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XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP -- 2008

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foram somente os integrantes <strong>de</strong> famílias nucleares que buscaram legitimar seus familiares, no pós-abolição. Com as leis<br />

incentivadoras para o registro civil tardio, durante o Governo Vargas, um grupo específicos <strong>de</strong> pretos e pardos, provindos regiões<br />

<strong>de</strong> fora <strong>da</strong> Baixa<strong>da</strong>, em <strong>de</strong>staque para o Vale do Paraíba, buscaram registrar-se.<br />

COSTA, Carlos Eduardo C. <strong>da</strong>. Campesinato Negro no pós-abolição: história, memória e os Registros Civis - Vale do Paraíba e<br />

Baixa<strong>da</strong> Fluminense (1888-1940). Comunicação apresenta<strong>da</strong> no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte,<br />

20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

RESUMO. Neste estudo buscou-se discutir os <strong>da</strong>dos referentes à migração <strong>de</strong> ex-escravos e seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes do Vale do<br />

Paraíba em direção à Baixa<strong>da</strong> Fluminense, no Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro. A partir <strong>da</strong> análise serial dos Registros Civis <strong>de</strong><br />

Nascimentos do Município <strong>de</strong> Nova Iguaçu, o presente trabalho <strong>de</strong>screve processos <strong>de</strong> migração, que iniciam principalmente a<br />

partir <strong>da</strong> geração dos filhos <strong>de</strong> ex- escravos, entre as déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 20 e 30. Um <strong>da</strong>s mais importantes conclusões <strong>de</strong>ste estudo<br />

parte <strong>da</strong> análise dos registros <strong>de</strong> indivíduos que, na i<strong>da</strong><strong>de</strong> adulta, entre as déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 30 e 40, auto-<strong>de</strong>clararam o nascimento. Boa<br />

parte <strong>da</strong>s pessoas pertencentes a esta categoria são <strong>de</strong> cor preta ou par<strong>da</strong>, e têm como local <strong>de</strong> nascimento a região do Vale do<br />

Paraíba. A estabilização na Baixa<strong>da</strong> Fluminense foi outro aspecto avaliado nesse trabalho, visto que <strong>de</strong>monstrou a procura por<br />

terras próximas aos centros produtores - processo semelhante ao ocorrido na Jamaica no período do pós-abolição. O presente<br />

resumo versa sobre a Dissertação <strong>de</strong> Mestrado apresentado ao Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em História Social <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro, na área <strong>de</strong> Economia e Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em abril <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, intitula<strong>da</strong>: Campesinato Negro no Pós-Abolição: Migração,<br />

Estabilização e os Registros Civis <strong>de</strong> Nascimentos. Vale do Paraíba e Baixa<strong>da</strong> Fluminense, RJ (1888-1940).<br />

COSTA. Carlos Eduardo C. <strong>da</strong>. Campesinato negro no pós-abolição: os registros civis e a estabilização <strong>da</strong> população <strong>de</strong> cor na<br />

Baixa<strong>da</strong> Fluminense (1888-1940). Disponível em:<br />

http://www.ppghis.ifcs.ufrj.br/media/Ca<strong>de</strong>rno%20<strong>de</strong>%20Resumos.pdf<br />

RESUMO. A presente comunicação preten<strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r a problemática <strong>da</strong> migração <strong>da</strong>s famílias negras <strong>de</strong>ntro do Estado do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro. No início do século XX, com o <strong>de</strong>sgaste <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> café no Vale do Paraíba e a entra<strong>da</strong> do gado, a região <strong>da</strong> Baixa<strong>da</strong><br />

Fluminense tornou-se um dos principais locais <strong>da</strong> estabilização <strong>de</strong>ssas famílias. Efetivamente, após a abolição, gran<strong>de</strong> parte<br />

<strong>de</strong>ssas famílias permaneceu no Vale do Paraíba, em terras compra<strong>da</strong>s ou mu<strong>da</strong>ndo-se constantemente em busca <strong>de</strong> trabalho. A<br />

partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 20 do século passado, o campesinato negro começou a se <strong>de</strong>sestabilizar e ser expulso em face,<br />

principalmente, <strong>da</strong> introdução do gado e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez maior <strong>de</strong> terras <strong>de</strong> pasto. Neste estudo, buscamos<br />

compreen<strong>de</strong>r quais foram as motivações que levaram esses familiares a se estabilizarem na região <strong>da</strong> Baixa<strong>da</strong> após a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

30, seja pela produção <strong>da</strong> laranja, seja pela possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> aberta pela diversificação dos arranjos <strong>de</strong> trabalho no entorno do<br />

Município <strong>de</strong> Nova Iguaçu. Essa comunicação busca localizar on<strong>de</strong> e como essas famílias se estabilizaram. Neste trabalho<br />

utilizamos informações recolhi<strong>da</strong>s do Oficio do Registro Civil <strong>da</strong>s Pessoais Naturais <strong>da</strong> 1ª Circunscrição, localiza<strong>da</strong> no centro do

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