Fatores Associados ao Sucesso Escolar - Fundação Itaú Social
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<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>:<br />
Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos<br />
Realizados no Brasil<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por<br />
Fabiana Fabiana de de de Felicio<br />
Felicio
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Índice<br />
2 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3<br />
CAPÍTULO II. METODOLOGIA.................................................................................... 5<br />
II.1. LEVANTAMENTO E CLASSIFICAÇÕES .......................................................................... 5<br />
CAPÍTULO III. LEVANTAMENTO DE ARTIGOS E CLASSIFICAÇÕES ........... 10<br />
III.1. LEVANTAMENTO DOS ARTIGOS............................................................................... 10<br />
III.2. CLASSIFICAÇÕES POR RESULTADOS E METODOLÓGICA............................................ 11<br />
CAPÍTULO IV. O SUCESSO ESCOLAR E SEUS FATORES EXPLICATIVOS ... 14<br />
IV.1. ANÁLISE DOS RESULTADOS ENCONTRADOS NA LITERATURA................................. 15<br />
IV.2. FATORES ESCOLARES ASSOCIADOS AO SUCESSO ESCOLAR – LITERATURA<br />
NACIONAL ....................................................................................................................... 18<br />
IV.3. FATORES FAMILIARES ASSOCIADOS AO SUCESSO ESCOLAR – LITERATURA<br />
NACIONAL ....................................................................................................................... 28<br />
IV.4. SELEÇÃO DE FATORES ASSOCIADOS AO SUCESSO ESCOLAR - NA LITERATURA<br />
INTERNACIONAL .............................................................................................................. 33<br />
CAPÍTULO V. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 37<br />
CAPÍTULO VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (ESTUDOS CITADOS NA<br />
PARTE II).......................................................................................................................... 38<br />
ANEXO I. APRESENTAÇÃO GRÁFICA – RELAÇÕES ENTRE OS FATORES ASSOCIADOS E O<br />
DESEMPENHO EM EXAME PADRONIZADO (MÉTODOS CLASSE B) .................................... 39<br />
ANEXO II. APRESENTAÇÃO – RELAÇÕES ENTRE OS FATORES ASSOCIADOS E O FLUXO<br />
ESCOLAR (TODAS AS METODOLOGIAS) ............................................................................ 43<br />
ANEXO III. TABELAS COM RESULTADOS DAS CLASSIFICAÇÕES DE RESULTADOS E<br />
METODOLÓGICAS............................................................................................................. 44<br />
ANEXO 4. FATORES ASSOCIADOS AO SUCESSO ESCOLAR E OS ARTIGOS QUE O<br />
ESTUDARAM..................................................................................................................... 55
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e<br />
Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Capítulo I. Introdução<br />
Parte I. Levantamento e Classificações<br />
A baixa escolaridade média da população brasileira e a má qualidade da educação ofertada<br />
no Brasil são apontadas como principais entraves para o desenvolvimento pleno e<br />
sustentável do país. O atual momento político e econômico, entretanto, parecem<br />
especialmente favoráveis <strong>ao</strong> investimento em educação de qualidade para todas as crianças<br />
e jovens brasileiros.<br />
Em meio a um cenário de estabilidade econômica com crescimento, as preocupações de<br />
organizações da sociedade civil se voltaram à necessidade de aumentar o atendimento<br />
escolar e melhorar a qualidade do ensino ofertado no país. Como conseqüência, espera-se<br />
uma elevação do desenvolvimento econômico e social, com ganhos individuais e coletivos,<br />
redução da desigualdade social e com ela diminuição da violência, melhora nos<br />
indicadores de saúde, entre outros.<br />
Após a definição de metas ousadas para a educação brasileira, seja por iniciativas<br />
governamentais, seja pelas mãos da sociedade, abre-se um espaço para a discussão e<br />
investigação de quais são os instrumentos dos quais devemos fazer uso para atingir tais<br />
objetivos.<br />
Por não existir “manual de instruções” ou “fórmulas definitivas” para se atingir o sucesso<br />
em termos de qualidade educacional é que essa lacuna faz-se difícil de ser preenchida,<br />
deixando inseguros os dirigentes educacionais na hora de definir as políticas educacionais,<br />
mesmo aqueles mais bem intencionados e preparados. Para minimizar as dúvidas sobre<br />
como elevar o sucesso escolar é preciso esclarecer quais políticas têm impacto positivo no<br />
sistema educacional.<br />
Muitos fatores levantados como possíveis determinantes do bom desempenho escolar já<br />
têm sido investigados, especialmente em pesquisas acadêmicas. No entanto, ainda que seus<br />
resultados ultrapassem a barreira das Universidades e cheguem <strong>ao</strong>s gestores educacionais,
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
muitas vezes são de difícil compreensão, além de comumente trazerem resultados<br />
conflitantes entre eles, difíceis de serem avaliados pelos principais interessados.<br />
Para que as pesquisas acadêmicas sejam úteis <strong>ao</strong>s formuladores de política e subsidiem<br />
suas decisões, é preciso dar-lhes informação suficiente para que julguem, a partir das<br />
diferenças de qualidade das metodologias de estudo e das dimensões dos impactos<br />
medidos, a confiabilidade e segurança dos resultados apresentados.<br />
Para isso, apresenta-se aqui o projeto FASE - <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>,<br />
que tem como objetivo promover a aproximação entre as principais questões dos gestores<br />
educacionais, referentes à melhora da qualidade no sistema escolar, com os resultados da<br />
literatura científica sobre o tema, organizando e simplificando o que já se sabe sobre os<br />
possíveis determinantes do sucesso escolar, por meio dos estudos acadêmicos.<br />
O projeto FASE incluiu o levantamento e as classificações das análises, segundo seus<br />
resultados e metodologias empregadas. Além disso, foi elaborado um texto de revisão<br />
bibliográfica, com breve análise dos resultados encontrados e complementações com<br />
estudos internacionais que têm o objetivo de preencher lacunas deixadas pelo<br />
levantamento nacional.
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dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Capítulo II. Metodologia<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Para tornar amigável a avaliação dos efeitos dos fatores associados sobre o sucesso<br />
escolar, baseando-se em estudos acadêmicos realizados para o caso brasileiro, foi<br />
desenvolvida uma metodologia de classificações que busca maximizar o resultado de uma<br />
simplificação da análise do conjunto dos estudos sobre o tema, mantendo a qualidade da<br />
informação.<br />
Simplificar implica reduzir a quantidade de informação. Entretanto não é desejável omitir<br />
informações que comprometam a qualidade da análise dos resultados. Assim, o objetivo da<br />
metodologia aplicada neste estudo é oferecer, de modo fácil e agradável, informações<br />
sobre resultados obtidos pelas pesquisas sobre fatores associados, destacando a qualidade<br />
da metodologia empregada em tais estudos.<br />
Os fatores associados alvos deste projeto são aqueles relacionados à rede de ensino e <strong>ao</strong><br />
ambiente interno da escola e sua comunidade, além das questões de ambiente familiar da<br />
criança (background familiar) e efeito do grupo de convivência (peer effect, ainda pouco<br />
explorado na literatura).<br />
II.1. Levantamento e Classificações<br />
A primeira etapa do projeto consiste em levantar os estudos acadêmicos já realizados no<br />
Brasil sobre os fatores associados <strong>ao</strong> sucesso escolar - fatores escolares e não-escolares<br />
(background familiar e peer effect) e classificar cada fator estudado conforme categorias<br />
de metodologia aplicada e de resultado encontrado.<br />
II.1.1. Levantamento<br />
Para o levantamento foram considerados estudos que:
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dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
a) investiguem as seguintes variáveis de resultado: (i) rendimento ou fluxo<br />
escolar 1 (aprovação, reprovação e abandono, ou promoção, repetência e<br />
evasão) e; (ii) desempenho em exame padronizado;<br />
b) avaliem o impacto de uma ou mais variáveis sobre o sucesso escolar, a<br />
princípio, entre os temas “background familiar”; “peer effect” “gestão<br />
escolar”, “gestão municipal”, “infra-estrutura escolar”, “gestão de pessoas”,<br />
“formação e salários de professores e diretores”, “avaliação e utilização de<br />
resultados”, além de “cuidados na primeira infância – educação infantil”;<br />
c) apresentem dados que tenham uma representatividade regional, no mínimo<br />
municipal;<br />
d) sejam artigos baseados em dados nacionais;<br />
e) sejam estudos publicados em revistas acadêmicas, teses de mestrado ou<br />
doutorado, textos para discussão ou trabalhos apresentados em encontros<br />
científicos.<br />
Deve-se destacar que foi decisivo para a inclusão no levantamento que os estudos<br />
estivessem disponíveis para consulta, seja em revista publicada ou Internet, caso contrário<br />
o tempo para acessar os trabalhos poderia exceder o tempo disponível para a etapa de<br />
levantamento.<br />
Em alguns casos de interesse em que não houve estudos disponíveis na bibliografia<br />
nacional ou em caso de resultados inconclusivos nas pesquisas para o Brasil, foram ser<br />
utilizados, para a revisão bibliográfica, artigos publicados com resultados para outros<br />
países, já que estes estão disponíveis em maior quantidade.<br />
1 O rendimento escolar refere-se <strong>ao</strong> status do alunos <strong>ao</strong> final do ano letivo – aprovado, reprovado ou<br />
abandono da escola. O fluxo escolar é o expresso pelas transição de um ano letivo para outro – promovido<br />
(caso o estudante volte no ano seguinte na série posterior), repetente (quando o estudante volta na mesma<br />
série) e evadido (se o aluno não regressar à escola entre dois anos letivos).
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
II.1.2. Classificação por Metodologia<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Os artigos selecionados foram identificados pela(s) metodologia(s) utilizada(s) e as<br />
variáveis exploradas em cada um deles foram tabuladas e analisadas segundo os resultados<br />
encontrados, relativamente à desempenho e fluxo escolar. Assim, para cada item<br />
analisado, ou seja, cada variável estudada, em cada metodologia aplicada, por cada artigo,<br />
existe uma classificação de metodologia e uma de resultado, conforme definido abaixo.<br />
É comum que os artigos apresentem mais de uma estimação sobre o tema a que se dedica<br />
devido à aplicação de mais de uma especificação, metodologia ou base de dados. Quando<br />
mais de uma especificação foi utilizada em um mesmo artigo, considerou-se para as<br />
estatísticas apenas a especificação mais completa ou a destacada como principal pelos<br />
autores. Foram considerados diferentemente itens analisados de um mesmo fator e,<br />
portanto, incluídos mais de uma vez, os casos em que (i) duas metodologias foram<br />
aplicadas sem que fosse possível destacar uma como superior às demais, ou seja,<br />
pertencentes a um mesmo grupo de metodologias (de (A) a (C)) (por exemplo, quando<br />
foram aplicados <strong>ao</strong>s dados Modelos de Regressão Multinível e Quantílica ou modelos de<br />
Pareamento e Painel de Dados); (ii) mais de uma variável explicada foi utilizada (taxa de<br />
aprovação e taxa de evasão, por exemplo); (iii) fossem utilizadas duas ou mais fontes de<br />
dados, independentes (caso não observado diretamente, já que nos estudos analisados, as<br />
bases de dados diferentes foram utilizadas para avaliar variáveis respostas diferentes,<br />
enquadrando-se no caso (ii)).<br />
Para classificar as metodologia aplicadas <strong>ao</strong>s estudos de fatores associados, foram criados<br />
quatro grupos:<br />
A) experimentos aleatórios;<br />
B) métodos de avaliação de dados secundários, com correção de viés de seleção ou<br />
heterogeneidade – controle de características não-observáveis: Método de Pareamento<br />
(PSM); Métodos para Painel de Dados (PD); Variáveis Instrumentais (VI); Mínimos<br />
Quadrados Ordinários com choque exógeno (MQO_CE).<br />
C) métodos de análise de dados com controle de características observáveis, em dados<br />
seccionados: Mínimos Quadrados Ordinários (MQO); Regressão Multinível (RMN);<br />
Regressão Quantílica (QR); Modelos Logit e Probit;<br />
D) outros métodos – para citação, não incluídos nas estatísticas de classificação.
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Essa classificação deve permitir a facilidade do julgamento de qualidade da metodologia<br />
aplicada, confiabilidade e segurança dos resultados encontrados, mesmo para quem não<br />
tem domínio dos métodos de avaliação de impacto.<br />
II.1.3. Classificação por Resultados Encontrados<br />
A segunda classificação é de fundamental importância para simplificação e facilidade de<br />
extrair informações para subsidiar as decisões de investimento: a classificação de<br />
resultados encontrados para a relação entre os fatores associados e o sucesso escolar.<br />
Para a classificação dos itens analisados por resultado encontrado, a organização deu-se<br />
em seis grupos:<br />
I) impacto positivo e significativo – observa-se uma relação positiva entre o fator e a<br />
variável de resultado escolar, sendo esse resultado estaticamente significativo <strong>ao</strong> nível de<br />
10%;<br />
II) impacto positivo e não-significativo – observa-se uma relação positiva entre o fator e a<br />
variável de resultado escolar, no entanto o resultado não é estaticamente significativo;<br />
III) impacto negativo e significativo – observa-se uma relação negativa entre o fator e a<br />
variável de resultado escolar, sendo esse resultado estaticamente significativo <strong>ao</strong> nível de<br />
10%;<br />
IV) impacto negativo e não-significativo – observa-se uma relação negativa entre o fator e<br />
a variável de resultado escolar, no entanto o resultado não é estaticamente significativo;;<br />
V) resultado inconclusivo / não robusto – casos em que um mesmo estudo apresenta<br />
resultados de sinais opostos quando aplicada mesma especificação a séries diferentes ou a<br />
dados de momentos diferentes no tempo. Exceção feita quando, apesar de apresentarem<br />
sinais diferentes, foram sempre não-significativos, casos esses classificados como ‘nulo’;<br />
VI) resultado nulo – casos em que o coeficiente é menor que 0,005 ou quando em mais de<br />
uma especificação os resultados apresentaram sinais diferentes e sempre não significativos<br />
estatisticamente (esses resultados referem-se sempre a coeficientes muito pequenos, mas<br />
nem sempre menores que 0,005).
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
A classificação por resultado deve facilitar a identificação de quais são os fatores que têm<br />
efeito, positivo ou negativo, sobre o sucesso escolar, de acordo com o que os estudos<br />
acadêmicos conseguiram avaliar utilizando dados da educação brasileira.
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Capítulo III. Levantamento de Artigos e Classificações<br />
III.1. Levantamento dos Artigos<br />
10 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Para controle dos artigos, estão apresentados na Tabela 1 todos os artigos levantados e<br />
que se enquadraram nos critérios do levantamento, acima definidos. Dos quarenta e três<br />
artigos foram localizados mas chegaram a trinta e nove, porque os demais referiam-se a<br />
versões diferentes de um mesmo artigo já incluído, ou porque a variável explicada no<br />
estudo era diferente das variáveis de interesse deste estudo, entre outras exigências.<br />
Constam da Tabela de artigos levantados, as seguintes informações:<br />
• Número do artigo;<br />
• Nome do artigo;<br />
• Tipo de artigo: “AP – artigo publicado em revista científica”; ‘TA – trabalho<br />
apresentado em encontro, congresso, seminário etc”; “TE – Tese ou Dissertação<br />
concluída”; “LI – Livro publicado”; “CL – Capítulo de livro”; “TD – Texto para<br />
Discussão”; “RE – Relatório”;<br />
• Como é possível encontrar o artigo: revista, site, evento, instituição responsável;<br />
• Base de dados utilizada;<br />
• Ano de publicação ou divulgação;<br />
• Autores (1 o , 2 o e 3 o autores);
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
III.2. Classificações por resultados e metodológica<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Nas Tabelas A1 e A2, no Anexo, os fatores analisados foram classificados como ‘B’<br />
quando tratam de fatores familiares, ‘P’ quando referem-se a características do grupo<br />
que convive com o estudante e ‘S’ quando fatores escolares. Constam, ainda, de tais<br />
tabelas, o número de vezes que tal fator foi encontrado nos artigos levantados, e ainda o<br />
número de vezes que foi classificado em cada categoria de resultado e de metodologia.<br />
As variáveis utilizadas para aferir a relação entre fatores familiares e sucesso escolar são<br />
bastante coincidentes entre os estudos. A principal diferença está na forma de medir o<br />
nível sócio-econômico (NSE). Independentemente do índice ou variável utilizada, para<br />
fins da análise de impacto deste projeto, todos foram consideradas como o mesmo fator<br />
- NSE.<br />
No caso dos fatores escolares, apesar de a grande maioria dos estudos utilizar a mesma<br />
base de dados – SAEB – INEP/ MEC, como o questionário aplicado é bastante extenso,<br />
cada estudo utiliza um conjunto de variáveis ou uma diferente formatação das variáveis<br />
(dicotômicas e variáveis contínuas, por exemplo), dificultando a elaboração das<br />
estatísticas de resultados de cada fator associado. Dessa maneira, apesar de 30 artigos<br />
estarem incluídos na análise, a maior parte dos fatores estudados não se repetem ou<br />
aparecem até 2 vezes, gerando um enorme número de fatores escolares a serem<br />
analisados.<br />
Os fatores escolares foram classificados quanto à metodologia de avaliação utilizada e<br />
os resultados encontrados, conforme apresentado na Tabela A1, referente <strong>ao</strong>s efeitos<br />
sobre o desempenho escolar e Tabela A2, efeitos sobre o fluxo escolar.<br />
Ao longo da Parte II e no Anexo III, apresentam-se as estatísticas dos resultados das<br />
classificações por meio de gráficos.
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Artigo Título<br />
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série<br />
Tipo<br />
1<br />
(2000) - uma abordagem do valor adicionado TA<br />
Tabela 1. Tabulação do Levantamento de Artigos para o Projeto FASE<br />
12 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Encontrado em (Revista /<br />
Instituição / Evento) Dados Ano 1 o Autor 2 o Autor 3 o Autor<br />
XIV Encontro Nacional de<br />
Gláucia Alves<br />
Estudos Populacionais 2004 Macedo<br />
Pesquisa e Planejamento<br />
Francisco H. G.<br />
2 Qualidade e Eqüidade na Educação Fundamental Brasileira AP Econômico; V. 33; No 3 Saeb 2002 Angela Albernaz Ferreira Creso Franco<br />
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong>: Estudo Multinível com Psicologia: Teoria e Pesquisa;<br />
Josemberg M. de<br />
3<br />
Dados do SAEB/2001 AP<br />
v.23; No 1 Saeb 2007 Andrade<br />
Naercio Menezes-<br />
Jacob A. Laros<br />
4 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil TD Saeb<br />
Filho<br />
Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong>: a estratificação XV Encontro Nacional de Estudos<br />
5<br />
educacional e o efeito valor adicionado TA Populacionais 2006 Luciana Soares Luz<br />
Estado nutricional e variáveis sócio-econômicas na repetência<br />
Maria Fernanda<br />
escolar: um estudo prospectivo em crianças da primeira série em Belo Caderno Saúde Pública; v.14; No<br />
Deborah Carvalho Eugênio Marcos Furtado de Lima e<br />
6<br />
Horizonte, Brasil AP<br />
1 1998 Malta Andrade Goulart Costa<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
11<br />
O SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica:<br />
objetivos, características e contribuições na investigação da escola<br />
eficaz AP<br />
O Impacto de Políticas de Não-Repetência sobre o Aprendizado dos<br />
Alunos da 4ª Série AP<br />
O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido<br />
em Exames Padronizados TA<br />
A escola brasileira faz diferença? Uma investigação dos efeitos da<br />
escola na proficiência em Matemática dos alunos da 4a série CP<br />
Revista Brasileira de Estudos de<br />
População; v.18; No 1/2 Saeb 2001 Maria Eugénia Ferrão<br />
Pesquisa e Planejamento<br />
Econômico; V. 32; No 3 2002 Maria Eugénia Ferrão<br />
Kaizô Iwakami<br />
Beltrão Cristiano Fernandes<br />
Kaizô Iwakami<br />
Beltrão<br />
XXXV Encontro Nacional de<br />
Economia Saeb 2007 Fabiana de Felicio Lígia Vasconcellos<br />
En C. Franco (org), Promoção,<br />
ciclos e avaliação educacional.<br />
ArtMed 2001<br />
As Pesquisas sobre o Efeito das Escolas: contribuições métodológicas<br />
para a Sociologia da Educação AP Sociedade e Estado; v. 22; n. 2 2007<br />
Maria Eugénia Ferrão<br />
Barbosa Cristiano Fernandes<br />
Maria Tereza G.<br />
Alves José Francisco Soares<br />
12 O Efeito da Escola no Desempenho Cognitivo de seus Alunos<br />
REICE - Revista Eletrónica<br />
Iberoamericana sobre Calidad.<br />
Eficacia e Cambio em Educación;<br />
v. 2; No. 2 2004 José Francisco Soares<br />
Efeito-Escola e Estratificação <strong>Escolar</strong>: o impacto da composição de<br />
Maria Tereza G.<br />
13<br />
turmas por nível de habildade dos alunos AP Educação em Revista; v.45 2007 Alves José Francisco Soares<br />
Recursos Familiares e o Desempenho Cognitivo dos Alunos do DADOS - Revista de Ciências<br />
Ana Cristina Murta<br />
14<br />
Ensino Básico Brasileiro AP Sociais; v. 49; No. 3 2006 José Francisco Soares Collares<br />
15<br />
16<br />
Qualidade e Eqüidade na Educação Básica Brasileira: A Evidência do<br />
SAEB-2001 AP<br />
A Composição das Turmas e o Desempenho <strong>Escolar</strong> na Rede Pública<br />
de Ensino de Minas Gerais TE<br />
Archivos Analíticos de Políticas<br />
Educativas; v. 12; No. 38 Saeb 2004 José Francisco Soares<br />
Tese de Doutorado -Departamento<br />
de educação da PUC-Rio 2006<br />
Eleuza Maria<br />
Rodrigues Barboza<br />
Denis Paulo dos<br />
Santos
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
17<br />
18<br />
19<br />
20<br />
Indicador de Efeito Escola: uma metodologia para a identificação dos<br />
sucessos escolares a partir dos dados da Prova Brasil TD<br />
Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em<br />
painel dos dados do Saeb TD<br />
Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a<br />
Proficiência <strong>Escolar</strong> TA<br />
A Relação entre Freqüência <strong>Escolar</strong> e Renda Familiar no Brasil -<br />
1981-1999 AP<br />
21 Reprovação, Avanço e Evasão <strong>Escolar</strong> no Brasil AP<br />
22 O Projeto Pedagógico e os Resultados <strong>Escolar</strong>es AP<br />
23 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil AP<br />
24 Causes and Consequences of Grade Repetition: Evidences for Brazil AP<br />
25<br />
Texto para Discussão No. 27 -<br />
Inep/MEC 2007<br />
Texto para Discussão No. 28 -<br />
Inep/MEC 2007<br />
XXXIV Encontro Nacional de<br />
Economia 2006 Andréa Zaitune Curi<br />
Pesquisa e Planejamento<br />
Econômico; V. 35; No 2 2005 Lígia Vasconcellos<br />
Pesquisa e Planejamento<br />
Econômico; V. 32; No 3 417-452 2003<br />
O Impacto dos <strong>Fatores</strong> Familiares sobre a Defasagem Idade-Série de<br />
Crianças no Brasil AP RBE 2006<br />
26 Avaliando o Impacto da Progressão Continuada no Brasil AP RBE 2008<br />
27<br />
28<br />
Ação Jovem: Avaliando o Impacto de um Programa de Transferência<br />
de Renda Condicional em São Paulo TA<br />
Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding<br />
reform in Brazil AP<br />
29 A Relação Entre Violência nas Escolas e Proficiência dos Alunos TE<br />
13 - 64<br />
Amaury Patrick<br />
Gremaud Fabiana de Felicio<br />
Roberta Loboda<br />
Biondi Fabiana de Felicio<br />
Fernanda Leite Lopez<br />
de Leon<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Naércio Aquino<br />
Menezes Filho<br />
Naércio Aquino<br />
Menezes-Filho<br />
Roberta Loboda<br />
Biondi<br />
Pesquisa e Planejamento<br />
Econômico; V. 32; No 3 2002 Creso Franco Mônica Mandarino Maria Isabel Ortigão<br />
Pesquisa e Planejamento<br />
Eduardo L. G. Rios-<br />
Juliana de Lucena<br />
Econômico; V. 32; No 3 2002 Neto Cibele Comini César Ruas Riani<br />
Economic Development and<br />
João Batista Gomes-<br />
Cultural Change; V.43; No 1 1994 Neto Eric A.Hanuschek<br />
Seminário Internacional - <strong>Itaú</strong><br />
<strong>Social</strong> 2006<br />
Economics of Education Review,<br />
doi:10.1016/j.econedurev.2007.08<br />
.003 2007<br />
Programa de Pós-graduação em<br />
Economia - PUC-Rio 2007<br />
Danielle Carusi-<br />
Machado Gustavo Gonzaga<br />
Naércio Menezes-<br />
Filho Lígia Vasconcellos<br />
Naércio Menezes-<br />
Filho Lígia Vasconcellos<br />
Naércio Menezes-<br />
Filho Elaine Pazello<br />
Edson Roberto<br />
Severnini<br />
Sérgio R. da C.<br />
Werlang<br />
Legenda:<br />
TIPO: AP - Artigo Publicado em Revista Científica; TD - Texto para Discussão; TA - Trabalho Apresentado em Encontro; TE - Tese ou Dissertação; RE – Relatório; CL - Capítulo de Livro; LI – Livro.
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Parte II. Análises dos Resultados<br />
Capítulo IV. O <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong> e Seus <strong>Fatores</strong> Explicativos<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Existe um grande interesse por parte da sociedade e dos formuladores de políticas em entender o<br />
processo de aprendizagem e o sucesso escolar, já que eles estão fortemente relacionados <strong>ao</strong><br />
desenvolvimento econômico e social dos indivíduos e das nações. Esse interesse se reflete nas<br />
pesquisas científicas que buscam diferentes formas de entender os fatores que explicam os<br />
resultados escolares, seja por uma visão pedagógica, na neurociência ou, como é o caso abordado<br />
neste estudo, em uma abordagem de produção, em que diferentes fatores se combinam de<br />
determinada forma para gerar um resultado desejado que, neste caso, são os resultados escolares.<br />
De modo geral, esse tipo de abordagem considera três grupos de fatores para explicar os resultados<br />
educacionais, os escolares, os do grupo em que convivem e os familiares.<br />
É intuitivo pensar que a família é importante para o desenvolvimento intelectual das crianças e<br />
jovens já que elas passam grande parte de suas vidas em contato direto com essas pessoas e<br />
desfrutando do que esse ambiente tem a lhes oferecer. Ainda não é muito claro, entretanto, por<br />
quais meios as famílias podem gerar melhores resultados em termos de sucesso futuro, na escola ou<br />
no mercado de trabalho. Sabe-se, porém, que algumas características, ou questões bastante<br />
relacionadas a elas, têm relação direta com esse desempenho.<br />
Para entender a importância das características de background familiar, consideram-se as duas<br />
variáveis de maior relevância quanto <strong>ao</strong> padrão de vida dos alunos, para as quais os estudos sempre<br />
observam relação positiva e significativa com o sucesso escolar: escolaridade dos pais e renda<br />
familiar.<br />
Como esses fatores familiares afetam o desempenho escolar, por exemplo, não é tão claro. Espera-<br />
se que os pais com maior escolaridade valorizem mais o estudo dos filhos e proporcionem um<br />
ambiente adequado para tal. Além disso, eles podem estar mais aptos a auxiliar nas atividades<br />
escolares realizadas em casa e a manter uma proximidade com professores e diretores.<br />
É provável, também, que pais com mais recursos disponíveis estejam dispostos a gastar mais para<br />
que os filhos estudem nas melhores escolas, o que inclui morar em regiões mais caras para que<br />
estejam mais próximos a elas. Essas famílias também dispõem de recursos para investir em<br />
educação fora da escola, assim, as crianças fazem uma boa pré-escola e cursos de idiomas, lêem
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dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
livros, usam computador e têm acesso a professor particular, entre outros. Esses são exemplos de<br />
recursos <strong>ao</strong>s quais os estudantes de famílias menos privilegiadas financeiramente não têm acesso e<br />
que, de formas diferentes, estimulam o desenvolvimento de diversas habilidades que podem ajudar<br />
no desempenho escolar.<br />
Utilizando-se das informações sobre escolaridade dos pais e nível sócio-econômico das famílias, os<br />
estudos feitos para o Brasil encontram, de modo geral, que a parcela do desempenho escolar<br />
explicada pela família está em torno de 70% 2 . Esses resultados são compatíveis com os estudos<br />
internacionais em que se utilizam dados por estudante e, seja nos estudos nacionais ou nos<br />
internacionais, a parcela restante – 30% do desempenho, tem apenas uma pequena parcela<br />
relacionada <strong>ao</strong>s atributos escolares observáveis 3 .<br />
Ainda assim, o interesse maior das pesquisas relacionadas à explicação do desempenho escolar está<br />
na busca pelos atributos escolares capazes de gerar aumento dos resultados em exames escolares.<br />
Isso ocorre porque, apesar de ser aceito o resultado de que o responsável pela determinação da<br />
maior parte dos resultados escolares é o grupo de características individuais e familiares, apenas os<br />
atributos escolares podem ser atingidos por políticas educacionais. Isso faz com que esse conjunto<br />
de informações seja o de maior interesse de formuladores de políticas, ainda que sua importância<br />
relativa na explicação do desempenho escolar seja pequena.<br />
Da mesma forma, as próximas seções deste estudo dão destaque à análise dos resultados<br />
encontrados para a relação entre os fatores associados <strong>ao</strong> sucesso escolar que estão relacionados <strong>ao</strong><br />
ambiente escolar sem, contudo, deixar de abordar alguns destaques das características de<br />
background familiar.<br />
IV.1. Análise dos Resultados Encontrados na Literatura<br />
Nesta segunda parte do projeto FASE faz-se uma análise dos resultados encontrados na etapa de<br />
levantamento e classificações. O objetivo é fazer uma consolidação dos resultados encontrados para<br />
os itens analisados destacando, por exemplo, os fatores sobre os quais existem fortes indícios de<br />
serem importantes para uma evolução dos sistemas e os que ainda exigem melhores dados e<br />
investigações.<br />
2 Para estudos sobre a decomposição do efeito escola e do efeito família, ver, por exemplo, Albernaz, Ferreira e Creso<br />
(2002) e Felicio e Fernandes (2005).<br />
3 Nos estudos internacionais o debate e a investigação sobre a relação entre atributos escolares e o desempenho escolar<br />
têm seu início marcado pelo Relatório Coleman (Coleman et al (1960)).
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Quadro 1. Conjunto de <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong> Analisados com Base na<br />
Bibliografia Nacional<br />
<strong>Fatores</strong> de interesse com estudos expressivos no Brasil<br />
<strong>Fatores</strong> <strong>Escolar</strong>es e Desempenho* <strong>Fatores</strong> <strong>Escolar</strong>es e Rendimento <strong>Escolar</strong><br />
Biblioteca<br />
Capacitação de professores<br />
Internet na escola<br />
Uso de computador com fins pedagógicos<br />
Computador pra alunos<br />
Defasagem<br />
Experiência do diretor<br />
Experiência do professor<br />
Faz lição de casa<br />
Formação professor – nível superior<br />
Número de horas-aula-dia<br />
Instalações da escola<br />
Laboratório de ciências<br />
Organização em ciclos/ séries<br />
Professor do sexo masculino<br />
Escola da rede pública de ensino<br />
Rendimento Diretor<br />
Rendimento Professor<br />
Violência na Escola<br />
Seleção de Ingresso<br />
Tamanho da Turma<br />
Freqüentar Educação Infantil<br />
<strong>Fatores</strong> de Grupo e Desempenho*<br />
Nível Sócio-Econômico - NSE médio da Escola<br />
<strong>Fatores</strong> Familiares e Desempenho<br />
Nível Sócio-Econômico - NSE<br />
Computador em casa<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe<br />
<strong>Escolar</strong>idade do pai<br />
Tipo de família (mora com pai e mãe)<br />
Estudante trabalha<br />
Cor/ Raça<br />
Sexo<br />
IV.1.1.1 Aprovação<br />
IV.1.1.2 Organização em ciclos/ séries Ψ<br />
IV.1.1.3 Evasão<br />
Organização em ciclos/ séries Ψ<br />
<strong>Fatores</strong> Familiares e Rendimento <strong>Escolar</strong><br />
IV.1.1.4 Aprovação<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe<br />
<strong>Escolar</strong>idade do pai<br />
Tipo de família (mora com pai e mãe)<br />
Estudante trabalha<br />
IV.1.1.5 Reprovação<br />
Nível Sócio-Econômico - NSE<br />
<strong>Escolar</strong>idade dos pais<br />
Tipo de família (mora com pai e mãe)<br />
Estudante trabalha<br />
(*) Foram incluídos os fatores para os quais foram encontrados três ou mais estudos analisando a relação entre o fator<br />
associado e o desempenho escolar e com dois estudos ou mais para os que estudam o impacto sobre o rendimento<br />
escolar.<br />
( Ψ ) Exceção foi feita, devida sua relevância, para o caso do fator de organização do ensino fundamental em ciclos e sua<br />
relação com rendimento, para a qual existe um estudo que faz as duas análises – relação com aprovação e com evasão.<br />
Além disso, em alguns casos de interesse específico para os quais não foram encontrados estudos na<br />
bibliografia nacional ou em caso de resultados inconclusivos nas pesquisas para o Brasil, foram<br />
incluídos artigos publicados com resultados para outros países, já que estes estão disponíveis em<br />
maior quantidade.<br />
No Quadro 1, acima, estão descritos os fatores associados <strong>ao</strong> sucesso escolar que serão abordados<br />
na análise que se segue, com base nos estudos referentes <strong>ao</strong> caso brasileiro. Por se tratar de uma<br />
análise dos resultados obtidos na sessão anterior, todos os impactos medidos pelos estudos referem-
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
se <strong>ao</strong> desempenho escolar em exame padronizado ou <strong>ao</strong>s resultados de rendimento escolar<br />
(aprovação, reprovação e abandono). Além disso, os fatores estão agrupados em familiares (os de<br />
background familiar) e escolares. Os fatores de grupo também foram investigados, mas não<br />
aparecem, com freqüência, na literatura nacional, assim, apenas o nível sócio-econômico da turma<br />
foi incluído nesta sessão.<br />
Essa análise restringiu-se <strong>ao</strong>s resultados de fatores cujo impacto sobre o desempenho escolar foi<br />
estudado em <strong>ao</strong> menos três trabalhos. Já para os fatores cujo impacto estudado foi sobre o<br />
rendimento escolar, ainda que uma pequena quantidade de estudos tenha sido feita para os fatores<br />
considerados relevantes, estes foram incluídos na análise.<br />
No Quadro 2, estão os fatores que foram incluídos à análise com base na literatura internacional<br />
pois, apesar de sua importância no cenário atual da política educacional e do interesse dos gestores<br />
público em tais temas, são questões recentes no debato nacional e, portanto, ainda não foram<br />
contemplados nos estudos nacionais levantados.<br />
Quadro 2. <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong> Analisados com Base na Bibliografia<br />
Internacional<br />
<strong>Fatores</strong> de interesse complementados pela literatura<br />
internacional (número de análises levantadas)<br />
Tamanho da turma<br />
Pagamento por mérito<br />
Responsabilização/ Accountability<br />
Supervisor (coach) de professor<br />
Quadro 3. Legenda utilizada nos gráficos para classificação de resultados<br />
Legenda dos gráficos Significado<br />
Positivo significativo Relação entre o fator e o resultado é positiva e<br />
estatisticamente significativo <strong>ao</strong> nível de 10 %<br />
Positivo não-significativo Relação entre o fator e o resultado é positiva, porém<br />
não é estatisticamente significativo <strong>ao</strong> nível de 10 %<br />
Negativo significativo Relação entre o fator e o resultado é negativa e<br />
estatisticamente significativo <strong>ao</strong> nível de 10 %<br />
Negativo não-significativo Relação entre o fator e o resultado é negativa, porém<br />
não é estatisticamente significativo <strong>ao</strong> nível de 10 %<br />
Inconclusivo Foram encontrados resultados diferentes entre séries<br />
diferentes, anos diferentes ou disciplinas diferentes em<br />
uma mesma análise (exceto no caso ‘Nulo’)<br />
Nulo A relação observada entre o fator e o resultado é menor<br />
do que 0,005 ou foram encontrados resutlados<br />
diferentes (como no caso inconclusivo), porém sempre<br />
não-significativos.<br />
No Quadro 3, está a legenda que será utilizada em todas as representações gráficas das<br />
classificações por resultados das análises de cada fator associado <strong>ao</strong> sucesso escolar. Nos casos em<br />
que se trata do abandono e da reprovação, deve-se ter cuidado pois, quando a relação observada é
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
positiva, trata-se, então, de um fator prejudicial que quando implementado, observado ou<br />
aumentado, eleva também as taxas de abando ou reprovação.<br />
IV.2. <strong>Fatores</strong> <strong>Escolar</strong>es <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong> – Literatura Nacional<br />
A grande maioria dos fatores levantados a partir dos estudos nacionais referem-se a atributos<br />
escolares. Essa é, em geral, a área de maior interesse tanto de pesquisadores quanto de gestores por<br />
se tratarem de alvos de políticas pública tradicionais. Assim, se o gestor público decide investir<br />
recursos em educação ele desejará escolher aqueles fatores escolares que têm maior impacto sobre<br />
os resultados escolares.<br />
As análises a seguir, entretanto, não levam em consideração a dimensão dos efeitos. O objetivo<br />
deste estudo é fazer uma avaliação dos fatores associados em termos do sentido de sua relação com<br />
o desempenho e o rendimento escolar e da metodologia utilizada para obtenção de tal resultado.<br />
Vale ressaltar, ainda, que os estudos comumente realizados no Brasil utilizam dados de<br />
levantamentos e exames nacionais (como Saeb – Sistema Nacional de Avaliação da Educação<br />
Básica/ Inep; Censo <strong>Escolar</strong>/Inep), logo, os resultados encontrados são efeitos médios das políticas<br />
ou ações implementadas e não de um determinado caso. Isso deve ser levado em consideração <strong>ao</strong><br />
analisar os resultados à seguir, pois um determinado desenho de política pode ter efeito muito<br />
diferenciado de outro e a avaliação de programas específicos permitiria encontrar tais impactos, o<br />
que não é possível nesses estudos de investigação do efeito médio em uma região determinada.<br />
IV.2.1. <strong>Fatores</strong> <strong>Escolar</strong>es <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong><br />
Entre os fatores escolares observados em três ou mais dos estudos levantados, alguns apresentam<br />
fortes indícios de terem um efeito positivo, ainda que pequeno, sobre o desempenho escolar. São<br />
eles: (i) Rendimento do professor; (ii) Freqüentar educação infantil; (iii) Instalações da escola<br />
(condições das instalações da sala); (iv) Faz lição de casa; (v) Existência de Internet na escola.<br />
Essa afirmação é respaldada no fato de, para os quatro fatores citados, todos ou quase todos os<br />
estudos levantados apresentam relações positivas e significativas com o resultado em exames<br />
padronizados (ver gráficos 1 a 4).
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
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100%<br />
Gráfico 1 - Relação entre rendimento do professor e desempenho (5<br />
análises)<br />
89%<br />
11%<br />
Gráfico 3 - Relação entre instalações da escola e desempenho (9<br />
análises)<br />
75%<br />
Gráfico 5 - Relação entre internet na escola e desempenho (4 análises)<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
0%<br />
100%<br />
Gráfico 2 - Relação entre freqüentar educação infantil e<br />
desempenho (6 análises)<br />
83%<br />
17%<br />
Gráfico 4 - Relação entre fazer lição de casa e desempenho (6<br />
análises)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
Nesses cinco casos, como todos os estudos têm resultados positivos, as conclusões são as mesmas<br />
quando se restringe a análise apenas às pesquisas que utilizam metodologias classificadas neste<br />
projeto como Tipo B, ou seja, que fazem controle de heterogeneidade de características não-<br />
observáveis ou de efeitos específicos constantes <strong>ao</strong> longo do tempo (como metodologias aplicadas a<br />
Nulo<br />
painel de dados, pareamento/matching e variáveis instrumentais).<br />
Vale ressaltar que quando se restringe a análise às metodologias Tipo B, encontram-se dois estudos<br />
com resultado positivo e significativo para ‘Rendimento do professor’, ‘Freqüentar educação<br />
infantil’ e ‘Internet na escola’. Para o fator ‘Faz lição de casa’ existe um resultado positivo e<br />
significativo e nenhum estudo dessa classe de metodologia para ‘Instalações da Escola’.
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Entre esses fatores, deve-se analisar com mais cuidado o caso do ‘Rendimento do professor’, pois<br />
esse resultado difere do que é encontrado, de modo geral, na literatura internacional, em que<br />
aumentos nos salários não teriam impacto nos resultados dos estudantes. É interessante notar que no<br />
caso brasileiro existem grandes variações salariais entre as redes que poderiam favorecer a<br />
identificação dessa relação. No entanto, é preciso ter cautela <strong>ao</strong> interpretar esse resultado<br />
especialmente porque imagina-se que os efeitos de elevação dos salários, quando existem, podem<br />
ser de médio prazo, ou seja, a relação pode não ser direta e maiores salários podem ter efeito por<br />
meio da maior atratividade da carreira que selecionaria melhores profissionais e, só assim, teriam<br />
efeito sobre a aprendizagem dos estudantes. Logo, não teriam efeitos de curto prazo. Além disso,<br />
assumindo que essa relação exista, não se sabe <strong>ao</strong> certo qual aumento seria necessário para levar a<br />
pequenas variações no desempenho escolar.<br />
Com indícios um pouco mais fracos, mas ainda apresentando resultados estatisticamente<br />
significativos sempre positivos, estão outros quatro fatores: (i) Laboratório de Ciências; (ii)<br />
Experiência do Diretor; (iii) Biblioteca; (iv) Rendimento do Diretor e; (v) Tamanho da turma.<br />
Conforme se observa nos gráficos abaixo, esse grupo se caracteriza por apresentar mais resultados<br />
positivos não-significativos do que significativos ou por apresentar algum resultado negativo não-<br />
significativo.<br />
Restringindo a análise apenas às metodologias do Tipo B, os fatores ‘Laboratório de ciências’,<br />
‘Biblioteca’ e ‘Rendimento do diretor’ ainda apresentam um resultado positivo e significativo<br />
(todos apresentam, ainda, um resultado negativo não-significativo). No caso de ‘Experiência do<br />
diretor’, esse fator tem apenas dois resultados positivos não-significativos.<br />
Neste grupo, destaca-se, ainda, o fator de tamanho de turma. Essa variável é tradicionalmente<br />
estudada na literatura internacional e nos estudos mais completos sobre o tema, as conclusões são<br />
muito cuidadosas em alertar para a impossibilidade de se generalizar os resultados sobre o tema 4 .<br />
Alguns argumentos para isso são bastante simples: (i) um número menor de alunos por turma gera<br />
um número maior de turmas, o que exige uma maior quantidade de professores qualificados, de<br />
salas e outros fatores que, em geral, não estão disponíveis; (ii) a redução de alunos na turma deve<br />
ter efeito indireto, já que viabilizaria métodos pedagógicos mais eficientes, além de maior atenção<br />
individual por parte do professor, entretanto essas mudanças não são intrínsecas à redução de turma,<br />
4 Entre os estudos sobre o tema, ver Ehrenberg et al (2001), Eide e Showlater (1998).
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dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
ou seja, uma turma menor não deve levar por si só <strong>ao</strong> melhor desempenho, e; (iii) a redução de<br />
turmas pode ser mais importante para alguns grupos, por exemplo, para os alunos com pior<br />
background familiar, mas o resultado médio muitas vezes não capta tal efeito.<br />
No caso deste levantamento de estudos nacionais, dos quatro estudos em questão, um apresentou<br />
resultado positivo e significativo, dois apresentaram resultados negativos porém não-significativos e<br />
o quarto estudo apresenta efeito nulo da redução do tamanho de turma. O único estudo a utilizar<br />
uma metodologia do Tipo B é um dos que apresentam resultado negativo não-significativo, os<br />
demais utilizam metodologia do Tipo C.<br />
40%<br />
60%<br />
Gráfico 6 - Relação entre laboratório de ciências e desempenho (5<br />
análises)<br />
25% 25%<br />
50%<br />
Gráfico 8 - Relação entre biblioteca na escola e desempenho (4<br />
análises)<br />
0%<br />
25%<br />
50%<br />
25%<br />
Gráfico 10 - Relação entre tamanho da turma e desempenho (4<br />
análises)<br />
33%<br />
Gráfico 7 - Relação entre experiência do diretor e<br />
desempenho (3 análises)<br />
33%<br />
67%<br />
33% 34%<br />
Gráfico 9 - Relação entre rendimento do diretor e<br />
desempenho (3 análises)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
Nulo
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
22 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Compondo um terceiro grupo de fatores escolares, estão dois atributos para os quais nenhum estudo<br />
levantado apresentou resultados significativos. São eles: (i) Uso pedagógico de computador pelo<br />
professor e; (ii) Horas-aula-dia. Temas bastante controversos, os três fatores despertam muito<br />
interesse por serem alvos de muitas políticas educacionais.<br />
Tanto no caso do uso pedagógico do computador quanto no número de horas-aula-dia, não foi<br />
levantado nenhum estudo em que esses fatores apresentassem relação positiva e significativa com o<br />
desempenho escolar. Quando analisados apenas estudos que aplicam metodologia Tipo B, o fator<br />
‘uso pedagógico do computador’ apresentou um resultado positivo e outro negativo, ambos não-<br />
significativos, e o ‘número de horas-aula’ apresentou um resultado de efeito negativo não-<br />
significativo.<br />
Em nenhum do dois casos, portanto, é possível falar sobre evidências fortes, sejam elas positivas ou<br />
negativas.<br />
33%<br />
0%<br />
67%<br />
Gráfico 11 - Relação entre uso do computador para fins<br />
pedagógicos e desempenho (3 análises)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
Gráfico 12 - Relação entre N o horas-aula-dia e desempenho (2<br />
análises)<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Três outros fatores compõem um quarto grupo e têm em comum a ocorrência de resultados<br />
significativos positivo e negativos, além de serem de grande relevância por se tratarem de atributos<br />
relacionados diretamente <strong>ao</strong>s professores. São eles: (i) Formação dos professores (nível superior);<br />
Nulo<br />
(ii) Experiência dos professores e; (iii) Capacitação de professores.<br />
A ‘formação dos professores’ foi o atributo escolar com maior número de observações nos estudos<br />
levantados, em um total de 14 análises, sendo 4 com metodologia do Tipo B e as demais do Tipo C.<br />
Como pode ser visto no gráfico abaixo, a maioria dos estudos encontra como resultado que alunos<br />
de professores com nível superior têm, em média, desempenho escolar melhor do que os demais.<br />
50%<br />
50%
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Considerando as 14 análises, das quais 8 apresentam resultado positivo e significativo, seria<br />
tentador dizer que esse fator tem impacto positivo sobre desempenho. Entretanto, é preciso destacar<br />
que quando avaliadas apenas as que utilizam a metodologia Tipo B, dois resultados indicam efeito<br />
positivo e significativo e os outros dois efeitos negativos, sendo um significativo e outro não.<br />
No caso do fator ‘experiência dos professores’, apesar de terem sido levantados 10 estudos em que<br />
sete apresentam como resultado uma relação positiva com o desempenho dos alunos, apenas 3<br />
destes são significativos. Os dois resultados restantes são negativos, sendo um significativo. A<br />
controvérsia maior também fica reservada <strong>ao</strong>s estudos com metodologia Tipo B. Neste caso, foram<br />
encontrados dois resultados positivos e significativos, um negativos e significativo e um resultado<br />
considerado nulo.<br />
7%<br />
7%<br />
14%<br />
14%<br />
58%<br />
Gráfico 13 - Relação entre formação dos professores (superior) e<br />
desempenho (14 análises)<br />
17%<br />
17%<br />
0%<br />
33%<br />
Gráfico 15 - Relação entre capacitação de professores e<br />
desempenho (6 análises)<br />
33%<br />
10%<br />
10%<br />
10%<br />
30%<br />
40%<br />
Gráfico 14 - Relação entre experiência dos professores e<br />
desempenho (10 análises)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
Os resultados dos seis estudos que analisam o fator ‘capacitação de professores’ (ou treinamento)<br />
são ainda mais ambíguos. Três estudos encontraram relação positiva entre a experiência e o<br />
desempenho, sendo dois significativos. Porém dois resultados são negativos, um significativo, e o<br />
sexto estudo tem um resultado inconclusivo (apresenta resultados opostos entre as estimações para<br />
séries diferentes ou anos diferentes).<br />
Nulo
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
90%<br />
10%<br />
Gráfico 16 - Relação entre defasagem e desempenho (10 análises)<br />
20%<br />
0%<br />
0%<br />
80%<br />
Gráfico 18 - Relação entre rede de ensino (pública/ privada) e<br />
desempenho (5 análises)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
24 - 64<br />
20%<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
20%<br />
20% 20%<br />
20%<br />
Gráfico 17 - Relação entre computador para alunos e<br />
desempenho (5 análises)<br />
67%<br />
33%<br />
Gráfico 19 - Relação entre existência de seleção <strong>ao</strong> ingressar e<br />
desempenho (3 análises)<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Um quinto grupo, representado graficamente acima, é composto por temas de difícil análise por<br />
estarem nitidamente relacionados <strong>ao</strong> desempenho por motivos indiretos ou até mesmo por tratar-se<br />
da existência de uma correlação que, <strong>ao</strong> que parece, não refere-se a uma questão de causa e efeito.<br />
Falar em relação de causalidade quando se fala destes fatores é extremamente arriscado. Tratam-se<br />
das seguintes questões: (i) Defasagem escolar; (ii) Computador disponível para alunos, na escola;<br />
Nulo<br />
(iii) Rede de ensino (pública / privada), e; (iv) Seleção de ingressantes na escola.<br />
Primeiramente é difícil separar se a defasagem escolar deve-se a atraso no ingresso na escola ou a<br />
reprovações. Além disso, no caso do atraso por repetência, seu impacto sobre o desempenho escolar<br />
seria mais bem estudado, por exemplo, utilizando-se dados longitudinais que acompanhassem o<br />
resultado dos estudantes independentemente da retenção. No entanto ainda não existem dados<br />
disponíveis para essa avaliação. O que se encontra, então, é a utilização das informações de idade e<br />
série (medindo a defasagem) ou de questões que indagam se o estudante já foi reprovado na escola<br />
relacionada <strong>ao</strong>s resultados escolares em um determinado momento do tempo.
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Assim, se as escolas, em média, reprovam os alunos que têm maior dificuldade de aprendizagem,<br />
ou se as crianças que ingressam atrasadas na primeira série têm pior background familiar ou atrasos<br />
no desenvolvimento, esses seriam fatores importantes para determinar um pior desempenho em<br />
exames, o que dificulta o isolamento do efeito da defasagem, por si só, sobre o desempenho escolar.<br />
No caso da disponibilidade de computador na escola, seria difícil afirmar que o uso do computador<br />
piora o desempenho de matemática, tudo o mais constante. Como justificar, então, que alguns<br />
estudos encontrem resultados negativos (neste levantamento dois, sendo um significativo)?<br />
Uma possível explicação está na mudança de alocação do tempo. É mais aceitável pensar que o que<br />
reduz o desempenho em exames de matemática, seja a redução do número de horas dedicadas <strong>ao</strong><br />
ensino da disciplina, e o tempo dedicado às atividades no computador deve competir com o tempo<br />
dedicado às disciplinas tradicionais da escola, especialmente se levarmos em conta que, em média,<br />
as escolas não aumentaram a carga-horária diária.<br />
A rede de ensino à qual a escola pertence não possui um efeito por si só. Ou seja, existem casos de<br />
sucesso entre escolas públicas, assim como existem exemplos ruins de escolas privadas. Entretanto,<br />
os resultados encontrados nos estudos apontam para a relação negativa entre a rede pública e o<br />
desempenho escolar.<br />
Diversas questões relacionadas às escolas estão fortemente correlacionadas com a rede à que<br />
pertencem e mesmo que se utilize de inúmeras variáveis de controle de características observáveis,<br />
sempre haverá questões não coletadas pelos levantamento e, portanto, não incluídas nas análises, o<br />
que dificulta a interpretação dos resultados encontrados para a variável ‘rede de ensino’.<br />
Em geral, como as bases de dados dispõem de diversas características de infra-estrutura, supõe-se<br />
que esse resultado negativo observado no fator de rede pública capture características de gestão<br />
escolar, que seriam de pior qualidade na rede pública do que na rede particular.<br />
A informação sobre a existência de seleção de ingressantes é utilizada, em geral, para tentar separar<br />
o efeito que não deveria ser atribuído à escola, mas sim <strong>ao</strong>s alunos que foram escolhidos entre os de<br />
melhor desempenho. Ou seja, como no Brasil existe uma carência de informações sobre valor<br />
adicionado pela ausência de dados longitudinais, ignorar a informação de que existem exames de<br />
seleção para ingressantes leva a interpretações, provavelmente equivocadas, de que o sucesso nos
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
exames seria mérito unicamente dessas escolas. Caso a nota <strong>ao</strong> ingressar pudesse ser analisada, esse<br />
efeito da escola seria corrigido. Assim, é preciso ter cuidado para não interpretar como causalidade<br />
a relação positiva entre a ‘seleção de ingressantes’ e o desempenho escolar.<br />
O sexto e último grupo de fatores escolares associados <strong>ao</strong> sucesso escolar é composto,<br />
exclusivamente, por questões que apresentaram relações sempre negativas em todas as análises<br />
levantadas: (i) violência na escola; (ii) organização do ensino fundamental em ciclos/ séries; (iii)<br />
sexo masculino do professor.<br />
No caso de violência na escola, ou no entorno da escola, foram cinco análises levantadas, sendo<br />
quatro negativos e significativos e um negativo não-significativo. Nesse caso, todas as análises<br />
aplicaram metodologias do Tipo C.<br />
A organização do ensino fundamental em ciclos caracteriza, em geral, os programas de progressão<br />
continuada e por esse motivo têm como resultado direto esperado a melhora do fluxo escolar (ver na<br />
próxima sessão). Na relação com o desempenho em exames, entretanto, em contraposição à<br />
organização em séries isoladas, não foram observadas relações positivas. Dos três resultados<br />
negativos encontrados nas análises dessa variável no levantamento, um é significativo e dois não-<br />
significativos, sendo um destes últimos o único que aplica metodologia Tipo B.<br />
80%<br />
0%<br />
20%<br />
Gráfico 20 – Relação entre violência na escola e desempenho (5<br />
análises)<br />
0%<br />
0%<br />
100%<br />
Gráfico 22 - Relação entre professor do sexo masculino desempenho<br />
(3 análises)<br />
33%<br />
67%<br />
Gráfico 21 - Relação entre organização em ciclos e desempenho<br />
(3 análises)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
Nulo
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Por fim, os resultados das análises que observam a relação entre o desempenho dos estudantes e o<br />
fato do professor ser do sexo masculino é de difícil interpretação. As três análises que compõem o<br />
levantamento encontram relação negativa e significativa, sendo uma delas de metodologia Tipo B.<br />
Uma interpretação possível a ser explorada é que, tratar-se de uma profissão tipicamente feminina<br />
(com grande maioria de mulheres na carreira), especialmente no caso do ensino fundamental - que<br />
aparece de forma predominante nos estudos levantados, e isso seria resultados de um viés de<br />
seleção devido <strong>ao</strong> fato de os melhores professores homens seguirem para outras carreiras ou para<br />
serem professores de outros níveis de ensino (médio ou superior).<br />
IV.2.2. <strong>Fatores</strong> <strong>Escolar</strong>es <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Fluxo <strong>Escolar</strong><br />
Os dados de fluxo ou de rendimento escolar são pouco utilizados nas pesquisas como variáveis a<br />
serem explicadas, assim, a relação entre os fatores associados e a aprovação, reprovação e abandono<br />
é pouco analisada. Entre os estudos levantados, destaca-se, entretanto, o estudo que avaliação a<br />
relação entre a forma de organização do ensino fundamental em séries ou ciclos (de forma<br />
simplificada, pode-se dizer que é um grupo de séries em que não deve haver reprovação por baixo<br />
desempenho em avaliações) e o fluxo escolar.<br />
0%<br />
100%<br />
Gráfico 23 - Relação entre organização em ciclos e taxa de aprovação<br />
(1 análise)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
0%<br />
0%<br />
0%<br />
100%<br />
Gráfico 24 - Relação entre organização em ciclos e taxa de evasão<br />
(1 análise)<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Nulo
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dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
As análises encontram uma relação positiva e significativa entre a organização em ciclos e a taxa de<br />
aprovação média e uma relação negativa entre aquela e a taxa de evasão (ver gráficos acima). Esses<br />
resultados deveriam ser os esperados mas não são óbvios já que se sabe que a reprovação, que é<br />
reduzida <strong>ao</strong> longo dos ciclos, concentra-se nas séries finais dos ciclos, o que poderia neutralizar o<br />
efeito sobre a taxa média de aprovação. Além disso, a redução da evasão é um resultado muito<br />
importante para a avaliação de tais políticas pedagógicas, fortalecendo o argumento de que a<br />
reprovação eleva as taxas de evasão.<br />
IV.2.3. <strong>Fatores</strong> de Grupo <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong><br />
A relação entre os efeitos do grupo em que convivem os estudantes (peer effect) e o sucesso escolar<br />
também é pouco explorada no país. Isso se deve, em parte, existência de poucas informações sobre<br />
a comunidade em que vivem os estudantes nas bases de dados brasileiras. Restariam, entretanto, as<br />
características médias dos colegas de turma, mas ainda essas são pouco exploradas.<br />
A esse respeito, o que se encontra em alguns estudos é o uso do ‘Nível sócio-econômico médio do<br />
grupo’ (NSE do grupo) como variável explicativa para o sucesso escolar individual. Dentre os<br />
estudos que foram levantados aqui, quatro deles incluíram tal informação e todas encontraram<br />
relação positiva entre o NSE do grupo e o desempenho escolar. Todos os estudos aplicaram<br />
metodologias do Tipo C.<br />
100%<br />
Gráfico 25 - Relação entre NSE do grupo e desempenho (4 análises)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
Nulo<br />
IV.3. <strong>Fatores</strong> Familiares <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong> – Literatura Nacional<br />
Neste levantamento, foram destacados alguns fatores familiares que têm relação positiva com o<br />
desempenho escolar. Questões como nível sócio-econômico e escolaridade dos pais, cujos<br />
resultados serão apresentados abaixo, não devem ter efeito por si só sobre o desempenho, entretanto
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
devem ser os responsáveis por criar, de forma mais freqüente, o ambiente adequado <strong>ao</strong><br />
desenvolvimento infanto-juvenil, como evidencia o levantamento .<br />
Os meios pelos quais eles possibilitam tal cenário, entretanto, podem ser bastante variados e as<br />
informações sobre os mesmos não são constantes entre as bases de dados disponíveis para<br />
pesquisas, tampouco entre os estudos sobre o tema.<br />
IV.3.1. <strong>Fatores</strong> Familiares <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong><br />
Ao analisar os resultados sobre fatores familiares relacionados <strong>ao</strong> sucesso escolar é preciso ter um<br />
cuidado especial quanto às metodologias classificadas como Tipo B. Isso ocorre porque entre elas<br />
estão metodologias que só identificam relações quando existe variabilidade suficiente <strong>ao</strong> longo do<br />
tempo para parte dos indivíduos, como é o caso do método de Efeitos Fixos aplicado à painel de<br />
dados. Isso significa que variáveis que forem constantes <strong>ao</strong> longo do tempo (ou quase constantes)<br />
não apresentarão relação ou terão efeitos não-significativos nas análises, o que é bastante comum<br />
entre as características pessoais e familiares (cor/raça, sexo, escolaridade dos pais etc) 5 .<br />
Isso ocorre, muito provavelmente, com todos os fatores analisados no primeiro grupo, cujos<br />
gráficos estão apresentados abaixo: (i) <strong>Escolar</strong>idade do pai; (ii) <strong>Escolar</strong>idade da mãe; (iii) Cor<br />
(branco / não branco) e; (iv) Nível sócio econômico (NSE). Em todos eles, entretanto, a maior parte<br />
dos resultados indicam a relação esperada, ou seja, maior escolaridade dos pais e melhor nível<br />
sócio-econômico estão relacionados positivamente com o desempenho escolar, assim como<br />
estudantes de cor branca têm resultado em média maior do que os demais.<br />
20% 20%<br />
60%<br />
Gráfico 26 - Relação entre escolaridade do pai e desempenho escolar<br />
0%<br />
11%<br />
78%<br />
11%<br />
Gráfico 27 - Relação entre escolaridade da mãe e desempenho<br />
5 Essa questão também deve ser levada em consideração na análise dos demais fatores, entretanto ela é menos freqüente<br />
nas características escolares.
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
7%<br />
66%<br />
(5 análise) escolar (9 análise)<br />
7% 0%<br />
20%<br />
Gráfico 28 - Relação entre cor (branco/ não-branco) e desempenho<br />
escolar (15 análise)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
30 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
100%<br />
Gráfico 29 - Relação entre nível sócio-econômico e desempenho<br />
escolar (8 análise)<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Já no segundo grupo de fatores de background familiar, os resultados têm maior variação <strong>ao</strong> longo<br />
do tempo. Os gráficos desse grupo estão logo abaixo. São eles: (i) Tipo de família (morar com pai e<br />
mãe); (ii) Usa computador em casa e; (iii) estudante trabalha e estuda (relativamente a quem só<br />
estuda).<br />
Nos dois primeiros os resultados encontrados pelos estudos levantados são: em 3 das 6 análises<br />
levantadas para ‘morar com pai e mãe’ os resultados são significativos e positivos relativamente a<br />
morar apenas com um dos dois ou sem nenhum, entretanto, dois resultados são inconclusivos. No<br />
caso do fator ‘usa computador em casa’, das quatro análises, todas obtiveram efeitos positivos,<br />
porém metade não significativo.<br />
Já o fato de trabalhar e estudar está relacionado a desempenhos negativos em relação a apenas<br />
estudar. Esses resultados são em sua maioria significativos (4 dentre os 7 encontrados) e um é<br />
inconclusivo.<br />
33%<br />
0%<br />
17%<br />
50%<br />
Gráfico 30 - Relação entre tipo de família (mora com pai e mãe) e<br />
desempenho escolar (6 análise)<br />
Nulo<br />
50%<br />
50%<br />
Gráfico 31 - Relação entre usa computador em casa e<br />
desempenho escolar (5 análise)
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
14%<br />
57%<br />
0%<br />
29%<br />
Gráfico 32 - Relação entre trabalhar (trabalha e estuda/ só estuda) e<br />
desempenho escolar (7 análise)<br />
IV.3.2. <strong>Fatores</strong> Familiares <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Fluxo <strong>Escolar</strong><br />
31 - 64<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
Nulo<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Nos caso dos fatores familiares relacionados <strong>ao</strong> fluxo escolar, as análises podem ser separadas em<br />
dois grupos. No primeiro, os fatores que foram relacionados nos estudos à taxa de aprovação. Para<br />
esses, foram analisados os fatores: (i) <strong>Escolar</strong>idade da mãe; (ii) Tipo de família (morar com pai e<br />
mãe) e; (iii) Condição de trabalho (trabalhar e estudar/ só trabalhar).<br />
A escolaridade da mãe apresentou relação positiva e significativa com a taxa de aprovação em três<br />
casos estudados e no quarto foi encontrado resultado não significativo, apesar de também positivos.<br />
O fato de morar com pai e mãe no domicílio está relacionado positivamente à taxa de aprovação,<br />
sendo estatisticamente significativo em dois dos três estudos levantados. Já trabalhar e estudar tem<br />
relação negativa com a aprovação nos dois estudos encontrados, porém os resultados não se<br />
mostraram significativos.<br />
Nos segundo grupo de variáveis estão os fatores relacionados à taxa de reprovação. Além das<br />
variáveis anteriores foi analisada ainda a relação entre o nível sócio-econômico e esse resultado<br />
escolar.<br />
75%<br />
25%<br />
Gráfico 33 - Relação entre escolaridade da mãe e taxa de<br />
aprovação (4 análises)<br />
67%<br />
33%<br />
Gráfico 34 - Relação entre tipo de família (morar com pai e<br />
mãe/ demais casos) e taxa de aprovação (3 análises)
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
100%<br />
Gráfico 35 - Relação entre trabalhar e estudar e taxa de aprovação<br />
(2 análises)<br />
32 - 64<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
Nulo<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
A escolaridade dos pais, o nível sócio-econômico e o fato de morar com o pai e a mãe (em relação à<br />
morar só com um dos pais ou sem nenhum) estão negativamente relacionados à reprovação nos<br />
estudos levantados (dois de cada variável) e o fato de trabalhar e estudar tem relação positiva com a<br />
reprovação. Em todos os casos os resultados são estatisticamente significativos.<br />
100%<br />
Gráfico 36 - Relação entre escolaridade dos pais e taxa de<br />
reprovação (2 análises)<br />
100%<br />
Gráfico 38 - Relação entre tipo de família (morar com pai e mãe)<br />
e taxa de reprovação (2 análises)<br />
Positivo significativo<br />
Positivo não-significativo<br />
Inconclusivo<br />
100%<br />
Gráfico 37 - Relação entre nível sócio-econômico e taxa de<br />
reprovação (2 análises)<br />
100%<br />
Gráfico 39 - Relação entre trabalhar e estudar e taxa de reprovação<br />
(2 análises)<br />
Negativo significativo<br />
Negativo não-significativo<br />
Nulo
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
IV.4. Seleção de <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong> - na Literatura Internacional<br />
IV.4.1. Tutores de Professores e os efeitos sobre desempenho escolar<br />
33 - 64<br />
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
De acordo com importantes artigos internacionais, a qualidade do professor está entre os principais<br />
fatores escolares capazes de explicar o desempenho escolar. Pouco se sabe, no entanto, sobre quais<br />
as características do professor são importante para levar a tal resultado. Um efeito observado<br />
recorrentemente na literatura, nacional e internacional, porém, é o efeito negativo da inexperiência,<br />
ou seja, alunos de professores com menos de três anos de experiência têm, em média, desempenho<br />
menor que os demais 6 .<br />
Já existem, nos Estados Unidos, experiências com tutores de professores em que, professores mais<br />
experientes orientam os menos experientes em seus primeiros anos em sala de aula. Em Rockoff<br />
(2008), o autor faz uma avaliação do impacto de um programa adotado em 2004 pela cidade de<br />
Nova York. Os autores avaliam o impacto da assistência dos tutores sobre a abstenção e a<br />
rotatividade dos professores, além do desempenho dos estudantes dos professores que tiveram o<br />
acompanhamento.<br />
Os resultados apontam para um pequeno efeito médio sobre os três resultados, no entanto, o efeito é<br />
maior em dois casos específicos, na queda da rotatividade quando o tutor teve experiência como<br />
professor na mesma escola do professor assistido, e na melhora do desempenho em leitura e<br />
matemática quando seus professores passaram por períodos de tutoria maiores que a média,<br />
trazendo evidências de que o tempo de tutoria pode estar relacionado <strong>ao</strong> aumento da habilidade dos<br />
professores iniciantes.<br />
IV.4.2. Accountability na educação e seus efeitos sobre os resultados escolares<br />
Muitos fatores compõem o perfil de escola de qualidade adequada, entre eles alguns mais<br />
facilmente observáveis, como infra-estrutura escolar, e outros de difícil percepção, como<br />
6 Sobre o efeito do professor no desempenho escolar, ver Rivkin, Hanushek e Kain (2005).
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
34 - 64<br />
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
capacidade didática dos professores, gerando um problema de informação que dificulta as tomadas<br />
de decisão por parte das famílias e dos gestores. Uma forma recente de avaliar o setor educacional,<br />
na tentativa de minimizar tal questão é a avaliação dos resultados produzidos.<br />
Por esse motivo e pela necessidade observada por diversos países de elevar a qualidade de seus<br />
sistemas educacionais, os exames padronizados que utilizam metodologias para tornar seus<br />
resultados interpretáveis e comparáveis <strong>ao</strong> longo do tempo estão se multiplicando e ganhando<br />
grande reconhecimento.<br />
Existe uma grande variedade de usos possíveis para os resultados de tais avaliações (uso<br />
pedagógico, diagnóstico dos sistemas etc). Entre eles, está a divulgação pública das informações,<br />
com o objetivo de informar e mobilizar da sociedade, e a responsabilização pelos resultados. Esse<br />
processo vem sendo chamado de accountability.<br />
Essa responsabilização que, de modo geral recai sobre os gestores educacionais, pode ser levado,<br />
ainda, <strong>ao</strong> nível de professores e alunos, por meio da criação de incentivos positivos e negativos<br />
(premiações e punições), conforme os resultados obtidos, podendo ser mais ou menos rigorosos<br />
dependendo do desenho do programa. Neste caso, a questão é bastante polêmica e desencadeou<br />
inúmeros estudos sobre o tema.<br />
Em um grande levantamento sobre accountability em 50 estados americanos, Carnoy e Loeb (2002)<br />
investigam a relação entre o rigor dos programas e resultados escolares. Eles encontram um impacto<br />
positivo sobre o desempenho médio e não encontram efeito sobre a taxa de repetência e de<br />
conclusão do ensino médio, contrariando uma das principais críticas a esse tipo de política - que<br />
elas poderiam incentivar a exclusão ou retenção dos estudantes com maiores dificuldades de<br />
aprendizagem.<br />
Em um estudo para resultados britânicos, entretanto, Burgess et al (2005), observam que quando os<br />
incentivos são dados para elevar o percentual de estudantes acima de determinado nível, a tendência<br />
é privilegiar o atendimento <strong>ao</strong>s alunos que estão na margem do ponto de corte em detrimento<br />
daqueles de desempenho inferior, além de serem maiores os resultados, em termos de valor<br />
adicionado, para os que estão na margem terem relação positiva com a intensidade dos incentivos.<br />
Jacob (2005), avalia o sistema de accountability utilizado em Chicago, em que existem incentivos,<br />
no caso punições, para alunos e professores e administradores da escola. No caso dos alunos, a<br />
promoção entre as etapas de ensino ficou condicionada <strong>ao</strong> desempenho no exame oficial e para os<br />
professores e administradores o mau desempenho recorrente poderia levar a demissões e<br />
recostituição das equipes.
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O autor relata a existência de conseqüências não desejadas pelos formuladores da política, como<br />
substituição do tempo de dedicação entre disciplinas não-avaliadas e avaliadas, maior alocação de<br />
alunos em turmas especiais (para crianças com deficiências ou turmas bilíngües), e treinamento dos<br />
estudantes para os testes. Porém encontra resultado positivo sobre o desempenho, especialmente nas<br />
turmas mais velhas que, segundo o autor podem ser devido à maior eficácia dos incentivos voltados<br />
para os estudantes. Os resultados são robustos nas comparações com a tendência anterior à<br />
implementação do programa e com outros municípios semelhantes.<br />
A maioria dos estudos sobre o tema relata a dificuldade de isolar o efeito da accountability sobre a<br />
melhora na aprendizagem porque o aumento do desempenho nos exames vinculados oficialmente<br />
<strong>ao</strong> programa pode ser conseqüência de um treinamento para os testes e da seleção de alunos que<br />
participam dos mesmos.<br />
Essas e outras conseqüências são observadas especialmente nos casos específicos de accountability,<br />
abordados a seguir, em que pagamentos de bônus <strong>ao</strong>s professores são vinculados <strong>ao</strong>s resultados<br />
obtidos pelos estudantes.<br />
IV.4.3. Pagamento de bônus <strong>ao</strong>s professores por resultado (produtividade)<br />
Os estudos sobre ganhos por produtividade levantam que, diferentemente de atividades do setor<br />
privado em que o produto do trabalho é mais facilmente definido e medido, nas atividades<br />
desempenhadas pelos profissionais do setor público esse desempenho não é simples de medir e isso<br />
traria dificuldade de mensuração e pouco resultado esperado para políticas de incentivo <strong>ao</strong> aumento<br />
do desempenho, via pagamento diferenciado por produtividade.<br />
Entre os professores, entretanto, esse resultado poderia ser mais bem definido e bem mensurado. Os<br />
exames padronizados de desempenho dos estudantes são citados como um exemplo disso,<br />
especialmente quando se utilizam de metodologias que tornam os resultados comparáveis <strong>ao</strong> longo<br />
do tempo, possibilitando verificar a evolução do mesmo grupo ou de grupos com características<br />
semelhantes <strong>ao</strong> longo do tempo.<br />
Os efeitos positivos esperados pelos que acreditam nas políticas de bônus por produtividade estão<br />
relacionados a conseguir maior empenho das equipes, envolvimento maior do corpo docente, dos<br />
estudantes e das famílias que devem buscar melhorias pedagógicas e aprimoramento dos conteúdos<br />
abordados. Os críticos, entretanto, alertam para os efeitos negativos que podem ser gerados pelas
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Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
distorções dos incentivos, já que os agentes irão buscar as alternativas mais fáceis de atingir o<br />
objetivos e não necessariamente o que se pretendia com a política. (Jacob, 2005)<br />
É importante lembrar que os resultados encontrados são muito suscetíveis <strong>ao</strong>s desenhos dos<br />
programas, ou seja, tamanho dos prêmios, critérios para premiação, resultado escolar utilizado para<br />
definir premiados, beneficiados pelo prêmio, entre outros.<br />
Alguns estudos já se empenharam em testar o impacto dos programas de pagamento de bônus<br />
atralado a resultados escolares. McEwan e Santibañez (2005) avaliaram o programa “Carrera<br />
Magisterial” do México e comparam o efeito do programa sobre o grupo com maiores chances de<br />
receberam o prêmio e sobre o grupo sem chances de recebê-lo. Eles encontram evidências de que<br />
ocorreu uma pequena melhora no desempenho escolar do grupo com mais chances de atingir suas<br />
metas e obter o prêmio.<br />
Figlio (2006), compara o desempenho em exames das escolas que tinham, em 2000, programas de<br />
incentivo <strong>ao</strong>s professores e das que não ofereciam bônus por resultado. O autor encontra uma<br />
relação positiva entre os incentivos e a performance dos estudantes, entretanto alerta para a<br />
possibilidade de haver uma correlação entre as melhores escolas e a adoção de políticas desse tipo.<br />
No Kenya, foi desenhado um programa em que, a partir de um determinado conjunto de escolas,<br />
sorteou-se as que participariam do grupo sujeito a premiação por resultados e as demais ficariam no<br />
grupo de controle. O programa tinha tempo determinado, de 1 ano, para se encerrar (apesar de ter<br />
sido prorrogado por mais um ano). Glewwe, Ilias e Kremer (2003) avaliaram os resultados do<br />
prêmio e encontraram que ocorreu uma melhora dos resultados nas escolas participantes do prêmio,<br />
no entanto ela foi temporária. De acordo com os autores, o curto período pré-definido pelo<br />
programa não teria gerado incentivos para seleção de alunos por meio de retenção ou evasão, assim<br />
como houve um desincentivo à escolha de alunos participantes no dia da prova pois os ausentes<br />
seriam computados com notas muito baixas. Assim, eles atribuem o resultado positivo da política a<br />
medidas para elevação do resultado no curto prazo, ou seja, treinamento para o teste, já que os<br />
ganhos não se mantiveram <strong>ao</strong> fim do programa.
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Capítulo V. Considerações Finais<br />
37 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Com o objetivo principal de auxiliar na tomada de decisões e na formulação de políticas voltadas à<br />
educação básica, esse projeto buscou fazer uma ponte entre os estudos acadêmicos e os gestores<br />
educacionais, agrupando os resultados encontrados na literatura sobre a para os fatores associados<br />
<strong>ao</strong> sucesso escolar.<br />
Sem a pretensão de definir o que é bom e o que é ruim para ser implementado nas escolas e sem<br />
tirar conclusões sobre os melhores meios de elevar os resultados escolares, este relatório um<br />
levantamento de pesquisas sobre a relação entre os atributos e o sucesso escolar no Brasil, e<br />
apresenta todos os resultados encontrados para cada fator. Além disso, apresenta a possibilidade de<br />
verificar o nível de exigência e de qualidade da metodologia que foi utilizada para obtenção de tais<br />
resultados.<br />
Dessa maneira, oferece <strong>ao</strong>s interessados no tema a possibilidade de utilizar-se dos resultados de<br />
pesquisas acadêmicas para tirarem suas próprias conclusões, levando em consideração,<br />
conjuntamente, a realidade a que estão expostos e os recursos financeiros, físicos e humanos que<br />
têm disponíveis.<br />
Para atender, ainda, a interesses recentes dos gestores em questões novas no Brasil, que ainda não<br />
foram abordadas nos estudos nacionais levantados, fez-se um pequeno levantamento internacional e<br />
foram apresentados os resultados obtidos para algumas políticas em outros países.<br />
Espera-se com isso, principalmente, atualizar os gestores educacionais brasileiros com os resultados<br />
do que vem sendo estudado no Brasil sobre a educação brasileira e, se possível, subsidiar as<br />
tomadas de decisão sobre investimento em educação, com base em resultados científicos sobre o<br />
tema.
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise<br />
dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Capítulo VI. Referências Bibliográficas (estudos citados na Parte II)<br />
38 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
ALBERNAZ, Ângela; FERREIRA, Francisco H. G.; FRANCO, Creso. Qualidade e Eqüidade na<br />
Educação Fundamental Brasileiro. PPE, v. 33 No.3. 2002.<br />
BUGESS, Simon; PROPPER, Carol; SLATER, Helen; WILSON, Deborah. Who Wins and Who<br />
Loses from School Accountability? The distribution of educational gain en English secondary<br />
schools. Workig Paper, No 05/128, Center for Market and Public Organisation – CMPO.<br />
2005.<br />
CARNOY, Martin; LOEB, Susanna. Does External Accountability Affect Student Outcomes? A<br />
Cross State Analysis. Educational Evaluation and Policy Analysis. Vol. 24, No. 4, p305-<br />
331. 2002.<br />
COLEMAN, James S. et al. Equality of Educational Opportunity. Washington, 1966.<br />
EHRENBERG, Ronald E.; BREWER, Dominic J.; GAMORAN, Adam; WILLMS, J. Douglas. The<br />
Class Size Controversy. Working Paper, No 14, Cornell Hegher Education Research<br />
Institute, 2001.<br />
EIDE, Eric; SHOWLATER, Mark H. The Effect of School Quality on Student Performance: A<br />
Quantile Regression Approach. Economics Letters, v. 58, p345-350, 1998.<br />
FELICIO, Fabiana de; FERNANDES, Reynaldo. O Efeito Da Qualidade Da Escola Sobre O<br />
Desempenho <strong>Escolar</strong>: Uma Avaliação Do Ensino Fundamental No Estado De São Paulo.<br />
Anais do XXXIII Encontro Nacional de Economia – Natal-RN / 2005.<br />
FIGLIO, David N.; KENNY, Lawrence. Individual Teacher Incentives and Student Performance. Working<br />
Paper, No. 12627. NBER. 2006<br />
GLEWWE, Paul; ILIAS, Nauman; KREMER, Michael. Teacher Incentives. Working Paper No.<br />
9671. NBER. 2003.<br />
JACOB, Brian A. Accountability, incentives and behavior: the impact of high-stakes testing in the<br />
Chicago Public Schools. Journal of Public Economics.Vol 89. p761-796. 2004.<br />
MCEWAN, Patrick J.; SANTIBAÑEZ, Lucrecia. Teacher Incentives and Achivement: Evidence<br />
form a Mexican Reform. Mimeo. 2005<br />
RIVKIN, Steven G.; HANUSHEK, Eric A.; e KAIN, John F. Teachers, Schools, and Academic<br />
Achievement.Econometrica. vol. 73, No.2, p417-58. 2005.<br />
ROCKOFF, Jonah E. Does Mentoring Reduce Turnover and Improve Skills of New Employees?<br />
Evidence from Teachers in New York City. Working Paper, No 13868, NBER. 2008.
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
ANEXO I. Apresentação Gráfica – Relações entre os <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> e o Desempenho em Exame Padronizado (Métodos Classe B)<br />
Classificação de Resultados – Método B Classificação de Resultados – Método B<br />
Características do aluno/família: ter computador em<br />
casa (3 análises)<br />
33%<br />
67%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
Características do aluno/família: escolaridade da mãe<br />
(4 análises)<br />
75%<br />
25%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
39 - 64<br />
Características do aluno/família: cor/raça - branco (4<br />
análises)<br />
25%<br />
50%<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
25%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
Características do aluno/família: gênero - masculino<br />
(4 análises)<br />
25% 25%<br />
25%<br />
25%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Classificação de Resultados – Método B Classificação de Resultados – Método B<br />
Características do aluno/família: morar com pai e mãe<br />
(3 análises)<br />
67%<br />
33%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
Características da escola: ter biblioteca (3 análises)<br />
33%<br />
33%<br />
34%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
40 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Características do aluno/família: trabalha (1 análise)<br />
100%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
Características da escola: ter computadores para<br />
alunos (3 análises)<br />
33% 34%<br />
33%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Classificação de Resultados – Método B Classificação de Resultados – Método B<br />
Características da escola: ter internet para alunos (2<br />
análises)<br />
100%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
Características da escola: laboratório de ciências (4<br />
análises)<br />
25%<br />
75%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
41 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Características da escola: experiência do professor (4<br />
análises)<br />
25%<br />
25%<br />
50%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
Características da escola: formação do professor (4<br />
análises)<br />
25%<br />
25%<br />
50%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Classificação de Resultados – Método B Classificação de Resultados – Método B<br />
Características da escola: formação do professor (2<br />
análises)<br />
100%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
Características da escola: número de horas-aula-dia (1<br />
análises)<br />
100%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo<br />
42 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Características da escola: uso de computador para<br />
fins pedagógicos (2 análises)<br />
0%<br />
0%<br />
50%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
inconclusivo nulo
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
ANEXO II. Apresentação – Relações entre os <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> e o Fluxo <strong>Escolar</strong> (Todas as metodologias)<br />
Característica do aluno/família: idade (3 análises)<br />
100%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
Inconclusivo Nulo<br />
43 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Característica do aluno/família: sexo masculino/<br />
feminino (4 análises)<br />
0%<br />
50%<br />
25%<br />
0%<br />
Positivo não-significativo Positivo Significativo<br />
Negativo não-significativo Negativo Significativo<br />
Inconclusivo Nulo
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Anexo III. Tabelas com Resultados das Classificações de Resultados e Metodológicas<br />
44 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Tabela A1. Classificação de Resultados e Metodologias - Outros <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong> Não Apresentados<br />
Tipo<br />
fator* Fator<br />
Nu<br />
m<br />
positivo<br />
significativo<br />
positivo nãosignificativo<br />
Classificação de Resultados Classificação Metodológica<br />
negativo<br />
significativo<br />
negativo nãosignificativo<br />
inconclusivo nulo método A método B método C método D<br />
B aluno adiantado na escola 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B rede de água na escola do aluno 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
B aluno mora em área metropolitana 2 2 0 0 0 0 0 0 2 0 0<br />
B atendimento escolar no unicípio 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B atitude positiva em relação à escola 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B recebe bolsa-escola 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0<br />
B recebe bolsa-escola -até 50% 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B recebe bolsa-escola -mais 50% 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B família tem carro 2 2 0 0 0 0 0 0 2 0 0<br />
B computador em casa 4 1 3 0 0 0 0 0 3 1 0<br />
B computador (usa raramente/moderado) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1<br />
B computador (usa sempre) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1<br />
B computador (usa) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B computador com internet em casa 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B computador sem internet em casa 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B conversa sobre escola em casa 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B cor (branco / não-branco) 15 11 3 1 0 0 0 0 4 11 0<br />
B defasagem idade-série 2 0 0 1 1 0 0 0 0 2 0<br />
B diferença entre idade do pai e da mãe 2 2 0 0 0 0 0 0 2 0 0<br />
B escolaridade da mãe (maior/ menor) 9 7 1 0 0 1 0 0 4 5 0<br />
B<br />
escolaridade da mãe (sabe ler e<br />
escrever) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
45 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
B escolaridade do pai (maior/ menor) 5 3 1 0 0 0 1 0 2 3 0<br />
B expectativa aprovação 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B freqüentou educação infantil 6 6 0 0 0 0 0 0 2 4 0<br />
B gosto pela disciplina 3 3 0 0 0 0 0 0 0 3 0<br />
B hábito de leitura 2 2 0 0 0 0 0 0 1 1 0<br />
B Idade 5 0 1 3 0 1 0 0 2 3 0<br />
B Idade (mais velho) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B Idade <strong>ao</strong> quadrado 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
B livros em casa 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
B livros em casa (+20) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B livros em casa (até 20) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B localização - região urbana 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B localização capital 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B máquina de lavar roupa 2 1 1 0 0 0 0 0 2 0 0<br />
B<br />
maturidade (meses além da idade<br />
mínima - 1o de março) 2 0 0 2 0 0 0 0 2 0 0<br />
B NSE (nível sócio-econômico) 8 8 0 0 0 0 0 0 0 8 0<br />
B NSE (indicadores de renda) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B NSE (renda familiar per capita) 2 0 0 2 0 0 0 0 2 0 0<br />
B NSE (renda familiar) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B NSE município 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B número de banheiros em casa 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
B pais incentivam estudo 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B participação dos pais 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B participação na prova 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B<br />
proporção de alunos com bolsa-escolafamília<br />
2 0 0 1 1 0 0 0 0 2 0<br />
B recursos culturais 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
B relação família/escola 2 0 0 2 0 0 0 0 0 2 0<br />
B sexo (masculino / feminino) 14 7 2 3 1 1 0 0 4 10 0<br />
B tamanho da cidade 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B tamanho da cidade (cidade grande) 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
46 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
B tamanho da família (maior/ menor) 2 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0<br />
B<br />
B<br />
tamanho da família (Mora com até 2<br />
pessoas) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
tamanho da família (Mora com até 5<br />
pessoas) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B tamanho da família (num irmãos (+de4)) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B tem eletricidade 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B<br />
tipo de família (estrutura básica<br />
domicílio) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B tipo de família (mora com mãe) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B tipo de família (morar com pai e mãe) 6 3 1 0 0 2 0 0 3 3 0<br />
B<br />
tempo entre casa e escola - mais de 1<br />
hora 2 0 0 2 0 0 0 0 0 2 0<br />
B total de irmãos (irmãs) mais novos 2 0 0 1 1 0 0 0 2 0 0<br />
B total de irmãos (irmãs) mais velhos 2 2 0 0 0 0 0 0 2 0 0<br />
B total de irmãos mais velhos 2 0 0 2 0 0 0 0 2 0 0<br />
B aluno trabalha 7 0 0 4 2 1 0 0 1 6 0<br />
B aluno faz trabalho doméstico 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B aluno faz trabalho doméstico (1h) 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
B aluno faz trabalho doméstico (4h) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B usa transporte público 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
P % famílias não agricultores 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
P % meninas 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
P % meninas se menina 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
P comparação aluno/colegas 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
P cor (proporção de brancos) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
P<br />
defasagen (proporção de atrasados<br />
turma / escola) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
47 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
P escolaridade da mãe (Média-11) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
P escolaridade da mãe (Média-4-8) 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
P escolaridade da mãe (Média-4i) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
P escolaridade da mãe (Média-superior) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
P NSE (Nível sócio-econômico) Escola 4 4 0 0 0 0 0 0 0 4 0<br />
P NSE turma 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
P proprietários de terra 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
P sexo masculino (% na turma) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S área externa/recreação na escola 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S<br />
atribuição de turmas - manutenção da<br />
turma com o professor 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0<br />
S biblioteca 4 2 1 0 1 0 0 0 3 1 0<br />
S capacitação diretor 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S capacitação professor 6 2 0 1 2 1 0 0 2 4 0<br />
S comprometimento do professor 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S computador (administração) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S computador (diretor) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S computador (internet na escola) 2 2 0 0 0 0 0 0 1 1 0<br />
S computador (internet para alunos) 2 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0<br />
Criad<br />
a Internet na escola 4 3 0 0 1 0 0 0 2 2 0<br />
S computador (internet para diretor) 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
S computador (professor Usa-pcs) 2 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0<br />
S computador (uso pedagógico) 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
Criad computador (uso pedagógico -<br />
a<br />
professor) 3 0 2 0 1 0 0 0 2 1 0<br />
S computador alunos 5 1 1 1 1 1 0 0 3 2 0
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
48 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
S conselho de classe 2 0 1 0 0 1 0 0 0 2 0<br />
S conselho de escola 2 0 0 0 1 1 0 0 0 2 0<br />
S conservação do prédio 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S conteúdo desenvolvido 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
S dedicação do professor 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0<br />
S defasagem idade-série 10 0 1 9 0 0 0 0 1 9 0<br />
S<br />
S<br />
defasagem (proporção de atrasados<br />
escola) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
defasagem (proporção de atrasados<br />
turma) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S defasagem (proporção repetentes) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S defasagem (taxa de reprovação) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S didática do professor 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S dificuldades do aluno na escola 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S disciplina escolar 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S dispersão etária na turma 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S equipamento na escola (índice) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S equipamentos na escola 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
S Escola (condições) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S Escola Bem conservada 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S escolha de diretor - indicado téc-pol 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S escolha de diretor – selecionado 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S escolha de diretor (seleção e eleição) 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
S expect do prof em relação <strong>ao</strong>s alunos 2 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S experiência diretor 2 0 2 0 0 0 0 0 2 0 0<br />
S experiência diretor (diretor) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
Criad<br />
a experiência diretor 3 1 2 0 0 0 0 0 2 1 0<br />
S experiência professor 4 1 2 0 0 1 0 0 1 3 0
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
49 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
S experiência professor (educação) 2 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0<br />
S experiência professor (escola) 2 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0<br />
S experiência professor (professor) 2 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0<br />
Criad<br />
a experiência professor 10 3 4 1 1 1 0 0 4 6 0<br />
S falta dos alunos 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S faz lição de casa 6 5 1 0 0 0 0 0 2 4 0<br />
S faz lição de casa (não-faz) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S formação de turmas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0<br />
S formação de turmas (het) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S formação de turmas (não) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S<br />
formação de turmas (política de<br />
homogeneidade declarada) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S<br />
formação de turmas (Política de<br />
homogeneidade não-declarada) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S formação diretor 3 0 1 1 0 2 0 0 0 3 0<br />
S formação professor (outros) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S formação professor 7 4 2 1 0 0 0 0 1 6 0<br />
S formação professor (matemática) 3 2 1 0 0 0 0 0 0 3 0<br />
S formação professor (pedag) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S formação professor (pós-graduação) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S formação professor (superior) 4 2 1 0 1 0 0 0 3 1 0<br />
Criad<br />
a formação professor - superior 14 8 2 1 1 2 0 0 4 10 0<br />
S Fundef 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0<br />
S horas-aula-dia 2 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0<br />
S horas-aula-dia (turno integral) 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0<br />
Criad<br />
a horas-aula-dia 3 0 1 0 1 1 0 0 1 2 0<br />
S Idade professor 2 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
50 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
S<br />
Índice - Organização Municipal da<br />
Educação (OME) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S índice atividade professor 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S índice de software 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S índice material professor 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S qualidade das salas 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
S<br />
Criad<br />
instalações da escola 7 6 1 0 0 0 0 0 0 7 0<br />
a instalações da escola 9 8 1 0 0 0 0 0 0 9 0<br />
S insuficiência de recursos 2 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0<br />
S laboratório de ciências 5 2 3 0 0 0 0 0 4 1 0<br />
S limpeza da escola 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
S máquina de fotocópia 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
S matemática (disciplina) 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0<br />
S merenda escolar 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
S mobiliário da escola 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S<br />
S<br />
NSE professor (nível sócio-econômico -<br />
renda familiar (2880 ou mais)) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
NSE professor (renda familiar (até<br />
2880)) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S NSE escola (nível sócio-econômico) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S número de turmas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0<br />
S organização em ciclos / séries 3 0 0 1 2 0 0 0 1 2 0<br />
S<br />
S<br />
S<br />
percepção de problemas externos -<br />
diretor 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
percepção de problemas externos -<br />
professor 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
percepção de problemas internos -<br />
diretor 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
S<br />
percepção de problemas internos -<br />
professor 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
S Português 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0<br />
S<br />
professor - sexo feminino / estudante<br />
sexo feminino 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
51 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
S professor - sexo masculino 3 0 0 3 0 0 0 0 1 2 0<br />
S<br />
professor - sexo masculino / estudante<br />
sexo masculino 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S professor Usa-retro 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S professores faltosos 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0<br />
S programa redução de abandono 2 0 1 1 0 0 0 0 0 2 0<br />
S programa redução de reprovação 2 0 2 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
S projeto pedagógico 2 0 1 0 1 0 0 0 0 2 0<br />
S projeto pedagógico (não tem) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S promoção automática 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
S promoção mista 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
S razão professor-idade escolar 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S recuperação de notas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0<br />
S rede anterior (parte na particular) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S rede estadual 2 0 2 0 0 0 0 0 1 1 0<br />
S rede federal 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S rede municipal 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
S rede pública 5 0 0 4 1 0 0 0 0 5 0<br />
S relação professor/diretor 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
S relação professor/equipe 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
S rendimento diretor 3 1 0 0 1 1 0 0 2 1 0<br />
S rendimento professor 5 5 0 0 0 0 0 0 2 3 0<br />
S rendimento professor (1440 ou mais) 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S rendimento professor (até 1440) 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
S resíduo da estimação de salários 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0<br />
S rotatividade de professores 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0<br />
S ruído na escola 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S sala arejada 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S violência interna na escola (entorno) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S violência interna na escola (índice) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S segurança na escola 3 2 1 0 0 0 0 0 0 3 0
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
52 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Criad<br />
a violência na escola 5 0 0 4 1 0 0 0 0 5 0<br />
S seleção para ingresso na escola 3 2 1 0 0 0 0 0 0 3 0<br />
S serviços escola 2 1 0 0 1 0 0 0 0 2 0<br />
S tamanho da escola 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0<br />
S tamanho da turma 4 1 0 0 2 0 1 0 1 3 0<br />
S tem lição de casa 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S trabalho colaborativo 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S<br />
Legenda<br />
visão do diretor sobre comprometimento<br />
dos professores 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
Tipo Fator: B – Fator de família; P – Fator de grupo em que convive; S - Fator de escola; PP – Política pública; CRIADA - soma das linhas anteriores para fim de análise gráfica<br />
Apresentado graficamente<br />
Observação: Alguns casos de itens analisados pelos artigos levantados podem estar omitidos desta tabela devido a impossibilidade de interpretar o significado<br />
da variável ou o resultados obtido por ela.
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Tabela A2. Classificação de Resultados e Metodologias - <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Fluxo <strong>Escolar</strong> não Apresentados<br />
positivo<br />
negativo<br />
Tipo<br />
positivo não- negativo não-<br />
Método Método Método Método<br />
fator Fator<br />
APROVAÇÃO<br />
análises significativo significativo significativo significativo inconclusivo nulo A B C D<br />
PP Ação Jovem 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
B chefe de família 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S duração total do ciclo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />
B é filho<br />
escolaridade (fundamental<br />
1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
B<br />
completo) 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
B escolaridade da mãe 2 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0<br />
B escolaridade dos pais 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B Freqüentou escola no ano anterior 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
B idade 2 0 0 2 0 0 0 0 1 1 0<br />
B Índice altura/idade/sexo 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B NSE - renda do chefe da família 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B NSE - renda familiar 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0<br />
S organização em ciclos / séries 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
B procura trabalho 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B<br />
profissão da mãe (nãoqualificada)<br />
1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B sexo masculino 2 0 2 0 0 0 0 0 1 1 0<br />
B tamanho da família 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0<br />
B<br />
tipo de família (morar com pai e<br />
mãe) 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
B trabalha 2 0 0 2 0 0 0 0 1 1 0<br />
S rendimento professor 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S formação professor 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S formação professor (superior) 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S tamanho da turma 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S Horas-aula-dia 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S infra-estrutura escolar 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
53 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
S Biblioteca 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
ABANDONO<br />
B chefe de família 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0<br />
S duração total do ciclo 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0<br />
B idade 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0<br />
S número de ciclos 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S organização em ciclos / séries 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0<br />
REPROVAÇÃO<br />
B chefe de família 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
B desempenho LP 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B desempenho MAT 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B escolaridade da mãe 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0<br />
B escolaridade do pai 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0<br />
B escolaridade dos pais 2 0 0 2 0 0 0 0 0 2 0<br />
B idade 2 1 0 0 1 0 0 0 0 2 0<br />
S<br />
Índice - Organização Municipal da<br />
Educação (OME) 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
S inexistência de séries superiores 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
S NSE 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0<br />
B NSE - renda do chefe da família 2 0 0 2 0 0 0 0 0 2 0<br />
B procura trabalho 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
B sexo masculino 3 1 1 0 1 0 0 0 0 3 0<br />
S tamanho da escola 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0<br />
B<br />
tipo de família (morar com pai e<br />
mãe) 2 0 0 2 0 0 0 0 0 2 0<br />
B trabalha 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0<br />
Legenda<br />
Tipo Fator: B – Fator de família; P – Fator de grupo em que convive; S - Fator de escola; PP – Política pública; CRIADA - soma das linhas anteriores para fim de análise<br />
gráfica<br />
Apresentado graficamente<br />
Observação: Alguns casos de itens analisados pelos artigos levantados podem estar omitidos desta tabela devido a impossibilidade de interpretar o<br />
significado da variável ou o resultados obtido por ela.<br />
54 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
Anexo 4. <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong> e os Artigos que o estudaram<br />
55 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Tabela A3. Relação de Estudos investigando cada Fator Associado Representado em Gráficos<br />
Fator associado Tipo do<br />
fator<br />
Nº artigo Artigo<br />
Alunos - seleção S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Alunos - seleção S 17 O Efeito da Escola no Desempenho Cognitivo de seus Alunos<br />
Alunos - seleção S 20 Qualidade e Eqüidade na Educação Básica Brasileira: A Evidência do SAEB-2001<br />
Biblioteca S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Biblioteca S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Biblioteca S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Biblioteca S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Ciclos/séries S 9 O SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica: objetivos, características e<br />
contribuições na investigação da escola eficaz<br />
Ciclos/séries S 40 Avaliando o Impacto da Progressão Continuada no Brasil<br />
Ciclos/séries S 44 A Relação Entre Violência nas Escolas e Proficiência dos Alunos<br />
Computador - recurso pedagógico S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Computador - recurso pedagógico S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Computador - recurso pedagógico S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Computador alunos S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Computador alunos S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Computador alunos S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Computador alunos S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Computador alunos S 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Computador alunos - internet S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
56 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Computador alunos - internet S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Computador alunos - internet S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Computador alunos - internet S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Computador em casa B 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Computador em casa B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Computador em casa B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Computador em casa B 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Cor - branco B 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Cor - branco B 5 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong>: Estudo Multinível com Dados do SAEB/2001<br />
Cor - branco B 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Cor - branco B 7 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong>: a estratificação educacional e o efeito valor<br />
adicionado<br />
Cor - branco B 9 O SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica: objetivos, características e<br />
contribuições na investigação da escola eficaz<br />
Cor - branco B 10 O Impacto de Políticas de Não-Repetência sobre o Aprendizado dos Alunos da 4ª Série<br />
Cor - branco B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Cor - branco B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Cor - branco B 19 Recursos Familiares e o Desempenho Cognitivo dos Alunos do Ensino Básico Brasileiro<br />
Cor - branco B 21 A Composição das Turmas e o Desempenho <strong>Escolar</strong> na Rede Pública de Ensino de Minas Gerais<br />
Cor - branco B 22 Indicador de Efeito Escola: uma metodologia para a identificação dos sucessos escolares a partir<br />
dos dados da Prova Brasil<br />
Cor - branco B 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Cor - branco B 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong>
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
57 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Cor - branco B 33 O Projeto Pedagógico e os Resultados <strong>Escolar</strong>es<br />
Cor - branco B 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Defasagem S 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Defasagem S 5 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong>: Estudo Multinível com Dados do SAEB/2001<br />
Defasagem S 7 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong>: a estratificação educacional e o efeito valor<br />
adicionado<br />
Defasagem S 9 O SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica: objetivos, características e<br />
contribuições na investigação da escola eficaz<br />
Defasagem S 10 O Impacto de Políticas de Não-Repetência sobre o Aprendizado dos Alunos da 4ª Série<br />
Defasagem S 21 A Composição das Turmas e o Desempenho <strong>Escolar</strong> na Rede Pública de Ensino de Minas Gerais<br />
Defasagem S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Defasagem S 33 O Projeto Pedagógico e os Resultados <strong>Escolar</strong>es<br />
Defasagem S 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Defasagem S 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Defasagem/atraso B 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Defasagem/atraso B 19 Recursos Familiares e o Desempenho Cognitivo dos Alunos do Ensino Básico Brasileiro<br />
Diretor - formação S 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Diretor - formação S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Diretor - formação (pós) S 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Diretor - rendimento S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Diretor - rendimento S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Diretor - rendimento S 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe B 7 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong>: a estratificação educacional e o efeito valor<br />
adicionado<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
58 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe B 22 Indicador de Efeito Escola: uma metodologia para a identificação dos sucessos escolares a partir<br />
dos dados da Prova Brasil<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe B 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe B 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe B 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
<strong>Escolar</strong>idade da mãe B 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
<strong>Escolar</strong>idade do pai B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
<strong>Escolar</strong>idade do pai B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
<strong>Escolar</strong>idade do pai B 15 A escola brasileira faz diferença? Uma investigação dos efeitos da escola na proficiência em<br />
Matemática dos alunos da 4a série<br />
<strong>Escolar</strong>idade do pai B 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
<strong>Escolar</strong>idade do pai B 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Experiência - diretor (carreira) S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Experiência - diretor (carreira) S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Experiência - diretor (na escola) S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Experiência - professor (carreira) S 5 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong>: Estudo Multinível com Dados do SAEB/2001<br />
Experiência - professor (carreira) S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Experiência - professor (carreira) S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Experiência - professor (carreira) S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Experiência - professor (carreira) S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Experiência - professor (carreira) S 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Experiência - professor (carreira) S 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Experiência - professor (carreira) S 44 A Relação Entre Violência nas Escolas e Proficiência dos Alunos<br />
Experiência - professor (na escola) S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
59 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Experiência - professor (na escola) S 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Faz lição de casa S 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Faz lição de casa S 9 O SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica: objetivos, características e<br />
contribuições na investigação da escola eficaz<br />
Faz lição de casa S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Faz lição de casa S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Faz lição de casa S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Faz lição de casa S 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Frequentou educação infantil B 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Frequentou educação infantil B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Frequentou educação infantil B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Frequentou educação infantil B 22 Indicador de Efeito Escola: uma metodologia para a identificação dos sucessos escolares a partir<br />
dos dados da Prova Brasil<br />
Frequentou educação infantil - creche B 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Frequentou educação infantil - pré-escola B 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Gênero - homem B 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Gênero - homem B 2 Qualidade e Eqüidade na Educação Fundamental Brasileira<br />
Gênero - homem B 5 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong>: Estudo Multinível com Dados do SAEB/2001<br />
Gênero - homem B 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Gênero - homem B 7 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong>: a estratificação educacional e o efeito valor<br />
adicionado<br />
Gênero - homem B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Gênero - homem B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Gênero - homem B 19 Recursos Familiares e o Desempenho Cognitivo dos Alunos do Ensino Básico Brasileiro
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
60 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Gênero - homem B 21 A Composição das Turmas e o Desempenho <strong>Escolar</strong> na Rede Pública de Ensino de Minas Gerais<br />
Gênero - homem B 22 Indicador de Efeito Escola: uma metodologia para a identificação dos sucessos escolares a partir<br />
dos dados da Prova Brasil<br />
Gênero - homem B 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Gênero - homem B 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Gênero - homem B 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Gênero - homem B 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Idade B 7 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong>: a estratificação educacional e o efeito valor<br />
adicionado<br />
Idade B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Idade B 15 A escola brasileira faz diferença? Uma investigação dos efeitos da escola na proficiência em<br />
Matemática dos alunos da 4a série<br />
Idade B 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Idade B 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Instalações S 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Instalações S 5 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong>: Estudo Multinível com Dados do SAEB/2001<br />
Instalações S 7 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong>: a estratificação educacional e o efeito valor<br />
adicionado<br />
Instalações S 9 O SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica: objetivos, características e<br />
contribuições na investigação da escola eficaz<br />
Instalações S 15 A escola brasileira faz diferença? Uma investigação dos efeitos da escola na proficiência em<br />
Matemática dos alunos da 4a série<br />
Instalações S 17 O Efeito da Escola no Desempenho Cognitivo de seus Alunos<br />
Instalações S 20 Qualidade e Eqüidade na Educação Básica Brasileira: A Evidência do SAEB-2001<br />
Instalações - sala S 17 O Efeito da Escola no Desempenho Cognitivo de seus Alunos<br />
Instalações - sala S 20 Qualidade e Eqüidade na Educação Básica Brasileira: A Evidência do SAEB-2001<br />
Interesse dos pais - conhecer professor/diretor B 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Interesse dos pais - conhecer professor/diretor B 5 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong>: Estudo Multinível com Dados do SAEB/2001
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
61 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Interesse dos pais - escola (conversa) B 15 A escola brasileira faz diferença? Uma investigação dos efeitos da escola na proficiência em<br />
Matemática dos alunos da 4a série<br />
Interesse dos pais - estudos (incentivo) B 22 Indicador de Efeito Escola: uma metodologia para a identificação dos sucessos escolares a partir<br />
dos dados da Prova Brasil<br />
Interesse dos pais - participação B 19 Recursos Familiares e o Desempenho Cognitivo dos Alunos do Ensino Básico Brasileiro<br />
Jornada S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Jornada S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Laboratório S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Laboratório S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Laboratório - ciências S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Laboratório - ciências S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Laboratório - ciências S 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Mora com pai e mãe B 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Mora com pai e mãe B 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Mora com pai e mãe B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Mora com pai e mãe B 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Mora com pai e mãe B 22 Indicador de Efeito Escola: uma metodologia para a identificação dos sucessos escolares a partir<br />
dos dados da Prova Brasil<br />
Mora com pai e mãe B 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
NSE B 2 Qualidade e Eqüidade na Educação Fundamental Brasileira<br />
NSE B 5 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong>: Estudo Multinível com Dados do SAEB/2001<br />
NSE B 9 O SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica: objetivos, características e<br />
contribuições na investigação da escola eficaz<br />
NSE B 10 O Impacto de Políticas de Não-Repetência sobre o Aprendizado dos Alunos da 4ª Série<br />
NSE B 19 Recursos Familiares e o Desempenho Cognitivo dos Alunos do Ensino Básico Brasileiro
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
62 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
NSE B 20 Qualidade e Eqüidade na Educação Básica Brasileira: A Evidência do SAEB-2001<br />
NSE B 21 A Composição das Turmas e o Desempenho <strong>Escolar</strong> na Rede Pública de Ensino de Minas Gerais<br />
NSE B 33 O Projeto Pedagógico e os Resultados <strong>Escolar</strong>es<br />
NSE - Escola P 2 Qualidade e Eqüidade na Educação Fundamental Brasileira<br />
NSE - Escola P 10 O Impacto de Políticas de Não-Repetência sobre o Aprendizado dos Alunos da 4ª Série<br />
NSE - Escola P 20 Qualidade e Eqüidade na Educação Básica Brasileira: A Evidência do SAEB-2001<br />
NSE - Escola P 33 O Projeto Pedagógico e os Resultados <strong>Escolar</strong>es<br />
NSE - indicadores de renda B 7 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong>: a estratificação educacional e o efeito valor<br />
adicionado<br />
NSE - Turma P 21 A Composição das Turmas e o Desempenho <strong>Escolar</strong> na Rede Pública de Ensino de Minas Gerais<br />
Professor - capacitação S 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Professor - capacitação S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Professor - capacitação S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Professor - capacitação S 15 A escola brasileira faz diferença? Uma investigação dos efeitos da escola na proficiência em<br />
Matemática dos alunos da 4a série<br />
Professor - capacitação S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Professor - capacitação S 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Professor - formação S 2 Qualidade e Eqüidade na Educação Fundamental Brasileira<br />
Professor - formação S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Professor - formação S 15 A escola brasileira faz diferença? Uma investigação dos efeitos da escola na proficiência em<br />
Matemática dos alunos da 4a série<br />
Professor - formação S 17 O Efeito da Escola no Desempenho Cognitivo de seus Alunos<br />
Professor - formação S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Professor - formação S 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Professor - formação S 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Professor - formação S 44 A Relação Entre Violência nas Escolas e Proficiência dos Alunos<br />
Professor - formação (matemática) S 20 Qualidade e Eqüidade na Educação Básica Brasileira: A Evidência do SAEB-2001<br />
Professor - formação (pós) S 44 A Relação Entre Violência nas Escolas e Proficiência dos Alunos
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
63 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Professor - formação (sup) S 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Professor - formação (superior) S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Professor - formação (superior) S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Professor - formação (superior) S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Professor - rendimento S 14 O Efeito da Educação Infantil sobre o Desempenho <strong>Escolar</strong> Medido em Exames Padronizados<br />
Professor - rendimento S 17 O Efeito da Escola no Desempenho Cognitivo de seus Alunos<br />
Professor - rendimento S 20 Qualidade e Eqüidade na Educação Básica Brasileira: A Evidência do SAEB-2001<br />
Professor - rendimento S 24 Os Efeitos da Pré-escola sobre os Salários, a <strong>Escolar</strong>idade e a Proficiência <strong>Escolar</strong><br />
Professor - rendimento S 43 Do Teachers' wages matter for proeficiency) Evidence from a funding reform in Brazil<br />
Trabalha B 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Trabalha B 5 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Desempenho <strong>Escolar</strong>: Estudo Multinível com Dados do SAEB/2001<br />
Trabalha B 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Trabalha B 7 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong>: a estratificação educacional e o efeito valor<br />
adicionado<br />
Trabalha B 22 Indicador de Efeito Escola: uma metodologia para a identificação dos sucessos escolares a partir<br />
dos dados da Prova Brasil<br />
Trabalha B 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Trabalha B 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Turma - tamanho S 6 Os Determinantes do Desempenho <strong>Escolar</strong> do Brasil<br />
Turma - tamanho S 23 Atributos escolares e o desempenho dos estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb<br />
Turma - tamanho S 36 Estratificação Educacional e Progressão <strong>Escolar</strong> por Série no Brasil<br />
Turma - tamanho S 44 A Relação Entre Violência nas Escolas e Proficiência dos Alunos<br />
Violência S 44 A Relação Entre Violência nas Escolas e Proficiência dos Alunos<br />
Violência S 44 A Relação Entre Violência nas Escolas e Proficiência dos Alunos
<strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> <strong>Sucesso</strong> <strong>Escolar</strong>: Levantamento, Classificação e Análise dos Estudos Realizados no Brasil<br />
64 - 64<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Itaú</strong> <strong>Social</strong><br />
Elaborado por Fabiana de Felicio<br />
Violência S 1 <strong>Fatores</strong> <strong>Associados</strong> <strong>ao</strong> Rendimento <strong>Escolar</strong> de Alunos da 5a série (2000) - uma abordagem do<br />
valor adicionado<br />
Violência S 17 O Efeito da Escola no Desempenho Cognitivo de seus Alunos<br />
Violência S 20 Qualidade e Eqüidade na Educação Básica Brasileira: A Evidência do SAEB-2001