XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP -- 2008
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RESUMO. Na América Portuguesa foi comum o surgimento <strong>de</strong> várias irman<strong>da</strong><strong>de</strong>s religiosas especialmente <strong>de</strong> escravos, africanos,<br />
crioulos e libertos. Com constituição diversa, atuaram tanto no âmbito <strong>da</strong> <strong>de</strong>voção a santos padroeiros como na organização<br />
étnica e <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> mútua entre irmãos e <strong>de</strong>votos. Estas confrarias tornaram-se - entre outros significados - palco <strong>de</strong> criação e<br />
reinterpretação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, fossem <strong>de</strong> africanos, crioulos e setores coloniais diversos. Tema clássico na historiografia<br />
brasileira sobre o universo colonial, <strong>de</strong>staca<strong>da</strong>mente para as Minas Gerais setecentista, os estudos, entretanto, têm <strong>de</strong>stacado a<br />
formação <strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s "irman<strong>da</strong><strong>de</strong>s negras" nas gran<strong>de</strong>s vilas como Mariana e Vila Rica. Ain<strong>da</strong> sabemos pouco sobre o perfil e<br />
papel <strong>da</strong>s irman<strong>da</strong><strong>de</strong>s cria<strong>da</strong>s em outras áreas coloniais, fora dos eixos urbanos e <strong>de</strong> expansão econômica. Nesta comunicação<br />
apresentamos resultados preliminares <strong>de</strong> uma investigação em an<strong>da</strong>mento sobre a irman<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Nossa Senhora do Rosário <strong>da</strong><br />
freguesia <strong>de</strong> Guarapiranga. Levantamos questões sobre possíveis diferenças e semelhanças entre as confrarias em áreas<br />
urbanas em comparação com aquelas rurais, assim como as conexões <strong>de</strong>stas nas religiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s populares locais, consi<strong>de</strong>rando<br />
o perfil sócio-econômico, <strong>de</strong>mográfico e cultural <strong>da</strong> população <strong>de</strong> escravos, africanos, crioulos e libertos. Para ler o texto integral<br />
.<br />
PAIVA, Adriano Toledo. "O anseio por bom tratamento e honra": índios, negros e mestiços setecentistas e a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> suas<br />
i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Originalmente apresentado como comunicação no <strong>XVI</strong> <strong>Encontro</strong> Regional <strong>de</strong> História <strong>da</strong> ANPUH-MG. Belo Horizonte,<br />
20 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />
RESUMO. Esta comunicação tem por objetivo avaliar a percepção que os índios, negros e mestiços possuíam <strong>de</strong> seus papéis<br />
sociais e a configuração <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s. As fontes analisa<strong>da</strong>s nesta empreita<strong>da</strong> serão as representações e petições<br />
elabora<strong>da</strong>s por estes aos órgãos administrativos <strong>da</strong> Capitania Mineira. A legislação <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do setecentos -<br />
especialmente a <strong>de</strong> 1755, que conferiu a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> ao "gentio <strong>da</strong> terra", e o Diretório dos Índios (1757) - "retirou a infâmia" do<br />
indígena e imputou restrições sociais aos negros e aos indivíduos mesclados com esta quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Avaliaremos o impacto <strong>de</strong>stes<br />
instrumentos legais no cotidiano colonial, porque com estas <strong>de</strong>terminações, tradições, sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e papéis sociais tiveram<br />
que ser reestruturados e inventados. Observamos que o discurso empregado pelo gentio em suas petições pautava-se na<br />
construção <strong>de</strong> uma imagem <strong>de</strong> honra e prestígio a sua categoria, em contraposição ao estado e status <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>nte atribuído ao<br />
negro, vinculando-o à condição escrava. Por sua vez, os homens livres negros e suas mesclas conferiam ao gentio a imagem <strong>de</strong><br />
"<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>iros" e "in<strong>de</strong>corosos a lei do Rei e <strong>de</strong> Deus". Os indígenas, mestiços e libertos ansiavam apartar suas trajetórias <strong>da</strong><br />
escravidão, configurando vivências que os conferissem "bom tratamento e honra". Para ler o texto integral .<br />
WEIMER, Rodrigo <strong>de</strong> Azevedo. Italianos, quase italianos e africanos: i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s contrastivas numa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> negra no pósabolição.<br />
Comunicação apresenta<strong>da</strong> no IX <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. <strong>de</strong>