostos, sobretudo<br />

os mestiços, e <strong>da</strong>s batalhas judiciais para manutenção do subsídio universal, procurando refletir sobre as especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s do<br />

sistema <strong>de</strong> atendimento à pobreza na América Portuguesa.<br />

FREITAS E SOUZA, Rafael <strong>de</strong>. Os contratos <strong>de</strong> aluguel <strong>de</strong> escravos <strong>da</strong> Anglo-Brazilian Gold Mining Company, Limited (Passagem<br />

<strong>de</strong> Mariana). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />

<strong>2008</strong>.<br />

APRESENTAÇÃO. Diante <strong>da</strong> proibição <strong>de</strong> possuir e comercializar escravos as companhias auríferas inglesas instala<strong>da</strong>s em Minas<br />

Gerais no século XIX recorreram ao aluguel <strong>de</strong>stes para suprir a força <strong>de</strong> trabalho necessária aos trabalhos. Buscamos analisar as<br />

cláusulas dos contratos <strong>de</strong> aluguel <strong>de</strong> escravos firmados entre a administração <strong>da</strong> Anglo-Brazilian Gold Mining Company, Limited<br />

(ABGM) e os proprietários <strong>de</strong> escravos <strong>de</strong> Mariana na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século XIX. Nestes contratos, escravos e escravas eram<br />

divididos em "classes" (sic) que, por sua vez, <strong>de</strong>terminavam o valor do aluguel e dos jornais. Cotejando estes <strong>da</strong>dos com<br />

informações coligi<strong>da</strong>s em outras fontes, preten<strong>de</strong>-se esclarecer quais os critérios adotados para a classificação dos escravos <strong>de</strong><br />

aluguel em diferentes "classes" e discutir o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro significado dos contratos.<br />

LOPES, Heloísa <strong>de</strong> Meira. Batismo e compadrio <strong>de</strong> índios: um balanço bibliográfico e um estudo <strong>de</strong> fontes batismais do<br />

al<strong>de</strong>amento <strong>de</strong> Rio Pomba e Peixes (MG), 1767-1787. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no I Seminário <strong>de</strong> História do ICHS: Tendências<br />

<strong>da</strong> Historiografia Brasileira Contemporânea. Mariana, ICHS <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, 2006. Disponível em:<br />

http://www.seminario<strong>de</strong>historia.ufop.br/seminario<strong>de</strong>historia2006/download/I-seminario-historia-ichs-ufop(2006)-n47.pdf<br />

RESUMO. Este artigo versa sobre a importância do al<strong>de</strong>amento indígena <strong>de</strong> São Manuel do Rio Pomba e Peixes, localizado na<br />

Zona <strong>da</strong> Mata <strong>de</strong> Minas Gerais, al<strong>de</strong>amento este que tinha como propósito reunir os índios cropós e coroados que se<br />

apresentavam como um empecilho para a ocupação e expansão econômica <strong>da</strong> Zona <strong>da</strong> Mata Mineira. Nosso período compreen<strong>de</strong>


a segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século <strong>XVI</strong>II, especificamente entre os anos <strong>de</strong> 1767 e 1787, os quais correspon<strong>de</strong>m aos vinte primeiros<br />

anos <strong>de</strong> existência do referido al<strong>de</strong>amento.<br />

MACHADO, Cacil<strong>da</strong>. A trama <strong>da</strong>s vonta<strong>de</strong>s: negros, pardos e brancos na produção <strong>da</strong> hierarquia social do Brasil escravista. Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, Editora Apicuri, <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. O livro trata <strong>da</strong>s relações entre escravos e livres, e entre brancos, pardos e negros, no pequeno vilarejo <strong>de</strong> São José<br />

dos Pinhais, que na passagem do século <strong>XVI</strong>II para o XIX era freguesia <strong>da</strong> Vila <strong>de</strong> Curitiba, região paranaense que, por então,<br />

pertencia à Capitania <strong>de</strong> São Paulo. A atenção à natureza e à dinâmica <strong>de</strong>ssas relações permite ao leitor conhecer, nas palavras<br />

do historiador Stuart Schwartz - autor do prefácio do livro - "a natureza <strong>da</strong> escravidão e também o caminho através do qual as<br />

posições raciais e sociais foram construí<strong>da</strong>s e modifica<strong>da</strong>s em uma região agrícola particularmente mo<strong>de</strong>sta", (...) on<strong>de</strong> nem<br />

escravos nem escravidão predominavam, mas on<strong>de</strong> a escravidão e as distinções raciais influenciavam to<strong>da</strong>s as relações sociais."<br />

Para a construção <strong>de</strong>ssa história a autora utilizou uma varia<strong>da</strong> gama documental - especialmente listas nominativas (censos<br />

populacionais <strong>da</strong> época) e registros paroquiais <strong>de</strong> batismos e casamentos. Trata-se <strong>de</strong> uma extensiva análise <strong>de</strong>mográfica,<br />

econômica e social empenha<strong>da</strong> em <strong>de</strong>svelar as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e conjuga<strong>da</strong> com uma abor<strong>da</strong>gem metodológica que busca<br />

reconstruir trajetórias individuais a fim <strong>de</strong> recuperar processos <strong>de</strong> interação e <strong>de</strong> confronto social. Dentre as principais teses <strong>da</strong><br />

obra está a idéia <strong>de</strong> que práticas patriarcalistas eram compartilha<strong>da</strong>s por todos os grupos sociais do vilarejo, porém tais práticas<br />

não constituíam pura e simples a<strong>de</strong>são ao i<strong>de</strong>ário <strong>da</strong> elite, mas a afirmação <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> por meio do esforço <strong>de</strong> movimentação<br />

ascen<strong>de</strong>nte na hierarquia social. Igualmente, a autora <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que haveria um nexo na dinâmica <strong>da</strong>s relações sociais <strong>da</strong>quela<br />

população, o qual po<strong>de</strong>ria ser resumido como um estado <strong>de</strong> permanente tensão, cujo mapeamento permitiu <strong>de</strong>svelar uma <strong>da</strong>s<br />

faces do peculiar processo <strong>de</strong> produção e reprodução <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> escravista brasileira que, como nos mostrou Gilberto Freyre,<br />

se misturava sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> preservar as diferenças. Veja, nesta edição, prefácio escrito por Stuart B. Schwartz.<br />

MAIA, Moacir Rodrigo <strong>de</strong> Castro.O Ribeirão <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo: a primeira Vila do Ouro e sua população (1723).<br />

Comunicação publica<strong>da</strong> nos Anais do Seminário <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> História <strong>da</strong> Historiografia: historiografia brasileira e mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Mariana, Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> em História <strong>da</strong> Historiografia e Mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> (NEHM) e UFOP, 1 a 3 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2007. Disponível em:<br />

http://www.seminario<strong>de</strong>historia.ufop.br/seminario<strong>de</strong>historia2007/t/Microsoft%20Word%20-%20moacir_maia.pdf<br />

RESUMO. O objetivo <strong>de</strong>sse estudo é analisar a população do primeiro núcleo urbano mineiro, tendo como enfoque a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

escravista <strong>da</strong> Leal Vila <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo nos primeiros anos <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1720. Conhecer a população <strong>de</strong>ssa área <strong>de</strong><br />

garimpo aju<strong>da</strong>-nos a dimensionar a importância dos aglomerados em processo <strong>de</strong> formação e como as se<strong>de</strong>s dos povoados<br />

serviram <strong>de</strong> catalizadores <strong>da</strong> dinâmica econômica, social e cultural <strong>de</strong>sse território no interior <strong>da</strong> América Portuguesa. Sendo<br />

assim, conhecer e trazer a público os <strong>da</strong>dos populacionais <strong>da</strong>s Vilas <strong>da</strong> Capitania nos primórdios <strong>de</strong> sua formação é<br />

extremamente necessário, pois contribui para a história <strong>de</strong>mográfica e social do período, que possuí raras e fragmenta<strong>da</strong>s<br />

informações sobre população. Analisaremos principalmente a "Relação dos escravos e ven<strong>da</strong>s que se acham nesta Leal Vila <strong>de</strong>


Nossa Senhora do Carmo e seus arredores", registro que informa a população escrava e os nomes dos senhores, livres e libertos<br />

no ano <strong>de</strong> 1723. Este importante documento serviu no passado para arreca<strong>da</strong>r a contribuição dos proprietários escravistas, dos<br />

homens e mulheres libertos e <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s e lojas, aos Reais Quintos. Portanto, o objetivo <strong>de</strong>sse trabalho tem como ponto <strong>de</strong><br />

referência <strong>de</strong>senhar e esquadrinhar os moradores <strong>de</strong> Mariana, nos primórdios <strong>de</strong> sua ocupação e formação. A apresentação <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>dos baseados em diversas fontes documentais nos aju<strong>da</strong>rá a enten<strong>de</strong>r a heterogênea população marianense, com sua<br />

diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> étnica, social e econômica.<br />

MARTINS, Eduardo Truhlar. Relações <strong>de</strong> Concubinato em Minas Gerais no século <strong>XVI</strong>II: a questão indígena. Comunicação<br />

publica<strong>da</strong> nos Anais do Seminário <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> História <strong>da</strong> Historiografia: historiografia brasileira e mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mariana, Núcleo<br />

<strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> em História <strong>da</strong> Historiografia e Mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> (NEHM) e UFOP, 1 a 3 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2007. Disponível em:<br />

http://www.seminario<strong>de</strong>historia.ufop.br/seminario<strong>de</strong>historia2007/t/Microsoft%20Word%20-%20eduardo_martins.pdf<br />

RESUMO. O tema <strong>de</strong>senvolvido neste trabalho são as relações <strong>de</strong> concubinato entre colonos e índios durante o período <strong>de</strong> 1725 a<br />

1750 em Minas Gerais. A falta <strong>de</strong> laços familiares (casamentos) entre a população era comum em Minas, fato esse que preocupava<br />

as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s eclesiais - <strong>de</strong>fensores do casamento como base <strong>da</strong> família. Para assegurar a religiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a moral <strong>da</strong>s<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s coloniais havia regularmente investigações presidi<strong>da</strong>s pela autori<strong>da</strong><strong>de</strong> episcopal. Essas investigações procuravam<br />

organizar um pequeno tribunal, no qual <strong>de</strong>núncias contra criminosos eram recebi<strong>da</strong>s e julga<strong>da</strong>s. A partir do uso dos inventários<br />

<strong>de</strong>ixados pelos senhores, <strong>da</strong>s <strong>de</strong>vassas, <strong>da</strong>s fontes matrimoniais e dos libelos <strong>de</strong> divórcios, este trabalho busca reconstruir as<br />

estratégias sociais adota<strong>da</strong>s pelos colonos para manterem as relações <strong>de</strong> concubinato, havendo interesses afetivos ou não.<br />

Outro objetivo é averiguar os casos em que os colonos permitiram que o sentimento religioso predominasse sobre os afetivos.<br />

Enten<strong>de</strong>r quais foram às estratégias adota<strong>da</strong>s pelos indivíduos após serem <strong>de</strong>scobertos pelos visitadores, as formas <strong>de</strong><br />

resistência e qual o <strong>de</strong>stino dos envolvidos nas acusações, constituem-se como priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s nesta pesquisa. A partir do ano <strong>de</strong><br />

1725, o trabalho escravo indígena estava em um processo <strong>de</strong> extinção ou quase-extinção. A idéia é tentar enten<strong>de</strong>r como os<br />

nativos <strong>da</strong> terra foram assimilados pelos colonos, no que diz respeito à conjugali<strong>da</strong><strong>de</strong>, após o <strong>de</strong>clínio <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>obra<br />

escrava indígena.<br />

MERIÑO FUENTES María <strong>de</strong> los Ángeles. Notas para una historiografía <strong>de</strong>l Café en Cuba. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no II<br />

Seminário sobre História do Café. Itu, Museu Paulista <strong>da</strong> USP/Museu Republicano Convenção <strong>de</strong> Itu/Cátedra Jaime Cortesão, 10 a<br />

14 <strong>de</strong> nov. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMEN. La comunicación realiza un balance crítico <strong>de</strong> la historiografía <strong>de</strong>l café en Cuba. Partiendo <strong>de</strong> El café. Historia <strong>de</strong> su<br />

cultivo y explotación en Cuba <strong>de</strong> Francisco Pérez <strong>de</strong> la Riva, obra clásica <strong>de</strong> la historiografía tradicional, publica<strong>da</strong> en 1944, hasta<br />

los estudios más recientes, discutimos las ten<strong>de</strong>ncias, limitaciones y aportes más significativos <strong>de</strong> los mismos. Dicho abor<strong>da</strong>je<br />

cuestiona el énfasis puesto en los estudios patrimoniales, enfocados únicamente en la perspectiva arquitectónica, arqueológica y<br />

técnica y cuyo fin último ha resultado ser la localización y rescate <strong>de</strong> las ruinas <strong>de</strong> antiguas hacien<strong>da</strong>s fomenta<strong>da</strong>s por los


inmigrantes franceses en los macizos montañosos <strong>de</strong>l occi<strong>de</strong>nte y oriente <strong>de</strong> la isla, <strong>de</strong>scui<strong>da</strong>ndo la relevancia <strong>de</strong> temas como la<br />

relaciones <strong>de</strong> esclavitud y, por tanto la estructura <strong>de</strong> posesión <strong>de</strong> esclavos o la influencia <strong>de</strong>l ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>l propietario en el <strong>de</strong><br />

sus cautivos, lo cual nos llevaría a estudiar el <strong>de</strong>senvolvimiento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s, medianas y pequeñas hacien<strong>da</strong>s en las que se<br />

cultivaba la rubiácea; así también <strong>de</strong>batir sobre las explicaciones que la historia económica ha facilitado sobre la sali<strong>da</strong> <strong>de</strong> Cuba<br />

<strong>de</strong>l mercado internacional, para finalmente retomar el tema <strong>de</strong>l cultivo <strong>de</strong>l grano con relativo éxito <strong>de</strong>spués que la crisis se abatió<br />

sobre las plantaciones <strong>de</strong>l occi<strong>de</strong>nte.<br />

MONTERO, Raquel Gil & MASSÉ, Gladys. Evolución <strong>de</strong>mográfica <strong>de</strong> Los Toldos (Bolivia - siglos <strong>XVI</strong> a 1938- y Argentina - 1938 en<br />

a<strong>de</strong>lante). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no I Congreso <strong>de</strong> la Asociación Latinoamericana <strong>de</strong> Población - ALAP. Caxambu (MG), 18 a<br />

20 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2004. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/site_eventos_alap/PDF/ALAP2004_394.PDF<br />

RESUMEN. Dentro <strong>de</strong> América Latina, Argentina está consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uno <strong>de</strong> los países que inició en forma más temprana la<br />

transición <strong>de</strong>mográfica, mientras que Bolivia se encuentra entre los últimos. Los trabajos más recientes sobre la temática, sin<br />

embargo, han hecho hincapié en las enormes diferencias que hay en el interior <strong>de</strong> estos países. Con frecuencia se consi<strong>de</strong>ró que<br />

uno <strong>de</strong> los factores más importantes que influyeron en el inicio temprano argentino fue la llega<strong>da</strong> masiva <strong>de</strong> inmigrantes europeos<br />

que se asentaron fun<strong>da</strong>mentalmente en la Capital Fe<strong>de</strong>ral y en las zonas litorales <strong>de</strong>l país. Esta explicación <strong>de</strong>sestima la influencia<br />

<strong>de</strong> la enorme compleji<strong>da</strong>d étnica y cultural colonial, que "<strong>de</strong>sapareciera" frente a la llega<strong>da</strong> <strong>de</strong> estos inmigrantes. Pensamos que<br />

la dinámica <strong>de</strong>mográfica <strong>de</strong> este interior argentino no es únicamente una consecuencia <strong>de</strong> lo que no ocurrió (la llega<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

inmigrantes), sino que tiene una historia propia inscripta <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la historia colonial y la <strong>de</strong>l siglo XIX temprano. En este trabajo<br />

nos proponemos cambiar el mirador y analizar los ritmos y las causas <strong>de</strong> los cambios en la dinámica <strong>de</strong>mográfica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> un<br />

espacio <strong>de</strong> ten<strong>de</strong>ncias muy diferentes a las <strong>de</strong>l promedio nacional. Nuestro contexto es el noroeste argentino y el sur boliviano.<br />

Nos centraremos en un <strong>de</strong>partamento ubicado al Noroeste <strong>de</strong> la Provincia <strong>de</strong> Salta (Santa Victoria), que tiene un municipio (Los<br />

Toldos) que formó parte <strong>de</strong> la Provincia <strong>de</strong> Aniceto Arce (Tarija, Bolivia) hasta 1938. Las fuentes <strong>de</strong> <strong>da</strong>tos correspon<strong>de</strong>n a<br />

registros parroquiales <strong>de</strong>l siglo XIX y estadísticas vitales <strong>de</strong>l siglo XX; revisitas <strong>de</strong> indios tardocoloniales y censos nacionales <strong>de</strong><br />

población (Bolivia 1900; Argentina 1869 a 2001).<br />

OLIVEIRA, Lívia Gabriele <strong>de</strong>. Diamantina e suas alforrias: crise geral dos diamantes - 1870. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong><br />

<strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. O século XIX mineiro foi marcado por transformações na economia. A mineração do ouro e <strong>de</strong> gemas preciosas teve<br />

gran<strong>de</strong>s oscilações e a agricultura <strong>de</strong> subsistência passou a ocupar uma posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque. Em 1870, com a abertura <strong>da</strong>s<br />

minas <strong>de</strong> diamantes na África do Sul, os mineradores sofreram com a crise mundial do produto. A região <strong>de</strong> Diamantina,<br />

portadora <strong>de</strong> um importante histórico minerador, sofreu significativas transformações econômicas com a baixa mundial dos


preços <strong>da</strong>s gemas. A falência <strong>de</strong> empresários do ramo, a diversificação <strong>da</strong> economia e as novas leis imperiais, vigentes a partir <strong>da</strong><br />

segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século XIX, po<strong>de</strong>m ter influenciado nas práticas <strong>de</strong> alforrias e no número <strong>de</strong> livres <strong>da</strong> região. A mão-<strong>de</strong>-obra<br />

escrava sempre esteve presente nos diversos setores <strong>da</strong> economia <strong>da</strong> Província, portanto, o comportamento <strong>da</strong>s Cartas <strong>de</strong><br />

Alforrias no contexto <strong>da</strong> crise geral dos diamantes é essencial para a percepção <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> escravista e mineradora. A<br />

análise contempla alguns momentos distintos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> que fazia seus registros nos cartórios <strong>da</strong> Comarca do Serro Frio. Os<br />

Registros <strong>de</strong> Liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s remetem às déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 1860, 1870 e 1880 possibilitando a passagem pelo período em que a região ain<strong>da</strong><br />

vivia uma euforia na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> mineradora, pelo momento íntimo <strong>da</strong> crise e pelo processo <strong>de</strong> recuperação.<br />

OLIVEIRA, Luís Eduardo <strong>de</strong>. Uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong> construí<strong>da</strong> por cativos: o trabalho escravo no núcleo urbano <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora (1830-1880).<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Sob os efeitos <strong>da</strong> intensificação <strong>da</strong> cafeicultura <strong>de</strong> base escravista na Zona <strong>da</strong> Mata, <strong>da</strong> melhoria <strong>da</strong>s vias <strong>de</strong><br />

comunicação com a Corte e seus portos e <strong>da</strong>s transformações mais gerais engendra<strong>da</strong>s pela abolição do tráfico internacional <strong>de</strong><br />

cativos, na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do oitocentos, a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora se configurou como um espaço sócio-econômico específico e<br />

dinâmico. Mas, o trabalho escravo foi não apenas predominante na produção <strong>de</strong> café e outros gêneros agrícolas na vasta zona<br />

rural que envolvia essa ci<strong>da</strong><strong>de</strong> mineira, como fun<strong>da</strong>mental ain<strong>da</strong> para a viabilização <strong>de</strong> uma infra-estrutura regional <strong>de</strong><br />

transportes, para a constituição e expansão dos quarteirões e ruas centrais <strong>de</strong>sse centro urbano e para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

diversas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s no seu interior. Por esta razão, acredito que o resgate e avaliação <strong>da</strong>s mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s e condições gerais <strong>de</strong><br />

exploração dos escravizados, em tal núcleo populacional, possibilitará uma compreensão mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> dos estágios iniciais <strong>de</strong><br />

formação do proletariado juizforano - processo este que ain<strong>da</strong> está por ser melhor investigado, especialmente no que se refere à<br />

participação <strong>de</strong> elementos estrangeiros e nacionais (negros, brancos e mestiços) no conjunto <strong>da</strong> força <strong>de</strong> trabalho que<br />

movimentou e fez crescer as manufaturas, canteiros <strong>de</strong> obras e casas <strong>de</strong> negócios locais no final do século XIX.<br />

OLIVEIRA, Luís Eduardo <strong>de</strong>. Os trabalhadores e a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> - a formação do proletariado <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora e suas lutas por direitos<br />

(1877-1920). Niterói, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense - Campus do Gragoatá, Tese <strong>de</strong> doutorado, <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Em função <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização iniciado em fins 1850, na passagem do Império para a República, o núcleo<br />

urbano <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora já havia se consoli<strong>da</strong>do como o principal centro mercantil e manufatureiro <strong>de</strong> Minas Gerais e como um<br />

<strong>de</strong>stino atraente e viável, até certo ponto, para expressivos contingentes <strong>de</strong> trabalhadores brasileiros e estrangeiros, incluindo<br />

muitos egressos do cativeiro e milhares <strong>de</strong> imigrantes germânicos, portugueses, espanhóis e italianos. O incremento contínuo do<br />

mercado <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra remunera<strong>da</strong> e o aprofun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> divisão social do trabalho, <strong>de</strong>correntes também <strong>da</strong>s ações e<br />

estratégias <strong>da</strong>s elites políticas e econômicas para tentar disciplinar o cotidiano <strong>da</strong> população pobre e manter esse dinâmico<br />

espaço or<strong>de</strong>nado sob sua hegemonia, resultaram num aviltamento brutal <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> existência do heterogêneo<br />

proletariado juizforano. Para fazerem frente às agruras <strong>de</strong> seu mundo e se contraporem ao discurso elitista que insistia em<br />

estigmatizá-los e tratá-los como classes viciosas e perigosas, no <strong>de</strong>curso <strong>da</strong>s três primeiras déca<strong>da</strong>s republicanas, os


empregados no comércio e os operários <strong>da</strong> construção civil, do setor <strong>de</strong> transportes, <strong>da</strong>s oficinas e <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s fábricas <strong>de</strong><br />

tecidos locais iniciaram a difícil e <strong>de</strong>mora<strong>da</strong> construção <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> classe, forjando nesses anos os elementos<br />

fun<strong>da</strong>mentais <strong>de</strong> sua cultura política. Além <strong>de</strong> resgatar e analisar tais processos histórico-sociais, esta tese tem como objetivo<br />

fun<strong>da</strong>mental suscitar e apresentar novas reflexões sobre os sentidos políticos e as repercussões na opinião pública dos<br />

movimentos <strong>de</strong>flagrados por esses assalariados urbanos e suas associações classistas, nessa época, em prol <strong>da</strong> redução <strong>da</strong><br />

jorna<strong>da</strong> diária e semanal <strong>de</strong> trabalho, por aumentos salariais e contra a exploração capitalista, a miséria e a exclusão social.<br />

PERERA DÍAZ, Aisnara. Entre el oficio y la especialización: una visión <strong>de</strong>l trabajo esclavo en las hacien<strong>da</strong>s cafetaleras cubanas.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no II Seminário sobre História do Café. Itu, Museu Paulista <strong>da</strong> USP/Museu Republicano Convenção <strong>de</strong><br />

Itu/Cátedra Jaime Cortesão, 10 a 14 <strong>de</strong> nov. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMEN. El presente trabajo tiene como objeto central el análisis <strong>de</strong> la existencia <strong>de</strong> esclavos con oficios especializados en las<br />

hacien<strong>da</strong>s cafetaleras cubanas <strong>de</strong>l siglo XIX como evi<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> la búsque<strong>da</strong>, por parte <strong>de</strong> sus propietarios, <strong>de</strong> autonomía en el<br />

proceso <strong>de</strong> obtención <strong>de</strong> mano <strong>de</strong> obra califica<strong>da</strong>, a la vez que como estrategia <strong>de</strong> ahorro. En tal sentido aun cuando el<br />

procesamiento <strong>de</strong>l grano no era una labor <strong>de</strong> mucha compleji<strong>da</strong>d ni exigía una infraestructura tecnológica comparable a la <strong>de</strong>l<br />

azúcar po<strong>de</strong>mos afirmar que tal y como ocurrió en la manufactura <strong>de</strong>l dulce, en las plantaciones cafetaleras se estableció una<br />

división social <strong>de</strong>l trabajo encamina<strong>da</strong> a buscar rendimiento y aprovechamiento <strong>de</strong> la mano <strong>de</strong> obra. Una evi<strong>de</strong>ncia importante al<br />

respecto nos la brin<strong>da</strong>n los inventarios <strong>de</strong> las hacien<strong>da</strong>s, en ellos bajo la <strong>de</strong>nominación <strong>de</strong> enseres y útiles -junto a la<br />

enumeración <strong>de</strong> machetes, aza<strong>da</strong>s, arados y cuchillas para po<strong>da</strong>r- se <strong>de</strong>scriben algunos instrumentos usualmente empleados en<br />

las faenas agrícolas y en el procesamiento <strong>de</strong> la rubiácea. Así aunque el grueso <strong>de</strong> la dotación se componía <strong>de</strong> trabajadores <strong>de</strong><br />

campo, llamados "gañanes" y consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> menos calificación, sabemos que varios fueron <strong>de</strong>stinado por su <strong>de</strong>streza a la<br />

realización <strong>de</strong> la tarea más importante para el buen estado <strong>de</strong> los cafetos: la po<strong>da</strong>.<br />

PRECIOSO, Daniel. Artes Liberais e Ofícios Mecânicos na Irman<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São José dos Bem Casados dos Homens Pardos - Vila<br />

Rica (1746-1800). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho<br />

<strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. As associações <strong>de</strong> irmãos leigos foram, ao lado <strong>da</strong>s Câmaras Municipais, importantes contratadoras <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra<br />

dos chamados ofícios mecânicos e artes liberais nas Minas Setecentistas. Coadunando-se aos estudos recentes acerca dos<br />

artífices e artistas que trabalharam nos projetos construtivos e <strong>de</strong> ornamentação dos templos mineiros a partir <strong>da</strong> segun<strong>da</strong><br />

meta<strong>de</strong> do século <strong>XVI</strong>II e que apontaram a presença marcante <strong>de</strong> africanos, crioulos e mulatos (livres, forros ou cativos) nos<br />

canteiros <strong>de</strong> obra, o objetivo <strong>da</strong> comunicação é apresentar os resultados aferidos com a pesquisa no arquivo <strong>da</strong> Paróquia do Pilar/<br />

Casa dos Contos <strong>de</strong> Ouro Preto (APNSP/CC), no Arquivo Histórico do Museu <strong>da</strong> Inconfidência <strong>de</strong> Ouro Preto (AHMI) e na Casa<br />

Setecentista <strong>de</strong> Mariana (ACSM). Através do cruzamento entre os inventários e testamentos dos homens pardos <strong>de</strong> S. José que


ocuparam acentos na mesa administrativa <strong>da</strong> irman<strong>da</strong><strong>de</strong>, livros <strong>de</strong> receitas e <strong>de</strong>spesas, atas e termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberações <strong>da</strong><br />

irman<strong>da</strong><strong>de</strong> procuraremos <strong>de</strong>monstrar como os mesários/oficiais administrativos <strong>da</strong> Confraria beneficiaram-se do lugar <strong>de</strong> relevo<br />

que ocuparam na associação para arrematarem obras do projeto <strong>de</strong> reconstrução <strong>da</strong> capela processado a partir <strong>de</strong> 1746,<br />

assinalando ain<strong>da</strong> a presença escrava nos canteiros <strong>de</strong> obras, bem como o universo material (ferramentas, materiais etc.) que<br />

compunham o fazer manual em Vila Rica na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do séc. <strong>XVI</strong>II.<br />

RANGEL, Ana Paula dos Santos. Aspectos <strong>da</strong> <strong>de</strong>mografia escrava em Vila Rica - 1755-1815. I Colóquio do LAHES - Alternativas<br />

Metodológicas para História Econômica e Social. Juiz <strong>de</strong> Fora, Anais do I Colóquio do Laboratório <strong>de</strong> História Econômica e Social<br />

- UFJF, 2005.<br />

RESUMO. Buscaremos neste texto <strong>de</strong>linear alguns aspectos <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong> posse e <strong>da</strong> <strong>de</strong>mografia escrava na Comarca <strong>de</strong> Vila<br />

Rica, mais especificamente no termo <strong>de</strong> Vila Rica. O recorte temporal abarca os anos <strong>de</strong> 1755 a 1815, havendo uma subdivisão em<br />

dois subperíodos - 1755-1775 e 1785-1815. Estabeleceremos uma análise comparativa entre os dois períodos a fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar<br />

as alterações ocorri<strong>da</strong>s na composição e distribuição <strong>da</strong> população cativa e na medi<strong>da</strong> do possível relacioná-las com as<br />

transformações econômicas verifica<strong>da</strong>s na passagem <strong>de</strong> uma fase a outra. Os inventários post-mortem são as fontes que<br />

utilizamos, foram selecionados todos aqueles relativos aos anos terminados em cinco. Temos um total <strong>de</strong> 98 inventários e 680<br />

escravos, <strong>de</strong>ntre os quais 589 são <strong>de</strong>scritos com informações como sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong> e naturali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

RANGEL, Ana Paula dos Santos. Tempos e épocas: dias e meses <strong>de</strong> casar entre escravos e forros (Barbacena, século <strong>XVI</strong>II). Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, UFRJ, Seminário - III Jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> Históricos do PPGHIS-IFCS, 2007.<br />

RESUMO. A influência <strong>da</strong> Igreja Católica incidia sobre as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s colonial e imperial até no que diz respeito à organização do<br />

tempo. Mesmo a escolha <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta do casamento po<strong>de</strong>ria ser limita<strong>da</strong> pelo calendário litúrgico. Através <strong>de</strong> registros paroquiais <strong>de</strong><br />

casamento <strong>de</strong> escravos e libertos do termo <strong>de</strong> Barbacena, Comarca do Rio <strong>da</strong>s Mortes, Minas Gerais, <strong>de</strong>finimos a freqüência dos<br />

matrimônios <strong>de</strong> acordo com os meses e dias <strong>da</strong> semana (neste último caso com o auxílio <strong>de</strong> um calendário perpétuo). Neste<br />

trabalho buscaremos relacionar os resultados <strong>de</strong>ste levantamento com os ciclos anuais <strong>de</strong>terminados pelos ritos católicos,<br />

apontando para a influência <strong>da</strong> Igreja, bem como com os mecanismos <strong>de</strong> reiteração <strong>da</strong> hierarquia social na Colônia, por<br />

intermédio <strong>da</strong> observação <strong>da</strong>s diferenças entre o comportamento <strong>de</strong> escravos, forros e livres.<br />

RANGEL, Ana Paula dos Santos. Com quem casar: critérios <strong>de</strong> escolha conjugal entre escravos e forros Termo <strong>de</strong> Barbacena,<br />

1781-1821. I Simpósio Impérios e Lugares no Brasil - Território, Conflito e I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mariana, Anais do I Simpósio Impérios e<br />

Lugares no Brasil Território, conflito e i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, 2007.<br />

RANGEL, Ana Paula dos Santos. Nos limites <strong>da</strong> escolha: matrimônio e família entre escravos e forros - Termo <strong>de</strong> Barbacena -<br />

1781-1821. Rio <strong>de</strong> Janeiro, UFRJ, dissertação <strong>de</strong> Mestrado, <strong>2008</strong>.


RESUMO. Neste trabalho buscamos analisar as escolhas dos escravos do termo <strong>de</strong> Barbacena - entre 1781 e 1821 - no que tange<br />

ao casar-se e ao constituir família. A investigação com base nos registros paroquiais <strong>de</strong> casamento revelaram que o quando casar<br />

para os escravos era <strong>de</strong>terminado tanto pelo calendário litúrgico <strong>da</strong> Igreja como pela posição ocupa<strong>da</strong> na hierarquia social.<br />

Através <strong>da</strong> quantificação dos <strong>da</strong>dos constatamos entre os cativos a predominância <strong>da</strong> endogamia do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> condição<br />

jurídica; embora o casamento misto fosse possível e tivesse uma lógica no contexto na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> escravista colonial. A cor, a<br />

naturali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a procedência também foram consi<strong>de</strong>rados como critérios <strong>de</strong> escolha do cônjuge e, embora fossem fatores<br />

importantes, não eram critérios absolutos, ou seja, não constituía impedimento ao matrimônio se os cativos não encontrassem<br />

cônjuges <strong>de</strong> mesma cor, naturali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou procedência. No que diz respeito à extensão dos laços <strong>de</strong> parentesco por meio do<br />

compadrio, observamos, através <strong>de</strong> algumas trajetórias familiares, que a escolha por padrinhos livres/libertos ou escravos tinha a<br />

ver com o tamanho do plantel no qual o cativo estivesse inserido; o que <strong>de</strong>terminava estratégias <strong>de</strong> consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

escrava ou <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> alianças com pessoas <strong>de</strong> recursos, mais bem situa<strong>da</strong>s na hierarquia social.<br />

REZENDE, Rodrigo Castro. AS "NOSSAS ÁFRICAS": população escrava e i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s africanas nas Minas Setecentistas. Belo<br />

Horizonte, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, dissertação <strong>de</strong> Mestrado, 2006.<br />

RESUMO. Esta dissertação tem por objetivo analisar a composição populacional e as i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos escravos africanos nas<br />

Minas Gerais do século <strong>XVI</strong>II. Para tanto, o estudo do tráfico <strong>de</strong> escravos para a Capitania mineira se fez necessário. Primeiro<br />

porque a partir <strong>de</strong> sua análise po<strong>de</strong>-se perceber as questões relativas à oferta e à <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, permitindo assim uma melhor<br />

compreensão <strong>da</strong> composição <strong>da</strong> escravaria em Minas. Segundo, as relações fomenta<strong>da</strong>s por portugueses e luso-brasileiros na<br />

África repercutiram diretamente nas representações atribuí<strong>da</strong>s aos escravos <strong>da</strong>s Gerais. Assim, <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s nações africanas<br />

ganharam representações que as fizeram ser vistas como mais próximas culturalmente dos luso-brasileiros, ou mais afasta<strong>da</strong>s.<br />

Estas representações, não raro, expressaram a visão <strong>de</strong> mundo do Eu. Ou seja, era, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, como o Eu não-africano<br />

apreen<strong>de</strong>u os diversos códigos e valores culturais dos africanos. A essas representações, <strong>de</strong>nominados <strong>de</strong> I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

representa<strong>da</strong>s. Por outro lado, os africanos se apropriavam <strong>de</strong>ssas representações, as utilizando na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> mineira, pois<br />

quisessem ou não, tinham <strong>de</strong> se a<strong>de</strong>quar a esta socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em outras palavras, ao se apropriarem <strong>de</strong>ssas representações, os<br />

africanos construíam suas i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> sobrevivência. Por último, <strong>de</strong>ve-se ressaltar que os códigos e valores culturais dos<br />

africanos não <strong>de</strong>sapareceram no contato com o não-africano. Estes, chamados no trabalho <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s históricas, não eram<br />

<strong>de</strong>codificados pelos não-africanos, permitindo que os indivíduos <strong>da</strong> África expressassem suas i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma muito mais<br />

autônoma do que a historiografia ressalta. Nesse sentido, po<strong>de</strong>-se pensar que o processo <strong>de</strong> aculturação foi e é uma invenção, já<br />

que as i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s africanas em Minas Gerais no século <strong>XVI</strong>II eram múltiplas, manifestando-se diferentemente conforme a<br />

interação que ocorria.<br />

SEGUNDO, Lin<strong>de</strong>mberg. Para além do cativeiro: Batismo, compadrio e casamento como símbolos <strong>da</strong> dinâmica social entre


cativos e livres na freguesia <strong>de</strong> Limoeiro/Província do Ceará (1862 - 1872). Revista Outros Tempos - Pesquisa em Foco - História,<br />

revista eletrônica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual do Maranhão, v. 5, n. 5, junho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em (tópico Volumes):<br />

http://www.outrostempos.uema.br:80/<br />

RESUMO. Este trabalho busca discutir, através <strong>da</strong> analise dos registros eclesiásticos <strong>de</strong> batismo e casamento, a dinâmica social<br />

na qual o escravo estava inserido na freguesia <strong>de</strong> Limoeiro (entre os anos <strong>de</strong> 1862 e 1872), província do Ceará, buscando refletir<br />

sobre suas práticas e relacionamento com as <strong>de</strong>mais cama<strong>da</strong>s sociais.<br />

SILVA, Carla Lediane Loschi <strong>da</strong>. A família escrava na vila <strong>de</strong> Barbacena e seus termos no final do século <strong>XVI</strong>II e inicio do século<br />

XIX (1790-1810). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho<br />

<strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. A partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1970 os estudos sobre a constituição <strong>de</strong> famílias escravas se avolumaram, colocando em xeque a<br />

visão tradicional <strong>de</strong> que os escravos não constituíam família estável. Sendo suas uniões "simples acasalamentos para a<br />

satisfação <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s exclusivamente sexuais". Neste sentido, a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> familiar do escravo praticamente<br />

inexistia. Sendo assim, o presente trabalho <strong>de</strong> pesquisa analisa a constituição <strong>de</strong> famílias escravas na Vila <strong>de</strong> Barbacena e seu<br />

termo (1790-1810), através <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> inventário post-mortem verificando a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stas famílias.<br />

TEIXEIRA, Maria Lúcia Resen<strong>de</strong> Chaves. Família escrava e riqueza na Comarca do Rio <strong>da</strong>s Mortes: o distrito <strong>da</strong> Lages (1780-1850).<br />

Belo Horizonte. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado, FAFICH <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, 1998, mimeografado. Publicado<br />

como: Família escrava e riqueza na comarca do Rio <strong>da</strong>s Mortes: o distrito <strong>da</strong> Lage e o quarteirão do Mosquito (1780-1850). São<br />

Paulo, Annablume/Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Coronel Xavier Chaves, 2007.<br />

RESUMO. A pesquisa teve como tema central a riqueza nas fazen<strong>da</strong>s mineiras entre os anos <strong>de</strong> 1780 e 1850 e a <strong>de</strong>tecção <strong>da</strong><br />

família escrava no universo do enriquecimento <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> rural, estu<strong>da</strong>dos a partir <strong>de</strong> um distrito escravista: o distrito <strong>da</strong><br />

Lage e o quarteirão do Mosquito na capitania/província <strong>de</strong> Minas Gerais. O distrito <strong>da</strong> Lage e o quarteirão do Mosquito pertenciam<br />

à comarca do Rio <strong>da</strong>s Mortes, termo <strong>da</strong> vila <strong>de</strong> São José e se <strong>de</strong>stacaram pelo alto percentual <strong>de</strong> escravos e suas relações<br />

econômicas sustenta<strong>da</strong>s na produção <strong>de</strong> alimentos para o abastecimento interno <strong>da</strong> capitania/província. No ano <strong>de</strong> 1838, o<br />

distrito estava dividido em cinco quarteirões, caracterizados <strong>da</strong> seguinte forma: o arraial, quarteirão claramente sinalizado com<br />

funções diferentes <strong>da</strong>s rurais e assim <strong>de</strong>nominado, cercado <strong>de</strong> três quarteirões <strong>de</strong> aglomerados rurais, contendo enormes<br />

fazen<strong>da</strong>s, acresci<strong>da</strong>s <strong>de</strong> agregados e outros domicílios rurais próximos, ocupados por parentes dos proprietários <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s<br />

fazen<strong>da</strong>s. O quarto quarteirão se compunha <strong>de</strong> um quase arraial, com um número maior <strong>de</strong> fazen<strong>da</strong>s e uma capela: era o<br />

Mosquito. Para o <strong>de</strong>senvolvimento do estudo, alguns procedimentos metodológicos tornaram-se essenciais na percepção<br />

histórica. O recorte espacial circunscrito ao distrito foi adotado com a intenção <strong>de</strong> reduzir o campo <strong>da</strong> observação, sem<br />

abandonar, contudo, o referencial teórico <strong>de</strong> compreensão mais ampla. O estudo histórico foi realizado com base em um amplo


corpo documental, com o objetivo <strong>de</strong> cruzar as informações. Assim, recorremos aos três fundos <strong>de</strong> censo: um originário <strong>de</strong> fonte<br />

eclesiástica, o Rol <strong>de</strong> Confessados <strong>de</strong> São José do ano <strong>de</strong> 1795, localizado no Instituto Histórico e Geográfico <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Tira<strong>de</strong>ntes (MG); e os outros dois resultantes <strong>da</strong>s listas nominativas produzi<strong>da</strong>s a pedido do governo imperial mineiro às câmaras<br />

municipais, nos anos <strong>de</strong> 1831 e 1838, ambos alocados no Arquivo Público Mineiro (APM), em Belo Horizonte (MG). Essas listas<br />

forneceram inúmeras informações a respeito dos moradores e dos domicílios, permitindo estu<strong>da</strong>r os comportamentos<br />

<strong>de</strong>mográficos do distrito escravista. As listas <strong>de</strong>scortinaram a série <strong>de</strong> nomes dos fazen<strong>de</strong>iros e seus mancípios, além <strong>de</strong> revelar<br />

o padrão <strong>de</strong> riqueza e a posse <strong>de</strong> escravos no intervalo entre os anos <strong>de</strong> 1795 e a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1830. A pesquisa utilizou-se, também,<br />

<strong>de</strong> mapas esparsos <strong>de</strong> população, produzidos na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1840, contendo <strong>da</strong>dos sobre casamentos <strong>de</strong> livres e cativos e<br />

informações acerca <strong>da</strong>s fronteiras dos distritos mineiros <strong>da</strong> comarca do Rio <strong>da</strong>s Mortes, tais fontes também estão aloca<strong>da</strong>s no<br />

APM. Todo este conjunto documental foi comparado com os assentos <strong>de</strong> batismos e óbitos <strong>da</strong> freguesia Nossa Senhora <strong>da</strong> Penha<br />

<strong>de</strong> França, na Lage, para os anos <strong>de</strong> 1840 e 1850 - remetidos recentemente para o Arquivo Eclesiástico <strong>da</strong> Matriz <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora do Pilar, em São João <strong>de</strong>l Rei (MG). O resultado <strong>de</strong>sta etapa <strong>da</strong> pesquisa foi ain<strong>da</strong> enriquecido com as informações<br />

conti<strong>da</strong>s nos inventários post-mortem dos fazen<strong>de</strong>iros listados como moradores <strong>da</strong> região - todos os inventários estão sob<br />

guar<strong>da</strong> do Arquivo Histórico do Escritório Técnico do IPHAN-II, em São João <strong>de</strong>l Rei (MG). Assim, o trabalho perseguiu <strong>da</strong>dos<br />

quantitativos <strong>da</strong> população do distrito e <strong>da</strong>dos qualitativos sobre os personagens em particular, resultando em informações <strong>de</strong><br />

fôlego sobre os sujeitos, as fazen<strong>da</strong>s, o processo <strong>de</strong> enriquecimento rural e as famílias escravas no contexto econômico mineiro<br />

voltado para o abastecimento interno. O livro está dividido em três capítulos, sendo que sua organização se apresenta num<br />

or<strong>de</strong>namento próximo aos procedimentos metodológicos <strong>da</strong> pesquisa. O primeiro capítulo, "Delineamentos <strong>de</strong> um distrito<br />

escravista" procurou apresentar o perfil do distrito <strong>da</strong> Lage e do quarteirão do Mosquito, sua ocupação original através <strong>da</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> sesmarias na região, as características econômicas <strong>de</strong> sua ocupação rural com fazen<strong>da</strong>s encrava<strong>da</strong>s em uma área<br />

cerca<strong>da</strong> <strong>de</strong> terras minerais. Observamos que a região não era produtora <strong>de</strong> metais preciosos, pelo contrário, tornou-se uma <strong>da</strong>s<br />

áreas <strong>de</strong> abastecimento <strong>da</strong>s regiões mineradoras e que sua distribuição populacional era social e economicamente distinta entre<br />

o arraial e as fazen<strong>da</strong>s dos quarteirões rurais. Detectamos ain<strong>da</strong> o vínculo do distrito com o movimento <strong>da</strong> Inconfidência Mineira,<br />

no final do século <strong>XVI</strong>II, a partir <strong>da</strong> participação <strong>de</strong> alguns fazen<strong>de</strong>iros importantes resi<strong>de</strong>ntes na região. Enfim, o primeiro capítulo<br />

foi <strong>de</strong>dicado a apresentar o distrito e o quarteirão encravados nas regiões rurais <strong>da</strong>s Minas Gerais com alto índice <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra<br />

escrava, buscando, <strong>de</strong>ssa maneira, apresentar o problema <strong>de</strong> pesquisa que <strong>de</strong>u início ao estudo: uma região marca<strong>da</strong> pela forte<br />

concentração <strong>de</strong> população escrava, em uma economia volta<strong>da</strong> para o abastecimento interno. O segundo capítulo, "Indicadores<br />

<strong>de</strong>mográficos" foi marcado pelo estudo sistemático <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> caráter <strong>de</strong>mográfico - os mapas <strong>de</strong> população - com a intenção<br />

<strong>de</strong> traçar o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> região rural e escravista. A primeira questão que o estudo <strong>de</strong>monstrou foi a existência <strong>de</strong><br />

comportamentos populacionais específicos, sinalizando a diferença entre a região rural e o arraial. Se falar <strong>de</strong> diferenças rurais e<br />

urbanas ain<strong>da</strong> era prematuro, tratar indistintamente a região também não se mostrou pertinente: claras diferenças <strong>de</strong>mográficas<br />

foram encontra<strong>da</strong>s. Detectamos a diferença nos índices <strong>de</strong> população feminina entre os livres e os cativos, na forma <strong>de</strong> ocupação<br />

dos habitantes, no perfil dos domicílios rurais e do arraial e as origens dos escravos africanos e crioulos. A região foi marca<strong>da</strong>


pelo forte apego à escravidão aliado às práticas sociais <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> escravos e famílias escravas. A segun<strong>da</strong> questão se referia à<br />

apresentação <strong>da</strong>s curvas <strong>de</strong> tendência escravista, vincula<strong>da</strong>s às regras mais gerais <strong>da</strong> escravidão no Império do Brasil. O apego à<br />

escravidão, a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> famílias escravas, às possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> enriquecimento com a posse e o trabalho dos cativos foram<br />

<strong>de</strong>monstrados a partir <strong>da</strong> análise exaustiva sobre os mapas <strong>de</strong> população e inventários post-mortem. Enfim, o objetivo do capítulo<br />

foi, portanto, mostrar o comportamento <strong>de</strong>mográfico e sua influência num distrito fortemente apegado às práticas escravistas: a<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s fazen<strong>da</strong>s e sua riqueza estavam sustenta<strong>da</strong>s em gran<strong>de</strong> parte na presença escrava. O terceiro capítulo, "A família<br />

escrava no distrito <strong>da</strong> Lage e no quarteirão do Mosquito" (sub-dividido em: "A família escrava e suas estratégias diante <strong>da</strong>s<br />

adversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s" e "Crianças e seus valores"), voltou-se para respon<strong>de</strong>r ao significado <strong>da</strong>s duas faces teóricas <strong>da</strong> presença <strong>da</strong><br />

família escrava. Uma mais liga<strong>da</strong> a questões econômicas que prioriza o estudo <strong>da</strong> família escrava inseri<strong>da</strong> na proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seus<br />

senhores e a outra que abor<strong>da</strong> a presença <strong>da</strong>s sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s pessoas <strong>de</strong>ntro do cativeiro. A primeira mostrou o processo<br />

dos interesses econômicos dos senhores com a família escrava, acompanhando as adições ao patrimônio ao longo dos<br />

procedimentos <strong>de</strong> inventários. As alterações no montante dos bens eram comuns perante as transformações que apresentavam<br />

os valores do inventário. Eles podiam aumentar com a valorização do escravo que crescia, po<strong>de</strong>ndo também diminuir em função<br />

<strong>da</strong>s subtrações oriun<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mortes e per<strong>da</strong>s. A valorização <strong>da</strong> criança escrava acompanha o tempo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> somado, afastandose,<br />

gradualmente, do risco <strong>de</strong> morte. O inventário registrava a lógica proprietária ao somá-los aos valores dos bens. Por outro<br />

lado, os inventários também mostravam que a separação/divisão <strong>da</strong>s famílias escravas, como um bem, era sempre um problema,<br />

sobretudo quando se tratava <strong>de</strong> amplas posses <strong>de</strong> famílias. Tal fato lançou luzes sobre a outra abor<strong>da</strong>gem a respeito <strong>da</strong> família<br />

escrava: a <strong>da</strong> presença <strong>da</strong>s sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro do cativeiro numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> escravista. O escravo era um ser <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> outrem, mas também convivia no seio <strong>de</strong> sua comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cativos, possuías filhos, se casava e até conseguia certo vínculo<br />

<strong>de</strong> aproximação ou mesmo <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ração por parte <strong>de</strong> seus senhores. Este lado <strong>da</strong> sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> também esteve presente e<br />

marcava o comportamento dos cativos, como também <strong>de</strong> seus senhores. Este último capítulo procurou mostrar o caráter<br />

<strong>de</strong>dutivo que as fontes impõem aos comportamentos dos pesquisadores, <strong>de</strong>monstrando que ambos os lados interpretativos<br />

encontram sustentação documental. Ambas correntes, aquela que consi<strong>de</strong>ra o escravo e sua família como riqueza material e a<br />

outra que consi<strong>de</strong>ra a sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> escrava como um elemento <strong>de</strong> resistência à escravidão, encontram sua razão lógica em<br />

bases empíricas. Ou seja, diante <strong>da</strong> presença <strong>de</strong> suporte documental, as diferentes teorias conseguem se sustentar. E, então,<br />

volta-se ao ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> <strong>da</strong>s dúvi<strong>da</strong>s históricas e do conhecimento: existem diferentes formas <strong>de</strong>fensáveis <strong>de</strong> agir e pensar.<br />

VAILATI, Luiz Lima. As três faces <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> face à criança no Brasil dos oitocentos. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no I<br />

Seminário <strong>de</strong> História do ICHS: Tendências <strong>da</strong> Historiografia Brasileira Contemporânea. Mariana, ICHS <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Ouro Preto, 2006, disponível em:<br />

http://www.seminario<strong>de</strong>historia.ufop.br/seminario<strong>de</strong>historia2006/download/I-seminario-historia-ichs-ufop(2006)-n39.pdf<br />

APRESENTAÇÃO. Esta apresentação constitui-se <strong>de</strong> um balanço geral <strong>da</strong> investigação leva<strong>da</strong> a cabo em minha tese <strong>de</strong>


doutoramento, que discorreu sobre as práticas e representações <strong>da</strong> morte infantil na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro e <strong>de</strong> São Paulo no<br />

século XIX, cuja hipótese central é <strong>de</strong> que a morte constitui-se um viés privilegiado para pensarmos a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> em relação à<br />

infância para as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s e período em questão.<br />

VASCONCELLOS, Márcia Cristina Roma <strong>de</strong>. Famílias entre escravos no litoral sul-fluminense, século XIX. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. A partir <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> registros paroquiais <strong>de</strong> batismo e <strong>de</strong> casamento <strong>de</strong> cativos e <strong>de</strong> inventários post-mortem <strong>de</strong><br />

escravistas <strong>de</strong> Angra dos Reis, no litoral sul-fluminense, entre 1801 e 1888, foi possível verificar características <strong>da</strong> organização<br />

parental entre escravos. Angra dos Reis era uma região on<strong>de</strong> a agricultura <strong>de</strong> subsistência convivia com a produção <strong>de</strong> café e o<br />

intenso movimento portuário baseado no escoamento do café do vale do Paraíba, fluminense e paulista. Em meio a este contexto,<br />

<strong>de</strong>stacavam-se as famílias forma<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong> ilegitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, muitas <strong>de</strong>stas encabeça<strong>da</strong>s por mulheres crioulas. Foram<br />

localiza<strong>da</strong>s famílias extensas e uma tendência à adoção <strong>de</strong> laços <strong>de</strong> parentesco ritualístico com escravos, na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

padrinhos e madrinhas. A partilha dos bens dos inventariados geralmente não levava à <strong>de</strong>sestruturação <strong>da</strong>s famílias,<br />

principalmente quando envolviam crianças com até cinco anos.<br />

II <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> - 1980<br />

BALHANA, Altiva Pilatti. & NADALIN, Sergio O. Análise do Ciclo Vital a partir <strong>da</strong> reconstituição <strong>de</strong> famílias: <strong>Estudos</strong> em<br />

Demografia Histórica. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no II <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1980. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1980/T80V02A03.pdf<br />

III <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> - 1982<br />

SAMARA, Eni <strong>de</strong> Mesquita. Família e agregados: duas experiências <strong>de</strong> pesquisas em <strong>de</strong>mografia histórica. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no III <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1982. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1982/T82V1A061.pdf


LYRA, Henrique. Aspectos <strong>da</strong> imigração e colonização estrangeira na Bahia - 1850/1889. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no III<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1982. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1982/T82V1A059.pdf<br />

LUNA, Francisco Vi<strong>da</strong>l & COSTA, Iraci <strong>de</strong>l Nero <strong>da</strong>. Sinopse <strong>de</strong> alguns trabalhos <strong>de</strong> <strong>de</strong>mografia histórica referente a Minas Gerais.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no III <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1982. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1982/T82V1A058.pdf<br />

LINHARES, Maria Yed<strong>da</strong> & SILVA, Francisco Carlos T. Uma fonte <strong>de</strong>mográfica para a história social do Brasil ( 1850 - 1890): as<br />

lista eleitorais. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no III <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1982. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1982/T82V1A057.pdf<br />

IV <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> - 1984<br />

SLENES, Robert W. Escravidão e família: padrões <strong>de</strong> casamento e estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> familiar numa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> escrava (Campinas,<br />

Século XIX). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IV <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1984. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A13.pdf<br />

SAMARA, Eni <strong>de</strong> Mesquita. A constituição <strong>da</strong> família na população livre (São Paulo no Século XIX). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no<br />

IV <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1984. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A14.pdf<br />

PAIVA, Clotil<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>. Mariana: características <strong>da</strong> população em 1831. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IV <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1984. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A15.pdf<br />

BALHANA, Altiva Pilatti & WESTPHALEN, Cecília Maria. Dinâmica <strong>de</strong>mográfica e sistema <strong>de</strong> herança no Brasil meridional.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IV <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1984. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A16.pdf


BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. A família na fazen<strong>da</strong> <strong>de</strong> café: tamanho e força <strong>de</strong> trabalho. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IV<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1984. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A17.pdf<br />

LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. População e estrutura fundiária no Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1568/1920. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IV<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1984. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A18.pdf<br />

V <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> - 1986<br />

MOTT, Luiz. O escravo nos anúncios <strong>de</strong> jornal <strong>de</strong> Sergipe. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no V <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong><br />

<strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1986. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A01.pdf<br />

GRAF, Marcia Elisa <strong>de</strong> Campos. Fontes para o estudo <strong>da</strong> família escrava no Brasil. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no V <strong>Encontro</strong><br />

<strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1986. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A02.pdf<br />

GUTIÉRREZ, Horacio. A harmonia dos sexos. Elementos <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong>mográfica <strong>da</strong> população escrava do Paraná, 1800 /1830.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no V <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1986. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A03.pdf<br />

SLENES, Robert W. As taxas <strong>de</strong> fecundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> população escrava brasileira na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1870: estimativas e implicações.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no V <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1986. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A04.pdf<br />

LANNA, Ana Lúcia D. A organização do trabalho livre na Zona <strong>da</strong> Mata Mineira 1870-1920. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no V<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1986. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A05.pdf<br />

SCOTT, Ana Silvia Volpi. A proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> terra e a elite paulista: os gran<strong>de</strong>s proprietários do Vale do Paraíba. Comunicação


apresenta<strong>da</strong> no V <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1986. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A06.pdf<br />

BACELAR, Carlos <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> Prado. Herança em família: a partilha dos engenhos <strong>de</strong> açúcar do oeste paulista, 1765-1855.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no V <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1986. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A07.pdf<br />

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. O acesso à terra e à produção <strong>de</strong> subsistência no colonato. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no V<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1986. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A08.pdf<br />

SAMARA, Eni <strong>de</strong> Mesquita. A família no Brasil: balanço <strong>da</strong> produção e rumos <strong>de</strong> pesquisa. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no V<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1986. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A09.pdf<br />

VI <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> - 1988<br />

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. O casamento na colônia no tempo do café. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI <strong>Encontro</strong><br />

<strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V01A04.pdf<br />

ALENCASTRO, Luiz Felipe <strong>de</strong>. Tráfico negreiro e colonização portuguesa no Atlântico Sul. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A01.pdf<br />

SAMARA, Eni <strong>de</strong> Mesquita. A família negra no Brasil: escravos e libertos. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A02.pdf<br />

QUEIROZ, Suely Robles Reis <strong>de</strong>. Memória <strong>da</strong> escravidão em famílias negras <strong>de</strong> São Paulo. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI


<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A05.pdf<br />

GRAF, Marcia Elisa <strong>de</strong> Campos. A família <strong>de</strong> escravos na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> paranaense do Século XIX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A06.pdf<br />

GUERZONI FILHO, Gilberto & ROBERTO NETTO, Luiz. Índices <strong>de</strong> nupciali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> população forra em Minas Gerais no Século XIX.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A08.pdf<br />

LUNA, Francisco Vi<strong>da</strong>l. Observações sobre casamento <strong>de</strong> escravos em São Paulo (1829). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A10.pdf<br />

PARREIRA, Nilce Rodrigues. População escrava <strong>de</strong> Ouro Preto - Século XIX (a partir <strong>da</strong>s escrituras <strong>de</strong> compra e ven<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

escravos). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A19.pdf<br />

BARCIK, Vergínia. Comportamento <strong>de</strong> uma população no Século XIX: Paróquia <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>da</strong> Pie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Campo Largo,<br />

1832-1882. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V04A32.pdf<br />

SILVA, Helenice Carvalho Cruz <strong>da</strong> & MARTINS, Maria do Carmo Salazar. Contribuição à pesquisa em Demografia Histórica <strong>de</strong><br />

Minas Gerais. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VI <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1988. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V04A33.pdf<br />

VII <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> - 1990<br />

RIOS, Ana Maria Lugão. Família negra no Pós-Abolição (Paraíba do Sul,1889-1920). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VII <strong>Encontro</strong><br />

<strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1990. Disponível em:


http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1990/T90V01A08.doc<br />

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. As escolhas matrimoniais no Velho Oeste paulista. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VII<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1990. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1990/T90V01A09.pdf<br />

MARCÍLIO, Maria Luiza & VENANCIO Renato Pinto. Crianças abandona<strong>da</strong>s e primitivas formas <strong>de</strong> sua proteção: séculos <strong>XVI</strong>II e<br />

XIX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VII <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1990. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1990/T90V01A13.pdf<br />

VIII <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> - 1992<br />

BIDEAU, Alain & NADALIN, Sergio Odilon. Processos <strong>de</strong>mográficos e fecundi<strong>da</strong><strong>de</strong>: notas preliminares para um estudo comparado<br />

(1866-1939). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VIII <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1992. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1992/T92V01A14.pdf<br />

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. Padrões <strong>de</strong> casamento em uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em mu<strong>da</strong>nça: (1870-1890). Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no VIII <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1992. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1992/T92V01A15.pdf<br />

FARIA, Sheila Siqueira <strong>de</strong> Castro. Legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, estratégias familiares e condição feminina no Brasil escravista. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no VIII <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1992. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1992/T92V01A16.pdf<br />

SILVA, Ana Rosa Cloclet <strong>da</strong>. Tráfico interprovincial <strong>de</strong> escravos e seus impactos na concentração <strong>da</strong> população na Província <strong>de</strong><br />

São Paulo: século XIX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no VIII <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1992. Disponível<br />

em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1992/T92V01A18.pdf<br />

RESUMO. O presente texto visa a abor<strong>da</strong>r o processo <strong>de</strong> transição <strong>da</strong> escravidão para o trabalho livre mediante um enfoque<br />

distinto <strong>da</strong>quele comumente adotado em economia. Acreditamos que os aspectos econômicos, embora sejam condicionantes


fun<strong>da</strong>mentais do movimento histórico, mostram-se insuficientes, quando consi<strong>de</strong>rados por si sós, para a explicação dos<br />

fenômenos ocorridos na Província <strong>de</strong> São Paulo, no final do século XIX. Procuraremos, mais especificamente, analisar os<br />

impactos do tráfico interprovincial <strong>de</strong> escravos do Norte para o Sul do Império, a partir <strong>de</strong> 1850, na sua relação com o processo <strong>de</strong><br />

expansão <strong>da</strong> economia cafeeira e nos seus <strong>de</strong>sdobramentos sobre a concentração <strong>da</strong> população escrava nas fazen<strong>da</strong>s<br />

cafeicultoras, nas déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 1870 e 1880.<br />

IX <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> - 1994<br />

FLORENTINO, Manolo Garcia & GOES. José Roberto. Comércio negreiro e estratégias <strong>de</strong> socialização parental: entre os escravos<br />

do agro-fluminense, 1790-1830. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994.<br />

Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/docwd/1994/T94V1A19.doc<br />

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. Consi<strong>de</strong>rações sobre os estudos do celibato e <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> ao casar no passado brasileiro.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/docwd/1994/T94V1A20.doc<br />

FARIA, Sheila Siqueira <strong>de</strong> Castro. Patriarcalismo e a questão <strong>da</strong> legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> na historiografia Brasileira. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/docwd/1994/T94V1A21.doc<br />

NAUFFAL FILHO, Fernando & ANDREAZZA, Maria Luiza. Tempo do sagrado e dia <strong>de</strong> casar. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V1A22.doc<br />

PAIVA, Clotil<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>. Engenhos <strong>de</strong> cana e população no Século XIX mineiro: notas sobre a expansão <strong>da</strong> produção<br />

aguar<strong>de</strong>nteira. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A01.pdf<br />

TELAROLLI JUNIOR, Rodolfo. Fun<strong>da</strong>mentos tecnológicos <strong>da</strong>s ações sanitárias no Estado <strong>de</strong> São Paulo na Primeira República.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:


http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A02.pdf<br />

NEVES, Maria <strong>de</strong> Fátima Rodrigues <strong>da</strong>s. Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os escravos brasileiros no Século XIX. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A03.doc<br />

MARTINS, Maria do Carmo Salazar. Anotações sobre o trabalho feminino na Província <strong>de</strong> Minas Gerais. Comunicação apresenta<strong>da</strong><br />

no IX <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A04.pdf<br />

MOTTA, José Flávio. Contribuições <strong>da</strong> <strong>de</strong>mografia histórica à historiografia brasileira. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong><br />

<strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A14.doc<br />

NADALIN, Sergio Odilon. Sugestões metodológicas: o compadrio a partir dos registros paroquiais. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no<br />

IX <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A15.doc<br />

RIOS, Ana Maria Lugão. Histórias <strong>de</strong> famílias: arquivos <strong>da</strong> memória na história <strong>de</strong>mográfica. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A16.pdf<br />

PETRUCCELLI, José Luiz. Reconstituição <strong>de</strong> genealogias com o Registro Civil 1889-1929. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX<br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1994. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A17.doc<br />

X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> - 1996<br />

MACHADO, Cacil<strong>da</strong> <strong>da</strong> Silva. Imigração e história familiar: Um estudo <strong>de</strong> caso (Curitiba, 1854-1991). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no<br />

X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:


http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A15.doc<br />

MARQUES, Cláudia Eliane Parreiras. O estudo <strong>da</strong> família em Minas Gerais na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1830 através dos inventários e listas<br />

nominativas: Uma proposta metodológica. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A16.doc<br />

ANDREAZZA, Maria Luiza. Desdobrar-se em muitos filhos. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong><br />

<strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A17.doc<br />

NADALIN, Sergio Odilon. O compadrio batismal a partir dos registros paroquiais: sugestões metodológicas II. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A18.doc<br />

FARIA, Sheila Siqueira <strong>de</strong> Castro. Família ricas - Estratégias. <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r no Brasil escravista (Séculos <strong>XVI</strong>II e XIX). Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A19.doc<br />

BATISTA SOBRINHO, A<strong>da</strong>lberto & MOREIRA, Diva. Evolução <strong>de</strong>mográfica e miscigenação: Os negros e os casamentos Inter-<br />

Raciais no Brasil. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A20.doc<br />

LIMA, Carlos A. M. Cindidos entre o patriarcalismo e a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> cativa os casamentos <strong>de</strong> libertos na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

(1803-1834). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A21.doc<br />

BACELLAR, Carlos <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> Prado. A criança exposta nos domicílios <strong>de</strong> Sorocaba, séculos <strong>XVI</strong>II e XIX. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A22.doc<br />

LOPES, Eliane Cristina. Prostituta e mãe: O meretrício como fonte <strong>da</strong> filiação ilícita na São Paulo do século <strong>XVI</strong>II. Comunicação


apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A23.doc<br />

FLORENTINO, Manolo Garcia & GÓES, José Roberto. Tráfico, parentesco e esterilização <strong>de</strong> fortunas entre os escravos do agro<br />

fluminense, séculos <strong>XVI</strong>II e XIX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996.<br />

Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A26.doc<br />

GODOY, Marcelo Magalhães & SILVA, Leonardo Viana <strong>da</strong>. As artes manuais e mecânicas na província <strong>de</strong> Minas Gerais: um perfil<br />

<strong>de</strong>mográfico <strong>de</strong> artífices e oficiais. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996.<br />

Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A27.doc<br />

NOZOE, Nelson & MOTTA, José Flávio. Os arre<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> cafeicultura. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A28.doc<br />

TELAROLLI JUNIOR, Rodolpho. Fragmentos do cotidiano sob uma epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> febre amarela no interior Paulista. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no X <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong>, 1996. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A29.doc<br />

<strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEP</strong> -- <strong>2008</strong><br />

Caxambu, 29 <strong>de</strong> setembro a 3 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />

ANDRADE, Leandro Braga <strong>de</strong>. Senhor ou Camponês? Economia e estratificação social em Minas Gerais no século XIX. Mariana:<br />

1821-1850. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3<br />

<strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1427.pdf<br />

RESUMO. Este estudo almejou, a partir do panorama sócio-econômico <strong>de</strong> Minas Gerais na primeira meta<strong>de</strong> do século XIX,


apresentar uma abor<strong>da</strong>gem micro-regional <strong>da</strong> estratificação social e <strong>da</strong> aplicação do trabalho livre e escravo em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

escravistas e/ou camponesas. O predomínio <strong>da</strong> agropecuária na economia mineira manteve a estrutura escravista, porém também<br />

mostrou formas <strong>de</strong> organização do trabalho calca<strong>da</strong>s na mão-<strong>de</strong>-obra livre, como o trabalho camponês, centro <strong>da</strong> discussão que<br />

evi<strong>de</strong>nciamos. Nossos esforços concentraram-se na abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong> alguns povoamentos do interior do termo <strong>de</strong> Mariana, extenso<br />

município <strong>da</strong> região central <strong>de</strong> Minas Gerais, on<strong>de</strong>, predominavam, na primeira meta<strong>de</strong> do século XIX, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s agropastoris.<br />

Foram analisa<strong>da</strong>s listas nominativas <strong>de</strong> habitantes e inventários post-mortem <strong>de</strong> chefes <strong>de</strong> domicílios <strong>da</strong> freguesia <strong>de</strong> Furquim no<br />

período que se esten<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1821 a 1850, quando a produção e circulação <strong>de</strong> alimentos consoli<strong>da</strong>ram-se como eixo central <strong>da</strong><br />

economia mineira. As uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s produtivas que utilizavam majoritariamente o trabalho livre ou um pequeno número <strong>de</strong> escravos<br />

se assemelhavam em suas características econômicas, <strong>de</strong>mográficas e produtivas. Dessa forma a pesquisa i<strong>de</strong>ntificou certa<br />

flui<strong>de</strong>z e indistinção no tocante à possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> incluir a pequena proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> escravos em categorias como "camponês" ou<br />

"escravista". Por outro lado, a pesquisa mostrou uma significativa capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acumulação <strong>da</strong> elite escravista local, composta<br />

por fazen<strong>de</strong>iros, como na Freguesia <strong>de</strong> Furquim, e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s comerciantes, como na vila se<strong>de</strong> do termo <strong>de</strong> Mariana.<br />

ANDREAZZA, Maria Luiza. Categorias sociais e espaciais produzi<strong>da</strong>s pelo recenseamento <strong>de</strong> homens <strong>de</strong> Curitiba <strong>de</strong> 1765.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong><br />

<strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1361.pdf<br />

RESUMO. A comunicação se ocupa em <strong>de</strong>talhar um exercício <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s palavras utiliza<strong>da</strong>s na lista <strong>de</strong> 1765 para<br />

i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong> que forma elas serviram para categorizar e estabelecer diferenças entre as pessoas e os lugares, no termo <strong>da</strong> vila <strong>de</strong><br />

Curitiba. É <strong>de</strong> conhecimento geral a ampla variação dos indicadores coletados pelos primeiros recenseamentos coloniais, parte<br />

<strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> orientação homogênea e parte <strong>de</strong>vido ao arbítrio dos responsáveis localmente por sua elaboração. É nessa<br />

relativa autonomia <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais que, creio eu, o pesquisador po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as categorias sociais que estavam ativas.<br />

Já que as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> capitania não enviaram critérios para enquadrar a população, é legitimo supor que os recenseadores<br />

rotularam as pessoas no interior <strong>de</strong> categorias que, a eles, <strong>de</strong>tinham significados para <strong>de</strong>marcar as singulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos<br />

integrantes <strong>da</strong>quele corpo social. Longe <strong>de</strong> ser um treinamento <strong>de</strong> positivismo histórico, a intenção foi colher as categorias<br />

'vivas', que construíram os sujeitos sociais presentes na lista <strong>de</strong> 1765. Subjaz essa intenção a crença <strong>de</strong> ser a taxionomia<br />

po<strong>de</strong>roso instrumento <strong>de</strong> análise social. Com efeito, <strong>da</strong> atenção aos elementos presentes nas fontes documentais, po<strong>de</strong> resultar<br />

uma multiplicação <strong>de</strong> atores sociais que, sob critérios exclusivos <strong>de</strong> sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong> e condição, correm o risco <strong>de</strong> se manterem na<br />

opaci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

BACELLAR, Carlos <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> Prado. "Achados ao primeiro cantar dos galos": os subterfúgios do abandono <strong>de</strong> crianças na vila<br />

<strong>de</strong> Itu, capitania <strong>de</strong> São Paulo, 1698-1798. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>,


Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1178.pdf<br />

RESUMO. Esta comunicação preten<strong>de</strong> analisar a prática do abandono <strong>de</strong> crianças na vila <strong>de</strong> Itu, capitania <strong>de</strong> São Paulo, no<br />

intervalo entre 1698 e 1798. Contando com registros vitais bastante bem preservados, tem-se a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhar a<br />

prática do enjeitamento ao longo <strong>de</strong> um século <strong>de</strong> profun<strong>da</strong>s transformações econômicas, graças à introdução <strong>da</strong> lavoura<br />

canavieira. Para além dos <strong>da</strong>dos estatísticos, contudo, preten<strong>de</strong>mos analisar a excepcional riqueza qualitativa dos registros <strong>de</strong><br />

batismos <strong>de</strong>ssas crianças para o intervalo específico entre 1732 e 1778, em que <strong>de</strong>talhes preciosos sobre os personagens que<br />

achavam ou acolhiam, bem como horários e locais do abandono, foram minuciosamente anotados pelos párocos, possibilitando<br />

melhor conhecer está prática costumeira <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> colonial brasileira.<br />

BORGES, Luiz Adriano Gonçalves. Doação e família nos testamentos <strong>de</strong> Curitiba e São José dos Pinhais, século XIX.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong><br />

<strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1432.pdf<br />

RESUMO. Os sistemas <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> herança eram partes essenciais <strong>da</strong>s estratégias <strong>de</strong> reprodução social familiar no Brasil<br />

Colonial e Imperial, sendo assim um importante aspecto para se compreen<strong>de</strong>r a própria formação familiar brasileira. No presente<br />

trabalho, verificamos as doações testamentárias para estu<strong>da</strong>r aspectos <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s relações familiares e <strong>de</strong> parentesco, ou<br />

seja, para verificar que significados as pessoas atribuíam a ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> laço familiar e <strong>de</strong> parentesco. Para tal estudo foram<br />

coletados 50 testamentos referentes à primeira meta<strong>de</strong> do século XIX em Curitiba, e 30 testamentos <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

século em São José dos Pinhais. A forma testamentária <strong>de</strong> doação - a terça parte <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> dos bens que podia ser disposta<br />

livremente pelo testador - possuía uma importante característica que era a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> com que os bens seriam dispostos. Isto se<br />

configura com um importante aspecto dos testamentos para se perceber relações familiares.<br />

CHAGAS, Paula Roberta & NADALIN, Sérgio Odilon. Para o mundo e para a eterni<strong>da</strong><strong>de</strong>: a i<strong>da</strong><strong>de</strong> do batismo nas atas paroquiais<br />

(Curitiba, séculos <strong>XVI</strong>II-XIX). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu<br />

(MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_972.pdf<br />

RESUMO. A historiografia tem apontado para a ausência <strong>de</strong> informações nos registros paroquiais arrolados na América<br />

portuguesa, a respeito <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> em que as crianças eram batiza<strong>da</strong>s. Trata-se <strong>de</strong> evidência documental característica até, pelo<br />

menos, as primeiras déca<strong>da</strong>s dos oitocentos, o que tem compelido os especialistas brasileiros em Demografia Histórica a<br />

consi<strong>de</strong>rarem a <strong>da</strong>ta do Batismo como equivalente à do nascimento. Alguns vigários que exerceram seu ministério na Paróquia<br />

<strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>da</strong> Luz dos Pinhais <strong>de</strong> Curitiba, inusita<strong>da</strong>mente, anotaram esses <strong>da</strong>dos nas atas concernentes aos anos <strong>de</strong>1729


a 1763, calando-se novamente até 1836. Acompanhando uma tendência que parece se generalizar nas paróquias brasileiras no<br />

século XIX, a partir do ano seguinte (1837) a informação torna-se corriqueira nas atas <strong>de</strong> catolici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isso nos permite construir<br />

uma base <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos comparativa e realizar análises críticas a respeito do intervalo entre o nascimento e a <strong>da</strong>ta do Batismo,tendo<br />

como fundo as disposições <strong>da</strong> Igreja (Constituições do Arcebispado <strong>da</strong> Bahia, 1707). Da mesma forma, possibilita que realizemos<br />

algumas inferências relaciona<strong>da</strong>s à importância assumi<strong>da</strong> pelo Sacramento no imaginário <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> colonial. O mencionado<br />

acima explica o primeiro recorte cronológico (1729); <strong>da</strong>do que na maior parte dos oitocentos a informação é usual, <strong>de</strong>cidimos<br />

encerrar o estudo em 1849, como que assinalando, a partir <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século XIX, as profun<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças<br />

institucionais e estruturais que viriam.<br />

CUNHA, Maisa Faleiros <strong>da</strong>. Criando gado, plantando roças: trajetórias familiares e escravidão em uma vila paulista. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível<br />

em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1394.pdf<br />

RESUMO. Este trabalho tem como ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> a morte trágica <strong>da</strong> escrava Adriana em fins <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1870. Adriana foi<br />

vítima <strong>de</strong> seu próprio marido, o escravo Damião. Este po<strong>de</strong>ria ter sido mais um crime ocorrido entre pessoas conheci<strong>da</strong>s, não<br />

fosse o fato <strong>de</strong> Adriana e Damião terem nascido em uma mesma escravaria, seus pais terem sido companheiros <strong>de</strong> cativeiro e<br />

seus proprietários <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>rem <strong>de</strong> uma conheci<strong>da</strong> família do nor<strong>de</strong>ste paulista (e sul <strong>de</strong> Minas), a dos Junqueira. Através do<br />

acompanhamento dos cativos e <strong>de</strong> seus proprietários em diversas fontes nominativas, reconstituímos as trajetórias familiares <strong>de</strong><br />

Adriana, Damião e <strong>de</strong> outros escravos. A<strong>de</strong>mais, foi possível vislumbrar o processo migratório mineiro na região, as estratégias<br />

senhoriais <strong>de</strong> composição <strong>da</strong>s escravarias e <strong>de</strong> transmissão <strong>da</strong> posse cativa, bem como as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas em que<br />

estavam engajados os proprietários e seus respectivos escravos.<br />

FARIA, Sheila Siqueira <strong>de</strong> Castro. Aspectos <strong>de</strong>mográficos <strong>da</strong> alforria no Rio <strong>de</strong> Janeiro e em São João <strong>de</strong>l Rey entre 1700 e 1850.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong><br />

<strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1431.pdf<br />

RESUMO. O trabalho preten<strong>de</strong> discutir a conquista <strong>da</strong> alforria e as opções <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong>. A pesquisa apresenta<br />

<strong>da</strong>dos que permitem questionar tanto a presumível pequena quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alforrias na população escrava quanto a inexorável<br />

pobreza dos libertos. Utilizo as cartas <strong>de</strong> alforria ou <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, os registros <strong>de</strong> crianças libertas na pia batismal e as alforrias<br />

testamentárias, além <strong>de</strong> testamentos e inventários <strong>de</strong> forros nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Rio <strong>de</strong> Janeiro e <strong>de</strong> São João <strong>de</strong>l Rey, entre 1700 e<br />

1850. Foco o estudo nas mulheres forras, em particular as ricas e escravistas pretas-minas, analisando as heranças culturais e<br />

condições materiais que as fizeram privilegia<strong>da</strong>s no acesso à liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e ao acúmulo <strong>de</strong> bens. Também apresento a formação <strong>da</strong>s


famílias <strong>de</strong>ssas forras, pressupondo que as organizavam em função <strong>de</strong> suas culturas africanas.<br />

FREITAS, Denize Terezinha Leal. Quem casa na freguesia Madre <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> Porto Alegre? A formação social através dos<br />

registros paroquiais <strong>de</strong> casamento (1772 - 1806). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>,<br />

<strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1222.pdf<br />

RESUMO. O presente trabalho procura investigar a formação social porto-alegrense a partir <strong>da</strong> análise dos registros paroquiais <strong>de</strong><br />

casamento do Livro 1 - Paróquia Nossa Senhora Mãe <strong>de</strong> Deus - Porto Alegre - 1772 a 1806. Tem como objetivo principal <strong>de</strong>stacar o<br />

papel <strong>da</strong>s relações matrimoniais na constituição populacional porto-alegrense durante o período colonial. Através <strong>da</strong> análise<br />

<strong>de</strong>mográfica preten<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar, a partir <strong>de</strong> um primeiro olhar quantitativo, características peculiares formaliza<strong>da</strong>s mediante o<br />

ato matrimonial, priorizando o perfil dos indivíduos que compõem o cenário <strong>da</strong> região em meados do século <strong>XVI</strong>II. Esse trabalho<br />

<strong>de</strong> pesquisa procura mostrar os primeiros ensaios do processo <strong>de</strong> quantificação dos <strong>da</strong>dos paroquiais <strong>de</strong> Porto Alegre para o<br />

período colonial, que por sua vez se insere no Projeto <strong>de</strong> Pesquisa: "População e Família no Brasil Meridional dos meados do<br />

século <strong>XVI</strong>II às primeiras déca<strong>da</strong>s do século XIX". Esta comunicação busca <strong>da</strong>dos sobre o evento e informações sobre os<br />

indivíduos que se casam, como a naturali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos noivos e o estado matrimonial.<br />

GODOY, Marcelo Magalhães & PAIVA, Clotil<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>. Um estudo <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação censitária em listas nominativas e<br />

uma aproximação <strong>da</strong> estrutura ocupacional <strong>da</strong> província <strong>de</strong> Minas Gerais. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1352.pdf<br />

RESUMO. Para o período pré-censitário, os estudos <strong>de</strong> estruturas ocupacionais <strong>de</strong> populações <strong>de</strong> espaços regionais do Brasil<br />

basearam-se, em larga medi<strong>da</strong>, em <strong>da</strong>dos originários <strong>de</strong> listas nominativas <strong>de</strong> habitantes. Entretanto, parece que pouco se<br />

realizou no sentido <strong>de</strong> avaliar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>ssa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong>mográfica, mormente <strong>da</strong><br />

informação <strong>de</strong> ocupação. Também se po<strong>de</strong> afirmar que o exame do comportamento <strong>de</strong>mográfico <strong>da</strong> população brasileira do<br />

século XIX quase sempre se pautou, ain<strong>da</strong> que implicitamente, pela consi<strong>de</strong>ração do caráter próprio a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s fortemente<br />

vinca<strong>da</strong>s pelo relativo isolamento geográfico, assim como pelo pronunciado condicionamento <strong>da</strong>s específicas configurações <strong>de</strong><br />

suas economias regionais. To<strong>da</strong>via, parece que muito se precisa avançar na direção <strong>da</strong> compreensão <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> interna às<br />

gran<strong>de</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s político-administrativas ou, em outra forma, <strong>de</strong> elementos que imponham tratamento regionalizado dos<br />

espaços provinciais. Ain<strong>da</strong> é preciso enfatizar a relevância <strong>de</strong> procedimentos metodológicos que intentem enfrentar as<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s inerentes a essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>mográfica ou, em outros termos, ao imprescindível estudo dos limites<br />

e possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>mográficos produzidos segundo critérios nunca inteiramente recuperáveis. Como para qualquer tipo<br />

<strong>de</strong> fonte histórica, a utilização <strong>de</strong> listas nominais <strong>de</strong> habitantes <strong>de</strong>ve ser precedi<strong>da</strong> <strong>de</strong> crítica que contemple a consistência interna


e externa do documento, bem como que estabeleça, como mencionado, suas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e limites. São objetivos do estudo: i.<br />

evi<strong>de</strong>nciar a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> avaliação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação censitária em listas nominativas <strong>de</strong> habitantes do século XIX;<br />

ii. propor classificação, segundo a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, para as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s espaciais <strong>de</strong> informação do Censo <strong>de</strong> 1831-32,<br />

realizado na província <strong>de</strong> Minas Gerais; iii. apresentar resultados preliminares e gerais <strong>da</strong> estrutura ocupacional <strong>de</strong> Minas, com<br />

base no referido Censo, e que contemplam a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> regional <strong>da</strong> província.<br />

MARTINEZ, Cláudia Eliane Parreiras Marques. População, trabalho e gênero na transição do sistema escravista: Vale do<br />

Paraopeba/MG. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set.<br />

a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1456.pdf<br />

RESUMO. Esta comunicação estu<strong>da</strong> aspectos relacionados à população e às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s no vale do<br />

Paraopeba, entre 1840 e 1914. A pesquisa realiza<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong>s listas nominativas <strong>de</strong> 1831/32 e do Censo <strong>de</strong> 1872 mostrou que o<br />

fim do trabalho cativo alterou substancialmente a economia e a vi<strong>da</strong> dos paraopebanos. Concomitantemente à agricultura <strong>de</strong><br />

abastecimento é preciso ressaltar que a fiação <strong>de</strong> algodão e a tecelagem constituíram ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s essenciais e que marcaram<br />

fortemente o trabalho no campo e nos centros urbanos. Aos <strong>da</strong>dos censitários somou-se, ain<strong>da</strong>, um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos composto<br />

por 762 inventários post-mortem; sendo 452 para o período imperial e 310 para o republicano. O conjunto <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos reunidos<br />

<strong>de</strong>monstrou que, longe <strong>de</strong> ser uma exceção, o trabalho <strong>de</strong> fiar e tecer utilizou largamente o trabalho escravo. Tais constatações<br />

reforçam a historiografia recente que evi<strong>de</strong>ncia a importância do trabalho feminino (livre e escravo) e como esse foi fun<strong>da</strong>mental<br />

para a dinamização <strong>da</strong> economia e <strong>da</strong>s relações <strong>de</strong> gênero. Por fim, foi possível constatar também que mesmo diante do inevitável<br />

fim <strong>da</strong> escravidão, as regiões liga<strong>da</strong>s ao abastecimento interno, especialmente o vale do Paraopeba, não abriram mão <strong>de</strong> seus<br />

cativos. Os motivos que levaram os donos <strong>de</strong> fazen<strong>da</strong>s e sítios a manter sua escravaria, até a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1880, foram vários como<br />

se po<strong>de</strong>rá observar na apresentação e no <strong>de</strong>senvolvimento do artigo.<br />

MONSMA, Karl. Negros, imigrantes e brasileiros brancos no oeste paulista, início do século XX: indícios <strong>de</strong> um censo municipal e<br />

outras fontes nominais. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29<br />

<strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1003.pdf<br />

RESUMO. Ain<strong>da</strong> se sabe pouco - e se supõe muito - sobre as semelhanças e diferenças nas condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e nas<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s abertas para imigrantes e brasileiros, sobretudo brasileiros negros, nas primeiras déca<strong>da</strong>s após a abolição. Este<br />

trabalho compara várias características <strong>de</strong>mográficas e econômicas <strong>de</strong> negros, brasileiros brancos, e distintos grupos imigrantes<br />

- principalmente italianos, espanhóis, portugueses, alemães e "turcos" - no início do século XX em um município produtor <strong>de</strong> café<br />

do Centro-Oeste paulista. A fonte principal é um censo do município <strong>de</strong> São Carlos realizado em 1907, que é um dos poucos


censos <strong>da</strong>quela época que inclui informação sobre a cor dos enumerados, classificados como "pretos", "mulatos" ou "brancos".<br />

Relacionando este censo com outras fontes nominais, principalmente o Estatística agrícola e zootechnica <strong>de</strong> 1904-5, o trabalho<br />

compara os vários grupos étnico-raciais no que diz respeito à ocupação, à estrutura familiar, à alfabetização e às probabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> obter terras ou outras formas <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Também relaciona várias características individuais e familiares com as chances<br />

<strong>de</strong> adquirir proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s e com a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alfabetização <strong>da</strong> nova geração. Delineando algumas <strong>da</strong>s vantagens e<br />

<strong>de</strong>svantagens <strong>da</strong>s coletivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s focaliza<strong>da</strong>s, este trabalho contribui para explicar as diferenças étnicas e raciais no grau <strong>de</strong><br />

mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> social observa<strong>da</strong>s nas déca<strong>da</strong>s subseqüentes. Também revela a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> situações sociais e oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

existentes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> grupo.<br />

MOTTA, José Flávio. Velhos no cativeiro: posse e comercialização <strong>de</strong> escravos idosos. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong><br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1015.pdf<br />

RESUMO. Neste artigo nossa atenção é <strong>de</strong>dica<strong>da</strong> às pessoas que vivenciaram o cativeiro até uma etapa mais avança<strong>da</strong> <strong>de</strong> suas<br />

vi<strong>da</strong>s, no Brasil do século XIX. Mais especificamente, trabalhamos esse contingente <strong>de</strong> escravos velhos com base em dois<br />

recortes distintos (inclusive <strong>da</strong> perspectiva temporal), ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les aplicado ao estudo <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong> paulista.<br />

O texto é dividido em três partes. Na primeira, proce<strong>de</strong>mos à <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> faixa etária que enten<strong>de</strong>mos mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para<br />

i<strong>de</strong>ntificar os cativos idosos analisados: 50 ou mais anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Na segun<strong>da</strong>, preocupamo-nos com a caracterização do<br />

conjunto <strong>de</strong>ssas pessoas (seu "estoque", por assim dizer) existente em Bananal na abertura do Oitocentos (1801); privilegiamos<br />

tanto variáveis <strong>de</strong>mográficas como econômicas (sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, estado conjugal, origem, tamanho do plantel <strong>de</strong> escravos, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

realiza<strong>da</strong>s nos respectivos domicílios, relações <strong>de</strong> família etc.). Na terceira parte do artigo, estu<strong>da</strong>mos a participação dos cativos<br />

<strong>de</strong> mais i<strong>da</strong><strong>de</strong> no fluxo <strong>de</strong> escravos comercializados na locali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Piracicaba (Constituição). Examinamos as transações<br />

registra<strong>da</strong>s naquele município no período 1861-1887 e enfocamos algumas características <strong>da</strong>s pessoas idosas que compuseram<br />

ditas transações, a exemplo <strong>de</strong> suas aptidões/ocupações e <strong>de</strong> sua negociação isola<strong>da</strong> ou em conjunto com pessoas <strong>de</strong> suas<br />

famílias. Enfatizamos a proporção <strong>de</strong> idosos nos distintos tipos <strong>de</strong> tráfico (local, intra e interprovincial) durante essa etapa<br />

<strong>de</strong>rra<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> escravidão no Império brasileiro. O texto completa-se com nossas consi<strong>de</strong>rações finais, às quais se seguem o rol<br />

<strong>da</strong>s referências bibliográficas efetua<strong>da</strong>s.<br />

MOURA FILHO, Heitor Pinto <strong>de</strong>. Escravos em Pernambuco, 1560-1872. Ensaio <strong>de</strong> reconstituição macro<strong>de</strong>mográfica. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível<br />

em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1035.pdf<br />

RESUMO. Este trabalho apresenta um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>mográfico para representar a evolução do contingente <strong>de</strong> escravos africanos e


<strong>de</strong> seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes numa província brasileira - neste caso, em Pernambuco - <strong>de</strong> 1560 a 1872. A principal conclusão proposta<br />

neste estágio <strong>da</strong> pesquisa é a confirmação <strong>de</strong> que as conheci<strong>da</strong>s combinações <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e fecundi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>ntro dos amplos intervalos divulgados pela historiografia, po<strong>de</strong>m <strong>de</strong> fato gerar populações nos tamanhos e, principalmente,<br />

com as composições etárias e <strong>de</strong> sexo aponta<strong>da</strong>s pelos primeiros <strong>da</strong>dos censitários disponíveis. Tais combinações também<br />

reforçam as análises basea<strong>da</strong>s na hipótese <strong>de</strong> que o tráfico foi o gran<strong>de</strong> motor do crescimento <strong>da</strong> população <strong>de</strong> escravos e <strong>de</strong><br />

seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes. A mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong>mográfica é uma vertente metodológica ain<strong>da</strong> pouco explora<strong>da</strong> no Brasil, complementar à<br />

reunião <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos novos a partir <strong>de</strong> fontes primárias e à análise crítica <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos agregados. As principais vantagens <strong>da</strong><br />

mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong>mográfica são a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar, em etapas seqüenciais, a compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s diversas informações que<br />

emergem <strong>da</strong>s novas pesquisas com os <strong>da</strong>dos até então conhecidos e a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> certo contexto <strong>de</strong><br />

informações, gerar <strong>da</strong>dos indisponíveis e indicadores impossíveis <strong>de</strong> serem calculados unicamente a partir dos <strong>da</strong>dos existentes.<br />

Essa capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> "ir além" dos <strong>da</strong>dos históricos <strong>de</strong>corre <strong>da</strong> lógica <strong>da</strong> equação <strong>de</strong>mográfica. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>scrito apresenta, em<br />

formato ain<strong>da</strong> preliminar, resultados que congregam duas <strong>da</strong>s principais fontes atuais sobre a <strong>de</strong>mografia <strong>de</strong> Pernambuco até o<br />

século XIX: a série histórica <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> africanos <strong>de</strong> Silva & Eltis e os <strong>da</strong>dos do Censo <strong>de</strong> 1872.<br />

PETIZ, Silmei <strong>de</strong> Sant´Ana. A reconstituição <strong>de</strong> famílias escravas: parentesco e famílias entre os cativos <strong>de</strong> Mateus Simões Pires,<br />

Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Pedro, 1750-1835. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>,<br />

Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1219.pdf<br />

RESUMO. Na presente comunicação pretendo apresentar uma parte <strong>da</strong> pesquisa que <strong>de</strong>senvolvo sobre as famílias escravas <strong>da</strong><br />

capitania - <strong>de</strong>pois província -, do Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Pedro, entre 1750 e 1835, período <strong>de</strong> pleno funcionamento do tráfico<br />

atlântico. Procuro <strong>de</strong>monstrar que, diferentemente do que foi enfatizado pela historiografia tradicional, o escravo não apenas foi<br />

bastante representativo nesta região <strong>de</strong> economia interna, volta<strong>da</strong> para agropecuária, como também teve acesso a relações<br />

sociais estáveis. Para <strong>de</strong>senvolver essas idéias fun<strong>da</strong>mento o presente trabalho numa associação entre análise estatística e<br />

estudos <strong>de</strong> casos que visam ampliar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>duzir estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> nas relações entre cativos, ultrapassando a simples<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> contínua presença <strong>de</strong>ssas relações parentais, através <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> gerações <strong>de</strong> cativeiro, ou seja, do estudo sobre<br />

como se comportavam <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s famílias no interior <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais. Em especial, pelo acompanhamento em<br />

diferentes documentos, (registros paroquiais <strong>de</strong> batismos, óbitos e casamentos, inventários post-mortem, censos e ações <strong>de</strong><br />

liber<strong>da</strong><strong>de</strong>), para os mesmos grupos <strong>de</strong> escravos, como o que será apresentado através do plantel <strong>de</strong> Mateus Simões Pires que,<br />

sem ser tomado como representativo, apresenta-se como um instrumento importante, principalmente para a análise <strong>de</strong><br />

estratégias <strong>de</strong> relação interpessoal. Essas famílias, compreendi<strong>da</strong>s como "formas <strong>de</strong> controle", e "manutenção <strong>de</strong> paz" para os<br />

senhores, representavam para os escravos "estratégias <strong>de</strong> sobrevivência" e "resistência cotidiana". Fossem elas consagra<strong>da</strong>s<br />

pela Igreja Católica ou não, foram, sem dúvi<strong>da</strong>, alicerces para a vi<strong>da</strong> comunitária dos cativos ain<strong>da</strong> que se tenham constituído e


mantido no tempo contando, também, com os reflexos do ciclo familiar dos senhores, como preten<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>monstrar no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>da</strong> pesquisa.<br />

RESTITUTTI, Cristiano Corte. A circulação entre o Rio <strong>de</strong> Janeiro e o Sul <strong>de</strong> Minas Gerais, c. 1800-1830. Comunicação apresenta<strong>da</strong><br />

no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1659.pdf<br />

RESUMO. Este artigo expõe os resultados do cruzamento <strong>de</strong> duas fontes conheci<strong>da</strong>s: os livros dos registros <strong>da</strong> capitania <strong>de</strong><br />

Minas Gerais e os <strong>de</strong>spachos <strong>de</strong> escravos e passaportes <strong>de</strong> tropas <strong>da</strong> Intendência <strong>da</strong> Polícia <strong>da</strong> Corte. Descreve-se<br />

introdutoriamente a conjuntura comercial do Sul <strong>de</strong> Minas em princípios do século XIX a partir <strong>da</strong>s fontes dos registros. No corpo<br />

do trabalho <strong>de</strong>monstram-se as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> análise conjunta <strong>da</strong>s fontes. Sugerem-se novas percepções <strong>da</strong>s fontes a partir<br />

do cruzamento. Ampliam-se as críticas às fontes. Apresentam-se possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> análise para a micro-história do tropeirismo e<br />

do tráfico <strong>de</strong> escravos.<br />

RIOS, Ana Maria Lugão & COSTA, Carlos Eduardo C. Migração <strong>de</strong> negros no pós-abolição: duas fontes para um problema.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong><br />

<strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1269.pdf<br />

RESUMO. A partir <strong>da</strong> reconstituição <strong>de</strong> genealogias <strong>de</strong> famílias <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> escravos do Vale do Paraíba o artigo<br />

<strong>de</strong>screve processos migratórios que iniciam principalmente a partir <strong>da</strong> geração dos filhos <strong>de</strong> ex-escravos. Discute-se também<br />

estratégias familiares <strong>de</strong> migração e reassentamento, o <strong>de</strong>stino final e a permanência ou ruptura <strong>de</strong> vínculos. Um outro aspecto<br />

ressaltado neste estudo será a metodologia emprega<strong>da</strong>. Utiliza-se como fontes entrevistas com <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> escravos<br />

(principalmente netos) e a reconstituição genealógica a partir <strong>de</strong>stes relatos, e o registro civil <strong>de</strong> nascimento. A combinação dos<br />

dois tipos <strong>de</strong> fontes se mostrou complementar e permitiu reforçar conclusões sugeri<strong>da</strong>s em separado nos dois corpus <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos.<br />

RODARTE, Mário Marcos Sampaio & SANTOS JÚNIOR, José Maria dos. A estrutura ocupacional revisita<strong>da</strong>: uma proposta <strong>de</strong><br />

correção dos <strong>da</strong>dos do Recenseamento Geral do Império <strong>de</strong> 1872. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1854.pdf<br />

RESUMO. O Recenseamento Geral do Império <strong>de</strong> 1872 passou por alguns estudos críticos <strong>de</strong> muito rigor, que apontaram erros <strong>de</strong><br />

soma e na impressão <strong>da</strong> publicação, <strong>de</strong>ntre outros. Até então, as correções propostas tinham sido insuficientes para eliminar as<br />

suas inconsistências, que acabam por comprometer as análises, em especial, aquelas volta<strong>da</strong>s à áreas menores, como paróquias<br />

ou termos. O presente trabalho objetiva apresentar, pela primeira vez, o Método do Resultado Predominante (MRP), que foi


<strong>de</strong>senvolvido pelo núcleo <strong>de</strong> pesquisa do Ce<strong>de</strong>plar e a distribuição dos <strong>da</strong>dos ocupacionais do Censo <strong>de</strong> 1872 resultante <strong>de</strong>sse<br />

processo <strong>de</strong> correção. Em síntese, o MRP baseia-se no cotejamento dos <strong>da</strong>dos disponíveis no Censo <strong>de</strong> 1872 e na eliminação, por<br />

automação, <strong>da</strong>s suas inconsistências internas, mantendo a diretiva <strong>de</strong> minimização <strong>de</strong> interferência sobre o <strong>da</strong>do original. Como<br />

resultado, surpreen<strong>de</strong>u o fato <strong>de</strong> que totalizações paroquiais realiza<strong>da</strong>s a partir dos <strong>da</strong>dos corrigidos pelo MRP passaram a<br />

correspon<strong>de</strong>r, exatamente, com os resultados <strong>de</strong> agregados provinciais divulgados pela Diretoria Geral <strong>de</strong> Estatística (DGE),<br />

órgão <strong>de</strong> estatística encarregado <strong>de</strong> fazer o censo. Evi<strong>de</strong>ncia-se <strong>de</strong>sse modo, que a aplicação do MRP tornou os <strong>da</strong>dos paroquiais<br />

mais confiáveis. À luz dos resultados apresentados, procura-se contribuir com o <strong>de</strong>bate na historiografia sobre a estrutura<br />

ocupacional <strong>da</strong> população na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do Século XIX.<br />

SANTOS JÚNIOR, José Maria dos & STENNER, Marcel. A distribuição ocupacional mineira oitocentista: resultados a partir <strong>de</strong><br />

métodos <strong>de</strong> análise regional. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu<br />

(MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1817.pdf<br />

RESUMO. Este estudo tenciona caracterizar a província <strong>de</strong> Minas Gerais na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1830 através <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong>s ocupações<br />

em diversos níveis, seja por distrito ou por município. Os métodos <strong>de</strong> análise regional utilizados nesse trabalho dizem respeito ao<br />

agrupamento por cluster, seja pela lógica fuzzy ou crisp, além <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> componentes principais. O trabalho também tenta<br />

evi<strong>de</strong>nciar as diferenças entre as diversas técnicas <strong>de</strong> classificação através dos resultados obtidos. O outro método <strong>de</strong> estatística<br />

multivariado empregado é Análise <strong>de</strong> Componente Principais, que cria uma visão mais explicativa dos indivíduos relacionado<br />

com suas variáveis. A estimativa <strong>da</strong>s ocupações para a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1830 foi elabora<strong>da</strong> tendo como base as Listas Nominativas <strong>de</strong><br />

1831/32. Toma-se como hipótese principal a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> caracterizar as locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s mineiras do século XIX, a partir <strong>de</strong><br />

divisão regional basea<strong>da</strong> em critérios <strong>de</strong> época. A espaciali<strong>da</strong><strong>de</strong>, longe <strong>de</strong> ser a única possível, foi construí<strong>da</strong> por Godoy (1996)<br />

com o intuito <strong>de</strong> diferenciar o território mineiro. Perante o <strong>de</strong>safio proposto <strong>de</strong> traçar as características mineiras com os métodos<br />

<strong>de</strong> estatística multivaria<strong>da</strong>, este texto buscou tratar o espaço <strong>da</strong> população mineira no século XIX mediante as técnicas <strong>de</strong> análise<br />

regional. O resultado <strong>da</strong> análise <strong>de</strong>ste trabalho é muito próxima <strong>da</strong> classificação <strong>de</strong> centrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>scrita na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Ro<strong>da</strong>rte (1999). Observou-se que as ocupações mineiras foram muito relacionados com a localização geográfica, seja perto <strong>da</strong><br />

Corte, seja em entrepostos comerciais, ou então, abundância <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> produção, como minérios e terra para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

agropecuárias. De certo, este trabalho surgiu como uma contribuição para mostrar o espaço do mercado <strong>de</strong> trabalho mineiro, e<br />

reagrupar locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que <strong>de</strong>tinham ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s homogêneas.<br />

SCOTT Dario. A Contribuição <strong>da</strong> matemática no realce <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> documentos históricos. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong><br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1297.pdf


RESUMO. Os problemas enfrentados pelos historiadores que se utilizam <strong>de</strong> fontes documentais manuscritas, como os registros<br />

paroquiais, colocam questões que nos estimularam a encontrar soluções viáveis para o tratamento <strong>de</strong> fontes documentais que<br />

po<strong>de</strong>m ter sofrido a ação do tempo e/ou as más condições <strong>de</strong> conservação e armazenamento. Além <strong>da</strong>s vantagens óbvias <strong>da</strong><br />

melhoria <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s imagens <strong>da</strong>s Fontes Paroquiais, <strong>de</strong>ve ser ressalta<strong>da</strong> ain<strong>da</strong>, a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> preservação<br />

<strong>de</strong> um patrimônio histórico documental, que po<strong>de</strong> estar correndo risco <strong>de</strong> se per<strong>de</strong>r. Uma <strong>da</strong>s formas mais eficientes <strong>de</strong><br />

conseguir alcançar o realce <strong>de</strong>ssas imagens digitais é através <strong>da</strong> morfologia matemática, ramo do processamento e análise não<br />

linear <strong>de</strong> imagens, que permite processar imagens com o objetivo <strong>de</strong> realçar, segmentar e <strong>de</strong>tectar bor<strong>da</strong>s, entre várias outras<br />

aplicações. O objetivo <strong>de</strong>sta comunicação é mostrar as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s imagens digitais<br />

manuscritas, o que facilitaria o trabalho do pesquisador na leitura e interpretação dos documentos originais.<br />

SILVA, Dafne Sponchiado Firmino <strong>da</strong>. Os eventos vitais em Campinas nas primeiras déca<strong>da</strong>s do século XX. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível<br />

em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1048.pdf<br />

RESUMO. Este trabalho busca verificar as transformações ocorri<strong>da</strong>s nos Anuários Demógrafo-sanitários, no período <strong>de</strong> 1901 a<br />

1928, principalmente no que diz respeito à agregação dos <strong>da</strong>dos referentes a Campinas, assim como a evolução dos eventos<br />

vitais do mesmo município. A análise se <strong>da</strong>rá a partir <strong>da</strong> elaboração <strong>de</strong> taxas brutas e curvas <strong>de</strong> sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Também será<br />

busca<strong>da</strong>, na medi<strong>da</strong> do possível, a verificação e possível inserção <strong>de</strong>stes <strong>da</strong>dos em seu contexto histórico original.<br />

TEIXEIRA, Paulo Eduardo. O compadrio entre as famílias <strong>da</strong> elite campineira: 1774-1854. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong><br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1369.pdf<br />

RESUMO. A imigração <strong>de</strong> casais mais afortunados vin<strong>da</strong> <strong>de</strong> outras locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, no início <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Campinas, bem como <strong>de</strong><br />

jovens <strong>de</strong> vilas vizinhas que, nessa mesma condição, passaram a habitar as terras campineiras foi importante para o crescimento<br />

econômico e o povoamento <strong>da</strong> vila, uma vez que passava a atrair outros grupos <strong>de</strong> pessoas. Po<strong>de</strong>mos dizer, ain<strong>da</strong>, que a<br />

permanência <strong>de</strong>ssas famílias e a formação <strong>de</strong> outras, principalmente a partir <strong>de</strong> indivíduos que passaram a nascer na própria vila,<br />

foi um sinal <strong>de</strong> que elas haviam estabelecido fortes vínculos com a terra garantindo o crescimento <strong>de</strong>ssa cama<strong>da</strong> específica <strong>da</strong><br />

população: a elite. O estabelecimento <strong>de</strong>ssas famílias <strong>de</strong> elite se <strong>de</strong>u <strong>de</strong> forma a apropriarem-se do que melhor havia naquelas<br />

paragens. No entanto, à medi<strong>da</strong> que houve uma valorização <strong>da</strong> terra com a expansão <strong>da</strong> lavoura canavieira e posteriormente com<br />

a lavoura cafeeira, notamos que algumas famílias foram mais beneficia<strong>da</strong>s pelo fato <strong>de</strong> serem os proprietários <strong>da</strong>s mesmas,<br />

constituindo-se num seleto grupo que passou a integrar a elite campineira <strong>da</strong> época. A correlação entre proprietários,<br />

representantes <strong>da</strong> câmara, chefes militares e senhores <strong>de</strong> engenho é quase total, e o compadrio entre as famílias <strong>de</strong>ssas pessoas


contribuiu para notarmos uma <strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> associações reinantes entre elas, sem dizer que o casamento entre essa mesma<br />

elite foi um traço marcante <strong>de</strong> endogamia social, prática esta que acentuou a <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica e social entre as pessoas.<br />

Enfim, esta comunicação visa <strong>de</strong>screver algumas características <strong>da</strong> elite campineira e do compadrio entre essa cama<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

população, a partir dos Registros Paroquiais <strong>de</strong> batismo e casamento, do Inventário dos Bens Rústicos <strong>de</strong> 1818, dos Registros<br />

Paroquiais <strong>de</strong> Terras <strong>de</strong> 1854, e <strong>da</strong>s Listas Nominativas <strong>de</strong> Campinas existentes para vários anos.<br />

TISOTT, Ramon Victor. Família e trabalho em lembranças <strong>de</strong> infância (Caxias do Sul, fim do séc. XIX e início do XX). Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível<br />

em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1762.pdf<br />

RESUMO. Caxias do Sul é parte <strong>da</strong> Região Colonial Italiana, no Nor<strong>de</strong>ste do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Essa área foi povoa<strong>da</strong> com<br />

europeus a partir <strong>de</strong> 1875, quando as primeiras famílias <strong>de</strong> imigrantes foram instala<strong>da</strong>s em pequenos lotes agrícolas. A socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolveu-se sobre essa base, e a família e o trabalho são consi<strong>de</strong>rados valores fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> cultura regional. Na presente<br />

comunicação, são apresentados os resultados do estudo <strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> trabalho e relações familiares durante a infância,<br />

relata<strong>da</strong>s em entrevistas que formam bancos <strong>de</strong> memória sobre a população regional. Desses acervos foram selecionados alguns<br />

relatos sobre os quais foi aplicado instrumental teórico-metodológico necessário para o uso <strong>de</strong>ssas fontes orais na construção<br />

<strong>da</strong> narrativa histórica.<br />

TRUZZI, Oswaldo Mário Serra & BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. População e economia cafeeira: São Carlos, 1907.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong><br />

<strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1108.pdf<br />

RESUMO. No município <strong>de</strong> São Carlos, localizado na região central do estado <strong>de</strong> São Paulo, a formação <strong>de</strong> uma população se<br />

iniciou ain<strong>da</strong> na primeira meta<strong>de</strong> do século XIX, com as primeiras fazen<strong>da</strong>s toca<strong>da</strong>s a braço escravo. Nos anos oitenta, quando o<br />

café já predominava, o município se inseriu na vigorosa economia cafeeira paulista, com a chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> ferrovia. São Carlos<br />

acompanhou assim a transição <strong>de</strong> uma economia toca<strong>da</strong> a braço escravo para outra toca<strong>da</strong> por colonos 'livres', <strong>de</strong> origem<br />

européia, sobretudo italiana. Menos <strong>de</strong> duas déca<strong>da</strong>s após a abolição do cativeiro, a composição racial <strong>da</strong> população alterou-se<br />

significativamente, em <strong>de</strong>corrência do gran<strong>de</strong> afluxo <strong>de</strong> imigrantes europeus e, provavelmente também, ain<strong>da</strong> que em menor grau,<br />

<strong>de</strong>vido à saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> ex-escravos do município. Esse aporte diversificado se reproduziu no levantamento censitário realizado no<br />

município em 1907, que abrangeu a compilação dos <strong>da</strong>dos referentes a 38.642 indivíduos que então habitavam o município. Este<br />

recenseamento registrou o levantamento <strong>da</strong>s seguintes características <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> indivíduo <strong>da</strong> população: nome, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, estado civil,<br />

profissão, sexo, cor e nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Além <strong>de</strong>ssas, incluiu ain<strong>da</strong> duas variáveis binárias (sim/não) referentes a ser ou não


proprietário e a saber ler ou não. A compilação dos indivíduos e <strong>de</strong> suas respectivas características encontra-se ain<strong>da</strong> agrupa<strong>da</strong><br />

segundo a situação domiciliar <strong>da</strong> população no território. Esse trabalho busca analisar as características gerais <strong>da</strong> população do<br />

município coleta<strong>da</strong>s por este censo. Sua relevância <strong>de</strong>riva <strong>da</strong> ausência <strong>de</strong> levantamentos populacionais no período em questão,<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong>s as conheci<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ficiências do censo <strong>de</strong> 1900 e o longo período <strong>de</strong> 34 anos <strong>de</strong> intermitência entre os censos <strong>de</strong> 1886 e 1920,<br />

mais confiáveis.<br />

VALADAS, Marcelo Silveira. <strong>Estudos</strong> sobre a população e a família em Porto Alegre no século <strong>XVI</strong>II: registros paroquiais como<br />

fonte <strong>de</strong> informações históricas. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu<br />

(MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1311.pdf<br />

RESUMO. A presente comunicação <strong>de</strong>screve características referentes aos registros paroquiais existentes no Arquivo Histórico<br />

<strong>da</strong> Cúria Metropolitana <strong>de</strong> Porto Alegre. O período <strong>de</strong> análise começa em 1772 e vai até meados do século XIX. Utiliza-se <strong>da</strong>s<br />

Constituições Primeiras do Arcebispado <strong>da</strong> Bahia para verificar quais eram as normas indica<strong>da</strong>s para a elaboração dos assentos<br />

<strong>de</strong> batismos, casamentos e óbitos. Além disso, também irão ser compara<strong>da</strong>s as informações existentes nestes registros<br />

produzidos para Freguesia Madre <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> Porto Alegre com as <strong>de</strong> outras locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a partir <strong>de</strong> trabalhos que analisaram este<br />

tipo <strong>de</strong> fonte histórica. Por fim, são elaborados breves comentários sobre a metodologia utiliza<strong>da</strong> na coleta e armazenamento <strong>da</strong>s<br />

informações contempla<strong>da</strong>s neste trabalho.<br />

VALENCIA VILLA, Carlos Eduardo. Demografía histórica <strong>de</strong> la familia esclava y el empleo <strong>de</strong> métodos estocásticos. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível<br />

em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1620.pdf<br />

RESUMEN. La <strong>de</strong>mografía histórica ha asumido durante déca<strong>da</strong>s el problema <strong>de</strong> la composición familiar en épocas preestadísticas.<br />

Para tal cosa, se han usado diversi<strong>da</strong>d <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> investigación y se han empleado innumerables fuentes <strong>de</strong><br />

información, entre ellas la inferencia estocástica, entendi<strong>da</strong> como el cálculo <strong>de</strong> estructuras <strong>de</strong> probabili<strong>da</strong>d para las variables<br />

<strong>de</strong>mográficas <strong>de</strong> las familias. Esta herramienta ha resultado <strong>de</strong> vital importancia para resolver las limitaciones que tienen las<br />

<strong>de</strong>scripciones estadísticas y los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>terministas. Sin embargo, su uso aun continúa limitado y son pocas las<br />

investigaciones en historia que recurren a ella. En ese sentido, esta ponencia propone el empleo <strong>de</strong> técnicas estocásticas para<br />

avanzar en el conocimiento <strong>de</strong> la familia esclava más allá <strong>de</strong> la pura <strong>de</strong>scripción que permiten las fuentes, sobre todo por la vía <strong>de</strong><br />

la inferencia a partir <strong>de</strong> la información encontra<strong>da</strong> en El análisis directo <strong>de</strong> los documentos. En particular, el texto usa como<br />

ejemplo el cálculo <strong>de</strong> las estructuras <strong>de</strong> probabili<strong>da</strong>d para los patrones <strong>de</strong> endogamia-exogamia entre los esclavos y manumitidos<br />

<strong>de</strong> Río <strong>de</strong> Janeiro en El siglo XIX, usando 17.650 cartas <strong>de</strong> libertad para manumitidos y 4.072 registros <strong>de</strong> esclavos urbanos.


VALENTIN, Agnaldo & MOTTA, José Flávio & COSTA, Iraci <strong>de</strong>l Nero <strong>da</strong>. Quando os <strong>de</strong>veres eram muitos: distribuição e<br />

concentração <strong>da</strong> riqueza a partir <strong>de</strong> inventários post-mortem na presença <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> riqueza líqui<strong>da</strong> negativa. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível<br />

em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1171.pdf<br />

RESUMO. Analisamos a distribuição e concentração <strong>da</strong> riqueza concernente a 678 inventários <strong>de</strong> duas locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Vale do<br />

Ribeira paulista (Iguape e Xiririca), abertos entre 1800 e 1880. De início, distinguimos a distribuição <strong>da</strong> riqueza bruta (soma <strong>de</strong><br />

todos os bens e haveres pertencentes ao inventariado) e <strong>da</strong> riqueza líqui<strong>da</strong> (riqueza bruta <strong>de</strong>duzi<strong>da</strong>s as dívi<strong>da</strong>s passivas). Este<br />

segundo padrão realoca a posição <strong>de</strong> 64% dos patrimônios, <strong>de</strong>stacando-se cerca <strong>de</strong> 10% cuja riqueza liqui<strong>da</strong> revelou-se negativa.<br />

Utilizando como referência a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica vincula<strong>da</strong> ao inventariado, avaliamos o impacto do uso <strong>da</strong>s duas medi<strong>da</strong>s na<br />

distribuição <strong>da</strong> riqueza e propomos a utilização <strong>de</strong> um índice <strong>de</strong> Gini que possibilita a incorporação <strong>de</strong>stes valores negativos.<br />

VIEIRA JÚNIOR Antonio Otaviano. Das minas ao Cariri: trajetória <strong>de</strong> uma família no Ceará (séc. <strong>XVI</strong>II). Comunicação apresenta<strong>da</strong><br />

no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_930.pdf<br />

RESUMO. Buscando aprofun<strong>da</strong>r o <strong>de</strong>bate sobre as dinâmicas populacionais do Sertão <strong>da</strong> pecuária, nosso trabalho tem como<br />

objetivo analisar alguns aspectos <strong>da</strong> ilegitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> no Ceará do século <strong>XVI</strong>II a partir do estudo <strong>de</strong> caso. A trajetória que servirá<br />

como fomento <strong>da</strong> análise é a trajetória <strong>da</strong> relação entre um tropeiro vindo <strong>da</strong>s Minas e uma escrava oriun<strong>da</strong> <strong>de</strong> Sergipe, e que<br />

formam uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> familiar nos "Cariris-Novos". A base documental é composta <strong>de</strong> Registros <strong>de</strong> Batismos <strong>de</strong> filhos ilegítimos<br />

no Ceará (1750-1822) e os Ca<strong>de</strong>rnos do Promotor do Tribunal do Santo Ofício <strong>de</strong> Lisboa; essas fontes <strong>de</strong> pesquisa possibilitam<br />

explorar a relação entre dinâmica econômica cearense e os marcadores sociais <strong>de</strong> gênero e <strong>de</strong> estamento social.<br />

GARCIA, Ricardo Alexandrino & OLIVEIRA, Aline Silva <strong>de</strong> & MELO, Ana Carolina Andrino <strong>de</strong>. A evolução regional <strong>da</strong> população<br />

brasileira entre 1870 e 1940. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu<br />

(MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docspdf/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1169.pdf<br />

RESUMO. O Brasil vem recentemente disponibilizando uma série <strong>de</strong> informações sobre as características <strong>da</strong> população brasileira<br />

durante a primeira meta<strong>de</strong> do séc. XX. A análise <strong>de</strong>ssas informações não permite, no entanto, <strong>de</strong>terminar a evolução <strong>da</strong> estrutura<br />

etária, por sexo e grupos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> qüinqüenais, do contingente populacional do país e <strong>de</strong> suas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s constituintes, ao longo<br />

dos anos anteriores a 1940. Esse estudo teve por objetivo inferir a respeito <strong>da</strong> evolução <strong>de</strong>cenal <strong>da</strong> população brasileira entre os<br />

anos <strong>de</strong> 1870 e 1940, segundo o sexo e grupos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> qüinqüenais. Para tanto, mo<strong>de</strong>los empíricos para a <strong>de</strong>sagregação <strong>de</strong>


contingentes populacionais agregados em agrupamentos etários <strong>de</strong>cenais foram elaborados, baseado em mais <strong>de</strong> 11 mil<br />

pirâmi<strong>de</strong>s etárias conheci<strong>da</strong>s. Esses mo<strong>de</strong>los foram inspirados nos métodos <strong>de</strong> interpolação osculatória, do tipo spague e karupking.<br />

Uma vez estima<strong>da</strong>s as populações, por sexo e grupos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> qüinqüenais, <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s administrativas do país, nos anos<br />

em que houve Censos Demográficos (1872, 1890, 1900, 1920 e 1940), po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>rivar a evolução <strong>de</strong>cenal <strong>da</strong> estrutura etária<br />

<strong>de</strong>ssas locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s ao longo <strong>da</strong>s sete déca<strong>da</strong>s anteriores a 1940. Por fim, analisou-se as transformações do nível e <strong>da</strong> estrutura<br />

etária <strong>da</strong> população brasileira e <strong>de</strong> suas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s administrativas, agrega<strong>da</strong>s nas atuais Regiões Geográficas, entre 1870 e 1940.<br />

CAMPOS. Kátia Maria Nunes. Antônio Dias <strong>de</strong> Vila Rica: aspectos <strong>de</strong>mográficos <strong>de</strong> uma paróquia colonial (1763-1773).<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong><br />

<strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docspdf/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1596.pdf<br />

RESUMO. A socie<strong>da</strong><strong>de</strong> colonial brasileira apresenta características fun<strong>da</strong>mentais como altos índices <strong>de</strong> ilegitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, formas<br />

específicas <strong>de</strong> casamento e constituição <strong>de</strong> famílias e eleva<strong>da</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> populacional, além do papel prepon<strong>de</strong>rante exercido<br />

pelo regime escravista na formação e evolução <strong>da</strong>s estruturas sócio-<strong>de</strong>mográficas coloniais. Em geral, tais características<br />

inviabilizam a aplicação <strong>da</strong> técnica <strong>de</strong> reconstituição <strong>de</strong> famílias <strong>de</strong> Henry ao contexto brasileiro. Nesse sentido, este trabalho<br />

propõe o método <strong>de</strong> reconstituição <strong>de</strong> paróquias <strong>de</strong> Amorim como alternativa metodológica, explorando seu potencial analítico no<br />

estudo <strong>da</strong> Paróquia do Antônio Dias, termo <strong>de</strong> Vila Rica, no período <strong>de</strong> 1763 a 1773, baseado em registros paroquiais e fontes<br />

suplementares. Embora a paróquia seja <strong>de</strong> pequenas dimensões, o banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos produzido reúne milhares <strong>de</strong> fichas<br />

pertencentes a indivíduos <strong>de</strong> sucessivas gerações. Os registros se apresentam bastante regulares, sem lacunas perceptíveis,<br />

num enca<strong>de</strong>amento cronológico excelente, seja entre registros, seja entre as folhas ou na sucessão dos livros. O método <strong>de</strong><br />

reconstituição paroquial permite que as informações sejam organiza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> tal forma que o indivíduo possa ser acompanhado,<br />

não apenas na sua trajetória pessoal, mas também inserido na família e no seu grupo social. A amostra base para a análise inicial<br />

revela algumas <strong>de</strong>ssas potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Apesar do reduzido período <strong>de</strong> análise (1763-1773) e <strong>de</strong>ficiências dos <strong>da</strong>dos, o método se<br />

mostrou satisfatório na recuperação <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e filiação <strong>da</strong> população <strong>de</strong> mães <strong>da</strong>s crianças nasci<strong>da</strong>s no período,<br />

sendo cre<strong>de</strong>nciado para aplicação em outras áreas e períodos.<br />

BASTOS, Sênia. Coleção Papéis Avulsos: fontes <strong>de</strong> pesquisa para estudos populacionais. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong><br />

<strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docspdf/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1095.pdf<br />

RESUMO. A coleção Papéis Avulsos compreen<strong>de</strong> a documentação recebi<strong>da</strong> e expedi<strong>da</strong> pela Câmara Municipal <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo, referente ao período 1714-1909, custodia<strong>da</strong> pelo Arquivo Histórico Municipal Washington Luiz. Apesar <strong>da</strong> or<strong>de</strong>nação<br />

cronológica, nenhum outro critério foi adotado para sistematizar os documentos, visando a sua enca<strong>de</strong>rnação em 2.058 volumes.


Pareceres <strong>de</strong> engenheiros, médicos e <strong>de</strong> comissões especiais; relatórios <strong>de</strong> fiscais; projetos, diretrizes e orçamentos <strong>de</strong> obras<br />

públicas; guias <strong>de</strong> encaminhamento para sepultar-se na condição <strong>de</strong> pobre; quadros estatísticos mensais dos sepultamentos<br />

realizados no Cemitério Municipal <strong>da</strong> Consolação (inaugurado em 1858); relação <strong>de</strong> impostos arreca<strong>da</strong>dos; recenseamentos por<br />

quarteirão; sugestões, pareceres, proposições legislativas e <strong>de</strong>cisões dos vereadores; solicitações <strong>de</strong> alvarás e licenças;<br />

correspondências, entre outros itens, foram ali reunidos. As dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> manuseio dos volumes, <strong>de</strong> natureza e tamanho<br />

diferenciados, alia<strong>da</strong>s a falta <strong>de</strong> divulgação <strong>de</strong> seu conteúdo, têm contribuído para o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> sua importância<br />

enquanto fonte <strong>de</strong> pesquisa para os estudos populacionais. Visando exemplificar a riqueza <strong>de</strong>ssa documentação, optou-se por<br />

abor<strong>da</strong>r as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s por portugueses, durante o período 1850 a 1888, e acompanhar as trajetórias em diferentes<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ocupações e en<strong>de</strong>reços. As informações presentes nas fontes analisa<strong>da</strong>s foram reuni<strong>da</strong>s em um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos<br />

contendo corpus relativos a ca<strong>da</strong> imigrante, <strong>de</strong> forma a contemplar: origem, a <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> chega<strong>da</strong> ao Brasil, a <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> naturalização,<br />

o estado conjugal, a profissão ou ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> exerci<strong>da</strong> e o en<strong>de</strong>reço.<br />

TROVÃO, Cassiano José Bezerra Marques & ALMEIDA, José Ta<strong>de</strong>u <strong>de</strong>. Dilemas <strong>da</strong> ruptura: notas sobre etnias e transição no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho <strong>da</strong> região <strong>de</strong> Campinas ao final do século XIX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docspdf/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1702.pdf<br />

RESUMO. No contexto <strong>de</strong> um <strong>de</strong>bate a respeito <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s étnicas no espaço nacional durante a sua consoli<strong>da</strong>ção<br />

conquanto 'projeto <strong>de</strong> nação', o presente artigo propõe realizar algumas discussões no que concerne à reestruturação do<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho na região <strong>de</strong> Campinas (SP) ao final do século XIX. Em um contexto <strong>de</strong> aquecimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica,<br />

alia<strong>da</strong> à progressiva extinção <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra escrava no território nacional, busca-se, através <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e <strong>de</strong> uma<br />

revisão bibliográfica a respeito do tema, verificar que Campinas reorganizou sua <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por mão-<strong>de</strong>-obra a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

1880, com a introdução maciça do trabalho assalariado <strong>de</strong> natureza imigrante, e <strong>da</strong><strong>da</strong> a falência do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> tráfico<br />

interprovincial. Não obstante, a sucessiva ocupação do espaço urbano por negros recém-libertos, alocados em ocupações <strong>de</strong><br />

caráter rudimentar, aprofundou problemas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> gêneros <strong>de</strong> subsistência - com a ocupação total <strong>da</strong>s áreas rurais<br />

pelo café, que li<strong>de</strong>rava o crescimento econômico no 'Oeste Paulista' - que culminaram em crises <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública e epi<strong>de</strong>mias na<br />

déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1890, reor<strong>de</strong>nando os espaços rural e urbano e conduzindo a novas on<strong>da</strong>s <strong>de</strong> investimento que consoli<strong>da</strong>rão uma<br />

vocação industrial para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> no século XX.<br />

SIQUEIRA, Cláudia Gomes <strong>de</strong>. Distritos e <strong>de</strong>smembramentos municipais: Explorando <strong>da</strong>dos do século XIX para o estudo <strong>da</strong>s<br />

configurações político-territoriais dos municípios. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong><br />

<strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docspdf/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1726.pdf


RESUMO. Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>mográficos do século XIX, particularmente os <strong>de</strong> 1854 a 1890, disponibilizados tanto pelos censos<br />

provinciais e nacionais, trazem uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informações sobre a população dos municípios paulistas, <strong>de</strong> acordo com os<br />

diferentes distritos que os compõem. A análise <strong>de</strong>sses <strong>da</strong>dos, numa perspectiva histórica, fornece elementos ain<strong>da</strong> pouco<br />

explorados para o estudo <strong>da</strong> configuração territorial dos municípios. A partir <strong>de</strong> um aporte teórico interdisciplinar entre a<br />

Demografia e a Ciência Política, elaborou-se um tipo <strong>de</strong> análise que consi<strong>de</strong>ra tanto os <strong>da</strong>dos populacionais referentes aos<br />

distritos como os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>smembramentos municipais nos processo <strong>de</strong> configuração político-territorial dos municípios.<br />

Diante disso, o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é apresentar a aplicação <strong>de</strong>ssa análise a casos específicos do estado <strong>de</strong> São Paulo,<br />

particularmente o município <strong>de</strong> Campinas, on<strong>de</strong> se observa que diferentes populações em diferentes espaciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s no âmbito<br />

municipal, a partir <strong>de</strong> processos, <strong>de</strong>nominados diferenciações político-territoriais, contribuem para diferentes configurações<br />

territoriais. Consi<strong>de</strong>ra-se que uma análise comparativa <strong>de</strong>ssa natureza contribui para a compreensão <strong>de</strong> diferentes processos<br />

atuais <strong>de</strong> expansão urbana, entre eles a metropolização e a fragmentação do espaço.<br />

BOTELHO, Tarcísio R. & PAIVA, Clotil<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>. Políticas <strong>de</strong> população no Período Joanino. Participação em mesa redon<strong>da</strong> do<br />

<strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>Populacionais</strong>, <strong>ABEP</strong>, Caxambu (MG), 29 <strong>de</strong> set. a 3 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro<strong>2008</strong>/docsPDF/<strong>ABEP</strong><strong>2008</strong>_1404.pdf<br />

RESUMO. O propósito do paper é explorar algumas dimensões do que po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>nominar <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> população posta<br />

em prática durante o período que vai <strong>da</strong> chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> Família Real ao Brasil (1808) até a conjuntura que marca a separação política<br />

entre Brasil e Portugal (1822). Preten<strong>de</strong>-se evi<strong>de</strong>nciar um conjunto <strong>de</strong> aspectos que mostram preocupações sistemáticas dos<br />

governantes ao longo <strong>de</strong>sses anos em gerir a população do território brasileiro. Em primeiro lugar, há o empenho em contar o<br />

contingente populacional através <strong>de</strong> levantamentos estatísticos que não são sistemáticos mas que expressam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

maior rigor na obtenção <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> <strong>da</strong>do. Em segundo lugar, há a tentativa <strong>de</strong> se estabelecer uma política imigrantista na nova<br />

conjuntura que se abre com o fim do exclusivo colonial; nesse sentido, busca-se a fixação <strong>de</strong> portugueses e estrangeiros tanto<br />

para ocupar espaços consi<strong>de</strong>rados vazios como para "civilizar" os habitantes <strong>da</strong> colônia americana.<br />

IX ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA - ANPUH-RS<br />

Porto Alegre 14 a 18 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />

ALADRÉN, Gabriel. Experiências <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> em tempos <strong>de</strong> guerra: pretos e pardos nas Guerras Cisplatinas (1811-1828).<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Disponível em:


http://www.eeh<strong>2008</strong>.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos<br />

RESUMO. Este trabalho trata <strong>da</strong>s experiências <strong>de</strong> pretos e pardos durante as Guerras Cisplatinas (1811-1828). São observa<strong>da</strong>s as<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> social abertas aos pretos e pardos durante os conflitos, fossem escravos, libertos ou livres. Analisase<br />

a campanha militar luso-brasileira contra o General Artigas, a partir do estudo <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> escravos fugidos que se alistaram<br />

nas fileiras do exército artiguista. Também é analisado o temor <strong>da</strong> classe senhorial rio-gran<strong>de</strong>nse e <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras<br />

com a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> revoltas <strong>de</strong> escravos durante a Guerra <strong>da</strong> Cisplatina (1825-1828). As fontes utiliza<strong>da</strong>s foram processos<br />

criminais, petições <strong>de</strong> libertos, cartas <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e listas <strong>de</strong> revistas <strong>de</strong> tropas.<br />

AMARAL, Daniela Gonçalves. Mães solteiras em Porto Alegre Colonial (1772-1822). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

BECKER, Carolina Bitencourt. O uso dos registros <strong>de</strong> óbitos para estu<strong>da</strong>r a morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos escravos <strong>de</strong> Santa<br />

Maria <strong>da</strong> Boca do Monte, <strong>de</strong> 1844 a 1882. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto<br />

Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

CARDOZO, José Carlos <strong>da</strong> Silva. População e Família no Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Pedro. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Este estudo refere-se à antiga Capitania/Província do Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Pedro, estu<strong>da</strong>ndo especificamente a antiga região <strong>de</strong><br />

Porto Alegre. Essa locali<strong>da</strong><strong>de</strong> conta com poucos estudos sobre o comportamento <strong>de</strong>mográfico <strong>da</strong> população e <strong>da</strong> família, entre os<br />

séculos <strong>XVI</strong>II e XIX. Esta pesquisa busca, através dos métodos e técnicas <strong>da</strong> Demografia Histórica e <strong>da</strong> História <strong>da</strong> Família, trazer<br />

uma contribuição para essa temática, explorando fontes seria<strong>da</strong>s compostas pelos registros paroquiais <strong>de</strong> batismo, casamento e<br />

óbito <strong>da</strong> antiga Paróquia Nossa Senhora Madre <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> Porto Alegre que estão <strong>de</strong>positados no Arquivo Histórico <strong>da</strong> Cúria<br />

Metropolitana <strong>de</strong> Porto Alegre, analisando os anos <strong>de</strong> 1772 a 1835 (recorte temporal <strong>de</strong>finido no Projeto "População e Família no<br />

Brasil Meridional, dos meados do século <strong>XVI</strong>II às primeiras déca<strong>da</strong>s do século XIX", financiado pelo CNPq). Na presente etapa, as<br />

fontes estão sendo fotografa<strong>da</strong>s digitalmente e as informações, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> mapea<strong>da</strong>s, organiza<strong>da</strong>s e sistematiza<strong>da</strong>s, estão sendo<br />

inseri<strong>da</strong>s em banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e analisa<strong>da</strong>s. A utilização <strong>de</strong>sses <strong>da</strong>dos tem como objetivo geral contribuir para um melhor<br />

conhecimento <strong>da</strong> população e <strong>da</strong> família no passado Rio-gran<strong>de</strong>nse, em especial as que viviam na região <strong>de</strong> Porto Alegre no<br />

período colonial e imperial. Acreditamos que essa experiência, que se esten<strong>de</strong>rá por três anos, é um piloto para futuras pesquisas<br />

que se <strong>de</strong>senvolvam a partir dos métodos e técnicas <strong>da</strong> Demografia Histórica e <strong>da</strong> História <strong>da</strong> Família no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

CHRISTILLINO, Cristiano Luis. Estratégias <strong>de</strong> família na ocupação do planalto sul-rio-gran<strong>de</strong>nse no XIX. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:


http://www.eeh<strong>2008</strong>.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos<br />

RESUMO. A ocupação efetiva <strong>da</strong>s regiões do Planalto e <strong>da</strong>s Missões do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul ocorreu na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1810, em meio à<br />

ocupação do Uruguai pela Coroa Portuguesa. Os chefes militares logo se apropriaram <strong>de</strong>stes campos que, a partir <strong>de</strong> 1833,<br />

constituíam o Município <strong>de</strong> Cruz Alta. Analisamos este processo <strong>de</strong> ocupação do planalto a partir <strong>da</strong> trajetória <strong>da</strong> família Silva<br />

Prado. A investigação <strong>de</strong>ste núcleo <strong>de</strong> tropeiros e militares paulistas permite a análise <strong>da</strong>s estratégias <strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> um<br />

patrimônio e, sobretudo, um capital político familiar, para expandir e assegurar as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s frente a uma conjuntura<br />

econômica e social marca<strong>da</strong> pelas incertezas. Por outro lado, o núcleo familiar dos Silva Prado permite a discussão sobre a<br />

pecuária na região e também sobre a erva-mate, quando a elite local passa a se apropriar dos ervais públicos.<br />

COMISSOLI, Adriano. Certezas basea<strong>da</strong>s em rumores: o <strong>de</strong>safio metodológico <strong>da</strong> reconstrução <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais por meio <strong>de</strong><br />

processos <strong>de</strong> habilitação matrimonial (Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Pedro, séculos <strong>XVI</strong>II e XIX). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

CRUZ, Fabienne. Mulheres Imigrantes: Portuguesas em Porto Alegre. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong><br />

História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

ELIAS, Roger. Parâmetros Demográficos <strong>de</strong> Batizandos Escravos (Porto Alegre - 1810 a 1835). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX<br />

<strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Famílias, escravos e pequena produção pecuária no sul do Brasil (Alegrete, 1831-1870).<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

FOLETTO, Arlene Guimarães. Rumo ao oeste: ocupação <strong>da</strong> fronteira agrária e estratégia familiar (Província <strong>da</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Pedro - meados dos oitocentos). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH -<br />

UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

FREITAS, Denize Terezinha Leal. Quem casa na Freguesia Madre <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> Porto Alegre? A formação social através dos<br />

Registros Paroquiais <strong>de</strong> Casamento (1772 - 1807). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS.<br />

Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

GOMES, Fabricio Romani. As fontes e a história do negro no pós-abolição: compartilhando experiências. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.


HAMEISTER, Martha Daisson. Três Famílias, Três Arranjos (Continente do Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Pedro, c.1737-1763). Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

HARFUCH, Lívia. I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e etnici<strong>da</strong><strong>de</strong>: Imigração ju<strong>da</strong>ico-alemã para Rolândia-PR.<br />

HEINEN, Joana Potira. Se receberão em matrimonio... indioz <strong>da</strong> al<strong>de</strong>ia, pretos <strong>de</strong> nação, naturais <strong>de</strong> Maldunado, do bispado <strong>de</strong><br />

Sam Paulo e <strong>da</strong> Ilha <strong>de</strong> Santa Catarina: Casamentos em Santo Amaro do Sul, entre 1775 e 1800. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX<br />

<strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

KÜLZER, Gláucia Giovana Lixinski <strong>de</strong> Lima. Catarina Mina e Inocêncio: fontes e possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> reconstrução do espaço sócioagrário<br />

do negro em Santa Maria (RS), 1858-1889. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS.<br />

Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

KUNIOCHI, Marcia Naomi. Proprietários e produção na constituição <strong>da</strong> Vila <strong>de</strong> Santa Vitória em meados do sec. XIX. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

LIMA, Rafael Peter <strong>de</strong>. Conivência com o tráfico: as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras e uruguaias e as escravizações na fronteira.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Disponível em:<br />

http://www.eeh<strong>2008</strong>.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos<br />

RESUMO. O presente artigo trata <strong>da</strong> participação <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras e uruguaias em casos <strong>de</strong>nunciados como <strong>de</strong><br />

escravização <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãos negros livres uruguaios a partir <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século XIX. A investigação se propõe a analisar a atitu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>stes personagens que ocuparam cargos <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> época em relação a estas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

criminosas, especialmente àquelas que se <strong>de</strong>monstraram fortemente suspeitas ou com evidências <strong>de</strong> colaboracionismo. A<br />

conjuntura <strong>da</strong> época, inaugura<strong>da</strong> com a intervenção militar brasileira no Uruguai pondo fim à Guerra Gran<strong>de</strong> (1851), será toma<strong>da</strong><br />

como referencial analítico, com especial atenção às disputas regionais e à tensão na fronteira provoca<strong>da</strong> pelo contraste entre o<br />

sistema escravista brasileiro e as leis abolicionistas legalmente váli<strong>da</strong>s em território oriental.<br />

MACHADO, Dênis Wagner & SARAIVA, Antonio Roberto Camargo. A Imigração e a reprodução do racismo no Oeste Paulista e no<br />

Sul Gaúcho. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul.<br />

<strong>de</strong> <strong>2008</strong>.


MATHEUS, Marcelo Santos & RIBEIRO, Max Roberto Pereira. Registros <strong>de</strong> batismo e famílias subalternas (Alegrete, 1820-1850).<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

MENEGAT, Carla. Consi<strong>de</strong>rações acerca <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> re<strong>de</strong> social <strong>de</strong> um casal <strong>da</strong> elite do charque: Vila <strong>de</strong> São Francisco <strong>de</strong> Paula<br />

<strong>de</strong> Pelotas, 1824-1835. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS,<br />

14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

http://www.eeh<strong>2008</strong>.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos<br />

RESUMO. Analisando documentos paroquiais, inventários e livros notariais busca-se evi<strong>de</strong>nciar <strong>de</strong> forma breve algumas <strong>da</strong>s<br />

estratégias utiliza<strong>da</strong>s entre uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> re<strong>de</strong> familiar para garantir a ampliação e manutenção <strong>de</strong> seu espaço social e<br />

econômico. Iniciando pela trajetória <strong>de</strong> dois personagens - um casal, Domingos José <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> e Bernardina Rodrigues<br />

Barcellos - as in<strong>da</strong>gações conduzem às perspectivas enuncia<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> uma breve quantificação, reconduzi<strong>da</strong> por alguns<br />

casos específicos, que revelam matizes no uso estratégico do compadrio, do matrimônio e no trânsito <strong>de</strong> recursos materiais entre<br />

indivíduos ligados por laços <strong>de</strong> parentesco. A origem geográfica comum, açoriana, surge como parte do conjunto <strong>de</strong> elementos<br />

que <strong>de</strong>terminam as peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong> familiar localiza<strong>da</strong> na Pelotas do início do Século XIX, e que tem como centro <strong>de</strong><br />

análise a família Rodrigues Barcellos.<br />

MOLET, Claudia Daiane Garcia. Da área portuária à Ca<strong>de</strong>ia: os escravos marinheiros na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong> (1868-1870).<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Etnici<strong>da</strong><strong>de</strong> e Liber<strong>da</strong><strong>de</strong>: As nações africanas e suas práticas <strong>de</strong> alforria. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

OGNIBENI. Denise. A família charqueadora pelotense no século XIX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong><br />

História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

OLIVEIRA, Vinícius Pereira <strong>de</strong>. Sobre o convés: marinheiros, marítimos e pescadores negros no mundo atlântico do Porto <strong>de</strong> Rio<br />

Gran<strong>de</strong>/RS (século XIX). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS,<br />

14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.eeh<strong>2008</strong>.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos<br />

RESUMO. O artigo busca esboçar um quadro <strong>da</strong> presença negra (escrava, liberta e livre) nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> navegação do mundo<br />

atlântico brasileiro a partir do estudo <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> portuária <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong> durante o século XIX. I<strong>de</strong>ntificados como marinheiros,


marítimos, catraieiros e pescadores os negros <strong>de</strong>sempenharam papel fun<strong>da</strong>mental nas li<strong>de</strong>s náuticas, principal forma <strong>de</strong><br />

transporte a média e longa distância do Brasil imperial. Neste trabalho procuraremos traçar algumas breves consi<strong>de</strong>rações sobre<br />

esta reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e seus personagens.<br />

OSÓRIO, Helen. Vi<strong>da</strong>s em dois momentos: o confronto <strong>de</strong> inventários com outras fontes para o estudo <strong>de</strong> patrimônios familiares.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

PERUSSATTO, Melina Kleinert. Entre classificados e libertos: emancipações escravas no contexto <strong>da</strong> Lei do Ventre Livre - Rio<br />

Pardo/RS (1871-1888). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS,<br />

14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. Disponível em:<br />

http://www.eeh<strong>2008</strong>.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos<br />

RESUMO. A partir do estudo <strong>da</strong> Lei do Ventre Livre, preten<strong>de</strong>mos explorar fontes referentes ao processo <strong>de</strong> emancipação <strong>de</strong><br />

escravos em Rio Pardo/RS (1871-1888): cartas <strong>de</strong> alforrias e a documentação produzi<strong>da</strong> pela Junta <strong>de</strong> Emancipação.<br />

Analisaremos os títulos <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> pagos e/ou condicionados à prestação <strong>de</strong> serviços, relacionando com as informações acerca<br />

do pecúlio e <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ocupacional dos escravos classificados pela Junta. Para compor o quadro <strong>da</strong>s ocupações/profissões,<br />

utilizaremos também o recenseamento <strong>de</strong>mográfico <strong>de</strong> 1872. Aliando a análise quantitativa com algumas experiências <strong>de</strong><br />

libertação e/ou classificação, acreditamos que essa investigação nos permita i<strong>de</strong>ntificar estratégias, ambigüi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, expectativas e<br />

incertezas em um contexto <strong>de</strong> transformações nas relações <strong>de</strong> trabalho e no controle social, especialmente <strong>da</strong> população escrava<br />

e egressa do cativeiro.<br />

PETIZ, Silmei <strong>de</strong> Sant'Ana. A reconstituição <strong>de</strong> famílias escravas <strong>da</strong> fronteira oeste do Rio Gran<strong>de</strong>, 1750-1835. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

PINTO, Natália Garcia. E o Trabalhador é Cativo: O Escravo Urbano e seus ofícios na Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong> [1848-1852].<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Disponível em:<br />

http://www.eeh<strong>2008</strong>.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos<br />

RESUMO. Normalmente, a historiografia rio-gran<strong>de</strong>nse discute sobre o mundo do trabalho <strong>da</strong>s charquea<strong>da</strong>s e estâncias, cuja<br />

abor<strong>da</strong>gem gira em torno do emprego <strong>da</strong> mão <strong>de</strong> obra escrava. Como seria então, o mundo do trabalho do porto, ou melhor, <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>? O espaço urbano <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> permitia a adoção do trabalho cativo? Diante disso, esta comunicação tem por<br />

objetivo buscar se no espaço citadino <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>, havia o trabalhador escravo, como fora mostrado nas pesquisas<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s nas outras ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras [São Paulo, Bahia e Rio <strong>de</strong> Janeiro], em que o mercado <strong>de</strong> trabalho era negro pelo


emprego <strong>de</strong> cativos nos serviços prestados à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> citadina. Assim sendo, essa pesquisa tem o intuito <strong>de</strong> trazer novas<br />

abor<strong>da</strong>gens sobre o mundo do trabalho citadino <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>, em meados do século XIX.<br />

SANTOS, Sherol dos. Bastardo, Tropeiro e Pardo: a inserção social <strong>de</strong> forros numa vila colonial (a família <strong>de</strong> Inácio José <strong>de</strong><br />

Mendonça - Santo Antônio <strong>da</strong> Patrulha, séc. <strong>XVI</strong>II). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS.<br />

Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

SCHLATTER, Gisele Oliveira. Nomes, trajetórias e famílias: bancos <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos sobre escravos e libertos na fronteira sul do Brasil<br />

(século XIX). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul.<br />

<strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

SCOTT, Ana Silvia Volpi. Família e relações inter-geracionais: Porto Alegre na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> dos Setecentos. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

SIQUEIRA, Ana Paula Pruner <strong>de</strong>. As relações <strong>de</strong> compadrio em terras <strong>de</strong> pecuária na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século XIX.<br />

Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Disponível em:<br />

http://www.eeh<strong>2008</strong>.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos<br />

RESUMO. O presente trabalho versa sobre as relações <strong>de</strong> compadrio estabeleci<strong>da</strong>s pela população cativa presente nos Campos<br />

<strong>de</strong> Palmas, Paraná, na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do século XIX. Visando este estudo foram arrolados os <strong>da</strong>dos dos registros <strong>de</strong> batismo e<br />

<strong>de</strong> casamento a partir <strong>de</strong> 1843 até 1888. Os livros <strong>de</strong> óbitos existentes na Diocese <strong>de</strong> Palmas começam em 1853 e foram<br />

pesquisados até 1890. Apesar do curto espaço <strong>de</strong> tempo, <strong>de</strong>vido ao início <strong>da</strong> colonização <strong>da</strong> região <strong>da</strong>tar <strong>de</strong> 1839, e <strong>da</strong> inserção<br />

<strong>de</strong> novos escravos <strong>de</strong> várias regiões, os cativos em Palmas conseguiram estabelecer laços <strong>de</strong> afeto, <strong>de</strong> proteção e <strong>de</strong> compadrio.<br />

TESSARO, Piero Alessandro Bohn. Arqueologia Histórica: uma possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> na análise <strong>da</strong> Imigração Italiana, RS. Comunicação<br />

apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

TISOTT, Ramon Victor. Aprendizes <strong>da</strong> Eberle: apontamentos sobre a formação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra e o fazer-se <strong>da</strong> classe trabalhadora<br />

em Caxias do Sul, no início do século XX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto<br />

Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

VALADAS, Marcelo Silveira. Reflexão sobre os assentos <strong>de</strong> batismos, casamentos e óbitos <strong>de</strong> Porto Alegre, <strong>de</strong> 1772 até meados


do século XIX. Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18<br />

jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Esta comunicação faz parte do projeto População e Família no Brasil meridional dos meados do século <strong>XVI</strong>II às<br />

primeiras déca<strong>da</strong>s do século XIX, na UNISINOS, coor<strong>de</strong>nado pela Professora Ana Silvia Volpi Scott. Esta proposta <strong>de</strong> estudo tem<br />

como um dos objetivos fazer o levantamento dos registros paroquiais, referentes às primeiras freguesias do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

Sendo assim, a reflexão que aqui se apresenta se <strong>de</strong>tém na análise <strong>da</strong>s informações existentes nos registros paroquiais<br />

produzidos para Nossa Senhora Madre <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> Porto Alegre e verificar se estes seguem as regulamentações <strong>da</strong>s<br />

Constituições Primeiras do Arcebispado <strong>de</strong> Bahia. O Período escolhido para esta reflexão começa em 1772 e vai até meados do<br />

século XIX. Com isso, nota-se que assentos <strong>de</strong> batismos analisados apresentam informações sobre a naturali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos avós<br />

paternos e maternos <strong>da</strong>s crianças batiza<strong>da</strong>s a partir <strong>de</strong> 1772 com exceção dos assentos produzidos para população escrava. Além<br />

disso, os assentos <strong>de</strong> óbitos, a partir <strong>de</strong> 1799, apresentam as informações sobre causa morte dos indivíduos em quase todos os<br />

assentos, tanto para livres como para escravos. To<strong>da</strong>s estas informações específicas nestes registros não são exigi<strong>da</strong>s pelas<br />

Constituições Primeiras do Arcebispado <strong>da</strong> Bahia e se continuam surgindo nos registros produzidos ao longo do século XIX. O<br />

cruzamento com outras fontes po<strong>de</strong>rá esclarecer o porquê do surgimento <strong>de</strong>stas especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Mas, <strong>de</strong> modo geral, os<br />

registros paroquiais produzidos para a paróquia Nossa Senhora Madre <strong>de</strong> Porto Alegre seguem regularmente o que está disposto<br />

pela Constituição Primeira e fornecem informações <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> para os estudos <strong>da</strong> população e <strong>da</strong> família <strong>de</strong>sta freguesia.<br />

ZUBARAN, Maria Angélica. Comemorações <strong>da</strong> Liber<strong>da</strong><strong>de</strong>: Lugares <strong>de</strong> Memórias Negras Diaspóricas. Comunicação apresenta<strong>da</strong><br />

no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.


MACHADO, Cacil<strong>da</strong>. A trama <strong>da</strong>s vonta<strong>de</strong>s: negros, pardos e brancos na produção <strong>da</strong> hierarquia social do Brasil escravista. Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, Editora Apicuri, <strong>2008</strong>.<br />

PREFÁCIO, escrito por Stuart B. Schwartz, <strong>da</strong> Yale University.<br />

Em 1984, quando fui para Curitiba como professor visitante na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, estava preparado para a<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um "outro Brasil", sobre o qual tanto ouvira falar. Como um bahianista, minha compreensão do Brasil havia sido<br />

mol<strong>da</strong><strong>da</strong> por uma história do brasil açucareiro, on<strong>de</strong> a presença <strong>da</strong> África e o peso <strong>da</strong> escravidão eram onipresentes. O Paraná, a<br />

quinta comarca, era supostamente um Brasil diferente, um lugar on<strong>de</strong> a gran<strong>de</strong> imigração do século XIX havia criado uma<br />

população peculiar, e on<strong>de</strong> a estrutura <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> fora menos afeta<strong>da</strong> pelos legados <strong>da</strong> escravidão e <strong>da</strong> raça. Durante minha<br />

esta<strong>da</strong> em Curitiba, trabalhei com ótimos colegas e estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> graduação em alguns projetos que me revelaram que, embora


muito diferente do Nor<strong>de</strong>ste, ain<strong>da</strong> assim o Paraná fazia parte <strong>da</strong> história <strong>da</strong> escravidão e <strong>da</strong>s distinções raciais que<br />

caracterizaram o país como um todo, e então, com a colaboração <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes, organizei um projeto <strong>de</strong> pesquisa, utilizando a<br />

excelente documentação disponível no Estado.<br />

Justamente em função <strong>de</strong>sta experiência eu tanto apreciei e me beneficiei do novo livro <strong>de</strong> Cuca Machado. Manipulando um<br />

largo espectro <strong>de</strong> fontes, mas fazendo uso especialmente <strong>da</strong>s admiráveis listas nominativas, antigos censos <strong>da</strong> população do<br />

su<strong>de</strong>ste brasileiro, ela realizou uma extensiva análise <strong>de</strong>mográfica, econômica e social, tendo como foco a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

José dos Pinhais no início do século XIX. Com essas listas, e com uma exaustiva investigação em outras fontes primárias<br />

regionais, Cacil<strong>da</strong> produziu um primoroso estudo, que revela a natureza <strong>da</strong> escravidão no Paraná e também o caminho através do<br />

qual as posições raciais e sociais foram construí<strong>da</strong>s e modifica<strong>da</strong>s em uma região agrícola particularmente mo<strong>de</strong>sta.<br />

Em um momento historiográfico em que a mo<strong>da</strong> é a história cultural, a autora não se intimidou e fez um livro <strong>de</strong> história social<br />

clássica, meticulosamente construí<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> fontes quantitativas e com técnicas que nos permitem ver o padrão geral no<br />

interior <strong>de</strong> um mundo rural on<strong>de</strong> nem escravos nem escravidão predominavam, mas on<strong>de</strong> a escravidão e as distinções raciais<br />

influenciavam to<strong>da</strong>s as relações sociais. Este é um Brasil rural <strong>de</strong> agregados, um mundo <strong>de</strong> pardos que, nessa frágil fronteira<br />

social, buscam libertar-se do fardo <strong>da</strong> raça por meio <strong>da</strong>s relações familiares e pessoais.<br />

O que a autora faz particularmente bem, no sentido <strong>de</strong> documentar esse processo, é o acompanhamento <strong>de</strong> casos individuais a<br />

partir do cruzamento <strong>da</strong>s listas nominativas com outras fontes, <strong>de</strong> modo a iluminar com <strong>de</strong>talhes as histórias ocultas e os<br />

motivos e objetivos velados <strong>da</strong>s pessoas, quando casavam, serviam, estabeleciam laços <strong>de</strong> compadrio, ou negociavam. É esta<br />

ligação entre uma sóli<strong>da</strong> análise quantitativa e a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sven<strong>da</strong>r histórias pessoais que lança uma nova luz sobre os<br />

padrões gerais, o que <strong>de</strong>staca o livro e faz <strong>de</strong>le uma muito bem-vin<strong>da</strong> contribuição para a história <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira.<br />

Num mundo como São José dos Pinhais, on<strong>de</strong> senhores eram raros, pequenas as escravarias, e os escravos eram minoria, o<br />

po<strong>de</strong>r <strong>da</strong> escravidão era, como Cacil<strong>da</strong> Machado nos lembra, ain<strong>da</strong> assim presente, e "provavelmente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>u menos do<br />

ilimitado po<strong>de</strong>r senhorial sobre os corpos escravos - que teoricamente a instituição pressupõe - e mais <strong>da</strong> conformação<br />

específica <strong>da</strong> trama social teci<strong>da</strong> no confronto <strong>da</strong>s vonta<strong>de</strong>s pessoais."<br />

TRABALHOS PARA OS QUAIS NÃO DISPOMOS DE RESUMOS


FREITAS, Maira <strong>de</strong> Oliveira. Inventários Post-Mortem: Retrato <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, estratégia patrimonial, proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> senhorial,<br />

posses <strong>de</strong> escravos na Comarca do Rio <strong>da</strong>s Velhas (1780/1806). Belo Horizonte, FAFICH <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais,<br />

dissertação <strong>de</strong> Mestrado, 2006.<br />

LEMOS, Carmen Silvia. A Justiça Local: os juizes ordinários e as <strong>de</strong>vassas <strong>da</strong> Comarca <strong>de</strong> Vila Rica (1750-1808). Belo Horizonte,<br />

FAFICH <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, dissertação <strong>de</strong> Mestrado, 2003.<br />

LOTT, Miriam Moura. Casamento e família nas Minas Gerais: Vila Rica (1804-1839). Belo Horizonte, FAFICH <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, dissertação <strong>de</strong> Mestrado, 2004.<br />

MACHADO, Janaína Marcon. Família e Herança na Zona <strong>da</strong> Mata Mineira: A formação do povoado <strong>de</strong> Santa Rita do Turvo: 1813-<br />

1850. Belo Horizonte, FAFICH <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, dissertação <strong>de</strong> Mestrado, 2007.

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